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artigo sobre crime organiozado

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ARTHUR VINÍCIUS LOCUMAN
ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS:
UM BREVE ESTUDO SOBRE AS ORGANIZAÇÕES E O PODER DO ESTADO PARA COMBATÊ-LAS
Apucarana
2017
ARTHUR VINÍCIUS LOCUMAN 
ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS:
UM BREVE ESTUDO SOBRE AS ORGANIZAÇÕES E O PODER DO ESTADO PARA COMBATÊ-LAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito, ao Curso de Direito, da Faculdade do Norte Novo de Apucarana – FACNOPAR.
Prof. Dra. Fernanda Feguri. 
Apucarana
2017
ARTHUR VINÍCIUS LOCUMAN 
ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS:
UM BREVE ESTUDO SOBRE AS ORGANIZAÇÕES E O PODER DO ESTADO PARA COMBATÊ-LAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito, ao Curso de Direito, da Faculdade do Norte Novo de Apucarana – FACNOPAR.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________
 Prof. Dra. Fernanda Feguri.
Faculdade do Norte Novo de Apucarana
_________________________________
Prof. Raggi Feguri Filho.
Faculdade do Norte Novo de Apucarana
_________________________________
Prof. Stella Maris Guergolet de Moura.
Faculdade do Norte Novo de Apucarana
Apucarana - 05 de julho de 2017.
ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS: UM BREVE ESTUDO SOBRE AS ORGANIZAÇÕES E O PODER DO ESTADO PARA COMBATÊ-LAS [1: Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito, do Curso de Direito da Faculdade do Norte Novo de Apucarana – FACNOPAR. Orientação a cargo do Prof.ª Dra. Fernanda Feguri.]
Arthur Vinícius Locuman [2: Acadêmico ou Bacharelando do Curso de Direito da Faculdade do Norte Novo de Apucarana – FACNOPAR. ]
SUMÁRIO: 1 INTRODUÇÃO; 2 ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS; 2.1 CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS; 2.2 ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS; 3 ESTADO E CRIME ORGANIZADO: PODERES PARALELOS; 4 COMBATE AO CRIME ORGANIZADO; 4.1 ESCUTA TELEFÔNICA, AMBIENTAL E CLANDESTINA – LEI 9.296/96; 4.2 AGENTE INFILTRADO: LEI 10.217/01; 4.3 AÇÃO CONTROLADA OU ENTREGA VIGIADA: LEI 9.034/95 E LEI 11.343/06 (LEI DE DROGAS); 4.4 QUEBRA DO SIGILO BANCÁRIO E FISCAL: LC N° 105/2001 E LEI 12.683/12; 4.5 DELAÇÃO PREMIADA – LEI 9.807/99; 4.6 COMO ACABAR COM O CRIME ORGANIZADO; 5 CONCLUSÃO; REFERÊNCIAS. 
RESUMO: O presente trabalho sobre organizações criminosas busca apresentar como o crime organizado se articula no território brasileiro, sua estrutura e como o Estado combate o crime organizado, tendo em vista que as organizações criminosas também exercem poder dentro do nosso território e apresenta possíveis formas para tentar de alguma forma, diminuir ou até mesmo parar as ações das organizações que somente coagem e prejudicam o desenvolvimento do país, onde a criminalidade cresce diariamente. Para o combate da criminalidade o Estado usa diversas formas, frente às organizações criminosas que possuem características muito bem definidas e agem sempre com planos articulados minuciosamente e muitas vezes com a ajuda de quem deveria combatê-lo. É preciso um estudo mais aprofundado do próprio Estado e um combate verdadeiramente efetivo em cima dessas organizações, não podendo a população e o Estado, reféns das ações e da criminalidade, até mesmo porque o poder soberano advém do Estado, que deve exercê-lo da melhor forma e punir verdadeiramente qualquer responsável por dificultar essa ação estatal.
Palavras–Chave: Criminalidade; Organizações criminosas; Competência do Estado.
ABSTRACT: The present work on criminal organizations seeks to present how organized crime is articulated in Brazilian territory, its structure and how the State fights organized crime, given that criminal organizations also exercise power within our territory and presents possible ways to try In some way, diminish or even stop the actions of organizations that only coerce and undermine the development of the country, where crime grows daily. In order to combat crime, the State uses a variety of forms, but it is that state actions are effective against criminal organizations that have very well defined characteristics and always act with plans articulated minutely and often with the help of those who should fight it. A more in-depth study of the state itself and a truly effective struggle over these organizations, not being the population and the state, to be hostage to actions and crime, even because sovereign power comes from the state, which must exercise it, And to truly punish anyone responsible for hindering such state action.
Key Words: Crime; Criminal Organizations; Related searches
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho sobre organizações criminosas busca apresentar como o crime organizado se articula no território brasileiro, sua estrutura e como o Estado combate o crime organizado, tendo em vista que as organizações criminosas também exercem poder dentro do nosso território e apresenta possíveis formas para, combater as ações das organizações que somente coagem e prejudicam o desenvolvimento do país, onde a criminalidade cresce diariamente.
É necessário aprofundar o conhecimento sobre as organizações criminosas, um fenômeno que já faz parte não só da nossa sociedade, mas como também do mundo globalizado há muito tempo, e tem se tornado cada vez mais comum em nosso cotidiano, e causando grandes problemas para nossa sociedade e para o Estado soberano.
A lei que regula as organizações criminosas no Brasil é a lei 12.850/13, e define as diversas formas de crimes praticados pelas organizações, combinada com diversas legislações complementares que oferecem suporte para que o Estado busque o combate ao crime organizado.
O trabalho descreve as organizações criminosas, suas características, como são estruturadas as organizações criminosas, o estado e crime organizado e a luta pelo poder, as formas utilizadas pelos entes para o combate ao crime organizado e a importância do combate ao Crime Organizado para a nossa sociedade como um todo.
2- ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
As organizações criminosas já existem no meio social há muito tempo e vêm se tornando cada vez mais evidente suas atuações na sociedade brasileira. 
Podem ser definidas como “Grupo criminoso organizado" - grupo estruturado de três ou mais pessoas, existente há algum tempo e atuando concentradamente com o propósito de cometer uma ou mais infrações graves ou enunciadas na presente Convenção, com a intenção de obter, direta ou indiretamente, um benefício econômico ou outro benefício material.[3: BRASIL. Decreto n° 5015 de 12 de março de 2004. Promulgou a Convenção das Nações Unidas Contra o Crime Organizado Transnacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5015.htm>. Acesso em: 27 fev. 2017.]
Um conceito básico de crime organizado para melhor entendimento: “a noção de companhia de malfeitores, bando ou associação secreta cujos membros se dedicam a prática de crime”. [4: TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios básicos de direito penal: 5°Ed. São Paulo: Saraiva, 2000. p.22.]
A definição mais atual sobre organizações criminosas é a da própria lei 12.850/13, que versa sobre este tema em seu parágrafo primeiro: Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.[5: BRASIL. Lei nº 12.850, de 2 de agosto de 2013. Define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal; altera o Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal); revoga a Lei no 9.034, de 3 de maio de 1995; e dá outras providências.Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12850.htm>. Acesso em: 27 fev. 2017.]
Pode-se observar que a lei das organizações criminosas em vigor em nosso ordenamento jurídico desde 2013, trouxe inovações consideráveis, como o número de pessoas para a configuração de organização criminosa e também em relação às penas dos crimes praticados, precisando ser superiores a 4 anos ou de caráter transnacional.
Os agentes de organizações criminosas praticam também, os chamados crimes permanentes, que são aqueles que se estendem no tempo, pois o fato do agente, estar associado a uma organização criminosa, já faz com que ele esteja praticando o crime de associação criminosa durante todo o tempo que estiver associado ao crime organizado6.[6: 6 GOMES, Luiz Flávio. Comentários aos artigos 1º e 2ª da Lei 12.850/13 - Criminalidade organizada e crime organizado. Disponível em: <https://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/121932382/comentarios-aos-artigos-1-e-2-da-lei-12850-13-criminalidade-organizada>. Acesso em 20 mar. 2017.]
As organizações criminosas estão inseridas em várias partes da sociedade brasileira, e por este motivo se torna difícil a atuação estatal contra elas, vejamos agora algumas características das organizações criminosas.
2.1 CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
Uma característica das organizações criminosas é a multiplicidade das ações, onde uma organização criminosa geralmente age praticando diversas atividades ilícitas em vários campos de atuação.
Segundo a doutrina:
É grave a situação do crime organizado no Brasil, sobretudo no que diz respeito ao narcotráfico, à indústria dos sequestros, à exploração de menores a aos denominados “crimes de colarinho branco”, com evidentes conexões internacionais, principalmente no que tange ao primeiro, que também envolve, com o último, a “lavagem de dinheiro” (Grinover, 1995, p. 61)7. [7: 7 GRINOVER, Ada Pellegrini. In: Penteado, Jaques de Camargo (coord). Justiça Penal 3: críticas e sugestões: o crime organizado (Itália e Brasil): a modernização da lei penal. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1995. P. 61]
Vale ressaltar que cada organização criminosa assume características peculiares e um incrível poder variante, amoldadas as suas necessidades, condições e facilidades encontradas no território no qual atuam ao ponto de mudarem de “roupagem” que possibilite a sua identificação. Visam, assim, a operacionalização dos crimes planejados, com o fim de angariar rendas mediante atividades criminosas8.[8: 8 MENDRONI, Marcelo Batlouni. Crime Organizado: Aspectos Gerais e Mecanismos Legais. São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2002. p. 10.]
As organizações buscam altos lucros e seus membros são “procurados” através da iniciação, que busca os indivíduos que são escolhidos e passam por votação dos membros da organização e as mesmas atuam tanto nos meios rurais onde jagunços, pistoleiros de aluguel, ladrões de gado agem praticando crimes, e também no meio urbano, desde criminosos de baixa condição econômica e baixo nível de escolaridade, como ladrões, assaltantes, batedores de carteira até criminosos de “colarinho branco”, traficantes, estelionatários, sonegadores fiscais, contrabandistas, aliciadores, manipuladores das finanças públicas e privadas e sequestradores.
Através deste julgado STJ - RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS RHC 35255 SP 2013/0009688-2 (STJ), podemos observar várias características já descritas, tornando assim mais clara à visualização:
STJ - RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS RHC 35255 SP 2013/0009688-2 (STJ)
Data de publicação: 05/05/2014
Ementa: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS PÚBLICOS (CINCO VEZES), FORMAÇÃO DE QUADRILHA E LAVAGEM DE CAPITAIS. SENTENÇA CONDENATÓRIA JÁ PROFERIDA. ALEGAÇÃO DE NULIDADE NA BUSCA E APREENSÃO BASEADA EXCLUSIVAMENTE EM DENÚNCIA ANÔNIMA ENVIADA POR EMAIL. INOCORRÊNCIA. COMPARECIMENTO POSTERIOR DO DENUNCIANTE NO GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL LEVANDO FARTA DOCUMENTAÇÃO CORROBORANDO AS DENÚNCIAS. INSTAURAÇÃO DE PROCEDIMENTO DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL PELO PARQUET, AINDA QUE NO MESMO DIA, PARA AVERIGUAR AS DENUNCIAS, ALÉM DE REALIZAÇÃO DE DILIGÊNCIAS PARA A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DO ACUSADO. PEDIDO DE BUSCA E APREENSÃO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. DEMONSTRAÇÃO DA IMPRESCINDIBILIDADE DA MEDIDA E INEXISTÊNCIA DE OUTROS MEIOS EFETIVOS DE INVESTIGAÇÃO. EXISTÊNCIA DE FLAGRANTE DELITO E CRIME PERMANENTE TORNAM DISPENSÁVEL A EXISTÊNCIA DE MANDADO DE BUSCA A APREENSÃO. RECURSO DESPROVIDO9.[9: 9 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Acórdão da 6ª turma do STJ. Relator: Ministra Marilza Maynard. Disponível em: <https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/25071336/recurso-ordinario-em-habeas-corpus-rhc-35255-sp-2013-0009688-2-stj>. acesso em 15 de abril 2017.]
