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DA OPOSIÇÃO 
A oposição é um procedimento especial no qual um terceiro ajuíza uma ação 
buscando ou pretendendo reivindicar um direito ou uma coisa que e objeto de 
um processo de conhecimento do qual ele não faz parte e que ainda não teve 
sentença. 
Na vigência do código de processo civil de 1973, havia previsão de que 
a oposição era uma espécie de intervenção de terceiros que estava regulada 
nos art. 56 a 61 do CPC 73. No entanto havia um debate na doutrina com 
relação à natureza jurídica. Alguns autores como Bueno, Cássio Scarpinella 
entendia que a oposição era uma espécie de intervenção de terceiros, e para a 
outra parte da doutrina como o Greco Filho, Vicente entendia que a oposição 
era uma forma de demanda autônoma caracterizada por haver uma cumulação 
objetiva de lides, e havia uma terceira corrente doutrinaria Dinamarco, Cândido 
Rangel que entendia ser a oposição uma espécie de procedimento que poderia 
ser uma demanda autônoma ou uma espécie de intervenção de terceiros, e a 
natureza jurídica iria depender do momento em que ela fosse proposta, se a 
oposição fosse ajuizada antes da audiência de instrução e julgamento seria 
uma espécie de intervenção de terceiros, se ela fosse ajuizada após a 
audiência de instrução e julgamento seria uma demanda autônoma. 
Com o código de processo civil de 2015, e a previsão da oposição como 
um procedimento especial, entende-se que a natureza jurídica dela é uma 
demanda autônoma, sendo assim, procedimento especial. 
 Com relação ao cabimento, temos que ter em mente que a oposição 
somente é cabível em processo de conhecimento ate a prolação da sentença, 
conforme versa o artigo 682 do CPC. Desse modo a oposição não é cabível 
nem nos juizados especiais estaduais em virtude da disposição do art. 10 da 
Lei dos Juizados Especiais – 9099/95. E também não será cabível em 
processo de execução. 
A oposição é uma nova ação e, como tal, está sujeita ao controle judicial 
da presença dos pressupostos do julgamento de mérito em geral (as condições 
da ação e os pressupostos processuais) e pressupostos específicos que 
compreendem (i) a existência de uma ação em curso, a ação originária, em que 
ainda não foi proferida sentença; (ii) a dedução de pretensão ao mesmo bem 
ou direito objeto da ação originária; (iii) que essa pretensão seja incompatível 
com os interesses, tanto do autor quanto do réu da ação originária; (iv) a 
competência absoluta do juízo para julgar ambas as ações. 
 Com relação à legitimidade do procedimento especial na oposição. 
A legitimidade ativa está com aquele que alega ser titular de um bem ou 
de um direito que esta sendo objeto de discussão em um processo de 
conhecimento que ainda não teve sentença. Aquele que ajuizar a ação de 
oposição vai ser chamado de opoente. Já a legitimidade passiva, vai estar com 
o autor e o réu na demanda originária. Então aqueles que eram parte tanto 
como autor, tanto como réu, vão ser os legitimados passivos na ação de 
oposição, denominados de opostos. É interessante salientarmos que haverá a 
formação de um litisconsórcio passivo, porque autor e réu serão réus na ação 
de oposição onde haverá então uma pluralidade de réus, formando assim, um 
litisconsórcio passivo. Além de ser um litisconsórcio passivo, ele será inicial, 
pois o mesmo vai se formar a partir do momento em que houver o ajuizamento 
da ação de oposição. Ele também será um litisconsórcio necessário, porque a 
lei impõe a formação desse litisconsórcio passivo. 
Há debates doutrinários a respeito de esse litisconsórcio ser unitário ou 
simples. 
A corrente minoritária entende que ele é uma espécie de litisconsórcio 
unitário, onde o juiz deve decidir de modo único para todos os réus. Já a 
corrente majoritária entende ser uma espécie de litisconsórcio simples, onde o 
juiz poderá proferir decisão de modo diferente para cada um dos réus. Tudo 
isso em virtude do art. 684 estabelece que se um dos litisconsortes reconhecer 
juridicamente o pedido do autor da ação de oposição, esse reconhecimento 
jurídico somente produzira efeito com relação a ele e não aos demais, 
mostrando aqui um exemplo claro da regra da autonomia do litisconsórcio 
previsto no art. 117 do CPC. Sendo que essa regra não esta presente no 
litisconsórcio unitário. Sendo assim, uma hipótese de litisconsórcio simples. 
