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MÓDULO 08 OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA

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MÓDULO VIII 
INTERAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE I 
OFTALMOLOGIA –OTORRINOLARINGOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MAIO/2010 
 
 
 
2 
 
OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA [Digite texto] MARCUS N. OTTONI 
SUMÁRIO 
1. OSSO TEMPORAL ............................................................................................................................................................................... 04 
2. ORELHA E AUDIÇÃO ........................................................................................................................................................................... 05 
2.1. ORELHA EXTERNA ..................................................................................................................................................................... 05 
2.1.1. PAVILHÃO AUDITIVO .................................................................................................................................................. 05 
2.1.2. MEATO ACÚSTICO EXTERNO ................................................................................................................................... 05 
2.1.3. MEMBRANA TIMPÂNICA ............................................................................................................................................ 06 
2.2. ORELHA MÉDIA .......................................................................................................................................................................... 08 
2.2.1. CAVIDADE TIMPÂNICA ............................................................................................................................................... 08 
2.2.2. TUBA AUDITIVA .......................................................................................................................................................... 10 
2.2.3. OSSÍCULOS DA AUDIÇÃO ......................................................................................................................................... 12 
2.2.4. MÚSCULOS RELACIONADOS AOS OSSÍCULOS ..................................................................................................... 15 
2.2.5. IRRIGAÇÃO ARTERIAL ............................................................................................................................................... 16 
2.2.6. DREANGEM VENOSA ................................................................................................................................................. 16 
2.2.7. DRENAGEM LINFÁTICA .............................................................................................................................................. 16 
2.2.8. INERVAÇÃO ................................................................................................................................................................. 16 
2.3. ORELHA INTERNA ...................................................................................................................................................................... 16 
2.3.1. LABIRINTO ÓSSEO ..................................................................................................................................................... 16 
2.3.2. VESTIBULO .................................................................................................................................................................. 17 
2.3.3. CANAIS SEMICIRCULARES ........................................................................................................................................ 18 
2.3.4. PERILINFA ................................................................................................................................................................... 19 
2.3.5. LABIRINTO MEMBRANOSO ....................................................................................................................................... 19 
2.3.6. UTRÍCULO ................................................................................................................................................................... 19 
2.3.7. SÁCULO ....................................................................................................................................................................... 19 
2.3.8. DUCTO ENDOLINFÁTICO ........................................................................................................................................... 20 
2.3.9. ENDOLINFA .................................................................................................................................................................. 20 
2.3.10. JANELA OVAL E JANELA REDONDA ......................................................................................................................... 21 
2.3.11. CÓCLEA ....................................................................................................................................................................... 21 
2.3.12. ÓRGÃO DE CORTI ....................................................................................................................................................... 25 
2.3.13. VACULARIZAÇÃO ....................................................................................................................................................... 27 
2.3.14. INERVAÇÃO ................................................................................................................................................................. 28 
2.3.14.1. NC VIII – VESTIBULOCOCLEAR .......................................................................................................................... 28 
2.3.14.2. NC VII – FACIAL .................................................................................................................................................... 29 
2.4. FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO ........................................................................................................................................................... 31 
2.4.1. POTENCIAL DE AÇÃO ................................................................................................................................................. 34 
2.4.2. SISTEMA EFERENTE ................................................................................................................................................... 35 
2.5. FISIOLOGIA VESTIBULAR ........................................................................................................................................................... 37 
2.6. EMBRIOLOGIA .............................................................................................................................................................................. 39 
3. OLHOS E VISÃO ................................................................................................................................................................................... 40 
3.1. ÓRBITA .......................................................................................................................................................................................... 40 
3.1.1. MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA ÓRBITA .................................................................................................................... 41 
3.2. PÁLPEBRA .................................................................................................................................................................................... 42 
3.3. APARELHO LACRIMAL ................................................................................................................................................................ 44 
3.4. GLOBO OCULAR ..........................................................................................................................................................................45 
3.4.1. TÚNICA FIBROSA ......................................................................................................................................................... 45 
3.4.1.1. ESCLERA ............................................................................................................................................................... 45 
3.4.1.2. CÓRNEA ................................................................................................................................................................ 45 
3.4.1.3. INERVAÇÃO .......................................................................................................................................................... 47 
3.4.1.4. VACULARIZAÇÃO ................................................................................................................................................. 47 
3.4.2. TÚNICA VASCULAR ..................................................................................................................................................... 50 
3.4.2.1. ÂNGULO DA CÂMARA ANTERIOR ...................................................................................................................... 50 
3.4.2.2. HUMOR AQUOSO ................................................................................................................................................. 51 
3.4.2.3. CORPO CILIAR ..................................................................................................................................................... 52 
3.4.2.4. ÍRIS ........................................................................................................................................................................ 53 
3.4.2.5. MÚSCULOS DA PUPILA ....................................................................................................................................... 54 
3.4.2.6. CRISTALINO ......................................................................................................................................................... 54 
3.4.2.7. CORIÓIDE ............................................................................................................................................................. 56 
3.4.2.8. RETINA .................................................................................................................................................................. 56 
3.4.2.8.1. INERVAÇÃO DA RETINA ...................................................................................................................... 61 
3.4.2.8.2. VASCULARIZAÇÃO DA RETINA .......................................................................................................... 62 
3.4.2.9. HUMOR VÍTREO ................................................................................................................................................... 62 
3.4.2.10. CONJUNTIVA ........................................................................................................................................................ 63 
3.5. FISIOLOGIA DA VISÃO ................................................................................................................................................................ 63 
3.5.1. NEOFORMAÇÃO DA RODOPSINA ............................................................................................................................. 66 
3 
 
OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA [Digite texto] MARCUS N. OTTONI 
3.5.2. CÓRTEX VISUAL .......................................................................................................................................................... 67 
3.6. PRESSÃO INTRAOCULAR ........................................................................................................................................................... 67 
3.7. LÁGRIMA ....................................................................................................................................................................................... 68 
3.7.1. LACRIMEJAMENTO ...................................................................................................................................................... 69 
3.8. EMBRIOLOGIA DO OLHO ............................................................................................................................................................. 69 
4. NARIZ E OLFAÇÃO .............................................................................................................................................................................. 71 
4.1. FUNÇÃO ........................................................................................................................................................................................ 71 
4.2. DIVISÃO ......................................................................................................................................................................................... 71 
4.3. NARIZ EXTERNO .......................................................................................................................................................................... 71 
4.4. SEIOS PARANASAIS .................................................................................................................................................................... 72 
4.5. CAVIDADE NASAL ........................................................................................................................................................................ 73 
4.6. OLFAÇÃO ...................................................................................................................................................................................... 74 
5. REGIÃO ORAL, FARINGE E LARINGE ............................................................................................................................................... 76 
5.1. CAVIDADE BUCAL ........................................................................................................................................................................ 76 
5.1.1. LÍNGUA .......................................................................................................................................................................... 76 
5.2. FARINGE ....................................................................................................................................................................................... 77 
5.3. LARINGE ....................................................................................................................................................................................... 78 
6. DOENÇAS E COMPLICAÇÕES ........................................................................................................................................................... 79 
6.1. OTITE ............................................................................................................................................................................................ 79 
6.2. OTORRÉIA .................................................................................................................................................................................... 83 
6.3. BAROTRAUMA .............................................................................................................................................................................. 84 
6.4. DISACUSIA .................................................................................................................................................................................... 84 
6.5. AGRESSÕES .................................................................................................................................................................................86 
6.6. GLAUCOMIA .................................................................................................................................................................................. 86 
6.6.1. GAUCOMA PRIMÁRIO .................................................................................................................................................. 86 
6.6.1.1. GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO ................................................................................................... 86 
6.6.1.2. GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO FECHADO ................................................................................................ 89 
6.6.2. GLAUCOMA CONGÊNITO ............................................................................................................................................ 89 
6.6.3. GLAUCOMA SECUNDÁRIO .......................................................................................................................................... 90 
6.7. RETINOPATIA DIABÉTICA ........................................................................................................................................................... 90 
6.8. TRACOMA ..................................................................................................................................................................................... 92 
6.9. VESTIBULOPATIAS ...................................................................................................................................................................... 92 
7. ANATOMIA RADIOLÓGICA ................................................................................................................................................................. 93 
8. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ / CEGUEIRA ............................................................................................................................. 95 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA [Digite texto] MARCUS N. OTTONI 
 
