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TÊNIS É um esporte que requer concentração, coordenação, agilidade e habilidade específica, além de uma relação direta entre a performance e o condicionamento físico e potência. É considerado um dos mais técnicos e difíceis de ser aprendido e praticado. Com o aumento do número de praticantes, cresceu também o número de lesões. A grande maioria nos membros inferiores (podendo chegar a 67% das lesões), seguido pelos membros superiores (até 49%) e pelo tronco (até 21%). As lesões musculares são as mais frequentes durante os torneios e a entorse do tornozelo é o diagnóstico traumático mais comum. A epicondilite lateral é a mazela mais frequente nos membros superiores. Acima de 40% dos tenistas profissionais desistem de um torneio por ano devido a dor lombar. Tipos de lesões Lesões de Sobrecarga: representam cerca de 2/3 do total de lesões, são mais comuns em iniciantes, especialmente pela prática e execução incorreta dos movimentos. Essas lesões podem resultar em queda do rendimento ou até afastamento da quadra e dos treinos por longos períodos. Lesões Traumáticas: geralmente ocorrem durante os jogos ou treinos como as lesões musculares e as entorses de tornozelo. mais frequente nos membros superiores e conhecida do tênis, as epicondilites laterais, também chamadas de "Tennis Elbow" (Cotovelo do tenista), onde ocorre uma inflamação e progressiva degeneração dos músculos extensores do punho, que se originam no epicôndilo lateral. Causada por uso excessivo dos músculos extensores e pronadores do punho. O movimento tradicional de backhand (especialmente com uma só mão) quando executado de forma incorreta ou com desaceleração brusca do movimento causam dor progressiva, na face externa do cotovelo e no antebraço, podendo irradiar até o punho. Quais são os sintomas? • Dor ou sensibilidade na parte externa do cotovelo. • Dor ao estender o punho ou a mão. • Aumento da dor ao levantar objetos pesados. • Dor durante a flexão de dedos, ao pegar um objeto, ao cumprimentar com aperto de mão ou girar a maçaneta da porta. • Dor que origina no cotovelo e desce até o antebraço ou sobe para o braço. PROTOCOLO DE TRATAMENTO Primeira Semana: redução de edema e dor -US: pulsado 16Hz - 20%; -Laser: 3-4J; -Gelo: 3x ao dia por 15 min; -Flexibilização: extensão/extensão de punho e dedos; -Liberação manual de espasmos. Segunda e Terceira Semana: -Desequilíbrios; -Força excêntrica de musculatura envoltória: flexão /extensão de punho e dedos. Quarta Semana: alta -Devolução aos gestos esportivos; -Analise e mudança dos movimentos esportivos. Exercícios terapêuticos na epicondilite lateral Anatomia do Cotovelo Sendo considerada uma das principais articulações do membro superior e uma das mais estáveis de todo o corpo a articulação do cotovelo é constituída por 3 ossos ( úmero, radio e ulna), que formam em conjunto 3 articulações que são envolvidas por uma cápsula articular sendo dessa forma considerada uma articulação em dobradiça. Epicondilite Epicondilite lateral ou cotovelo do tenista são termos que têm sido aceitos e utilizados para descrever uma síndrome dolorosa localizada na região do epicôndilo lateral, origem do supinador do antebraço, extensores do punho e dos dedos (SERRANHEIRA, 2007). Quadro clínico Os músculos traumatizados, na epicondilite, são os extensores do punho e dos dedos. É um estresse mecânico e conseqüente a um único trauma, ou mais frequentemente, no caso do tênis, a vários micro-traumas. Os músculos podem inchar no antebraço criando um estresse altamente focalizado nas áreas de inserção dos tendões no cotovelo. Exame físico A palpação inicia-se pela identificação dos epicôndilos lateral, medial e ponta do olécrano. Na face lateral palpa-se a origem da musculatura extensora do punho e dedos, complexo ligamentar lateral e cabeça do rádio. A dor localizada no epicôndilo lateral e na origem da musculatura extensora do punho é sugestiva de epicondilite lateral O teste alternativo, conhecido como de Mill, é realizado com o paciente com a mão fechada, o punho em dorsiflexão e o cotovelo em extensão. O examinador, então, forçará o punho em flexão e o paciente é orientado a resistir ao movimento. Em caso positivo, o paciente sentirá dor no epicôndilo lateral Tratamento Conservador Autor / Ano Exercícios Terapêuticos Resultados KisnereKolby(2005) Exercícios ativos Mantem a mobilidade articular do cotovelo Pienimakiet al (2006) Alongamento, fortalecimento progressivo excêntrico e concêntrico do punho e exercícios ocupacionais. Houve melhora na função e um efeito analgésico nos pacientes. Piluski(2007) Exercícios e alongamentos Não existem estudos que demonstrem clara superioridade da fisioterapia por meio dos exercícios terapêuticos sobre outros métodos de tratamento, a longo prazo. Almeida (2008) Exercícios isométricos, resistidos, concêntricos e excêntricos O fortalecimento inicia após remissão total de dor. Newcomeret al (2009) Exercícios excêntricos e concêntricos Melhora da maior parte dos pacientes tanto a curto como a longo prazo. Almeida et al (2013) Exercícios combinados com outras modalidades A combinação de exercícios terapêuticos, ultrassom pulsátil e massagem profunda transversa parece ser uma boa opção para o tratamento da epicondilite lateral. Conclusão O artigo permitiu aprofundar o conhecimento sobre exercícios terapêuticos na epicondilite lateral, demonstra que o tratamento inicial visa reduzir a dor e a importância de trabalhar os exercícios ativos para manter a mobilidade articular do cotovelo, antebraço, punho e dos dedos, porém são feitos suavemente na fase aguda de dor. Após esta fase de quadro de dor, é interessante ressaltar que os exercícios terapêuticos irão progredir, desta forma fortalecimento progressivo excêntrico e concêntrico do punho e exercícios ocupacionais. A combinação de exercícios terapêuticos a outras técnicas parece ser uma boa opção para o tratamento da epicondilite lateral, pois além de aumentar a força muscular, houve melhora na função e um efeito analgésico como benefícios nos estudos analisados.
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