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DIREITO CIVIL IV

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Disciplina: DIREITO CIVIL IV (CCJ0015/2594412) 1021
Plano de Ensino
Contextualização
A disciplina Direito Civil IV abrange os direitos reais, ou seja, as vinculações jurídicas estabelecidas entre uma pessoa, física ou jurídica, e um bem de expressão patrimonial, corpóreo ou incorpóreo. A denominação decorre da expressão "res" (coisa, em latim). É estudada a posse e toda a proteção jurídica construída para zelar e regulamentar o importante fato em que um sujeito se vale de um objeto para dele suprir necessidades da vida. Destaca-se também neste período letivo o estudo da propriedade privada, a qual está presente na vida de alguns brasileiros e nos sonhos de todos. Neste diapasão, a disciplina tem forte enfoque social, haja vista as finalidades democráticas estabelecidas para a propriedade, principalmente com o advento da Carta Magna vigente. Não mais se admite o abuso dos proprietários, a utilização da coisa sem comprometimento com o impacto social causado, bem como a submissão dos interesses particulares aos da coletividade. Com efeito, analisam-se as características e limitações do direito real para que não se firam direitos alheios, bem como o surgimento de novos institutos com o advento do novo Código de Processo Civil, tal como a usucapião extrajudicial ou administrativa. Por fim, transita-se pelos diversos vínculos reais em que se pode exercer poder sobre coisa alheia, tanto para fins de uso e gozo quanto para fins de garantir o pagamento de uma dívida.
Ementa
Conceito, classificac¸a~o e caracteri´sticas de Direito das Coisas. Obrigações propter rem. Posse. Propriedade. Usucapião e espécies. Registro de imóveis. Direitos de vizinhança. Condomínio e espécies. Direitos reais sobre coisas alheias. Espécies. O direito de laje inserido pela Medida Provisória 759/16. Direitos reais de garantia. Espécies.
Objetivos gerais
Elencar os direitos reais, analisando os princípios gerais, suas características, fonte, classificação e os sistemas a eles concernentes;
Definir e compreender o fenômeno da posse, suas teorias, natureza jurídica, classificações e efeitos;
Identificar cada um dos direitos reais, examinado conceito, principais características, efeitos e modos de extinção.
 Objetivos específicos
Conceituar os direitos reais e localizá-los no Código Civil e leis extravagantes;
Diferenciar obrigações e direitos reais;
Reconhecer as divergências entre os direitos reais e as obrigações propter rem.;
Conceituar o fenômeno fático que implica na posse através das teorias clássicas;
Diferenciar posse, propriedade e detenção;
Identificar as diversas características da posse de acordo com diferentes critérios jurídicos;
Compreender os principais efeitos da posse, em que se incluem os modos de proteção em eventuais violações.;
Identificar e debater o momento da aquisição da posse, a classificação daí decorrente e os modos de tradição;
Conceituar a propriedade antes e após a constitucionalização do direito privado;
Analisar os diferentes modos de aquisição da propriedade, especialmente o registro de título, a usucapião e as acessões imobiliárias;
Diferenciar as diversas formas de usucapião de imóveis. Identificar os fundamentos que inspiram o direito de vizinhança;
Diferenciar a natureza do direito de vizinhança e da servidão predial;
Diferenciar as diversas formas de condomínio: o voluntário, o necessário, o legal e o condomínio edifício;
Apontar o direito real decorrente da promessa de compra e venda e compreender a sua natureza jurídica;
Identificar as espécies de promessa de compra e venda a fim de analisar qual confere direito de aquisição;
Diferenciar os direitos reais sobre coisas alheias;
Identificar o direito de laje inserido pela Medida Provisória 759/16;
Diferenciar os direitos reais de garantia.
Conteúdos
Unidade I - Direito das Coisas
Conceito
Características
Classificação
Diferença entre direitos reais e obrigacionais
Objeto do direito das coisas
Sujeitos
Obrigação propter rem
Unidade II - Posse
 Evolução histórica, conceito e características
Teoria subjetivista
Teoria Objetivista
Distinção entre posse, propriedade e detenção
Classificação da posse e suas características
Natureza jurídica - controvérsias
Composse
Efeitos da posse
Aquisição
Momento de início da posse
Espécies de aquisição
Meios de tradição da posse
Acessão de posses
Extinção
Unidade III - Propriedade em Geral
Propriedade em geral
Evolução histórica, conceito e características
Restrições legais de interesse particular e público
Modos de aquisição da propriedade imobiliária
Registro de título
Acessões imobiliárias
Usucapião
Conceito e natureza jurídica
Requisitos gerais e específicos
Espécies e respectivos prazos
Usucapião extrajudicial ou administrativa – introduzida pelo novo CPC
Direito intertemporal
Alegação em defesa e seus efeitos
Modos de aquisição da propriedade mobiliária
Espécies
Distinção entre descoberta e ocupação
Modos de perda da propriedade
Propriedade superficiária
Conceito e natureza
Constituição e extinção
Características e principais efeitos
Conflito normativo
Unidade IV - Direito de Vizinhança
Conceito, princípios e natureza jurídica
Espécies
Diferenças dos direitos de vizinhança e servidões prediais
Limitações ao direito de construir
Unidade V - Condomínio
Conceito, princípios e natureza jurídica
Classificação e características
Direitos e deveres dos condôminos
Condomínio edilício no Código Civil
Unidade VI - Direitos Reais sobre Coisas Alheias (de gozo ou fruição)
Servidão predial
Conceito
Espécies
Constituição
Principais características
Extinção
Usufruto
Conceito
Espécies
Constituição
Principais características
Extinção
Correlação com o direito real de uso
Correlação com o direito real de habitação
Direito real do promitente comprador do imóvel
Conceito
Constituição
Efeitos
Necessidade do registro do título
Propriedade superficiária
Propriedade fiduciária
Direito de laje (Medida Provisória 759/16)
 Unidade VII - Direitos Reais de Garantia
Conceito e natureza jurídica
Constituição
Requisitos
Características
Principais diferenças entre a alienação fiduciária, penhor, hipoteca e anticrese
Indicação do material didático
Mapa conceitual
Bibliografia Básica
MELO, Marco Aurélio Bezerra de. Direito das Coisas. 4. Ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
TARTUCE, Flávio. Direito Civil, Vol. 4 - Direito das Coisas. São Paulo: Método. 4ª edição - revista e atualizada, 2012
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, 7ª. Ed., vol. 5, Rio de Janeiro: Saraiva , 2010.
Semana de Aula: 01
Tema: Direito das Coisas
Objetivos
- Introduzir o aluno no direito das coisas;
- Diferenciar direitos reais de direito das coisas;
- Fornecer conceitos estruturais e as características comuns a todos os direitos reais.
Unidade 1 - DIREITO DAS COISAS
1.1. Conceito
1.2. Características
1.3. Classificação
1.4. Diferença entre direitos reais e obrigacionais
1.5. Objeto do direito das coisas
1.6. Sujeitos
1.7. Obrigação propter rem
Caso Concreto
Antônio celebrou contrato de compromisso de compra e venda de bem imóvel com Ricardo, em 02 de fevereiro de 2016, tendo por objeto seu apartamento situado no bairro do Recreio, no Rio de Janeiro, no valor de R$ 800.000,00. A escritura não foi registrada no respectivo Cartório de Registro de Imóveis.
Diante da inadimplência desde o ano de 2014, o condomínio ajuíza a Ação de Cobrança (referente às cotas condominiais em atraso), em face do promitente vendedor, que alega ilegitimidade passiva.
Sustenta Ricardo (promitente vendedor) que a promessa de compra e venda já teria transferido a responsabilidade pelo pagamento da cota condominial ao promitente comprador, e que a propriedade do bem imóvel fora transferida no ano de 2016 para Antônio.
