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UMA VISAO SOBRE A LEITURA
Desde os primórdios até os dias atuais a leitura passou, passa e passara por diversas mudanças, por se tratar de uma questão que vincula a linguagem e a realidade, havendo uma interação entre o mundo leitor o mundo texto. Incontestavelmente o homem tem a necessidade de comunicar-se, partindo deste contexto a leitura certamente é um fator determinante no processo da formação humana.
De acordo com a historia as primeiras manifestações da expressão humana foram descobertas, nas impressões deixadas pelos homens da pré-história nas rochas. Revelam o conceito que tinham de si e do mundo no qual estavam inseridos, marcas estas que tinham a finalidade de manter a comunicação, evidenciam uma compreensão racional e sensível, mostrando como viam, ou melhor, como liam e compreendiam o seu mundo.
Sendo a informação algo imprescindível para o homem, a história da leitura juntamente com sua origem:” começa com a leitura que os primeiros homens faziam do tempo, do sol, da passagem das estações”. (site: maismelhoresleitores.blogspot.com.br/2012/05/historia-da-leitura.html) obs: colocar como nota de rodapé . O cotidiano destes relatos mostram os primeiros registros de escrita feita por estes homens, sendo que estas imagens evoluíram para uma escrita denominada pictográfica, onde as ideias e objetivos eram transmitidas através de desenhos. Tendo este sistema um valor inestimável para favorecer a troca de informações e a difusão das ideias que o homem primitivo possuía.
Ao longo das planícies aluviais dos rios Eufrates e Tigre desenvolveu-se a Suméria por volta de 3500 a.C, que de acordo com a história foi a primeira cultura baseada numa cidade. Onde as terras férteis que estavam localizadas naquela região alagada e desoladas, passam a ser povoada e transformadas em grandes campos de cultura, sendo este um fator relevante para o surgimento de varias cidades-estados. (Grandes acontecimentos que transformaram o mundo - Rio de Janeiro: Reader’S Digest Brasil, 2000, p. 14).
Estas comunidades passam expandir-se em grandes proporções e já não conseguiam manter a mesma comunicação de antes, havendo desta forma a necessidade de registrar as informações necessárias para o bom desenvolvimento da população. Com a evolução da sociedade as praticas e os meios de contatos foram progredindo, tendo o homem que buscar maneiras mais sofisticadas para comunicar-se.
Cabe ressaltar quer por muito tempo a oralidade foi a principal forma de transmitir os conhecimentos adquiridos pelo homem, reuniam-se o leitor e o não leitor com o proposito de adquirir novos saberes, a troca de novas experiências, as crenças, os costumes, o bem e o mal. Estas informações ficavam na memória, sendo que, cada descoberta dava um sentido novo a própria existência e trazia novas perspectivas. Portanto aprendiam uns com os outros, mutuamente provocavam e construíam suas perspectivas sobre si e o mundo, propagando o conhecimento de forma oral, tendo a memória como elemento fundamental para a aprendizagem. Mas com o passar do tempo despertou no homem o desejo e a necessidade de deixar registros para as futuras gerações a respeito de seu legado cultural. Dentro deste contexto Goncalves faz a seguinte afirmação: “O desejo de deixar para as futuraras gerações algum registro de seus pensamentos, suas atitudes, suas emoções, suas cultura e sua identidade, fez com que o ser humano procurasse aprimorar cada vez mais recursos utilizados para transmitir experiências e conhecimentos adquiridos nas mais diversas áreas”. (Fischer, 2009;Chartier,1998)Site:publicações.unigrario.com.br/index.php/reihm/article/vievellive/1660/804). Revista eletrônica do instituto de humanidades ISSN-1678-3182. Escrito por: Lilian Aparecida Goncalves.
A sabedoria passa a ser revelada através da palavra escrita, permitindo resgatar informações que estavam limitadas no cérebro e na linguagem oral, sendo enraizada na escrita que por consequência valoriza a pratica da leitura. Desenvolvimento este que possibilitou o homem uma comunicação que poderia dispensar a fala, e eventualmente ele começa a representar suas ideias e registros das praticas comerciais em tabuinhas de argila, pois os acordos que antes eram realizados de forma verbal foram sendo substituídos por símbolos que certamente significavam um acordo realizado, um tratado, ou até mesmo a descrição de um fato. As informações que hoje existem a respeito do tema abordado devem-se as descobertas do homem contemporâneo das placas de barro, que apontam uma das primeiras manifestações humana. Valorizando o processo da evolução da escrita e da leitura, lembrando que estes registros poderiam ser relembrados e usados como fonte de conhecimento pela população e civilizações futuras.