Desta forma, pode-se observar como as atuações das organizações criminosas se estendem por diversos crimes, se tornando assim cada vez mais difícil a atuação dos órgãos investigativos, no processo de buscas e atuação no combate em face de diversos crimes.
2.2 ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
Para que tudo ocorra da forma que os chefes das organizações criminosas esperam, se faz necessária uma estrutura hierárquico-piramidal, em que alguns membros possuem posição hierárquica de controle e outros de execução.
“Existem os chefes que controlam os demais membros, os gerentes, que são membros de confiança dos chefes e os aviões que executam as ordens e ações criminosas”10.[10: 10 MENDRONI, Marcelo Batlouni. Crime Organizado: Aspectos gerais e mecanismos legais: 3 Ed. São Paulo: Atlas, 2009.p.35.]
Desta forma, as organizações criminosas revelam uma estrutura hierárquico-piramidal de seus membros, na qual o chefe se posiciona no vértice da pirâmide e os executores do delito em sua base. Para tanto, existe uma cadeia de sujeitos, onde o mentor intelectual coordena a organização criminosa, sem ter qualquer contato com os agentes executores (“aviões”), os quais muitas vezes nem imaginam quem seja o “cabeça” ou “chefão”. Em seguida, existem os subchefes para transmitirem as ordens da chefia para os gerentes e tomar decisões na sua eventual ausência. Por fim, os gerentes (“testas de ferro”) são criminosos de confiança do chefe, com capacidade de comando que recebem as ordens da cúpula e repassam aos “aviões” para a função de execução, a semelhança de um exército11.[11: 11 MENDRONI, op. cit. p. 13-15 passim.]
Em consequência desta estrutura hierarquizada, nota-se a presença da divisão funcional de tarefas entre os membros das organizações, de forma que cada integrante tem uma função específica direcionada, na maioria das vezes, segundo a sua especialidade, considerada até profissional, numa espécie de estrutura empresarial que às vezes pode circundar em torno de empresas formadas no seio da legalidade ou não. Assim, as tarefas são rigorosamente divididas, e cada um tem a responsabilidade pelo seu fiel desempenho12.[12: 12 MENDRONI, op.cit. p 15.]
Outra característica importante das organizações criminosas são os meios tecnológicos usados por elas que “Valem-se de meios informáticos e de telecomunicação que nem mesmo o Estado possui; aparelhos parabólicos de escuta telefônica a distância; circuitos internos e externos de televisão; aparatos de comunicação telefônica intercontinentais; câmeras fotográficas auxiliadoras por raios laser; teleobjetivas; gravadores capazes de captar sons a grande distância atravessando inclusive paredes; comunicação por micro ondas ou satélites etc. São exemplos dessa sofisticação tecnológica, que foge do alcance inclusive dos órgãos oficiais encarregados da persecução penal”13.[13: 13 GOMES, Luiz Flávio; CERVINI, Raul. Crime Organizado.2 ed. São Paulo: RT, 1997. p. 96.]
Em mais um aspecto, outra característica que dificulta o combate às organizações, é a transnacionalidade das atuações, como discorre o autor, trata-se da globalização organizacional do crime, onde as grandes máfias, de base étnico-tradicional (italiana, japonesa, americana, chinesa, russas, colombiana, etc.), celebraram diversos acordos com objetivo de atuações conjuntas, ocupações de mercado, redução de custos, tendo por meta a expansão do mercado e uma maior invulnerabilidade14[14: 14 CASTELLS, Manuel. O Fim do Milênio. V. III 3 Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000. p. 205.]
Para Alberto Silva Franco:
O crime organizado possui uma textura diversa: tem caráter transnacional na medida em que não respeita as fronteiras de cada país, apresenta características assemelhadas em várias nações, onde detém imenso poder com base numa estratégia global e numa estrutura organizada que se aproveita das fraquezas do sistema penal15.[15: 15 FRANCO, Alberto Silva. O crime organizado e a legislação Brasileira. São Paulo: RT,1995. p.5]
Assim, as organizações criminosas 'expandem' seus negócios, aumentando sua área de atuação e consequentemente, agem com mais poder por atuarem em conjunto com outras organizações.
Porém, algumas vezes as organizações criminosas não precisam agir com outras para atuarem em outras áreas, uma vez que atuam muitas vezes, em nosso país e em países vizinhos, configurando assim também a transnacionalidade das ações com crimes praticados tanto em nosso território como também no território de países que fazem fronteira com o nosso.
Por estas razões que se torna tão difícil o combate às organizações criminosas, uma vez que, elas desenvolveram muito mais poder e organização na sua maneira de atuar que o próprio Estado.
3 ESTADO E CRIME ORGANIZADO: PODERES PARALELOS
Estado é uma forma organizada, com funções que englobam o poder executivo, legislativo e judiciário e é do Estado que surgem as funções políticas, sociais e econômicas.