INDAGA-SE:
a) A responsabilidade pelo pagamento de cotas condominiais tem qual natureza jurídica?
b) No Código Civil Brasileiro há algum dispositivo legal acerca da responsabilidade pelo pagamento dascotas condominiais que possa ser utilizado pelo condomínio, na respectiva ação ajuizada? Explique a sua resposta com a devida fundamentação.
c) Na hipótese narrada, pode-se afirmar que houve transferência da propriedade do bem imóvel, mediante o contrato celebrado entre Antônio e Ricardo? Explique sua resposta com a devida fundamentação.
Questão objetiva - Sobre as obrigações propter rem é correto afirmar que:
a. São obrigações que constituem verdadeiros direitos reais, uma vez que existem em função da existência desses. Portanto, o titular do direito real, será o titular da obrigação propter rem.
b. Renúncia ao direito real libera sempre o renunciante da obrigação propter rem.
c. Ocorrendo a transferência da coisa sobre a qual incide uma obrigação propter rem esta estará automaticamente extinta.
d. São obrigações de natureza ambulatória, o que significa afirmar que a titularidade acompanha sempre o direito real, como é o caso do IPTU e da taxa de condomínio. Para a caracterização da obrigação propter rem importa identificar quem era o seu titular à época do fato gerador.
Semana de Aula: 02
Objetivos
- Introduzir o aluno no estudo da posse;
- Conceituar posse e situá-la no contexto da função social;
- Classificar a posse conforme os critérios do Código Civil.
Unidade 2 - POSSE
2.1. Evolução histórica, conceito e características
 2.1.1 Teoria subjetivista
 2.1.1. Teoria objetivista
2.2 Distinção entre posse, propriedade e detenção
2.3 Classificação da posse e suas características
2.4 Natureza jurídica: controvérsias
2.5 Composse
Caso Concreto
Mariana emprestou a título gratuito o seu apartamento para Sandra, sem fixar prazo para devolução. Durante o tempo em que esteve no imóvel, Sandra fez todos os reparos necessários, além de ter construído um cômodo a mais para um de seus filhos morar com ela. Após 10 anos, Mariana solicitou de volta a casa, mas Sandra recusou-se a devolver, alegando que não teria outro lugar para ir e que, após 10 anos de utilização mansa, pacífica e sem oposição, já teria tempo suficiente para usucapir o bem. Considerando as informações acima, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE: Qual a classificação da posse de Sandra, antes de Mariana pedir o imóvel de volta? (justa/injusta; boa -fé/má-fé; originária/derivada; direta/indireta)
Questão objetiva
No que diz respeito à posse é correto afirmar:
(a) Para que haja composse é necessário que todos os copossuidores tenham ciência da posse dos demais;
(b) O possuidor direto pode exercitar a repulsa legítima à invasão de sua esfera possessória por parte do possuidor indireto, ainda que não mais vigente o título jurígeno autorizador do desdobramento da posse;
(c) Não se caracteriza a posse violenta quando alguém se apossa de propriedade onde não encontrou ninguém e depois tão-somente impede o dono de nela reentrar;
(d) A companheira tem justo título na posse de bens comuns do casal, quando do falecimento do companheiro.
Semana de Aula: 03
Objetivos
- Estudar os efeitos da posse quanto aos frutos e as benfeitorias;
- Compreender, material e processualmente, as ações possessórias.
UNIDADE 2: EFEITOS DA POSSE 
2.6 Efeitos da posse
Caso Concreto
Marcelo move ação reivindicatória em face de Rodrigo em 2015, afirmando ser proprietário de determinado imóvel, desde 2012. Porém, deixa de instruir a inicial com a escritura pública devidamente registrada, eis que não a possui. Rodrigo apresenta contestação na qual sustenta deter a posse do imóvel desde 2008, posse que lhe fora transmitida com a morte de sua mãe, possuidora mansa e pacífica do imóvel, desde 1998, com justo título e animus domini. Alega Rodrigo, em seu favor, a exceção de usucapião, requerendo a improcedência do pedido com o reconhecimento da prescrição aquisitiva,
invocando, alternativamente, o direito de retenção por benfeitorias úteis, e protestando por prova testemunhal. Em audiência de conciliação considerou o magistrado estar comprovada a matéria de direito, inexistindo matéria de fato a ser considerada. Denega a produção de provas testemunhal e profere sentença de procedência do pedido inicial, sob os seguintes argumentos: 
a) que não cabe discussão acerca da posse ad usucapio nem e que restou comprovado o domínio do autor; 
b) que, por ser a posse um estado de fato, não é possível a sua transmissão; 
c) que não cabe o direito de retenção por benfeitorias, pois se trata de possuidor de má fé. Diante do caso concreto, pergunta -se: 
1. Como advogado(a) de Rodrigo, que direitos sustentaria para fundamentar sua defesa?
2. Sem discutir a questão da usucapião, terá Emerson direito à posse do bem? Por quê?
3. Como fica o direito de retenção por benfeitorias?
4. E o direito aos frutos?
Questão objetiva 1
O possuidor de má fé:
(a) Não tem direito à indenização independentemente do tipo de benfeitoria que tenha realizado no imóvel.
(b) Tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e das úteis, m as só pode reter o imóvel em razão das necessárias. 
(c) Tem direito à indenização só das benfeitorias necessárias, mas não tem direito de retenção do imóvel.
(d) Tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e das úteis sem direito de retenção do imóvel.
(e) Tem direito à indenização só das benfeitorias necessárias com direito de retenção do imóvel.
Questão objetiva 2
Assinale a alternativa incorreta:
(a) O possuidor tem direito de ser mantido na posse em caso de turbação.
(b) Considera-se possuidor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções.
(c) O Código Civil reconhece como injusta a posse que for violenta, clandestina ou precária.
(d) A posse poderá ser desmembrada em direta e indireta.
Semana de Aula: 04
Objetivos
- Estudar as formas de perda e aquisição da posse.
Estrutura do Conteúdo
UNIDADE 2: POSSE (continuação)
2.7 Aquisição
2.7.1 Momento de início da posse
2.7.2 Espécies de aquisição
2.7.3 Meios de tradição da posse
2.7.4 Acessão de posses
2.8 Extinção
Caso Concreto
Ana Paula vendeu a Sergio o seu apartamento, recebendo desde logo todo o preço ajustado, efetuando-se o registro da escritura no RJ. Como ainda não estava pronto o novo apartamento de Ana Paula, para o qual pretendia se mudar, Sergio permitiu que Ana Paula continuasse a morar no imóvel que lhe vendeu, por mais dois meses, pagando apenas as despesas de condomínio, IPTU, luz e gás. Em face do exposto, responda:
a) Ana Paula continua sendo proprietária do imóvel que ocupa?
b) Ana Paula continua sendo possuidora? Se positiva a resposta, a que título?
c) Sergio é possuidor do imóvel que adquiriu?
d) Se Ana Paula, ao término dos dois meses, não entregar o imóvel a Sergio, o que poderá este fazer?
Questão objetiva
Dá-se o traditio brevi manu, quando:
a. o possuidor de uma coisa em nome alheio passa a possuí-la como própria.
b. o sucessor universal continua a posse do antecessor.
c. a posse puder ser continuada com a soma do tempo do atual possuidor com a posse de seus antecessores.
d. o possuidor de um imóvel em nome próprio passa a possui-lo em nome alheio.
e. se exerce a posse em razão de uma situação de dependência econômica ou de um vínculo de subordinação.
Semana de Aula: 05
Objetivos
- Estudar a formação histórica da propriedade e seus elementos estruturais;
- Identificar as restrições ao direito de propriedade.