OSSO TEMPORAL 
 Dividido em 5 partes (unidas por fissuras): escamosa, mastóide, timpânica, estilóide e petrosa. 
 O osso temporal se articula com o osso esfenóide (asa maior), parietal, occipital, zigomático, mandíbula e com o osso hióide por 
intermédio de ligamentos. 
 Porção Escamosa – constituída por uma lâmina óssea vertical. 
o Apresenta uma face medial cerebral e uma face lateral temporal. 
o Parte anterior – nasce o processo zigomático, que juntamente com o osso zigomático formam o arco zigomático. 
o Atrás desta porção nota-se a área crivsoa que nada mais é do que a projeção das células mastóideas na superfície do temporal. 
o Traçando-se uma linha horizontal da área crivosa em direção ao crânio, encontra-se o antro mastóideo. 
 Mastóide – porção posterior do osso temporal. 
o Projeção cônica da parte petrosa do osso temporal, unindo-se a escama e ao osso timpânico anteriormente. 
o Sua superfície lateral é local de inserção para os músculos occipitais, auricular posterior, longo e esplênio da cabeça, 
apresentando um ou mais forames que correspondem ao ramo mastóideo da artéria occipital e a veia mastóidea. 
o A depressão que se observa posteriormente à espinha de Henle corresponde à fossa mastóidea. 
o O ramo auricular do nervo vago penetra no osso temporal através da fissura timpanomastoidea (que une a mastóide ao 
osso timpânico). 
o No adulto a mastóide contém espaços aéreos, as células mastóides, sendo o antro (que é revestido por mucosa e que 
comunica a mastóide com o ouvido médio) a maior delas. 
o Na sua superfície inferior, encontra-se o processo mastóide, local de inserção do músculo esternocleidomastoideo, a incisura 
do digástrico (local de inserção de seu ventre posterior) e o sulco da artéria occipital. 
o Medialmente à incisura do digástrico notamos o forame estilomastoideo (local de passagem do nervo facial, artéria 
estilomastoidea e o ramo auricular do vago, em alguns casos). 
o Em sua superfície medial, visualiza-se uma depressão profunda, correspondente ao sulco sigmóide, que aloja em seu interior o 
seio venoso sigmóide da dura-máter. 
 Porção Petrosa: 
o Trata-se da porção mais complexa do osso temporal pela quantidade de estruturas anatômicas que a ela se relacionam. 
o Apresenta forma de pirâmide de três lados, sendo a base voltada para a face externa do crânio e o ápice dirigido à face interna 
e anterior. 
o A borda superior do petroso é formada pela união da face posterior (ou cerebelar) e anterior (ou cerebral). 
o Divide-se em três porções: anterior (formando parte da fossa média e com inclinação ântero-inferior), inferior (relacionada aos 
grandes vasos e nervos do pescoço) e posterior (relacionada à fossa posterior). 
 Processo Estilóide: 
o Na face lateral do petroso está localizado o processo estilóide, que se dirige anteroinferiormente e mede aproximadamente 2,5 
cm. 
o Em sua base fica o forame estilomastoideo, orifício externo do canal facial (local de passagem para o nervo facial, artéria 
estilomastoidea e eventualmente o ramo auricular do vago). 
o O processo estilóide é uma porção óssea fina que nasce abaixo do osso timpânico, sendo que três músculos apresentam 
origem neste processo: estiloióide, estiloglosso e estilofaríngeo. 
o Este osso apresenta grande variação anatômica e pode chegar a atingir o osso hióide. 
 Porção Timpânica: 
o Trata-se do menor osso que contribui para a formação do osso temporal e apresenta forma quadrilátera. 
o Forma parte da parede anterior, interior e posterior do CAE e se articula com a escama e o petroso, formando através da 
apófise vaginal uma bainha para o processo estilóide. 
o A região externa de sua porção póstero-inferior apresenta um sulco para a inserção da membrana timpânica. 
o Separa-se da cabeça da mandíbula através de uma pequena quantidade de tecido de glândula parótida. 
o A sua superfície medial e ântero-inferior é fina, é, por vezes, apresenta um pequeno foramen (de Huschke) porção não 
ossificada embriologicamente 
 
 
5 
 
OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA [Digite texto] MARCUS N. OTTONI 
ORELHA E AUDIÇÃO 
 Também chamado de órgão vestibulococlear. 
 Dividido em parte interna, média e externa. 
 Posssui 2 funções: equilíbrio e audição. 
 As partes externas são principalmente relacionadas com a transferência de som para a orelha interna, que contêm o órgão do equilíbrio 
(condição de ser equilíbrio uniformemente) e audição. 
 
 
ORELHA EXTERNA: 
 Composta por cartilagem elástica recoberta com pele. 
 Possui diversas depressões: concha – mais profunda. 
 Suprimento arterial – derivado principalmente das artérias auricular posterior e temporal superficial. 
 Nervos para a pele – nervos auricular magno e auriculotemporal. 
o Nervo Auricular Magno – supre as faces superior e lateral abaixo do meato acústico externo. 
o Nervo Auriculotemporal – ramo do NC V3. 
 Drenagem Linfática – linfonodos parotídeos superficiais realizam a drenagem da face lateral da metade superior da orelha. 
 Formada pelo pavilhão auditivo, canal auditivo externo e meato auditivo externo. 
 
