Buscar

CONTRAÇÃO DO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

CONTRAÇÃO DO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO
1. CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS MJSCULARES 
As células musculares são denominadas de fibras musculares.
Um músculo é formado por um feixe ou fascículo de fibras musculares.
Cada fibra muscular é formada por miofibrilas.
As miofibrilas são formadas pelos filamentos de actina, miosina, troponina e tropomiosina.
Cada miofibrila é formada em média por 1500 filamentos de actina e 3000 filamentos de miosina.
SARCOLEMA: membrana plasmática da célula muscular.
SARCOPLASMA: citoplasma da célula muscular.
RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO: retículo endoplasmático liso da célula muscular
2. ORGANIZAÇÃO DO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO
EPIMÍSIO: envolve todo músculo, ou seja, envolve o fascículo de fíbras musculares.
PERIMÍSIO: envolve cada feixe ou fascículo de fibras musculares individualmente.
ENDOMÍSIO: envolve cada fibra muscular individualmente.
3. ORGANIZAÇÃO DAS FIBRAS MUSCULARES
A musculatura estriada apresenta estriações que são faixas claras e faixas escuras formadas a partir da organização das miofibrilas.
SARCÔMERO: é espaço delimitado entre duas linhas Z sucessivas.
Os FILAMENTOS GROSSOS são formados pela MIOSINA.
Os FILAMENTOS FINOS são formadas pela ACTINA, TROPONINA e TROPOMIOSINA.
MIOSINA: possui uma cabeça que vai se acoplar (ligar) no sítio ativo da actina formando ligações transversas.
ACTINA: a actina possui um sítio ativo para a cabeça da miosina se ligar.
TROPOMIOSINA: filamento globular que envolve a actina. É a tropomiosina que obstrui o sítio ativo da actina, local que a cabeça da miosina deve se ligar.
TROPONINA: formada por três partes (Tn I, TnT, TnC)
Tn T: subunidade da troponina que está ligada à tropomiosina
Tn C: subunidade da troponina em que o cálcio irá se fixar
Tn I: subunidade que está inibindo junto com a tropomiosina o sítio ativo da actina para a cabeça da miosina.
4. RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO E SISTEMA DE TÚBULOS T.
 O retículo sarcoplasmático armazena íons cálcio.
A membrana plasmática da fibra muscular invagina-se para o interior do citoplasma formando os túbulos T. Os túbulos T são importantes pois, a onda de despolarização que trafega ao longo da membrana plasmática da fibra muscular consegue alcançar o interior da fibra por meio dos túbulos T.
5. MECANISMO DE CONTRAÇÃO 
Durante a contração as duas linhas Z se aproximam. Os filamentos deslizam uns sobre os outros.
a. A onda de despolarização que vem trafegando pelo axônio, quando alcançar o terminal axônico promove a abertura dos canais de cálcio do terminal axônico.
b. Há então entrada de cálcio para o terminal axônico do neurônio pré-sináptico.
c. A entrada de cálcio no terminal axônico promove a liberação de vesículas sinápticas que contêm neurotransmissor (acetilcolina). As vesículas são liberadas pelo terminal axônico do neurônio pré-sináptico.
d. A acetilcolina se difunde na fenda sináptica e vai se ligar aos seus receptores localizados na membrana pós-sináptica (membrana da célula muscular).
e. O receptor da acetilcolina na membrana plasmática da fibra muscular é um canal de sódio. Quando a acetilcolina se liga em seu receptor há abertura do canal de sódio. 
f. Com o canal de sódio aberto há um rápido influxo de sódio para o interior da fibra muscular causando desse modo a despolarização da célula muscular.
g. A onda de despolarização da membrana da fibra muscular irá se propagar e alcançar o interior da fibra muscular por meio dos túbulos T.
h. Quando a despolarização alcança os túbulos T há a abertura das cisternas dos retículos sarcoplasmáticos que estão ao lado dos túbulos T.
i. O cálcio então, sai do retículo sarcoplasmático e vai se ligar na troponina C.
j. A troponina altera a sua conformação, o que faz a tropomiosina ser deslocada para uma posição mais profunda e deste modo há liberação do sítio ativo da actina.
k. Com o sítio ativo da actina exposto a cabeça da miosina que já fixou e hidrolisou uma molécula de ATP (agora a cabeça da miosina já está energizada para se ligar na actina) irá se ligar no sitio ativo da actina formando uma ligação transversa.
l. A cabeça da miosina se curva sobre o seu braço e assim, o filamento de actina é deslocado para frente.
m. A cabeça da miosina fixa novamente outra molécula de ATP e assim as ligações transversas são desfeitas.
n. Os canais do retículo sarcoplasmático se fecham e assim não há mais liberação de cálcio para o sarcoplasma. As bombas da membrana do retículo sarcoplasmático transportam o cálcio do citoplasma para dentro do retículo sarcoplasmático, para repor a reserva de cálcio.
o. O complexo troponina-tropomiosina volta para sua posição inicial e assim, obstrui o sítio ativo da actina para a cabeça da miosina.
p. O músculo então relaxa.
Obs: Veja que é necessário ATP para formar ligações transversas mas também é necessário ATP para desfazer as ligações transversas. Este fato explica o rigor mortis (rigidez cadavérica).
Obs: Após a acetilcolina ser liberada na fenda sináptica e ter ligado aos seus receptores ela será hidrolisada pela acetilcolinesterase.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
TORTORA, G. J. DERRICKSON, B. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 12º Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 
GUYTON, A. G. Tratado de fisiologia médica. 10ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

Outros materiais