Esta pratica prevaleceu significativamente na Babilônia, lugar este que anunciou muitos e grandiosos avanços da civilização, de acordo com relatos históricos foi os babilônicos que apresentaram os primeiros sinais do que chamamos de leitura. Conforme Manguel (1997, p.206) esta prática surge por conta de fatores comerciais, sendo possível indicar o número de animais que pertencia a uma determinada família. Em tabuletas com caracteres mnemônicos arquivavam as suas transações comerciais, como o nome do comprador ou do vendedor, ou seja, estes registros tinham a intenção e o objetivo de registrar as negociações entre as famílias, o comercio e o que era comercializado.
Desta forma o homem passa a registrar suas atividades contábeis, sendo que o que antes ficava na memória passava a ter registro fixo. Certamente estes registros da vida dos homens deram a ideia é o inicio de manter, é transmitir conhecimentos é informações de forma infinita, possibilitando a troca de saberes onde nem o tempo e nem o espaço poderiam impedir a capacidade de guardar fatos.
Diante destes avanços a distância deixa de ser um obstáculo, de acordo com Manguel que afirma: “De repente, algo inatingível – um número, uma notícia, um pensamento, uma ordem – podiam ser obtidas sem a presença física do mensageiro; magicamente, podia ser imaginado, anotado e passado adiante através do espaço e do tempo”. (1997, p.207).
Com expansão da escrita mundo a fora cada sociedade tratou de determinar características especificas em sua linguagem, “o mais importante era a informação – os sons e os significados” (p.15), onde um sistema de símbolos certamente derivava de outros. Dada evolução ocorria dentro de uma lógica que deixou muitas heranças, as quais abriram caminhos para a criação do alfabeto que surge por volta de 1700 antes de a.C, na região da Síria e da Palestina. Antes da criação deste conjunto de letras que representavam o som de uma palavra, simplesmente a escrita consistia em pictogramas ou sinais silábicos, sendo que, cada sílaba era representada por um símbolo especifico. Havendo a necessidade de explicar este método passa por uma mudança que partiu da compreensão “que as silabas são compostas de um número relativamente pequenas de sons elementares... o sistema alfabético baseia-se na utilização de um símbolo para cada som” (p.17). Com o desenvolvimento deste campo do saber muitos puderam ler e escrever. (Reader’S Digest Brasil, 2000,p.p. 15 a 17).
Sem dúvidas a habilidade de ler sempre foi é será uma função essencial, para a compreensão do universo, ou seja, desde os primórdios até os dias atuais a comunicação, a informação e a necessidade de expressar-se são vitais para o homem. 
A verdadeira liberdade do homem esta no domínio da palavra, tanto que, há uma diferença muito significativa na historia, ou seja , o antes e o depois da escrita. Fato este que permitiu que o homem pudesse expressar-se com mais intensidade, onde a pratica da escrita e a habilidade da leitura ampliaram a comunicação e a compreensão do ser humano sobre o mundo e a si próprio. (WWW.educaconal.com.br/articulas/outrosEducacãoartigos.asp?artigo0069-Nacir Abdala) 
Portanto ler é uma condição essencial para responder as necessidades de está em sociedade, fator fundamental para garantir uma plenainteração social. A leitura partilha e constrói novos olhares, proporcionando a reconstrução do conhecimento e a valorização das criações e as vivencias do sujeito. 
A aprendizagem da leitura requer uma reflexão continua, buscando sempre compreender as diferenças de aprender de cada um, superando os obstáculos e as dificuldades que conduzem e incorporam novas experiências e novos caminhos. Os processos desta aprendizagem passam por inquietações, incertezas e muitas duvidas, questões estas que concretizam constantemente a formação de novos saberes.
Buscar um significado para a pergunta “o que leitura?” não é uma tarefa fácil, e requer uma analise cuidadosa, uma construção de sentidos, a capacidade de por as coisas uma ao lado da outra, onde certamente ler não é uma ação que se manda fazer e sim algo que se vive. O oferecendo a oportunidade de desbravar novos horizontes e adquirir a visão de vários ângulos.