 
PAVILHÃO AUDITIVO: 
o Função de captar e canalizar sons para a orelha média. 
o Lóbulo da orelha – destituído de cartilagem – tecido fibroso, gordura e vasos sanguíneos. 
o Facilmente perfurada para retirada de pequenas amostras de sangue e inserção de brincos. 
 
 
 MEATO ACÚSTICO EXTERNO: 
o Conduz para dentro através da parte timpânica do temporal. 
o Estende-se da parte mais profunda da concha até a membrana timpânica (2 a 3 cm nos adultos). 
o Terço lateral desse canal em forma de S é cartilagíneo e revestido com pele – contínua com a pele da orelha. 
6 
 
OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA [Digite texto] MARCUSN. OTTONI 
o 2/3 mediais são ósseos e revestidos com pele fina – contínua com a lâmina externa da membrana timpânica. 
o Glândulas ceruminosas e sebácea situadas no tecido subcutâneo da parte cartilagínea do meato acústico externo produz cerume 
(cera do ouvido). 
 
 
MEMBRANA TIMPÂNICA: 
o A cavidade timpânica é fechada lateralmente pela membrana do tímpano, que serve como limite entre a orelha média e o meato 
acústico externo. 
o Forma elíptica, é fina, semitransparente, e seu diâmetro vertical mede de 9 a 10 mm e o ântero-posterior, de 8 a 9 mm. 
o Está colocada obliquamente, inclinando-se em sentido medial a partir da parede póstero-superior para a ântero-inferior do 
meato, formando ângulos de mais ou menos 55º com a parede inferior e de cerca de 1.400 com a parede superior, embora a 
membrana varie muito na forma, no tamanho e na inclinação. 
o Voltada lateralmente para frente e para baixo, como se captasse os sons refletidos do solo conforme se avança. 
o Exibe aspecto levemente côncavo na face externa devido à tração do manúbrio do martelo (o primeiro dos três ossículos 
do ouvido), firmemente fixo à face interna da membrana. 
o Forma a partição entre o meato acústico externo e a cavidade timpânica da orelha média. 
o Recoberta externamente com pele muito fina e, internamente, com túnica mucosa da orelha média. 
o O ponto mais deprimido no centro da membrana chama-se umbigo do tímpano (proeminência) e corresponde à extremidade do 
manúbrio do martelo. 
o A partir desse ponto, uma linha esbranquiçada, a estria malear, causada pelo brilho do manúbrio, é vista na face externa passando 
em direção à margem superior. 
o Na extremidade superior da estria aparece uma projeção delgada, a proeminência malear, formada pelo processo lateral (curto) do 
martelo. 
o Daí partem as pregas maleares anterior e posterior, que se dirigem às extremidades (espinhas timpânicas anterior e posterior) do 
sulco timpânico do anel timpânico do osso temporal. 
o Histologicamente, a membrana timpânica apresenta 3 camadas: 
o Uma camada epitelial, composta por duas fileiras de células epiteliais. 
o Uma intermediária fina de constituição fibrosa, com fibras de natureza colágena, fibroblastos e células endoteliais. 
o Uma de natureza mucosa, que continua com a mucosa do ouvido médio. 
 
 PARTE TENSA DA MEMBRANA TIMPÂNICA: 
o A maior parte da membrana timpânica, ou PARTE TENSA, está firmemente distendida e situada inferiormente às pregas ou 
ligamentos maleares (estrias timpânicas anterior e posterior). 
o A borda periférica da parte tensa mostra um espesso limbo formado por um ânulo fibrocartilaginoso que se encaixa, à semelhança 
de um vidro de relógio, no sulco timpânico do meato acústico externo. 
o Esse sulco não é completo, está ausente na parte superior do anel timpânico do osso temporal, em um espaço situado entre as 
espinhas timpânicas anterior e posterior, conhecido como incisura timpânica (incisura de Rivino). 
o Nessa área, a parte flácida da membrana também não apresenta o ânulo cartilaginoso e prende-se, mais fracamente do que a tensa, 
na incisura timpânica. 
7 
 
OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA [Digite texto] MARCUS N. OTTONI 
o A membrana timpânica normal apresenta cor pérola-acinzentada e reflete um cone de luz no quadrante ântero-inferior, usualmente 
chamado cone luminoso. 
o Estruturalmente, a parte tensa consiste em três camadas: 
o CAMADA EXTERNA (CAMADA CUTICULAR) - derivada da pele que forra o meato  formada por epitélio estratificado cujas 
células migram a partir do umbigo para a periferia à razão de 0,05 mm por dia. 
o Não contém pêlos e exibe algumas papilas dérmicas rudimentares na periferia. 
o Pequenos vasos sangüíneos transitam no tecido conjuntivo subepitelial, muito delgado. 
o CAMADA INTERMEDIÁRIA (CAMADA FIBROSA), formada por dois estratos: 
o Estrato superficial ou externo, formado de fibras radiais. 
o Estrato profundo ou interno, de fibras circulares mais concentradas na periferia e dispersas no centro da membrana. 
 Fibras transversas e parabólicas também são encontradas entre os estratos circular e radial. 
 Essas fibras são consideradas colágenas (fibras elásticas são raras); contudo, estudos ultra-estruturais 
mostraram finas fibrilas, possivelmente de ceratina ou reticulina. 
o CAMADA INTERNA (CAMADA MUCOSA) - contínua à mucosa que forra a cavidade timpânica. 
 
 PARTE FLÁCIDA DE MEMBRANA TIMPÂNICA: 
o A pequena área triangular delimitada pelas pregas é denominada PARTE FLÁCIDA DA MEMBRANA TIMPÂNICA (Membrana 
de Shrapnell). 
o É fina e frouxa e está diretamente aderida à incisura timpânica do osso timpânico. 
o Pequenas perfurações na membrana flácida não são incomuns. 
o A parte flácida é mais frouxa, porém mais espessa do que a tensa, segundo estudos recentes. 
o Consiste também em três camadas: EPITELIAL, FIBROSA E MUCOSA. 
o CAMADA EXTERNA - consiste em 5 a 10 camadas de células epiteliais; 
o CAMADA INTERMÉDIA - constituída por fibras colágenas e fibras elásticas abundantes ordenadas irregularmente; 
o CAMADA INTERNA - mucosa formada por células escamosas arranjadas como na parte tensa. 
 
 VASCULARIZAÇÃO: 
o A irrigação arterial da membrana timpânica é feita por ramos finos das suas faces interna e externa com intensas anastomoses 
(parte tensa). 
o Tais ramos são derivados do ramo auricular profundo da artéria maxilar, que se ramifica sob a camada cuticular; os ramos para a 
superfície mucosa nascem do ramo timpânico anterior da maxilar e do ramo estilomastóideo da auricular posterior, que é um 
ramo da maxilar. 
o A drenagem venosa deriva para veias do meato e da cavidade timpânica, seguindo para a veia jugular externa, para os seios da 
dura-máter e para o plexo venoso da tuba auditiva. 
o Os linfáticos possivelmente drenam para os linfonodos mastóideos e da tuba auditiva. 
 
 INERVAÇÃO: 
o Os nervos sensitivos da membrana timpânica provêm do ramo auriculotemporal (nervo mandibular, ramo do trigêmeo), do 
ramo auricular do vago e do ramo timpânico do glossofaríngeo. 
 
 
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OFTALMOLOGIA E OTORRINOLARINGOLOGIA [Digite texto] MARCUS N. OTTONI 
 
 
ORELHA MÉDIA: 
 Encontra-se na parte petrosa do temporal – forma semelhante a um losango. 
 Formada principalmente por uma pequena câmara cheia de ar na porção petrosa do osso temporal denominada cavidade do tímpano. 
 Essa cavidade comunica-se com a nasofaringe por um canal osteocartilaginoso chamado tuba auditiva. 
 Em direção oposta à tuba, a cavidade do tímpano liga-se também ao antro mastóideo e, assim, com as células do processo mastóide do 
osso temporal. 
 A orelha média compreende a cavidade timpânica, o antro mastóideo e a tuba auditiva, que, no conjunto, representam uma câmara 
pneumática, irregular e contínua através de passagens, em sua maior parte, localizada no osso temporal 
 Conteúdo: 
o Ossículos da audição – martelo, bigorna e estribo. 
o Músculos estapédio e tensor do tímpano. 
o Corda tímpano – ramo do NC VII. 
o Plexo nervo timpânico. 
 