O Estado tem como sua maior característica o poder soberano, ou seja, ele é o detentor de todo o poder em seu território e o exerce através das leis que devem ser seguidas e também através do poder de polícia16[16: 16 JB ADMIM. Poder de Polícia. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/topicos/290982/poder-de-policia>. Acesso em 20 mar. 2017.]
Assim, o Estado detentor do poder, usa esse poder para manter a ordem social em seu território. 
Porém, o Estado oferece segurança, ou pelo menos tenta oferecer, já que além da segurança, deve garantir também como está previsto no Preâmbulo da Constituição Federal de 1988, o exercício dos direitos sociais, individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, garantias constitucionais que muitas vezes não são realmente garantidas.
Muitas vezes o Estado não é capaz de garantir de forma efetiva e eficaz todos esses direitos trazidos pelo Preâmbulo constitucional, surgindo dessa falha Estatal o grande inimigo, o poder paralelo que prejudica a vida de todos nós e da máquina do Estado, que corrompe e suja órgãos que deveriam ser exemplo, surge as Organizações Criminosas, fazendo o que o Estado deixa de fazer.
Para Soares, trata-se da posição dos policiais frente ao trafico de drogas e conclui que as polícias se deixam invadir e a matriz da violência é o tráfico de armas e drogas, realizado entre policias e criminosos17.[17: 17 SOARES, Luiz Eduardo. A Política Nacional de Segurança Pública: histórico, dilemas e perspectivas. Estudos avançados, São Paulo, v. 21, n. 61, p. 77-97, 2007.]
Muitas vezes a polícia se torna a corporação ideal para o crime organizado entrar, pela baixa remuneração e condições de trabalho da policia, principalmente em grandes cidades do nosso país, esse cenário torna fácil a corrupção da policia despreparada, frente às grandes organizações criminosas.
Para o autor Hassemer: A criminalidade organizada não é apenas uma organização bem-feita, não é somente uma organização internacional, mas é, em última análise, a corrupção da legislatura, da magistratura, do Ministério Público, da Política, ou seja, a paralisação estatal no combate à criminalidade, corrupção esta que pode se dar por meio de ameaças e pressões18.[18: 18 HASSEMER, Wilfred. Três temas de Direito Penal. Esmp, 1993. p. 124.]
Pode-se observar como se torna fácil, as ações de organizações criminosas, uma vez que temos um sistema político na maioria das vezes corrupto e que deixa o país nas mãos dessas organizações, que são realmente organizadas e agem friamente, diferentes do Estado, que deveria agir, tem poder para isso. 
Porém na maioria das vezes, o problema da corrupção afeta todo o sistema político e faz o próprio sistema entrar em colapso, assim observamos que o Estado, além das organizações, também se torna seu próprio inimigo.
As organizações criminosas tomam para sim o poder que deveria ser intrínseco do Estado, e com ele, leva para onde o Estado é omisso, e não chega, como por exemplo, nas favelas e áreas de grande pobreza, onde direitos e garantias ficam longe da realidade, nestes locais, o Estado é visto como indiferente, e na maioria das vezes é indiferente à essa população, por falta de administração pública e também mais uma vez pela corrupção do nosso país, assim nessas áreas o crime reina, nos locais que o Estado "esquece".
Assim, o crime oferece a essas regiões, “segurança” e os moradores de favelas são tomados como cúmplices dos bandos de traficantes, porque a convivência com eles no mesmo território produziria aproximações de diversas ordens – relações de vizinhança, parentesco, econômicas, relativas à política local, etc. – e, assim, um tecido social homogêneo que sustentaria uma subcultura desviante e perigosa. Esta, por sua vez, fundamentaria a aceitação e a banalização do recurso à forca, o que terminaria por legitimar e generalizar a chamada “lei do tráfico”19.[19: 19 MACHADO DA SILVA, Luiz Antônio; LEITE, Márcia Pereira. VIOLÊNCIA, CRIME E POLÍCIA: o que os favelados dizem quando falam desses temas. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/se/v22n3/04.pdf.pág 549> acesso em 15 abril 2017. ]
A polícia é vista pela sociedade de duas formas: como proteção por ser uma instituição de segurança pública, mas ao mesmo tempo, com rejeição devido à forma como os policiais se relacionam com a sociedade durante seu exercício, de forma ostensiva20.[20: 20 COSTA, Ivone freire. Polícia e Sociedade: Gestão de segurança pública, violência e controle social. Salvador: Edufba, 2005.]
Observando o texto da autora acima, pode-se ver e entender como a polícia é vista muitas vezes em nossa sociedade.
Outro texto demonstra ainda mais claramente como os criminosos são vistos nos territórios tomados pelas organizações nas favelas:
Tem que aceitar. Segurança no morro quem é que faz? É os manos. Por que que não tem roubo dentro da favela? Porque se tiver, os caras vêm e matam. Privilégio para quem? Para os moradores. Então eles não têm que falar nada se mata na porta da casa deles, se vende droga. É segurança [informante 29]21.[21: 21 ZILLI, Luís Felipe. O “mundo do crime” e a “lei da favela”: aspectos simbólicos da violência de gangues na região metropolitana de Belo Horizonte. Etnografia, Portugal, v. 19. n. 3, 463-487, mar. 2015. Disponível em: <https://etnografica.revues.org/4074>. Acesso em: 20 mar. 2017.]
Esse é um motivo que dificulta a ação estatal, por que o Estado não consegue chegar nessa região e quando faz isso, nas tentativas de tomar de volta para si o poder perdido para o crime organizado, acontecem conflitos entre a polícia e os criminosos.
