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Contestação em Ação de Cobrança de Taxas Condominiais

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ALUNO JEFFERSON MACHADO MARTINS
MATRICULA: 201502423049
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO 1º JUIZADO CIVEL DA COMARCA DE NOVA IGUAÇU DA JUSTIÇA ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO
Autos do processo Nº XXXXXXX-XX.XXXX.X.XXXX
PAULA OLIVEIRA, (nacionalidade), (estadocivil), (profissão), portadora da carteira de identidade nº 00.000.000-0, inscrita no CPF sob o nº 000.000.000-00 com o endereço eletrônico xxxxx@xxxx.com, residente e domiciliado na (nome da rua), Nova Iguaçu/RJ, vem por seu advogado legalmente constituído (procuração em anexo), com endereço profissional (endereço completo), apresentar respeitosamente a sua tese de defesa a Vossa Excelência, nos autos da ação proposta pelo senhor, MARCOS CAVALCANTE, através de:
CONTESTAÇÃO
I. DA SINTÉSE INICIAL
Em breve síntese, a parte autora em sua inicial discorre que a senhora PAULA OLIVEIRA, teria deixado de realizar o adimplemento das taxas das cotas condominiais, bem como as taxas de gás do imóvel, em que a ré dessa ação reside, valores esses que chegam ao valor de R$1.600,00 (um mil e seiscentos reais) pelo período entre outubro a dezembro do ano de 2016.
Entretanto a senhora PAULA OLIVEIRA, alega que assinou um contrato com o senhor MARCOS CAVALCANTE, em 23 de setembro de 2016, que trazia expressamente em sua clausula de número segundo que o imóvel objeto do contrato, estaria sem nenhum tipo de ônus. 
A ré ainda diz que o ITBI (imposto sobre transmissão de bens imóveis), foi pago por ela no dia 2 de janeiro de 2017 e o contrato registrado no RI (registro de imóveis) na data de 16 de janeiro de 2017 e no dia 17 de janeiro o senhor MARCOS CAVALCANTE recebeu a quantia no valor de R$178.000,00 (cento e setenta e oito mil reais), bem como a senhora PAULA OLIVEIRA a chave da residência.
A senhora PAULA OLIVEIRA, realizou a transferência da conta de gás para o seu nome no dia 21 de janeiro de 2017 e realizou a mudança para o imóvel na data de 24 de janeiro de 2017 e desde que adquiriu a posse do imóvel realiza o pagamento de todos os tributos referentes ao imóvel, como se comprova em documentos em anexo. 
Assim a ação de cobrança movida pela parte autora é totalmente descabida, levando em consideração que a parte ré realizou o pagamento de todos os tributos que eram de seu dever. Ainda assim, deve ser destacar que o documento que a parte autora traz como fundamento dessa ação nada mais é que o deposito de reserva feito pela senhora PAULA OLIVEIRA, que tem o valor de R$2.000,000 (dois mil reais), que consta que o imóvel será entregue sem qualquer tipo de ônus de qualquer natureza, e que a posse do imóvel será dada no dia que for apresentado o protocolo no registro de imóveis.
II. DAS PRELIMINARES 
II.I DA INCOMPETENCIA DO JUIZO EM RAZÃO DO TERRITÓRIO
Excelência, verifica-se que essa ação não deveria ter sido proposta neste foro em que ela está tramitando, em razão do imóvel ser localizado no município de Resende e a parte ré está residindo no mesmo. Essa ação deveria ter sido oferecida no foro de domicilio do réu, assim sendo cumprida a regra geral do art. 46 do código de processo civil que assim dispõe:
“Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.”
II.I- DA LITISPEDENCIA
Ocorre no curso dessa ação, o fenômeno jurídico da litispendência, visto que já se tem uma ação com as mesmas partes, pedidos e causa de pedir tramitando e aguardando a audiência de conciliação, marcada para data X/X/2017.
“Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
(...) VI - litispendência;”
Sendo assim fundamento no art.485, inc. V do código de processo civil, vossa excelência deverá reconhecer a litispendência devendo extinguir essa ação, sem a resolução do mérito.
“Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
(...) V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;”
IV DO MÉRITO
IV.I. DA INEXISTENCIA DE DIVIDA
Excelência, a cobrança feita pela parte autora é totalmente inconcebível, o autor, estar realizando um pedido descabível, considerando que a data que ele diz que a senhora PAULA OLIVEIRA, não arcou com os valores referente ao imóvel, a ré não tinha nenhum tipo de vínculo com o imóvel, a não ser o desejo de comprar.
Deste modo, o senhor MARCOS CAVALCANTE, por ser o proprietário e possuidor do imóvel na época da dívida que se é cobrada, é quem deveria arcar com as obrigações e os ônus que o imóvel exige, vejamos o que fala o art. 1245 do nosso código civil.
Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis. 
§ 1o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel.
Não se tem dúvida dos conceitos dos institutos em questão, como se observa nos ensinamentos de CAIO MARIO DA SILVA PEREIRA, cujas palavras assim dispõem:
“embora lhe falte o caráter de presunção iures et de iure, a importância do registro é fundamental na organização jurídica da propriedade brasileira, não somente porque a lei proclama o registro como causa determinante da aquisição da propriedade, como, ainda, porque se infirma o registro por autoridade do seu oficial, há de resultar de uma sentença judicial proferida em processo contencioso, no qual se reconhecerá ao réu a mais ampla defesa”.
(SILVA PERERA, Caio Mário da. Instituições cit. – Direitos Reais cit., vol. IV, pág. 118, n. 303)
A jurisprudência a respeito da matéria também é bastante clara. Observa-se no julgado abaixo especificado ter havido, em situação parecida, sobre antecipação de herança.
	CONDOMÍNIO - DESPESAS - AÇÃO DE COBRANÇA - CERCEAMENTO DE DEFESA AFASTADO - TITULARIDADE DO DOMÍNIO - TRANSFERÊNCIA NÃO PROVADA? NÃO COMPROVADA -EXISTÊNCIA DE REGISTRO IMOBILIÁRIO - INTELIGÊNCIA DO ART. 1245 DO CÓDIGO CIVIL -PROCEDÊNCIA MANTIDA - APELAÇÃO IMPROVIDA 1. Os condôminos titulares do domínio, respondem pelas despesas condominiais, com ressalva da ação regressiva em relação ao cessionário ou adquirente.2. Nos termos do art. 1245 do Código Civil, a propriedade de imóvel somente é comprovada por meio de registro do título translativo no Registro de Imóveis; enquanto não houver o registro, o alienante permanece como titular do domínio
(TJ-SP - -....: 4175205920108260000 SP, Relator: Noival Oliva, Data de Julgamento: 23/11/2010, 26ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 11/12/2010)
IV DOS PEDIDOS
Diante dos expostos requer a vossa excelência:
A. O acolhimento das preliminares aludidas nesta peça, devendo ser reconhecia a incompetência deste juízo para análise do mérito; 
B. O acolhimento do pedido da preliminar de litispendência, extinguindo o processo sem a resolução do mérito;
C. Ultrapassada a preliminar acima pretendida e que não seja do entendimento de Vossa Excelência, no mérito, seja impugnado o pedido da parte autora;
D. Seja a parte autora condenada ao pagamento dos ônus sucumbenciais;
V. PROVAS
Requer a produção de todas provas em direito admitidas na amplitude do art. 369 e seguintes no CPC, em especial documental, testemunhal e pericial e depoimento pessoal do autor.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Rio de Janeiro/RJ, Terça Feira, 14 de novembro de 2017
JEFFERSON MACHADO MARTINS
OAB/RJ XX.XXX-X

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