CAVIDADE TIMPÂNICA: 
 A cavidade timpânica é uma fenda cheia de ar, comprimida lateralmente, forrada por mucoperiósteo, a qual se estende em um plano 
oblíquo ântero-posterior e que consiste em três partes: 
o Cavidade timpânica propriamente dita; corresponde à área defronte à membrana do tímpano (mesotímpano); 
o Recesso hipotimpânico (hipotímpano), situado abaixo do limite inferior da membrana; 
o Recesso epitimpânico (epitímpano ou ático), posicionado acima do limite da membrana – espaço superior à membrana. 
 Nesse recesso encontra-se a articulação incudomalear (entre o martelo e a bigorna). 
 O recesso epitimpânico, ou ático, é uma subdivisão da cavidade timpânica e é limitado: 
 Internamente pela porção superiorda parede labiríntica da cavidade, na área correspondente à 
proeminência do canal semicircular lateral, imediatamente acima do canal facial; 
 Externamente pela escama (scutum); 
 Superiormente pelo tegmen tympani e posteriormente pela fossa incudal. 
o O limite entre a cavidade timpânica propriamente dita e o recesso epitimpânico é determinado pela proeminência do canal 
facial, medialmente, e pela fossa da bigorna, inferiormente. 
 Uma abertura longa, denominada ádito do antro ou canal timpanomastóideo, comunica o recesso epitimpânico 
com uma grande célula aérea, de aproximadamente 10 mm nos seus diâmetros máximos e com 1 mL de volume, o 
antro mastóideo. 
 Esse antro mantém importantes relações tópicas de considerável interesse médico-cirúrgico com as cavidades 
timpânica e craniana. 
 O antro comunica-se com o recesso epitimpânico através do ádito do antro, isto é, uma passagem relacionada 
medialmente com o canal semicircular lateral. 
o O RECESSO EPITIMPÂNICO ANTERIOR, também conhecido como seio epitimpânico  é a porção de localização anterior à 
cabeça do martelo. Seus limites são: 
 Fossa craniana média, superiormente; 
 Ápice do rochedo, anteriormente; 
 Anel timpânico ósseo, lateral e inferiormente; 
 Nervo facial e o gânglio genicular, medialmente. 
o RECESSO EPITIMPÂNICO POSTERIOR: 
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 A designação tímpano posterior é comum entre otologistas, visto que nele se desenvolvem ou depositam patologias 
graves do ouvido médio. 
 Passa o nervo facial, sempre exposto ao risco de acidentes cirúrgicos nas operações que exigem a remoção de 
tumores e tecido crônico de granulações para o restabelecimento do fluxo aéreo do recesso epitimpânico para o antro 
mastóideo. 
 O tímpano posterior apresenta projeções ósseas e osteomucosas que delimitam recessos irregulares e inconstantes, 
com dimensões milimétricas, de difícil sistematização e que dificultam sua visualização e acesso pelas vias 
convencionais de abordagem. 
 Esses recessos são delimitados fundamentalmente por três estruturas: eminência cordal, eminência piramidal e 
proeminência estilóidea, que, no conjunto, formam o COMPLEXO ESTILÓIDEO, derivado do segundo arco branquial. 
 A cavidade timpânica mede cerca de 15 mm nos diâmetros vertical e ântero-posterior, enquanto que a dimensão transversa é de 6 mm 
na parte mais alta e 4 mm na porção mais inferior, sendo que, no centro, ou seja, do umbigo do tímpano até a parede interna, mede 
apenas 2 mm. 
o O espaço da cavidade timpânica pode ser reduzido na presença de uma fossa jugular proeminente. 
o Conectada anteriormente com a parte nasal da faringe por meio da tuba auditiva. 
o Póstero-superiormente, a cavidade timpânica conecta-se com as células mastóideas através do antro mastóideo. 
o Cavidade timpânica é revestida com túnica mucosa – contínua com o revestimento da tuba auditiva, células mastódeas e antro 
mastóideo. 
 A cavidade timpânica é revestida por epitélio pavimentoso simples – contínuo com o revestimento interno da membrana do tímpano. 
 2/3 mais profundos, ao aproximar-se da tuba auditiva, o osso da cavidade timpânica é substituído por cartilagem. 
 Ao aproximar-se da tuba auditiva, seu revestimento epitelial torna-se um epitélio colunar pseudoestratificado ciliado. 
 A lâmina da própria parede óssea está firmemente aderida a esta e não contém glândulas, mas a lâmina própria que reveste a porção 
cartilaginosa contém muitas glândulas mucosas cujos dutos abrem-se na luz da cavidade timpânica. 
 Células calciformes e tecido linfóide são encontrados na vizinhança da abertura faríngea. 
 A janela oval e a janela redonda estão situadas na parede medial da cavidade timpânica, as quais conectam a cavidade do ouvido médio 
ao ouvido interno – formadas por espaços da parede óssea cobertos por uma membrana. 
 