A população se torna a maior prejudicada e muitas vezes prefere as organizações que fazem o papel do Estado ao invés do próprio Estado, pois quando a polícia tem que fazer o papel do Estado, na maior parte das vezes, quem sofre são os cidadãos que ficam entre a guerra, dos criminosos e policiais, assim quem vive nestasáreas tomadas pelo crime, prefere a polícia longe, pois assim, evitam-se grandes conflitos.
Por isso tem-se em nosso país poderes paralelos, onde o Estado não consegue chegar de forma efetiva, muitas vezes por falta de uma administração correta e limpa de seus governantes que muitas vezes preferem ser corruptos e até mesmo ajudar o crime e se tornarem criminosos, assim, fica cada vez mais difícil o combate as organizações criminosas.
4 COMBATE AO CRIME ORGANIZADO NO BRASIL:
No Brasil existem duas grandes Organizações Criminosas que dominam os crimes, o PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho) que agem em todo território, algumas vezes de forma conjunta e são muito bem instituídas e realmente organizadas. "O PCCaplicandoer isso? diferenciado utras atividades.entar contrarazoes atia grave.
ual por mais 15 dias consecutivos.
 é hoje a maior facção criminosa do nosso país, e tem como chefe Marcos Willians Herbas Camacho, o “Marcola” ,que assumiu a chefia da facção em 2002"22. [22: 22 FOLHA DE SÃO PAULO. Facção Criminosa PCC foi criada em 1993. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u121460.shtml> Acesso em 20 mar. 2017.]
Para conseguir dinheiro para o caixa da facção, os membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) exigem que os "irmãos", como são tratados os integrantes do grupo, paguem uma taxa mensal de R$ 50; os que estão em liberdade, R$ 500. O dinheiro é usado para comprar armas e drogas, além de financiar ações de resgate de presos ligados ao grupo23.[23: 23 FOLHA DE SÃO PAULO, loc.cit.]
Para se tornar membro do Primeiro Comando da Capital, o criminoso precisa ser "batizado", ou seja, apresentado por outro que já faça parte da organização criminosa e que se responsabilize por suas ações junto ao grupo. Todos têm de cumprir um estatuto, redigido pelos fundadores reunidos no Piranhão, em 1993, com 16 itens. O nº 9, por exemplo, diz: "O partido não admite mentiras, traição, inveja, cobiça, calúnia, egoísmo, interesse pessoal, mas sim: a verdade, a fidelidade, hombridade, solidariedade e o interesse comum ao bem de todos, porque somos um por todos e todos por um"24.[24: 24 FOLHA DE SÃO PAULO, loc. cit.]
Diante do enfraquecimento do Comando Vermelho carioca, que tem perdido vários pontos-de-venda de droga no Rio e diminuído a demanda no tráfico internacional, o Primeiro Comando da Capital aproveitou-se dessa brecha comercial e tornou-se a maior facção criminosa do país. 
O comando vermelho é a organização criminosa que age no Rio de Janeiro, foi criado em 1979 na prisão de Cândido Mendes, ilha grande, o Comando Vermelho ainda controla vários pontos de drogas no Rio de Janeiro e as favelas e morros controlados pela facção tem nos muros aos seus redores pichados as iniciais ''CV''25.[25: 25 PROCURADOS: Facção Comando Vermelho. IBCC. Disponível em: <http://www.procurados.org.br/page.php?id=18>. Acesso em 20 mar. 2017.]
Entre os integrantes da facção que se tornaram notórios após e suas prisões estão: Fernandinho Beira-Mar, Marcinho VP, e Elias Maluco, que mesmo presos ainda controlam as atividades do Comando Vermelho de dentro das penitenciárias.
Assim como o Primeiro Comando da Capital, o Comando Vermelho usa o dinheiro de roubos para financiar o crime e também para tentar fugas de seus chefes, todos que estão envolvidos com o Comando Vermelho pagam uma taxa para isso além das ações do grupo.
Após um breve conhecimento sobre as organizações que dominam nosso país, se faz necessário entender como a polícia age para combater as ações criminosas.
A polícia é o principal organismo de combate e investigação do crime no país, observando que: 
Já ficou dito que no Brasil, sem prejuízo da atuação de outras agências de fiscalização e controle, o esforço de prevenção e repressão ao crime organizado é assentado nas estruturas da polícia Federal e das polícias Civis dos Estados26.[26: 26 SANTOS, Getúlio Bezerra. et. al. Apostila de Polícia de repressão ao crime organizado. Brasília: ANP/DPF Academia Nacional de Polícia, 2006.p.28.]
Em relação aos crimes praticados por organizações criminosas, podem ser divididos em: principais, secundários e de terceiro nível, conforme divisão de Marcelo B. Mendroni27: Crimes Principais: Tráfico de entorpecentes; Tráfico de armas; Contrabando e descaminho; Jogos de azar; Promoção e favorecimento à prostituição; Tráfico de pessoas; Receptação em grande escala; Fraudes (estelionato, falsificação de documentos); Falsificação de mercadorias; Sequestro; Golpes econômicos contra o Estado; Cartelizarão de empresas; Roubo e furto de cargas e crimes secundários: Corrupção e concussão (crimes contra administração pública); Ameaças e intimidações; Fraudes diversas; Crimes de informática; Tráfico de influência; Homicídios; Lesões corporais e também os crimes de terceiro nível, como a lavagem de dinheiro.[27: 27 MENDRONI. Marcelo Batlouni. Crime organizado: Aspectos gerais e mecanismos legais. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2009. p. 27-28.]
A Polícia Federal tem uma grande área de atuação que envolve todo território brasileiro, assim dentro da estrutura da PF, de forma centralizada foi criada a Diretoria de Combate ao Crime Organizado (DCOR).