Unidade 3 - PROPRIEDADE EM GERAL
3.1. Propriedade em geral
3.2. Evolução histórica, conceito e características
3.3. Restrições legais de interesse particular e público
Caso Concreto
Jonas, proprietário de terreno adquirido de Lauro por meio de escritura de compra e venda registrada em 2016, propõe ação reivindicatória em face de Geraldo, no mesmo ano, alegando que este ocupa o imóvel injustamente. Geraldo, em contestação, alega que, em 2014, comprou e pagou o preço do imóvel a Estevão, procurador em causa própria constituído por Lauro, obtendo deste um recibo de aquisição do bem,além do que tem conduta consentânea com a função social da propriedade. 
Pergunta -se:
a) Quem é o atual proprietário do bem e sob qual fundamento?
b) Está correta a ação proposta por Jonas? Esclareça.
c) Na hipótese, poderia Jonas ingressar com ação de reintegração de posse? Justifique.
d) O que é função social da propriedade? Há previsão no direito brasileiro?
Questão objetiva
(DPE SE 2012) Com relação ao direito de propriedade, direito real por meio do qual o proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa e o direito de reavê-la do poder de quem injustamente a possua ou detenha, assinale a opção correta. 
a). A lei admite a intervenção na propriedade, por meio da desapropriação, sempre que o agente público entendê-la conveniente e necessária aos interesses da administração pública, tendo, nesse caso, o proprietário direito a justa indenização.
b). Presume-se, até que se prove o contrário, que as construções ou plantações existentes na propriedade sejam feitas pelo proprietário e às suas expensas. Entretanto, aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio, ainda que tenha procedido de boa-fé, perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções.
c). Caso o invasor de solo alheio esteja de boa-fé e a área invadida exceda a vigésima parte do solo invadido, o invasor poderá adquirir a propriedade da parte invadida, mas deverá responder por perdas e danos, abrangendo os limites dos danos tanto o valor que a invasão acrescer à construção quanto o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente.
d). Uma das formas de aquisição da propriedade de bens móveis ocorre por intermédio da usucapião, segundo o Código Civil brasileiro em vigor, aquele que possuir, de boa-fé, coisa alheia móvel como sua, de forma justa, pacífica, contínua e inconteste, durante cinco anos ininterruptos, adquirir-lhe-á a propriedade.
e). A propriedade do solo abrange também a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, incluindo –se as jazidas, minas e demais recursos minerais, bem como os potenciais de energia hidráulica, mas não os monumentos arqueológicos, os rios e lagos fronteiriços e os que banham mais de uma unidade federativa.
Semana de Aula: 06
Objetivos:
- Analisar o registro como forma de aquisição da propriedade;
- Estudar os princípios e características do registro público;
- Entender o procedimento de registro de imóveis;
- Examinar as acessões como formas de aquisição da propriedade.
Unidade 3: Aquisição da Propriedade Imóvel
3.4. Modos de aquisição da propriedade imobiliária
 3.4.1 Registro de título
 3.4.2 Acessões imobiliárias
Caso Concreto
Júlio é proprietário de um terreno cujos limites são demarcados por um pequeno córrego. Em setembro de 2011 obras da Prefeitura Municipal provocaram alteração permanente do curso natural das águas o que promoveu a seca definitiva do leito do córrego. Júlio, curioso por natureza, procura seu escritório, conta-lhe os fatos e lhe pergunta a quem pertencerá o leito do córrego seco: à Prefeitura ou pode incorporar ao seu terreno? Responda fundamentadamente a pergunta.
Questão objetiva
No sistema brasileiro:
a. a propriedade móvel se adquire com o contrato de compra e venda;
b. a propriedade imóvel se adquire no momento em que o bem é transferido ao comprador;
c. tanto a propriedade móvel como a imóvel se adquire pela cláusula constituti;
d. a propriedade móvel se adquire pela tradição e a imóvel pelo registro;
e. a propriedade imóvel se adquire pela escritura pública de compra e venda.
Semana de Aula: 07
Objetivos
- Compreender o fenômeno da usucapião;
- Identificar os requisitos de todas as modalidades de usucapião;
- Aplicar as regras de transição à usucapião.
UNIDADE 3: Usucapião de imóveis
3.4.3. Usucapião
 3.4.3.1 Conceito e natureza jurídica
 3.4.3.2. Requisitos gerais e específicos
 3.4.3.3. Espécies e respectivos prazos
 3.4.3.4. Direito intertemporal
 3.4.3.5. Alegação em defesa e seus efeitos
Caso Concreto
Gustavo e Rodolfo dissolveram em 2012 sua união homo-afetiva em que conviveram desde 2000. Gustavo voltou para a casa dos seus pais e Rodolfo permaneceu no apartamento em que viviam e que adquiriam de forma onerosa durante a união. Como a dissolução da união foi litigiosa, Gustavo decidiu deixar todas as contas relativas ao imóvel para Rodolfo pagar, tais como, o IPTU e as taxas condominiais, já que não mais iria morar no bem. Após 4 anos morando com os seus pais, Gustavo decide contratar você como advogado(a), para postular o seu direito à metade do apartamento, eis que comprou o bem em copropriedade com Rodolfo e até o momento não tinham partilhado o referido
imóvel. Pergunta-se: Gustavo conseguirá obter em Juízo o seu direito à metade (meação) do apartamento? Fundamente sua resposta.
Questão objetiva
Por 10 anos, sem interrupção nem oposição, Fábio possuiu, como seu, bem imóvel no qual estabeleceu sua moradia habitual, podendo:
A). depois de mais cinco anos requerer ao juiz que declare adquirida a propriedade do bem, independentemente de justo título e boa-fé.
B). requerer ao juiz que constitua desde logo, em seu favor, a propriedade do bem, somente se possuir justo título e boa-fé.
C). depois de mais cinco anos requerer ao juiz que constitua, em seu favor, a propriedade do bem, desde que possua justo título e boa-fé.
D).requerer ao juiz que declare desde logo adquirida a propriedade do bem, independentemente de justo título e boa-fé.
E. requerer ao juiz que constitua em seu favor, a partir do trânsito em julgado da sentença, a propriedade do bem, independentemente de justo título e boa-fé.
Semana de Aula: 08
Objetivos
- Estudar as formas de aquisição da propriedade móvel;
- Analisar a usucapião de bens móveis.
UNIDADE 04: Aquisição da propriedade móvel
3.5. Modos de aquisição da propriedade mobiliária
 3.5.1 Espécies
 3.5.2 Distinção entre descoberta e ocupação
Caso Concreto
Adriano, contumaz receptador de veículos furtados, adquiriu um veículo Honda em janeiro de 2006, alterando-lhe a placa e o chassi. Desde então, Adriano vem utilizando contínua e ininterruptamente o veículo. No entanto, em maio de 2016 Adriano foi parado em uma blitz que apreendeu o veículo, mesmo tendo este afirmado que como já estava na posse do bem há mais de dez anos, tinha lhe adquirido a propriedade por usucapião. Pergunta-se: bens furtados ou roubados podem ser objeto de usucapião por pessoa que conhece sua origem? Justifique sua resposta.
Questão objetiva 1
Sobre a aquisição e perda da propriedade, analise as afirmações abaixo:
I - A usucapião é forma de aquisição de propriedade.
II - A usucapião no direito brasileiro, quanto aos bens imóveis poderá ser, entre outras espécies, ordinária, extraordinária, urbana e rural.
III - A aquisição da propriedade por especificação somente é aplicável aos bens móveis.
Quais são corretas?
a) Apenas I e II.
b) Apenas I e III.
c) Apenas II e III.
d) Apenas II.
e) Todas as alternativas.