 LIMITES DA CAVIDADE TIMPÂNICA: 
 Paredes da Cavidade Timpânica: 
o Teto Segmentar ou Parede Tegmental – formado por uma fina lâmina de osso – tegme timpânico – separa a cavidade timpânica 
da dura-máter no assoalho da fossa média do crânio. 
o Assoalho ou Parede Jugular – formado por uma lâmina de osso – separa a cavidade timpânica do bulbo superior da veia jugular 
interna. 
o Parede Lateral ou Parede Membranácea – formada quase que inteiramente pela convexidade pontiaguda da membrana 
timpânica; superiormente é formada pela parede óssea lateral do recesso epitimpânico. 
 O manúbrio do martelo está na membrana timpânica e sua cabeça se estende até o recesso epitimpânico. 
o Parede Medial ou Parede Labiríntica – separa a cavidade timpânica da orelha interna e apresenta o promontório da parte inicial 
da cóclea (curva basilar). 
o Parede Anterior ou Parede Carótida – separa a cavidade timpânica do canal carótido; superiormente possui a abertura da tuba 
auditiva e o canal para o músculo tensor do tímpano. 
o Parede Posterior ou Parede Mastóidea – apresenta uma abertura na sua parte superior – o ádito para o antro mastóideo – 
conecta a cavidade timpânica com as células mastóideas; o canal para o nervo facial desce entre a parede posterior e o antro, 
medial ao adito. 
 Antro Mastóideo – cavidade situada no processo mastóide do temporal. 
o Separado da fossa média do crânio por um teto ósseo fino – tegme timpânico. 
o Assoalho – possui diversas aberturas através das quais se comunica com as células mastóideas. 
o Juntamente com as células mastóideas são revestidas pela túnica mucosa que é contínua com o revestimento da orelha média. 
 
 
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TUBA AUDITIVA: 
 A tuba auditiva ou tuba faringotimpânica é um canal osteocartilaginoso que comunica a cavidade do tímpano com a parte nasal da 
faringe. 
 Com isso, permite a ventilação dos espaços pneumatizados do osso temporal, protegendo-os contra possíveis agressões bacterianas, e 
também estabelece o equilíbrio da pressão do ar nas duas faces da membrana do tímpano. 
 Mede cerca de 35 a 38 mm de comprimento, sendo um terço ósseo e dois terços de fibrocartilagem. 
 A parte óssea da tuba mede 12 mm, é lateral ao canal carótico e apresenta pequenos orifícios por onde passam os vasos 
caroticotimpânicos. 
 É mais calibrosa junto à cavidade timpânica e vai se estreitando gradualmente até o istmo, isto é, o início da porção fibrocartilaginosa. 
 A mucosa mostra um epitélio colunar 80% ciliado, com células caliciformes secretoras abundantes. 
 O óstio timpânico da tuba está na parede anterior da cavidade timpânica, cerca de 4 a 5 mm acima do soalho do hipotímpano. 
 Nesse ponto, a secção transversa da tuba é triangular e mede de 3 a 5 mm de diâmetro, enquanto junto ao istmo diminui para 2 a 3 mm 
no diâmetro vertical e 1 a 1,5 mm no horizontal. 
 A parte cartilaginosa mede cerca de 26 mm de extensão e é formada por uma placa triangular de cartilagem, que, na secção transversa, 
tem forma de gancho. 
 A cartilagem da tuba tem um ápice e uma base - o ápice prende-se à parte óssea através de tecido fibroso, e a base está imediatamente 
embaixo da mucosa da parede lateral da nasofaringe, onde forma a elevação (toro tubal) que circunda o óstio faríngico da tuba. 
 A cartilagem da tuba curva-se lateralmente e, assim, exibe uma lâmina larga, medial, e outra estreita, lateral. 
 O sulco determinado pelas duas lâminas é completado por uma membrana que fecha o canal. 
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 A cartilagem da tuba é hialina no recém-nascido e, no adulto, elástica, exceto no istmo, onde permanece hialina. 
 A mucosa da tuba cartilaginosa é contínua com a da faringe e mostra epitélio colunar pseudo-estratificado ciliado e tambémepitélio 
cubóide ciliado e células caliciformes com muitas glândulas tubuloacinosas que secretam muco na luz da tuba. 
 Nas crianças, ao redor do óstio faríngico há uma concentração de tecido linfóide, conhecida como tonsila tubária ou tubal (tonsila de 
Gerlach). 
 A tuba está relacionada com o músculo tensor do véu palatino, que recebe algumas fibras da lâmina lateral da cartilagem e da parte 
membranácea; para alguns autores, essas fibras constituem o músculo dilatador da tuba. 
 O músculo salpingofaríngeo insere-se na parte inferior da cartilagem, próximo ao óstio faríngico. 
 O músculo levantador do véu palatino nasce, em parte, na lâmina medial da cartilagem da tuba. 
 A luz da parte cartilagínea da tuba permanece fechada devido à sua natureza elástica e abre-se ao bocejar e deglutir. 
 O mecanismo de abertura da tuba é ainda polêmico. 
 Contudo, atribui-se à ação muscular do músculo tensor do véu palatino, auxiliado pelo músculo salpingofaríngeo e pelo levantador do véu 
palatino, que eleva a parte cartilaginosa, diminuindo a tensão na cartilagem. 
 A mucosa da tuba cartilaginosa é contínua com a da faringe e mostra epitélio colunar pseudo-estratificado ciliado e também epitélio 
cubóide ciliado e células caliciformes com muitas glândulas tubuloacinosas que secretam muco na luz da tuba. 
 Nas crianças, ao redor do óstio faríngico há uma concentração de tecido linfóide, conhecida como tonsila tubária ou tubal (tonsila de 
Gerlach). 
 