Os principais meios de atuação do combate ao crime organizado no país são: Escuta telefônica, ambiental e clandestina – Lei 9.296/96; Agente infiltrado – Lei 10.217/01; Ação controlada ou entrega vigiada – Lei 12.850/13 e 11.343/06 (lei de drogas); Quebras de sigilo bancário e fiscal – LC 105/2001 e Lei 12.683/12; Delação premiada – Lei 9.807/99.
Importante destacar que as provas obtidas por meios ilícitos não têm validade de acordo com o Art. 5°, inciso LVI da CF 88, e a prova ilícita corrompe as demais provas, não podendo assim embasar eventual juízo de condenação, conforme STJ (HC 64096/PR Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Quinta turma, julgado em 27.05.2008, DJE 04.08.2008)28[28: 28 BRASIL. Superior tribunal de Justiça. Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por maioria, conceder parcialmente a ordem. Acórdão da 5ª Turma do STJ. Relator: Ministro Arnaldo Esteves Lima. Disponível em: <https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/790395/habeas-corpus-hc-64096> acesso em 05 maio 2017.]
STJ - HABEAS CORPUS : HC 64096 PR 2006/0171344-7
EMENTA: HABEAS CORPUS. SONEGAÇÃO FISCAL, LAVAGEM DE DINHEIRO E CORRUPÇÃO. DENÚNCIA ANÔNIMA. INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL. POSSIBILIDADE. INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA. IMPOSSIBILIDADE. PROVA ILÍCITA. TEORIA DOS FRUTOS DA ÁRVORE ENVENENADA. NULIDADE DE PROVAS VICIADAS, SEM PREJUÍZO DA TRAMITAÇÃO DO PROCEDIMENTO INVESTIGATIVO. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA.
Portanto, todas as provas obtidas contra as organizações criminosas, devem ser obtidas de maneira lícita, para que as demais provas, tenham validade e eficácia.
ESCUTA TELEFÔNICA, AMBIENTAL E CLANDESTINA – LEI 9.296 / 96
Esta lei regula o art. 5º, inciso XII, in fine, da Constituição Federal: 
É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a Lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal29.[29: 29 NIGRI, Tânia. Sigilo de dados - os limites da sua inviolabilidade. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, IX, n. 35, dez 2006. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1498>. Acesso em 08 jun. 2017.]
A gravação ou escuta clandestina é realizada mediante a interceptação das conversas por um dos interlocutores, sem o consentimento do outro e sem autorização legal.
Norma que trata desse dispositivo é a Lei 9.296/96, Art. 1°:
Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em investigação criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de ordem do juiz competente da ação principal,sob segredo de justiça
Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática30.[30: 30 BRASIL. Lei n° 9.296, de 24 de julho de 1996. Regulamenta o inciso XII, parte final, do art. 5° da Constituição Federal. Brasília, 24 jul 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9296.htm>. Acesso em 08 jun. 2017.]
Interceptação telefônica é o rastreamento das conversas sem o conhecimento de seus interlocutores, enquanto que a escuta telefônica funciona da mesma forma, porém com o consentimento de um dos interlocutores.
 AGENTE INFILTRADO: LEI 10.217/01
Como foi dito, uma das principais características das organizações criminosas é possuir membros restritos, pelo fato de que, as informações que os integrantes têm são vitais para a Organização, sendo muito difícil o acesso de novos membros.
Há também a vedação na lei à coparticipação delituosa, pela qual o agente infiltrado não poderá participar de nenhum crime, como se impede no próprio Art. 288 do CPB31 (código penal brasileiro), que tipifica a conduta de participação em quadrilha ou bando.[31: 31 BRASIL. Decreto-lei n° 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm>. Acesso em 08 jun. 2017.]
Percebe-se que nessa modalidade de investigação, agente infiltrado não pode participar de nenhum delito, o que o tornaria alvo de desconfiança dentro da Organização Criminosa, por que quem se envolve e faz parte de uma organização tem que estar pronto para qualquer comando e isso que fará esse membro crescer dentro da organização, para o agente conseguir informações valiosas de nível de chefia, ele teria que fazer qualquer coisa, inclusive participar das ações e consequentemente praticar crimes.
A Polícia Federal solicitou que a coparticipação de agente infiltrado seja considerada atípica, defendendo que um agente infiltrado age motivado por um valor maior, o interesse social no combate ao crime organizado, na lei de drogas, L.11.343/06, Art. 53,I32 é permitido a infiltração de agente.[32: 32 BRASIL. Lei n° 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad, prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e a trafico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm>. Acesso em: 08 jun. 2017.]
 AÇÃO CONTROLADA OU ENTREGA VIGIADA: LEI 12.850/13 E LEI 11.343/06 (LEI DE DROGAS)
Nesse tipo de ação, a polícia pode “deixar” de agir, em determinada situação em que possa prender alguns agentes de uma Organização Criminosa para que, ao final de um transporte, ou uma ação dessa Organização, podendo ser tráfico ou qualquer outra, a policia prenda um maior número de criminosos no destino final desse transporte.
Para isso há de se ater ao parágrafo único do Art. 53, que é condição para que essa ação seja permitida.
A Lei de drogas, L.11.343/06 traz esse dispositivo no seu Art. 53, inciso II.
Art. 53.  Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos investigatórios:
II – A não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível.
Parágrafo único.  Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que sejam conhecidos o itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores.
Portanto, através desse dispositivo legal, observamos que a polícia pode atuar de maneira retardada, a fim de conseguir obter maior êxito na atuação contra o crime organizado.