Questão objetiva 2
Sobre a descoberta e ocupação, é correto afirmar que:
a. A apropriação de uma coisa sem dono (res nullius) constitui um negócio jurídico uma vez que resulta da intenção de assenhorar-se do bem.
b. Para efetivar-se a ocupação é essencial a apreensão da coisa com as próprias mãos.
c. A coisa perdida é suscetível de ocupação.
d. O tesouro pode ser considerado na legislação brasileira uma forma de ocupação uma vez que pode ser caracterizado como res nullius ou res derelicta.
e. O usufrutuário não terá direito à parte do tesouro encontrado por outrem, quando o usufruto recair sobre universalidade ou quota-parte de bens.
Semana de Aula: 09
Objetivos
Ao final dessa aula, o aluno deverá ser capaz de:
- Compreender as formas de perda da propriedade;
- Compreender a estrutura da propriedade fiduciária.
UNIDADE 04: Perda da propriedade. Propriedade fiduciária.
3.6 Modos de perda da propriedade
Caso Concreto
Uma confecção de São Paulo encomendou a uma outra empresa a confecção de diversas etiquetas paraserem acrescentadas aos seus produtos. Quanto às etiquetas, após costuradas nos produtos, pode –se afirmar que houve o fenômeno da adjunção ou da especificação? Justifique sua resposta.
Questão objetiva 1
Sobre as causas de perda da propriedade, pode-se afirmar que:
a). O abandono que dá origem à res derelicta não autoriza a perda da propriedade móvel ou imóvel.
b). A desapropriação é forma de perda da propriedade e só pode ter fundamento necessidade e interesse público.
c). A renúncia à propriedade é considerada negócio jurídico bilateral pelo qual o titular expressa a vontade de excluir a coisa de seu patrimônio, gerando efeitos independente do registro do ato renunciativo, ainda que o bem seja imóvel.
d). A desapropriação indireta não pode ser considerada forma de esbulho possessório, uma vez que o Poder Público não se sujeita aos interditos. 
e). Não há direito sem objeto, portanto, perecendo a coisa móvel ou imóvel extinta estará a respectiva propriedade.
Questão objetiva 2
Sobre a desapropriação é correto afirmar que:
a). A desapropriação é uma das formas de perda voluntária do domínio para atender necessidade ou utilidade pública ou interesse social.
b). Todos os bens móveis ou imóveis, corpóreos ou incorpóreos, podem ser objeto de desapropriação. No entanto, os direitos de personalidade não são passíveis de desapropriação.
c). O desapropriado não terá direito de preferência caso a Administração Pública desista de dar finalidade pública prevista no ato desapropriatório.
d). Utilidade pública possui a conotação de urgência, algo indispensável para suprir carências. Necessidade é a qualidade do que acrescenta, dá funcionalidade, mas não se revela imprescindível.
e). O apossamento administrativo é considerada prática lícita e admitida pelo ordenamento brasileiro.
Semana de Aula:10
Objetivos
Ao final dessa aula, o aluno deverá ser capaz de:
- Compreender a propriedade superficiária;
- Diferenciar a superfície da enfiteuse;
- Identificar os limites à propriedade decorrentes dos direitos de vizinhança.
UNIDADE 04: Propriedade superficiária. Direitos de vizinhança.
3.7. Propriedade superficiária
 3.7.1. Conceito e natureza
 3.7.2. Constituição e extinção
 3.7.3. Características e principais efeitos
 3.7.4. Conflito normativo
UNIDADE 4 - DIREITO DE VIZINHANÇA
4.1. Conceito, princípios e natureza jurídica
4.2. Espécies
4.3. Diferenças dos direitos de vizinhança e servidões prediais
Caso Concreto
Antenor dos Anjos, proprietário de uma casa localizada no Bairro de Piedade, construiu uma janela a menos de metro e meio do imóvel de Soraia. Dois anos depois, Soraia construiu um muro, observando o Código de Posturas Municipais e as regras da legislação civil, reduzindo, entretanto, a circulação de ar e a claridade na residência de Antenor, que inconformado, promoveu uma Ação Demolitória. Analise a situação narrada, com base na legislação civil brasileira, e aponte a quem assiste razão e fundamente a sua reposta.
Questão objetiva 1
(TJPE 2013) O direito de superfície é concedido a outrem pelo:
a. proprietário, por escritura pública registrada no Cartório de Registro de Imóveis,
sempre outorgando àquele o direito de executar obras no subsolo.
b. proprietário, em decorrência de contrato de locação e de comodato, quando autorizadas
construções ou plantações, devendo o instrumento ser registrado no Cartório de RGI.
c. proprietário ou possuidor, caracterizado pelo direito de construir ou de plantar em terreno do concedente, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
d. proprietário, caracterizado pelo direito de construir ou de plantar em terreno do concedente, por tempo determinado, mediante escritura pública devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
e. proprietário, por escritura pública ou escrito particular, conferindo àquele o direito de
construir ou de plantar em terreno do concedente, por prazo determinado ou indeterminado, e independentemente do registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Questão objetiva 2
(DPE PI 2009) Norma alugou um apartamento no primeiro andar de um prédio e, dois dias após sua mudança, sentiu-se incomodada por ruído excessivo. Apurou o fato e descobriu que o ruído advinha de um assoalho de madeira instalado em apartamento do terceiro andar. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a. Norma deve procurar a locadora, para que esta proponha a ação cabível, já que detém apenas a posse do bem e esta é uma questão de vizinhança.
b. A ação cabível deve versar sobre direito de vizinhança, sendo que a responsabilidade pelo distúrbio deve ser apurada sob o critério objetivo.
c. Não existe, nessa hipótese, típica situação que envolva direito de vizinhança, até porque os andares do prédio não são confinantes.
d. O barulho que incomoda Norma, na verdade, constitui um ato ilícito que desencadeia
Responsabilidade civil, independentemente da aplicação das regras do direito de vizinhança. 
e. A hipótese deve ser tratada sob o crivo do direito de vizinhança, contudo, apurado que quem construiu o assoalho foi o antigo proprietário do apartamento, este deve responder pelo caso.
Semana de Aula: 11
Objetivos
Ao final dessa semana, o aluno deverá ser capaz de:
- Aplicar as normas atinentes à limitação ao direito de construir.
- Compreender o conceito, os elementos e as características do condomínio;
- Classificar as várias espécies de condomínio;
- Identificar os direitos e deveres que surgem nos condomínios voluntário e necessário.
Unidade 4 DIREITO DE VIZINHANÇA (continuação)
4.4. Limitações ao direito de construir
Unidade 5 CONDOMÍNIO
5.1. Conceito, princípios e natureza jurídica
5.2. Classificação e características
5.3. Direitos e deveres dos condôminos
Caso Concreto
Selma, proprietária de uma unidade localizado no Condomínio do Edifício Vivendas do Sol, localizado no Recreio dos Bandeirantes, resolveu ocupar parte da área térrea contínua a sua área de serviço; a utilização já perdura por mais de 5 (cinco) anos. A área, que é utilizada por Selma, pertence a área comum do condomínio edilício. Na qualidade de proprietária do imóvel, ela recentemente construiu um muro no local, impedindo que os demais condôminos e os respectivos funcionários do condomínio tenham acesso à área em questão. O síndico do condomínio, a pedido dos demais condôminos, (decisão
em Assembleia) ingressa com uma Ação Judicial objetivando a demolição do muro construído. Ao tomar conhecimento do fato Selma, imediatamente, ingressa com uma Ação Judicial para ver reconhecida a usucapião da respectiva área. INDAGA-SE:
A - Diante do caso narrado, a legislação brasileira e/ou a jurisprudência prevê á possibilidade jurídica de Selma ter a sua pretensão judicial julgada procedente? Explique a sua resposta com a devida fundamentação jurídica
B - A legislação brasileira permite que o condômino pode utilizar-se de área comum do Condomínio com exclusividade impedindo o uso dos demais? Há exceções previstas na legislação vigente? Explique as indagações com as respectivas respostas fundamentadas.