Geralmente se entende que a decodificação da escrita seja o real conceito de leitura, no entanto a ação de decodificar não significa que o sujeito saiba ler de fato ler, mas sim que o sujeito saiba compreender e interpretar o que se lê – para ampliar os limites do próprio conhecimento, com o proposito de ensinar a aprender, deixando claro que sempre falta algo a aprender. 
Muitas vezes por falta de habito ou preguiça as pessoas contentam-se em somente ler de forma superficial, diante desta realidade Martins (1994) afirma que: “não acrescentamos ao ato de ler algo mais de nós além do gesto mecânico de decifrar os sinais”. Pag.9. Desta forma não há uma reflexão e tão pouco a conquista de novos saberes, a vivencia que solidifique um conhecimento significativo. Portanto, quando não existe o interesse pelo lê, não se ler e não se compreende nada, ou seja, sendo impossível dar algum sentido. 
Ao pensar na razão e na necessidade do ler, temos muito a agradecer a Freire (1989 P. 11): “A leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra”. A forma ver o mundo esta associada a maneira como a pessoa compreende o seu estar no mundo, a compreensão e a principal característica de um leitor. Dado o momento em que o ser se conscientiza de sua própria existência e o que a sua volta esta, dar-se inicio ao verdadeiro significado do ler , ou seja, “leitura de mundo”, de acordo com Freire, é a leitura do próprio homem e da realidade das circunstancias que o cerca. Para o autor ter um conhecimento mais amplo do que já se tem por conhecido ,é primordial para conhecer o que ainda não se conhece.
A compreensão do próprio mundo e anterior a leitura da palavra, fato este, que caracteriza uma permanente troca, garantindo que a aprendizagem se dar a partir do vivido. Inferindo novas possibilidades de avaliar, reproduzir e criar novos conhecimentos, sendo este muito mais que curiosidade, é uma razão de escolha em aprender e compreender a realidade para ter autonomia de explica-la, melhora-la e caso necessário muda-la. Saindo se uma situação de alienação que limita somente em guarda ou reproduzir.
Estando de acordo com Martins (1994), aprender-se a ler lendo e vivendo, partindo de um contexto pessoal. Antes de tudo a leitura tem o objetivo de ensino, dê transforma e transformado, de inteirar-se com o mundo e vê-lo com os próprios olhos. A leitura “... desvenda os segredos do mundo e dar a conhecer o leitor de si mesmo através do que lê e como lê.” (p.17) Para autora a pessoa aprende a ler para entender o mundo e a si mesmo, tendo assim, experiência de troca que ajuda na construção da própria identidade, ampliando as possibilidades de estar no mundo de forma significativa e eficiente, aprendendo sempre com o vivido e possibilitando o novo.
Indispensavelmente a leitura é um elemento essencial para a formação da cidadania, possibilitando sempre algo mais. Diante desta necessidade Martins (1994) enfatiza que ler possibilita a integração efetiva do cidadão na sociedade, também uma forma de conquistar autonomia, deixando de “ler pelos olhos de outrem”, possibilitando a formação integral do individuo. Concretizando e garantindo a liberdade do homem de criar e recriar ideias, olhares, opiniões e saberes, que abrem portas para capacitar à aquisição de prismas críticos e questionadores muito além do cotidiano. A interação com o todo depende da compreensão real do que se ler ato este que enriquece a existência do homem tanto pessoal, social, cultural e como ser que esta em constante desenvolvimento.
O aperfeiçoamento do homem esta interligado ao desenvolvimento da leitura, sendo este um instrumento útil para a vida, essencial no combate a ignorância e a perturbação mental que persegue a muitos, tornando-os incapazes de pensar e agir por si próprios. Portanto, ela restaura , organiza e liberta. Oferece a oportunidade de entender os porquês e o para quês, elevado às condições de atribuir sentido e viajar por mundos diferentes. Concordando com Zilberman (2009: p. 88) que afirma: “Ler de certa maneira complementa o andar, o comer, o vestir e os modos de convivência social”. Segundo o autor ler e viver, uma vida muito além do instinto e do contato imediato e palpável com as coisas. Afiançando uma vida intelectiva construída na inteligência (razão) e pela emoção (afeto).

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