Com relação à competência estabelecida no art. 683, parágrafo único do 
CPC, descreve que o juízo competente para processar e julgar a ação de 
oposição vai ser aquele juízo em que estiver em tramite a ação originária, onde 
a ação de oposição será distribuída por dependência, por se tratar de 
competência funcional/absoluta. 
Tal procedimento da ação de oposição será ajuizada através de petição 
inicial e a mesma observará os requisitos do art. 319 e 320 do CPC, não 
havendo nenhuma particularidade com relação à petição inicial. Após analisar a 
petição inicial e dentro da sua regularidade, o juiz determinará a citação dos 
opostos para contestar. Embora o dispositivo legal se refira à contestação, os 
réus poderão formular reconvenção na própria peça de contestação. 
A citação deverá ocorrer na pessoa dos seus advogados. O CPC/73, no 
parágrafo único do art. 57, previa expressamente que, mesmo tendo sido revel 
na ação originária, o réu deveria ser citado pessoalmente na oposição, regra 
que permanece válida à luz do CPC/15, por força dos princípios da ampla 
defesa e contraditório. A citação ocorrerá por uma das formas enumeradas no 
art. 246, e o prazo para os opostos apresentarem defesa é de 15 dias (quinze), 
não se aplicando a regra do prazo em dobro, prevista no art. 229. 
Há também um debate na doutrina com relação à forma de citação, a 
doutrina minoritária defende com base nos princípios da celeridade e da 
economia processual, que essa citação poderia e deveria ser feita através do 
diário oficial, no entanto, a doutrina majoritária entende que essa citação deva 
ser feito pelas vias ordinárias. 
Ainda com relação ao procedimento, o art. 685. Versa que os autos 
serão apensados a ação originaria e será julgada por uma mesma sentença, e 
essa mesma sentença analisará tanto a ação originária quanto a ação de 
oposição. O parágrafo único desse art. 685, contudo, faz a ressalva de que a 
suspensão da ação originária pode ocorrer desde logo, para aguardar que a 
oposição alcance a mesma fase procedimental; peca pela falta de clareza, mas 
o que se pode dele depreender é a orientação para que se promova o 
julgamento conjunto, evitando decisões contraditórias. Dessa forma, quando a 
oposição for formulada depois de iniciada a instrução no processo originário, a 
regra será determinar-se a suspensão deste, salvo eventual situação 
excepcional em que tal medida se mostre excessivamente gravosa aos 
opostos. O art. 686 trata da prejudicialidade da oposição em relação à ação 
originária, estabelecendo que, se for o caso de julgamento conjunto de ambas 
as ações numa única sentença, primeiramente o juiz deverá resolver a lide 
objeto da oposição, para, na sequência, pronunciar-se sobre a lide objeto da 
ação originária. A sentença, sob o aspecto formal, será una, mas 
substancialmente estará julgando duas lides. O julgamento da oposição pode 
influir no resultado da ação originária. Com efeito, se a oposição for julgada 
procedente, reconhecendo-se o direito do opoente, prejudicado estará o 
julgamento da ação originária. Se, porém, for julgada improcedente, o 
julgamento da ação originária deverá ocorrer, para que se decida acerca da 
procedência ou não do pedido formulado pelo autor originário. Existem 
situações nas quais não será possível proferir sentença única. Como por 
exemplo, se dá diante de casos de extinçãode uma das causas conexas – a 
originária ou a oposição –, sem resolução de mérito. 
A revelia pode ocorrer e produzir os efeitos do art. 344, se não incidirem 
as vedações do art. 345. 
A sentença que decidir a oposição, separadamente ou em conjunto com 
a causa principal, com ou sem resolução de mérito, imporá a parte sucumbente 
as sanções pertinentes às despesas processuais e honorários advocatícios, 
observados o art. 85, § 2° e 87. O recurso cabível com relação à sentença é a 
apelação. 
 
 
 
 
 
 
Referencias bibliográficas 
Theodoro Jr, Humberto – Curso de Direito Processual Civil - Vol. II - 51ª Ed. 2017. 
Dinamarco, Cândido Rangel – Instituições de Direito Processual Civil - Vol.1 - 8ª 
Ed. 2016. 
LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS Nº 9.099/1995 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9099.html 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.html

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