Questão objetiva 1
(PC GO 2008) Na tutela dos direitos reais, distingue-se a proteção à posse daquela conferida especificamente ao domínio. Entretanto, admite o ordenamento jurídico brasileiro a tutela daquela com fundamento neste. Assim, considerando-se a disputa da posse com base no domínio, é CORRETO no direito brasileiro:
a. Não se deve julgar a posse em favor daquele a quem evidentemente não pertencer o domínio, em razão de dispositivo expresso de lei.
b. Não provado o domínio por qualquer das partes, não há que se aplicar, em caráter absoluto, o favor do domínio evidente.
c. A ação em que o autor pleiteia a posse fundada no domínio tem natureza possessória em razão do pedido.
d. O pleito de posse fundado no domínio tem natureza petitória em razão da causa de pedir, além do pedido.
Questão objetiva 2
(TJAL 2008) Silvana, Teresa e Sandra adquiriramuma casa em região praiana com o objetivo de lá se hospedarem em finais de semana, férias e feriados, exceto no período de março a agosto, em que nenhuma das três utilizará a casa. Diante dessa situação, assinale a opção correta.
a. Se ficar acordado que Silvana passará as férias de janeiro na casa, não é preciso autorização das demais condôminas para que ela empreste a casa a uma amiga naquele período.
b. Considerando que nenhuma das três utilize a casa no período de março a agosto, se Teresa resolver alugá-la temporariamente a uma clínica de estética, cujo imóvel esteja em reforma, nada obstará esse comportamento, desde que o lucro obtido seja repartido entre as três condôminas.
c. A situação descrita na situação hipotética é exemplo de elisão do princípio da exclusividade que se dirige ao domínio, dado o estado de indivisão do bem entre as três condôminas.
d. Se Silvana possuir o maior quinhão, terá preferência legal na administração do imóvel.
e. Caso Sandra contraia dívida em proveito do condomínio durante sua estada no imóvel, só ela ficará obrigada ao pagamento diante do terceiro.
Semana de Aula: 12
Objetivos
Ao final dessa semana, o aluno deverá ser capaz de:
- Identificar os direitos e deveres dos condôminos no condomínio edilício, bem como as sanções cabíveis ao descumprimento dos deveres;
- Diferenciar as áreas comuns das áreas sujeitas à utilização exclusiva e entender a relevância prática dessa diferenciação;
- Compreender a administração do condomínio edilício;
- Entender como ocorre a formação e a extinção do condomínio edilício.
Unidade 5 CONDOMÍNIO (continuação)
5.4. Condomínio edilício e o Novo Código Civil
Caso Concreto
Aqua Service Serviços Ltda., em ação de cobrança em que é ré Sônia, pleiteia o pagamento de despesas realizadas na prestação de serviços de captação, tratamento e distribuição de água, esgoto, limpeza das ruas, pavimentação, paisagismo, segurança e demais despesas de conservação do complexo habitacional do qual a ré faz parte. Alega, como fundamento do pedido, que tais despesas devem ser rateadas por todos aqueles que se beneficiam dos serviços oferecidos. Em contestação, a ré sustenta que jamais celebrou contrato com a autora, motivo pelo qual não se vê obrigada a pagar qualquer contraprestação. Aduz não existir condomínio algum no complexo habitacional em que reside, constituído de lotes autônomos, razão pela qual não se pode falar em despesas condominiais. Indaga-se:
a) Pode-se afirmar que há, na hipótese, um condomínio? Em caso positivo, de que natureza?
b) Há obrigação de rateio de despesas? Justifique.
Questão objetiva
Em relação ao condomínio edilício, assinale a alternativa correta.
a. O condômino pode dar à sua fração ideal destinação outra que não a destinação do condomínio, por sua condição de proprietário.
b. O proprietário ou titular de direito à aquisição de unidade poderá fazer obra que modifique a fachada do prédio, na dependência de obtenção de aquiescência de um terço dos votos dos condôminos.
c. A participação e voto nas deliberações dos condôminos nas assembleias nunca dependem de estarem quites quanto ao pagamento dos encargos a que estão sujeitos.
d. As despesas originadas pelo condomínio edilício, a serem suportadas pelos condôminos, não devem ser consideradas relações de consumo, não se aplicando, portanto, as regras do Código de Defesa do Consumidor.
Semana de Aula:13
Objetivos
Ao final dessa aula, o aluno deverá ser capaz de:
- Compreender a estrutura dos direitos reais sobre coisas alheias;
- Identificar as servidões e diferenciá-las do direito de passagem forçada;
- Aplicar o regime jurídico do usufruto, e diferenciá-lo do uso e da habitação.
Unidade 6 - DIREITOS REAIS SOBRE COISA ALHEIA (DE GOZO OU FRUIÇÃO)
6.1. Servidão predial
 6.1.1. Conceito
 6.1.2. Espécies
 6.1.3. Constituição
 6.1.4. Principais características
 6.1.5. Extinção
6.2. Usufruto
 6.2.1. Conceito
 6.2.2. Espécies
 6.2.3. Constituição
 6.2.4. Principais características
 6.2.5. Extinção
 6.2.6. Correlação com o direito real de uso
 6.2.7. Correlação com o direito real de habitação
Caso Concreto
Júlio, nu-proprietário, ajuizou ação de extinção de usufruto em face do espólio de Plínio Santoro, tendo em vista o falecimento do usufrutuário. Realizada a citação, o réu requer a extinção do feito sem julgamento do mérito, sob o argumento de que não há a necessidade do provimento jurisdicional para extinguir usufruto por morte do usufrutuário. Pergunta-se:
a) Como se extingue o usufruto?
b) Há fundamento jurídico na manifestação do réu? Justifique sob a ótica legal e posicionamento jurisprudencial.
Questão objetiva 1
(TJRO 2012) Assinale a alternativa correta:
a. O usufrutuário pode alugar o imóvel sob o qual detém o usufruto, e a renda deste obtida reverte em seu favor.
b. O bem gravado com usufruto não pode ser alienado.
c. O usufruto não pode ser estipulado por tempo determinado.
d. Direito a usufruto e direito real de habitação são o mesmo instituto.
Semana de Aula:14
Objetivos
Ao final dessa aula, o aluno deverá ser capaz de:
- Identificar os requisitos legais que conduzem o contrato de compra e venda a ser causa do direito real do promitente comprador;
- Compreender as normas gerais aplicáveis aos direitos reais de garantia.
Unidade 6 - continuação
6.3. Direito real do promitente comprador do imóvel
 6.3.1. Conceito
 6.3.2.Constituição
 6.3.3. Efeitos
 6.1.4. Necessidade do registro do título
Unidade 7 - DIREITOS REAIS DE GARANTIA
7.1. Conceito e natureza jurídica
7.2. Constituição
7.3. Requisitos
7.4. Características
Caso Concreto
Otávio prometeu comprar, de Augusto, um imóvel não loteado em 50 prestações de R$ 3.000,00 (três mil reais) e quitou a obrigação em 26 de março de 2015. Diante da recusa do promitente vendedor em outorgar voluntariamente a escritura definitiva, viu-se na contingência de ajuizar ação de adjudicação compulsória em face de Augusto que, citado, alega não estar obrigado a fazer a escritura, pois o compromisso não se encontra devidamente registrado nos termos do artigo 1.418, do Código Civil, e não é esse o entendimento do Supremo Tribunal Federal. Indaga-se:
a) O promitente comprador do imóvel tem direito real? Justifique.
b) Está correta a afirmação de Augusto de que há necessidade de registro do negócio jurídico para fins de ação de adjudicação compulsória? Esclareça.
