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A LINDB EM HIERARQUIZAÇÃO DA LEI 9.609/98 E O ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL

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Universidade Paulista – UNIP
 
 A LINDB EM HIERARQUIZAÇÃO DA LEI 9.609/98 E O ARTIGO 184 DO CÓDIGO PENAL 
Professor Eduardo Salles Pimenta
SÃO PAULO
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	1
O CONFRONTO DA LEI Nº 9.609/1998 E O ARTIGO 184 DO CP SEGUNDO A 
REDAÇÃO DA LEI Nº 10.695/2003	2
CONCLUSÃO	3
BIBLIOGRAFIA	4
		
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo esclarecer como deve ocorrer a análise para considerar a tipificação da violação de direitos autorais do programa de computador. Dessa forma, iremos verificar se é o art. 184 do Código Penal segundo a redação da Lei 10.695/3 que deve ser aplicado, ou a Lei nº 9.609/98, que se trata de Lei Especial.
2. O CONFRONTO DA LEI Nº 9.609/1998 E O ARTIGO 184 DO CP SEGUNDO A REDAÇÃO DA LEI Nº 10.695/2003
Com relação ao direito intertemporal, ocorre a irretroatividade da lei mais severa e retroatividade da lei mais benéfica, já com relação ao princípio da especialidade, a lei especial derroga a geral, e, com relação a hierarquização das leis, devemos observar o art. 2º, §1º da LIND que dispõe: “A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior”. Podemos constatar, com base no artigo descrito acima, que deve prevalecer, no confronto legal entre os dois diplomas, a disposição regulada sobre a matéria que seja mais benéfica ao réu, pois, de acordo com os doutrinadores Luciano Figueiredo e Roberto Figueiredo, a revogação tácita pode se dar de acordo com o critério hierárquico (norma superior revoga norma inferior), cronológico (norma mais nova revoga a mais antiga) e especial (norma especifica revoga norma geral tratando do mesmo tema). Sob o mesmo enfoque, Maria Helena Diniz: “O critério lex posterior derogat legi priori significa que de duas normas do mesmo nível ou escalão, a última prevalece sobre a anterior”.
Devemos observar, ainda, o art. 12 do Código Penal que assim dispõe: “As regras deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso”.
Em suma, da redação originária do Código Penal, entre os crimes contra a propriedade imaterial, restou apenas o crime de violação de direito autoral, do artigo 184. Por outro lado, a Lei 10.695/2003 alterou o CP, criando novas modalidades de crimes de violação de direito autoral (art. 184, §§ 1º a 3º, do CP), e transformando tais delitos, em sua grande maioria, em crimes de ação penal pública — condicionada ou incondicionada (CP, art. 186). Atualmente, o crime do caput do artigo 184, que poderia ser considerado violação de direito autoral sem objetivo de lucro, é perseguido mediante ação penal de inciativa privada. Já as modalidades dos parágrafos 1º a 3º do artigo 184, que tem em comum a violação do direito autoral com o propósito de obter lucro, passaram a ser perseguidas por meio de ação penal de iniciativa pública.
Passa-se, então, ao procedimento especial dos crimes contra a propriedade imaterial. No regime originário do Código de Processo Penal, todos os crimes contra a propriedade imaterial eram processados de acordo com o procedimento especial dos artigos 524 a 530. Tal situação também foi alterada pela Lei 10.695/2003, que além de modificar o Código Penal, também alterou o Código de Processo Penal. Quanto ao diploma processual, foi criado um novo procedimento especial, bem como foi definido, expressamente, o critério distintivo de aplicação dos procedimentos especiais: a natureza da ação penal sob o aspecto do legitimado ativo. O antigo procedimento especial do Código de Processo Penal, definido nos artigos 524 a 530, foi convertido em procedimento previsto para os crimes perseguidos mediante ação penal de iniciativa privada (no caso, o crime do caput do artigo 184 do CP), consoante dispõe a nova regra contida no artigo 530-A, introduzida pela Lei 10.695/2003. Já o novo procedimento especial dos artigos 530-B a 530-H é aplicável aos crimes de violação de direito autoral dos parágrafos 1º a 3º do artigo 184 do Código Penal, que se sujeita à ação penal de iniciativa pública.
Em suma, atualmente, há dois procedimentos especiais para os crimes contra a propriedade imaterial. O procedimento dos artigos 524 a 530 do Código de Processo Penal, aplicável aos crimes perseguidos mediante ação penal de iniciativa privada, no caso, violação de direito autoral, tipificado no caput do artigo 184 do Código Penal. Por outro lado, há o procedimento especial dos artigos 530-B a 530-H do Código de Processo Penal, aplicável aos crimes perseguidos mediante ação penal pública, quais sejam, os crimes de violação de direito autoral, dos parágrafos 1º a 3º do artigo 184, da lei penal.
Justamente por isso, o texto do enunciado não tem a clareza necessária, ao se referir a “delito de violação de direito autoral”. A primeira questão duvidosa é: de que crime de violação de direito autoral se trata?
A distinção é importante na medida em que, se for o crime do artigo 184, caput, do Código Penal, por se tratar de crime de ação penal de inciativa privada, estará sujeito ao procedimento do artigo 524 a 530 do CPP. Já em se tratado dos crimes dos parágrafos 1º a 3º do artigo 184 do Código Penal, estarão sujeitos ao procedimento do artigo 530-B a 530-H do CPP.
CONCLUSÃO
O avanço da tecnologia é algo praticamente infreável na sociedade atual, a sociedade da modernidade, das facilidades tecnológicas, da interação. As empresas desenvolvedoras de softwares – ou até mesmo pessoas físicas com tal capacidade – cada vez mais se tornam um conglomerado extremamente forte em todos os âmbitos, principalmente econômico.
Certo é que essa capacidade de deter conhecimentos por empresas que criam softwares, no qual serão disponibilizados – e normalmente necessários, diga-se – para uma grande massa de consumidores no mundo, gera grande pressão dessas empresas junto ao Estado, a fim de garantir a proteção de sua criação, assim como qualquer outra propriedade intelectual, como não deveria ser diferente.
No Brasil, a Lei que protege o Software, apesar de recente, anda bem nesse sentido, e possibilita uma serie de garantias às empresas ou pessoas físicas que criam determinados programas de computador.
Certo também é, que ao mesmo tempo em que as empresas investem em segurança frente à contrafação, esta provavelmente sempre existirá, seja pela facilidade em obter cópias, ou seja pela legislação de certos países que não garante a proteção ao Software. A internet é ferramenta magnífica de comunicação e colaboração social, mas ao mesmo tempo é campo livre para obtenção de softwares sem a devida licença.
Desta forma, é necessário além da legislação, que se criem mecanismos eficientes no combate a pirataria de softwares, sejam eles fiscalizatórios ou até mesmo tecnológicos impressos na própria raiz do software, o que, diga-se de passagem, já vem sendo feito pelas major tecnológicas.
Enfim, a legislação no Brasil está posta, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, até agora colacionada em 03 decisões, sempre decidiu – como deveria – a favor dos desenvolvedores dos softwares, porém, como ainda é escassa, e a matéria, a que tudo indica, pois recente, ainda não chegou efetivamente ao STJ a fim de confirmar uma pacificação do tema.
.BIBLIOGRAFIA
A INTERNET E OS DIREITOS AUTORAIS <www.ambito-juridico.com.br>
Acesso em: 15/11/2017

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