QUEBRA DO SIGILO BANCÁRIO E FISCAL: LC N° 105/2001 E LEI 12.683/12
Diariamente se vê como as organizações criminosas obtêm lucros enormes com suas atividades e não nos surpreende o envolvimento de políticos com o crime organizado e desvio de dinheiro público, por isso, a quebra do sigilo bancário e fiscal é de suma importância na persecução penal para o recolhimento de provas, a polícia pede a quebra desses sigilos com base na Lei Complementar 105/2001 especificada em seu Art. 1°, parágrafo 4o 33[33: 33 BRASIL. Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001. Dispõe sobre o sigilo das operações de instituições financeiras e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp105.htm> acesso em 11 jun. 2017.]
§ 4o A quebra de sigilo poderá ser decretada, quando necessária para apuração de ocorrência de qualquer ilícito, em qualquer fase do inquérito ou do processo judicial, e especialmente nos seguintes crimes:
I – De terrorismo; BRASIL
II – De tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins;
III – De contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado a sua produção;
IV – Extorsão mediante sequestro;
V – Contra o sistema financeiro nacional;
VI – Contra a Administração Pública;
VII – contra a ordem tributária e a previdência social;
VIII – lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores;
IX – Praticado por organização criminosa.
A Lei 9.613/98 foi revogada pela lei 12.683/12 que tipifica os crimes de lavagem de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores, ela também distribui funções de fiscalizar a órgãos competentes e o sistema financeiro nacional (SFN). 
A L.12.683/12 Art. 1° - Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal34.[34: 34 BRASIL. Lei n° 12.683, de 9 de julho de 2012. Altera a Lei no 9.613, de 3 de março de 1998, para tornar mais eficiente a persecução penal dos crimes de lavagem de dinheiro. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20112014/2012/Lei/L12683.htm#art2. >Acesso em 11 jun. 2017.]
Assim vê-se que a ocultação e lavagem de dinheiro também faz parte do rol de crimes praticados pelas organizações criminosas, necessitando de uma fiscalização muito grande dos órgãos estatais para evitar esses crimes.
4.5 DELAÇÃO PREMIADA – LEI 9.807/99
Conforme a Lei 9.807/9935 da Delação premiada acontece quando o acusado, sendo réu primário e tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação do processo criminal, desde que sua colaboração tenha resultado em:[35: 35 BRASIL. Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999. Estabelece normas para a organização e a manutenção de programas especiais de proteção a vítimas e a testemunhas ameaçadas, institui o Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas e dispõe sobre a proteção de acusados ou condenados que tenham voluntariamente prestado efetiva colaboração à investigação policial e ao processo criminal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9807.htm>. Acesso em 11 jun. 2017.]
I – Identificação dos demais coautores ou partícipes da ação criminosa.
II – A localização da vítima com sua integridade física preservada.
III – A recuperação total ou parcial do produto do crime.
Com a colaboração do réu, ele poderá ter benefícios como por exemplo, mesmo que for condenado terá redução de pena de um a dois terços e outros benefícios em troca de sua ajuda na persecução penal e a delação é de muita ajuda na investigação, podendo assim, levar a polícia a deflagrar toda a organização criminosa e até descobrir novos crimes e Organizações que atuam em conjunto.
4.6 COMO ACABAR COM O CRIME ORGANIZADO
O crime organizado é uma entidade que é muito difícilde ser exterminada e, é muito simples visualizar os motivos que tornam essa tarefa tão difícil para o Estado e para a polícia. 
Um dos motivos, é que as Organizações Criminosas são realmente organizadas, elas articulam suas ações de forma clara e simples e os indivíduos respeitam os chefes de forma única, dificilmente quebrando a confiança e cumplicidade dentro da organização.
Mais um ponto que se pode destacar, é um dos mais perfeitos casamentos que existe, o envolvimento de políticos com o crime Organizado, que acontece na maioria das vezes quando os próprios políticos não são chefes de quadrilha.
Pode-se observar no cotidiano como isso ocorre, quase todos os dias nos escândalos de corrupção nos jornais, verificando-se na jurisprudência também como, por exemplo, neste julgado do STJ: STJ - HABEAS CORPUS HC 334571 MT 2015/0213640-5 (STJ) Data de publicação: 03/12/2015:
Ementa: HABEAS CORPUS. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA, PECULATO, LAVAGEM DE DINHEIRO. PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. ORDEM DENEGADA. 1. A jurisprudência desta Corte Superior é firme em assinalar que a determinação de segregar o réu, antes de transitada em julgado a condenação, deve efetivar-se apenas se indicada, em dados concretos dos autos, a necessidade da cautela (periculum libertatis), à luz do disposto no art. 312 do CPP. 2. A prisão preventiva do paciente foi decretada para garantir a ordem pública e a instrução criminal. Quanto à ordem pública, o édito prisional ressaltou a enorme soma desviada da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, o fato de que ele seria o principal cúmplice e articulador do chefe da organização criminosa, além de ter desviado dinheiro público valendo-se das facilidades do cargo reiteradas vezes. Em relação à instrução criminal, citou a influência do paciente, servidor e então Secretário-Geral da instituição, e o fato de que um funcionário diretamente subordinado a ele teria ocultado provas e documentos incriminadores. Os dados concretos evidenciam a periculosidade social do paciente, sua insensibilidade à ética política e profissional, bem como sua propensão à habitualidade delitiva, não esmaecidos por sua simples exoneração do cargo de chefia que ocupava ou pelo afastamento do suposto chefe da organização criminosa do cargo de deputado estadual36.[36: 36 BRASIL. Superior tribunal de Justiça. Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma, por maioria, denegar a ordem. Acórdão da 6ª Turma do STJ. Relator: Ministro Rogério Schietti Cruz. Disponível em: <https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=Organização+criminosa> acesso em 11 jun. 2017.]
Crimes contra a administração pública e contra o erário são comuns na ação do crime organizado com políticos envolvidos e o que facilita isso é o alto montante de dinheiro que as organizações criminosas movimentam, facilitando assim a lavagem de dinheiro por exemplo.