Questão objetiva
(IAPJM Advogado 2010) Quanto aos efeitos dos direitos reais de garantia, assinale a opção correta.
a. No direito brasileiro, vigora a regra de que o crédito real prefere ao pessoal, salvo se este gozar de privilégio.
b. O credor de uma segunda hipoteca efetuada sobre determinado imóvel perderá a garantia do bem hipotecado.
c. Ainda que não convencionado, o pagamento parcial de uma dívida importará a liberação de garantia na proporção do pagamento efetuado.
d. Os herdeiros do devedor pignoratício poderão remir parcialmente o penhor, na proporção de seus quinhões.
e. O credor tem o direito de penhorar o imóvel afetado ao pagamento da dívida de quem quer que o detenha.
Semana de Aula: 15
Objetivos
Ao final dessa aula, o aluno deverá ser capaz de:
- Compreender as normas aplicáveis ao penhor.
- Aplicar as normas relativas ao regime jurídico da hipoteca;
- Aplicar as normas relativas ao regime jurídico da anticrese.
Unidade 7 - DIREITOS REAIS DE GARANTIA
7.5. Principais diferenças entre penhor, hipoteca e anticrese.
Caso Concreto
Caio e Alessandra, casados sob o regime de comunhão parcial de bens, firmaram contrato de mútuo junto à Instituição Financeira IF para investimento em clínica médica da qual são os únicos sócios. Deram como garantia hipotecária o único imóvel que tinham, que residiam com sua família. Após o vencimento do contrato, o casal não pagou o valor acordado. Nesse caso, é possível que Caio e Alessandra percam o imóvel pela excussão da hipoteca, mesmo sendo bem de família? JUSTIFIQUE E FUNDAMENTE.
Questão objetiva 1
O negóciojurídico pelo qual o devedor entrega ao credor bem móvel como garantia de cumprimento de sua obrigação é denominado:
a) caução
b) penhor
c) hipoteca
d) antricrese
e) garantia fiduciária
Questão objetiva 2
(OAB SP 2008) A anticrese constitui:
a. Modo de aquisição da propriedade imóvel.
b. Direito real de garantia.
c. Direito do promitente comprador.
d. Direito ao uso de bem móvel de propriedade do devedor
Semana de Aula: 16
Objetivos
Fixar o conteúdo ministrado durante o semestre através de exercícios.
Revisão de conteúdo.
Mesmo conteúdo do plano de ensino.
QUESTÕES OBJETIVAS
1- (TJRS 2012) Considere as assertivas abaixo.
I. A servidão não se constitui se o dono do prédio dominante é proprietário em
condomínio do prédio serviente.
II. O prazo mínimo para o possuidor de um terreno urbano de 400 m 2, com intenção de
dono, sem justo título, sobre o qual construiu uma casa que serve de sua residência,
usucapi-lo, é de 10 (dez) anos.
III. O condômino pode pedir, para uso próprio, a retomada do imóvel comum
locado, mesmo sem a concordância dos demais condôminos.
Quais são corretas?
a. Apenas I
b. Apenas II
c. Apenas III
d. Apenas II e III
e. I, II e III
2- (TJRR 2006) A respeito dos direitos das coisas, assinale a opção correta.
a. A preferência das hipotecas entre os vários credores hipotecários ocorre pela ordem cronológica do vencimento do título constitutivo, ou seja, paga-se integralmente ao credor hipotecário cujo título vença primeiro e, depois de satisfeito este, paga-se ao segundo credor ou ao terceiro, conforme a ordem cronológica do vencimento do título.
b. O direito de retenção consiste na faculdade do possuidor de boa-fé de manter o poder fático sobre a coisa alheia, objetivando receber do retomante a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis nela realizadas.
c. No usufruto, a propriedade é fracionada, pois, enquanto o usufrutuário retira proveito econômico da coisa, remanesce em poder do nu-proprietário o conteúdo do direito, ou seja, a faculdade de disposição da coisa em sua substância, podendo este alienar, instituir ônus real ou dar qualquer outra forma de disposição ao objeto. Assim, o usufrutuário tem a posse direta e justa do bem alheio, podendo desfrutar da coisa como se fosse própria, contudo sem alterar-lhe a substância. Na defesa da posse, o usufrutuário pode valer-se dos remédios possessórios contra terceiros, mas não contra o nu- proprietário, que tem a
posse indireta.
d. A tolerância do poder público quanto à ocupação dos bens públicos de uso comum ou especial por particulares faz nascer, para estes, direito assegurável pelos interditos possessórios, transmudando -se a posse precária em permissão de uso.
3- (CEDAE RJ 2012) O usufruto é disciplinado pelo Código Civil. Segundo o regime aplicado, leia as
assertivas abaixo:
I. O usufrutuário é obrigado a dar ciência ao dono de qualquer lesão produzida
contra a posse da coisa, ou os direitos deste.
II. Se a coisa estiver segurada, incumbe ao usufrutuário pagar, durante o usufruto, as
contribuições do seguro.
III. Se o usufrutuário fizer o seguro, ao mesmo caberá o direito dele resultante
contra o segurador.
IV. Se um edifício sujeito a usufruto for destruído sem culpa do proprietário, será
este obrigado a reconstruí-lo.
V. Incumbem ao usufrutuário as despesas extraordinárias de conservação dos bens no
mesmo estado em que os recebeu.
A alternativa correta é:
a. I e II são verdadeiras.
b. I, II e III são verdadeiras
c. I, IV e V são falsas
d. IV e V são verdadeiras
e. I, II e V são falsas
4- (TJRJ 2012) Quanto à servidão, é correto afirmar:
a. Constituída para certo fim, a servidão poderá ser ampliada para usos diferentes.
b. A servidão pode ser removida, de um local para outro, pelo dono do prédio serviente e à sua custa, se em nada diminuir as vantagens do prédio dominante, ou pelo dono de ste e à sua custa, se houver considerável incremento da utilidade e não prejudicar o prédio serviente.
c. Se as necessidades da cultura, ou da indústria, do prédio dominante impuserem à servidão maior largueza, o dono do serviente é obrigado a sofrê-la, sem direito à indenização pelo excesso.
d. As servidões prediais têm como característica a divisibilidade, podendo ser instituídas em favor de parte ideal do prédio dominante e incidir sobre parte ideal do prédio serviente.
5- (TRE MS 2013) A respeito dos direitos reais, assinale a opção correta.
a. Aquele que, trabalhando em matéria-prima totalmente alheia, obtiver espécie nova a perderá para o dono do material utilizado, ainda que haja boa-fé.
b. De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posteriormente à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel.
c. O exercício do usufruto não pode ser transferido a título oneroso.
d. É possível a estipulação de cláusula que proíba o proprietário de alienar o imóvel hipotecado.
e. Os encargos e tributos que incidirem sobre imóvel que esteja sob o regime de exercício do direito de superfície permanecerão a cargo do proprietário e não do superficiário.
6- (MPE RR 2012) Assinale a opção correta com referência ao direito das coisas.
a. A venda a non domino não constitui exemplo de propriedade aparente.
b. A detenção irregular de bem público de uso comum do povo comporta indenização das benfeitorias.
c. A coletividade desprovida de personalidade jurídica também pode ser possuidora.
d. O constituto-possessório ocorre quando o possuidor possui em nome alheio e passa a possuir em nome próprio.
e. É incabível a usucapião de bens pertencentes à sociedade de economia mista que explore atividade econômica.
7- (TJPR 2011) Aponte se as assertivas a seguir são verdadeiras (V) ou falsas (F) e assinale a única alternativa CORRETA:
( ) Ocorrendo turbação ou esbulho, o possuidor direto ou indireto tem o direito de ser mantido ou reintegrado na posse através dos interditos proibitórios.
( ) A ação de dano infecto é uma medida preventiva que o proprietário ou possuidor de um prédio pode propor contra o vizinho para assegurar segurança sossego e saúde aos moradores que o habitam.
