Buscar

Intervenção de terceiros

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Intervenção de terceiros 
A intervenção de terceiros ocorre de acordo com o ART. 56 do código de processo civil, “quem pretender , no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu, poderá, até ser proferida a sentença ,oferecer oposição contra ambos”.
O que significa que, o terceiro que está fora da ação mas que tem interesse em sua demanda, pode intervir nela, para proteger seu interesse, como diz Leite:
“Dá-se à intervenção de terceiros quando uma pessoa ou ente, não sendo, originariamente, parte na causa, nela ingressa para defender seus próprios interesses ou os de uma das partes primitivas da relação processual”. (LEITE, 2009, p. 421). 
Modalidades de intervenção de terceiros:
 Assistência : Art. 50 a 55 do CPC
 Ocorre quando o terceiro entra no processo para prestar assistência à uma das partes, pois tem um interesse que a parte ajudada por ele ganhe o processo.Aqui o terceiro não chama para si o direito, apenas tem o interesse que a parte que ele assiste tenha o benefício, por exemplo, um sublocatário que tem o sublocador como réu de uma ação proposta pelo locador, aqui o terceiro tem interesse que o sublocador ganhe a ação para que ele tenha benefício. 
Oposição : Art. 56 a 61 CPC
 Na oposição, o terceiro tem interesse em nome próprio, e postula juízo contra o autor ou réu, o terceiro deve iniciar uma nova ação, visando o bem jurídico em questão no processo original e demandando contra o autor e réu da ação.Essa ação deve ser proposta antes do trânsito em julgado da ação que o terceiro intervir.
Há dois tipos de oposição :
 
Interveniente : Ação incidente é proposta antes da audiência de instrução, nesse caso haverá apenas uma audiência e uma única sentença.
Autônoma : Ação incidente proposta após iniciada a audiência. Nesse caso pode prorrogar a audiência por até noventa dias, aguardando que os atos da ação de oposição se alinhem com os da principal, para que possam ser julgados em conjunto, caso contrário, julgará as duas ações isoladamente, ou seja, proferirá sentenças em separado.
Quando o ingresso de terceiro é provocado, podendo ser:
 
Nomeação à autoria : Art. 62 a 69 CPC
 Nesse caso, é uma situação de correção do pólo passivo da ação, ou seja, o réu, trata-se de pessoa que detém coisa alheia, e que a tem demandada em nome próprio. Pode ser mero detentor ou mero executor ou cumpridor de ordens.
Por exemplo, um empregado que acata a ordem do seu patrão, e por acatar essa ordem sofre uma ação conta sua pessoa, ele pode argüir ilegitimidade da parte, pois foi um mero executor de uma ordem de seu patrão, nomeando-o assim no processo e essa nomeação deve acontecer no prazo da defesa e em caso de indeferimento, terá novo prazo para produzir defesa. Aceitando a nomeação, o juiz suspende o processo e manda ouvir o autor no prazo de cinco dias , e ele poderá aceitar ou não a nomeação, se ele não se manifestar, sua aceitação é tida como tácita.O nomeado tem também a escolha de entrar ou não no processo, se ele não aceitar, o processo continua correndo contra o demandado, porem fica o nomeado sujeito à sentença proferida no processo, se aceitar, correrá contra ele o processo e antigo réu deixará o processo.
Denunciação da lide : Art. 70 a 76 CPC
Esse instituto visa adicionar ao processo um terceiro, ao qual será facultado assumir a qualidade de litisconsorte ao lado do denunciante, negar a qualidade que lhe foi atribuída ou ainda confessar os fatos alegados pelo denunciante 
 A solução da lide decidirá não somente o conflito da ação principal, mas também aquele criado pela ação acessória, entre denunciante e denunciado.
Tanto pelo autor quanto pelo réu podem invocá-la, tem natureza jurídica de ação, no entanto, ensejar processo autônomo, está ligado ao direito de regresso.O autor deve fazer a denunciação na petição inicial e o réu no prazo da contestação.
Chamamento ao processo: Art. 77 a 80 CPC
A finalidade deste instituto, é incluir no processo em andamento o devedor principal, ou os coobrigados pela divida demandada no pólo passivo da ação, onde o juiz profira sua decisão e faça, cada um cumprir com a parte que lhe cabe responsabilidade.
Como trata Theodoro Junior:
 “incidente pelo qual o devedor demandado chama para integrar o mesmo processo os coobrigados pela dívida, de modo a fazê-los também responsáveis pelo resultado do feito” (THEODORO JUNIOR, 2003, p. 135).
Conclusão 
Concluímos que este instituto da intervenção de terceiros serve para que haja uma economia processual, tendo em vista que , aqueles que tem interesse na ação, possam ingressar nela como coadjuvantes ou participantes ativos da lide, pois há na decisão da ação um resultado que os possa atingir direta ou indiretamente. Interessa-lhes que a parte assistida seja a vencedora, seja para defender direito exclusivo , onde as partes litigam sobre direito que não lhes cabe, ou fazer com que a sentença seja justa com todos os envolvidos e,todos os coobrigados sejam responsabilizados.
Referências :
THEODORO JUNIOR, H. (2003). Curso de Direito Processual Civil (39ª ed., Vol. 1). São Paulo: Forense.
LEITE, C. H. (2009). Curso de Direito Processual do Trabalho (7ª ed.). São Paulo: LTR.
http://www.lopesperret.com.br/2013/05/30/intervencao-de-terceiros-processo-civil/ - acesso em 13/09/2014 às 20:18 horas.

Outros materiais