As organizações criminosas também investem dinheiro para desenvolver métodos para agirem e também para terem acesso aos chefes que estão presos, usando celulares e na maioria das vezes conseguem, usando mulheres que fazem parte da quadrilha para realizarem essas tarefas.
Muitos chefes de organizações criminosas foram transferidos para presídios federais, e passaram para o RDD37 (regime disciplinar diferenciado), por que nesse regime, o sistema prisional funciona e se torna mais difícil os membros terem acesso a eles.[37: 37 COSTA, Amanda Maciel. Regime disciplinar diferenciado: aspectos históricos e críticos. Direitonet, 08 out. 2013. Disponível em: <http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/8147/Regime-disciplinar-diferenciado-aspectos-historicos-e-criticos>. Acesso em 11 jun. 2017.]
A tarefa de acabar com o crime organizado é de extrema dificuldade, principalmente pela cultura do nosso país, entretanto há uma possibilidade de reverter o caso, inserindo nos indivíduos valores corretos, humanos, respeito e também reformular todo o sistema prisional e político do país, acabando com políticos corruptos, que não tem caráter, para isso o primeiro passo seria impor uma punição severa para políticos envolvidos com Organizações Criminosas, desviando dinheiro e informações.
A instauração de um sistema prisional verdadeiro, por que nosso sistema prisional não consegue reabilitar ninguém à sociedade, em nosso país 70%38 dos presos voltam a praticar crimes, ou seja, nem 30% dos presos são reinseridos na sociedade, por isso os presídios e cadeias do país deveriam ser mais eficazes, buscando uma maneira de reeducar e transformar o preso em um novo cidadão.[38: 38 BOLETIM DE NOTÍCIAS. No Brasil, 70% dos ex-presidiários voltam ao crime. Revista Consultor Jurídico, 6 de setembro de 2011. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2011-set-06/70-presidiarios-voltam-mundo-crime-ganharem-liberdade>. Acesso em 11 jun. 2017.]
Acabar com o Crime Organizado também é uma tarefa internacional, pois não envolve somente o Estado brasileiro, e sim todos os países, porém, nosso país, sendo um Estado que exerce poder soberano, tem o dever de fazer sua parte, talvez acabar com o crime seja impossível, mas há como diminuir consideravelmente a ação dos criminosos, se isso não é feito em nosso país, é por que existem mais interesses envolvidos por trás da manutenção dessas Organizações Criminosas e deflagrar uma delas é tarefa difícil, pois onde o Estado não tutela, o crime tutela.
5 CONCLUSÃO
A proposta do trabalho foi nos trazer conhecimento sobre as Organizações Criminosas que infelizmente estão presentes em nosso país pois são uma forma muito rentável para bandidos, chefes de quadrilha e políticos corruptos e será muito difícil mudar esse cotidiano se todo aparato legal não for aplicado de maneira correta.
O crime organizado faz a sociedade refém de suas ações e governantes que deveriam agir na ajuda ao combate das organizações nada fazem, são omissos uns por interesse, outros por que também roubam e são da mesma estirpe dos quadrilheiros.
Pode-se concluir após um breve estudo sobre o Estado e seus poderes que há sim como combater o crime organizado, mas infelizmente isso não ocorre e dificilmente ocorrerá, onde houver sempre interesses, falta de caráter, corrupção, politicagem suja, dificilmente acabará o crime.
O que se deve fazer é procurar nossos direitos na Lei e somente confiar em quem ainda não se corrompe e esperar que um dia haja uma reforma política efetiva e uma reforma nas leis para punir os chefes de organizações criminosas e políticos que agem junto com as organizações, e um salário digno aos policiais corretos que cumprem seu dever e honram suas fardas, e aos professores, isso já trará algumas mudanças e mais confiança em uma país que diz prezar por diversos valores em sua constituição, porém, não é o que se vê em suas ações.
Espera-se poder acreditar um dia em nossa pátria amada, Brasil.
REFERÊNCIAS
BOLETIM DE NOTÍCIAS. No Brasil, 70% dos ex-presidiários voltam ao crime. Revista Consultor Jurídico, 6 de setembro de 2011. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2011-set-06/70-presidiarios-voltam-mundo-crime-ganharem-liberdade>. Acesso em 11 jun. 2017.
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_______. Lei nº 9.807, de 13 de julho de 1999. Estabelece normas para a organização e a manutenção de programas especiais de proteção a vítimas e a testemunhas ameaçadas, institui o Programa Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas e dispõe sobre a proteção de acusados ou condenados que tenham voluntariamente prestado efetiva colaboração à investigação policial e ao processo criminal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9807.htm>.Acesso em 11 jun. 2017.
_______. Lei nº 12.683, de 9 de julho de 2012. Institui Casa Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12683.htm#art2> Acesso em: 20 jun. 2017.
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_______. Lei complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001. Institui Casa Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/Lcp105.htm> Acesso em: 11 jun. 2017.
_______. Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui Casa Civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm> Acesso em: 08 jun. 2017.
_______. Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996. Institui Casa civil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9296.htm> Acesso em: 08 jun. 2017.
_______. Superior tribunal de Justiça. Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por maioria, conceder parcialmente a ordem. Acórdão da 5ª Turma do STJ. Relator: Ministro Arnaldo Esteves Lima. Disponível em: <https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/790395/habeas-corpus-hc-64096> acesso em 05 maio 2017.
_______. Superior Tribunal de Justiça. Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, negar provimento ao recurso. Acórdão da 6ª turma do STJ. Relator: Ministra Marilza Maynard. Disponível em: <https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/25071336/recurso-ordinario-em-habeas-corpus-rhc-35255-sp-2013-0009688-2-stj>. Acesso em 15 de abril 2017.
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