( ) A lei civil consagra a usucapião extraordinária o prazo de 15 anos, sem interrupção e sem oposição para a usucapião extraordinária geral; são de 10 anos quando o possuidor estabelecer moradia habitual, ou nele realizar obras e serviços de caráter produtivo, denominando usucapião extraordinária de forma abreviada.
( ) O possuidor de área urbana com até 250 metros quadrados, que, por cinco anos ininterruptos e sem oposição, utilizar para guarnecer a sua família, poderá adquirir o domínio, desde que não seja proprietário de imóvel rural ou urbano.
a. V,F,F,V.
b. V,V,V,V.
c. F,V,V,V .
d. V,V,F,V.
8- (TJMS 2012) A construtora Y adquire terreno urbano para fins de edificação de prédio de apartamentos. Assim, leva a efeito a incorporação imobiliária e toma financiamento junto ao Banco X, de modo a permitir a edificação. Institui em favor do Banco X dupla garantia, que consiste na hipoteca do terreno e na alienação fiduciária dos créditos. Todas as unidades autônomas, três anos depois, já são objeto de compromissos de compra e venda com os adquirentes dos apartamentos. Ocorre que a construtora não paga o financiamento e o banco é negligente no que tange ao exercício de seus direitos frente à cessão fiduciária dos créditos. Ao fim e ao cabo, o Banco X decide excutir a hipoteca,
promovendo a penhora do terreno e da totalidade da edificação, em sede de execução de título extrajudicial que tem no polo passivo apenas a incorporadora. O edifício já está, a essa altura, pronto, tendo a posse sobre as unidades autônomas sido entregue aos promitentes compradores. Diante desses fatos, afirma-se:
I. A excussão da hipoteca deverá afetar todas as unidades autônomas, que
permanecem como garantia do débito, ante o princípio da indivisibilidade da garantia real.
II.O incorporador tinha o dever jurídico? portanto, cogente - de constituir patrimônio de
afetação destinado à consecução da incorporação correspondente e à entrega das unidades
imobiliárias aos respectivos adquirentes.
III. A hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior
à celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do
imóvel, de modo que estes poderão desconstituir a penhora por meio de embargos de
terceiro.
IV. Somente com expressa anuência do agente financiador poderiam os promitentes
compradores excluir suas unidades autônomas do âmbito da hipoteca, exceto se
assumissem pessoalmente a parcela da dívida do incorporador, hipótese em que estaria
configurada a sub-rogação legal.
Está(ão) CORRETA(S):
a. Apenas as assertivas I, II e IV.
b. Apenas a assertiva III.
c. Apenas as assertivas I e IV.
d. Apenas as assertivas II e III.
e. Apenas a assertiva II.
9- (MP AP Analista 2012) Considere:
I. Clotilde é possuidora de um terreno na cidade de Macapá por quinze anos, sem
interrupção, nem oposição, não possuindo título e nem boa-fé.
II. Vera Lúcia é possuidora de área de terra em zona rural com cem hectares, por cinco
anos ininterruptos, sem oposição, tornando-a produtiva pelo seu trabalho e tendo nela sua
moradia, não sendo proprietária de imóvel rural ou urbano.
III. Tatiana exerce, por três anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com
exclusividade, sobre um apartamento de cem metros quadrados na cidade de Mazagão que utiliza como sua moradia e cuja propriedade dividia com seu ex-cônjuge, Lindoval, que abandonou o lar, não sendo proprietária de outro imóvel urbano ou rural. 
De acordo com o Código Civil brasileiro, em regra, adquirirá o domínio integral dos respectivos imóveis aquelas indicadas APENAS em:
a. I e III.
b. II e III.
c. I e II.
d. I.
e. III.
10- (PC GO 2008) O direito brasileiro oferece ampla tutela para os direitos sobre as coisas, disciplinando, inclusive, intervenções entre prédios. Considerando-se que as servidões prediais são restrições à propriedade, constituídas em favor de um prédio sobre outro, é CORRETO afirmar:
a. A servidão não pode ser instituída em favor de parte ideal do prédio dominante ou incidir sobre parte ideal do prédio serviente.
b. A servidão não aparente pode ser estabelecida por meio de permissão de passagem, sendo dispensável a transcrição no registro de imóveis.
c. A servidão é obrigação do titular do domínio do imóvel serviente à prestação de fato negativo em favor do titular do imóvel dominante.
d. Nas servidões prediais, em razão da necessária relação entre si, é essencial a contiguidade entre prédios dominante e serviente.
11- (TCM BA 2011) Na hipoteca e no penhor é:
a. Válida a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento, se o bem tiver o mesmo valor da dívida ou se o credor restituir a diferença do valor em dinheiro.
b. Nula a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, s e a dívida não for paga no vencimento, e, em nenhuma hipótese, poderá ocorrer a dação em pagamento.
c. Anulável a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento, mas, após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.
d. Anulável a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento, e, em nenhuma hipótese, poderá ocorrer a dação em pagamento.
e. Nula a cláusula que autoriza o credor a ficar com o objeto da garantia, se a dívida não for paga no vencimento, mas, após o vencimento, poderá o devedor dar a coisa em pagamento da dívida.
12- (MPE SP 2012) "X" edificou casa, em área urbana, na certeza de lhe pertencer a totalidade da área descrita junto à matrícula imobiliária. Constatou, porém, já concluída a construção, que por um erro na descrição das linhas limítrofes, a edificação invadiu uma vigésima parte do terreno de seu vizinho. Considerando isso, assinale a seguir a alternativa correta.
a. "X" adquirirá a propriedade da área invadida, devendo pagar o décuplo do valor do terreno lindeiro e a desvalorização da área remanescente.
b. Embora "X" estivesse de boa-fé, deverá demolir a parte da construção que invadiu o terreno alheio, ainda que com grave prejuízo para a edificação.
c. Estando "X" de má-fé, adquire a propriedade da área invadida apenas se o valor da construção exceder o do terreno.
d. Estando "X" de boa-fé, adquire a propriedade da parte do solo invadido e responde, por perdas e danos, correspondentes ao valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente.
e. A posse justa exercida por "X" e a boa-fé empreendida na construção serão suficientes para justificar pedido de usucapião da área invadida, o que deve ser requerido, porém, no lapso de 3 anos após a edificação.
13- (TJPB 2011) Com base na jurisprudência do STJ e na doutrina, assinale a opção correta acerca dos institutos da posse e dos direitos reais.
a. A confusão não extingue a hipoteca, pois a garantia pode incidir em bem próprio.
b. Um particular que ocupar, de boa-fé, lotes localizados em terras públicas terá direito a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis, sob pena de retenção.
c. O penhor convencional, que só pode decorrer de ato entre vivos, exige que as partes acordem sobre o valor e as condições de pagamento.
d. O direito real de uso é instituído pelas mesmas modalidades do usufruto e, tal como este, pode ser cedido a título gratuito.
e. A renúncia ao usufruto não alcança o direito real de habitação, que decorre de lei e se destina a proteger o cônjuge sobrevivente, mantendo-o no imóvel destinado à residência da família.
14- (TJSE 2008) A respeito da propriedade e da posse, assinale a opção correta.
a. O direito de retenção consiste na faculdade do possuidor de boa-fé ou o detentor de coisa imóvel de manter o poder fático sobre a coisa alheia, objetivando proteger a sua posse ou receber a indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis realizadas no imóvel.
b. Se o proprietário, por meio de contrato verbal de comodato, permitir o uso gratuito de um imóvel por tempo indeterminado, o comodatário exerce legitimamente a posse e, sem a notificação necessária de que não mais tem interesse em manter o comodato, não há constituição em mora e, sem ela, também o proprietário não pode postular a reintegração de posse.
c. O convalescimento da posse adquirida de forma violenta, clandestina ou precária é permitido pela cessação da violência ou da clandestinidade e pelo decurso de ano e dia. Cessado o vício, a posse torna-se justa e o possuidor passa a ser considerado de boa-fé, reconhecendo-se-lhe o direito de retenção, seja por acessões seja por benfeitorias necessárias, úteis ou voluptuárias.
d. A descoberta é um modo de aquisição originária da propriedade móvel, segundo a qual aquele que encontrar coisa alheia, sem dono ou abandonada torna-se seu depositário e, transcorridos três anos sem que o proprietário a reclame, a propriedade consolida-se na pessoa do possuidor.
e. Adquire-se a propriedade por abandono de álveo quando houver acréscimo de terras às margens de um rio, provocado pelo desvio de águas ou afastamento dessas, descobrindo parte do álveo.
15- (TRF 2a. Região 2009) Com referência à disciplina legal relativa à posse, assinale a opção correta:
a. Havendo colheita antecipada, o possuidor deverá devolver os frutos colhidos no caso de ter cessadoa boa-fé.
b. No que tange à indenização pelos danos causados ao bem, faz diferença ser a posse de boa -fé ou de má-fé.
c. Aquele que detiver a posse injustamente não poderá se utilizar dos interditos possessórios, mesmo em face de terceiros que não tenham posse.
d. O dono da posse deve indenizar as benfeitorias necessárias pelo seu valor atual, mesmo ao possuidor de má-fé, sob pena de enriquecimento sem causa.
e. O possuidor de boa-fénão responde pela perda da coisa, mas responde por sua deterioração, ainda que não lhe dê causa.
16- (OAB 2011) Félix e Joaquim são proprietários de casas vizinhas há cinco anos e, de com um acordo, haviam regularmente delimitado as suas propriedades pela instalação de uma singela cerca viva. Recentemente, Félix adquiriu um cachorro e, por essa razão, o seu vizinho, Joaquim, solicitou -lhe que substituísse a cerca viva por um tapume que impedisse a entrada do cachorro em sua propriedade. Surpreso, Félix negou-se a atender ao pedido do vizinho, argumentando que o seu cachorro era adestrado e inofensivo e, por isso, jamais lhe causaria qualquer dano. Com base na situação narrada, é correto afirmar que Joaquim:
a. Poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse na sua
propriedade, contanto que arque com metade das despesas de instalação, cabendo a Félix arcar com a outra parte das despesas.
b. Poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse em sua propriedade, cabendo a Félix arcar integralmente com as despesas de instalação.
c. Não poderá exigir que Félix instale o tapume, uma vez que a cerca viva fora instalada de comum acordo e demarca corretamente os limites de ambas as propriedades, cumprindo, pois, com a sua função, bem como não há indícios de que o cachorro possa vir a lhe causar danos.
d. Poderá exigir que Félix instale o tapume, a fim de evitar que o cachorro ingresse em sua propriedade, cabendo a Félix arcar com as despesas de instalação, deduzindo -se desse
montante metade do valor, devidamente corrigido, correspondente à cerca viva inicialmente instalada por ambos os vizinhos.
17- (TJRO 2011) Acerca do Direito das Coisas, avalie as assertivas abaixo:
I. Os interditos possessórios previstos em nosso ordenamento são a Ação de Reintegração de Posse, a Ação de Manutenção de Posse, o Interdito Proibitório e a Ação Reinvidicatória.
II. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância, mas quando o detentor exerce poderes de fato sobre a coisa é considerado possuidor para todos os fins.
III. É de boa-fé a posse quando o possuidor, embora não ignore os vícios ou obstáculos que impedem a aquisição da coisa, está comprometido em sanar o vício ou remover os obstáculos em um prazo determinado.
IV. O direito à indenização por benfeitorias necessárias é devido ao possuidor de má -fé.
Está(ão) CORRETA(S):
a. Apenas as assertivas I e IV.
b. Apenas as assertivas II e III.
c. Apenas a assertiva I.
d. Apenas a assertiva IV.
e. Todas as assertivas.
18- (TJMA Titular de Serviços de Notas e Registros 2011) Assinale a alternativa correta:
a. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel fungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor.
b. Nos condomínios edilícios, o condômino que não pagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de dois por cento ao mês e multa de até um por cento sobre o débito.
c. Aquele que por quinze anos, houver estabelecido no imóvel sua moradia habitual, sem interrupção, nem oposição, possuindo-o como seu, adquiri-lhe a propriedade, independentemente de título de boa fé, podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
d. Só se considera perdida a posse para quem não presenciou o esbulho, quando, tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, ou, tentando recuperá-la, é violentamente repelido.
19- (TJSE 2008) No que concerne aos direitos reais, assinale a opção correta.
a. A garantia real, no direito civil, ocorre quando o devedor, ou alguém por ele, destina
determinado bem do seu patrimônio para a garantia de uma dívida. Essa sujeição cria
preferência, ou prelação, para o credor, que, na venda do bem, será o primeiro a receber, sem se sujeitar a concursos ou rateios.
b. Um pai poderá garantir a dívida de um seu descendente, hipotecando os seus bens
particulares, sem a autorização de seu cônjuge e dos demais herdeiros. .
c. O direito de superfície é a concessão para se construir ou plantar em solo alheio. A
constituição desse direito opera- se por contrato oneroso, durante a sua vigência, e o detentor da propriedade superficiária poderá modificar unilateralmente a destinação da utilização do terreno, quando essa não beneficiar a propriedade economicamente.
d. O direito real de servidão de passagem exige, para o seu reconhecimento, o encravamento do imóvel dominante, consistente na ausência de saída pela via pública, fonte ou porto. É passível de proteção possessória e pode ser adquirido por usucapião, mesmo que a posse seja descontínua e não aparente.
e. O penhor, por ser contrato real que só se aperfeiçoa com a tradição do bem, exige a
transferência efetiva da posse pelo devedor ao credor do bem empenhado, qualquer que seja a espécie de penhor.
20- (TJPI 2007) Acerca da posse e da propriedade, assinale a opção correta.
a. Se os ramos de uma árvore, cujo tronco estiver na linha da divisa de duas propriedades,
ultrapassarem a extrema de um dos prédios, o dono do prédio invadido deverá dar ciência ao seu confinante para que tome as providências necessárias para sanar o problema e, em caso de recusa ou omissão do vizinho, ele poderá cortar os ramos invasores, às expensas daquele.
b. Para que a posse exercida sobre um bem seja considerada de boa-fé, exige-se que seja examinada a inexistência de vícios extrínsecos que a infirmem ou, caso existentes, que o possuidor os ignore ou que tenha tomado conhecimento do vício da posse, em data posterior à sua aquisição, ou mesmo que, por erro inescusável, ou ignorância grosseira, desconheça o vício ou obstáculo jurídico que lhe impeça a aquisição da coisa ou do direito possuído.
c. A posse mantém o mesmo caráter de sua aquisição, podendo ser adquirida pelo próprio interessado, por seu procurador e pelo constituto possessório. Assim, se a aquisição foi violenta ou clandestina, esse vício se prende à posse enquanto ela durar, isto é, não convalesce, pois será sempre considerada posse injusta.
d. A posse ininterrupta e incontestada pelo prazo de 15 anos gera a propriedade de um bem imóvel por meio da usucapião ordinária, independentemente de título e de boa-fé, quando o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua morada, ou nele houver realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
e. Se o possuidor houver adquirido a posse do bem imóvel por meio de comodato verbal, por prazo indeterminado, a notificação ou interpelação do comodatário para a restituição e desocupação do imóvel é suficiente para constituí-lo em mora. Se o comodatário não desocupar o imóvel no prazo que lhe foi concedido, sua recusa constitui esbulho à posse do comodante, reparável por meio da ação reintegratória.

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