 
Durante os eventos de deglutir, assoar o nariz ou bocejar, o orifício da tuba auditiva junto da faringe se abre, permitindo um equilização da pressão 
do ar da cavidade timpânica com a do meato auditivo externo, situado no lado oposto da membrana timpânica. 
 A principal função da tuba auditiva é prover a ventilação dos espaços aéreos do osso temporal, a qual exerce desde o nascimento, sendo 
responsável por sua pneumatização e manutenção do equilíbrio da pressão com o ambiente. 
 Em repouso, a tuba auditiva encontra-se fechada pelo efeito passivo de mola de seu segmento cartilaginoso. 
 Durante a oclusão, o ar contido na orelha média, vai sendo absorvido pela mucosa vascularizada do promontório levando a cavidade a 
uma pequena pressão negativa fisiológica que contribuirá na sucção do ar quando a tuba auditiva abrir. 
 Durante a deglutição ou bocejos, os músculos tensor do véu do palatino (o mais eficiente) e levantador do véu palatino – inervados pelo 
trigêmeo a partir do gânglio ótico, se contraem, afastando as lâminas medial e lateral da cartilagem tubária, deixando o ar passar, 
auxiliado pela pressão negativa criada na orelha média. 
 A membrana timpânica (elástica) vai se projetando para fora até que o mecanismo de válvula da tuba deixa o ar sair e o equilíbrio se 
estabelece antes de qualquer sofrimento da orelha média (normalmente quando a pressão atinge de 10 a 12 mmHg acima da ambiental). 
 Novo ciclo se inicia com uma discreta pressão negativa residual da orelha média. 
 
 
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OSSÍCULOS DA AUDIÇÃO: 
 Os ossículos da orelha formam uma cadeia articulada suspensa na cavidade do tímpano, responsável pela condução das ondas sonoras 
da orelha externa para a orelha interna. 
 Formam uma cadeia de pequenos ossos através da cavidade timpânica a partir da membrana timpânica até a janela do vestíbulo – 
abertura oval na parede medial da cavidade timpânica que conduz ao vestíbulo da orelha interna (labirinto ósseo). 
 São os primeiro ossos a se ossificar completamente durante o desenvolvimento, estado essencialmente maduros no nascimento. 
 
MARTELO: 
 Derivado da cartilagem de Meckel, é o primeiro e o maior ossículo da cadeia. 
 Mede 8 ou 9 mm de comprimento e consiste em cabeça, colo, processo lateral, processo anterior e manúbrio ou cabo. 
 CABEÇA DO MARTELO - ocupa o recesso epitimpânico, 
o Ovóide e apresenta uma face articular revestida de cartilagem para articular-se com a bigorna e formar a articulação 
incudomalear. 
o Cabeça do martelo articula-se com a bigorna. 
 COLO - estreito e, imediatamente abaixo dele, o martelo alarga-se, e nota-se aí um espessamento de onde partem os dois processos. 
o O processo anterior é fino e estende-se até a fissura petrotimpânica, acompanhado pelo nervo corda do tímpano. 
o Esse processo quase sempre é encontrado fraturado ou parcialmente absorvido, sem prejuízo para a audição. Prende-se às 
paredes da fissura petrotimpânica pelo ligamento anterior do martelo, que o envolve. 
o Esse ligamento é formado por tecido fibroso denso e contínuo com o periósteo do martelo, atravessa a fissura petrotimpânica 
para alcançar a cápsula da articulação temporomandibular e a espinha do osso esfenóide 
 Parte superior arredondada, ou cabeça do martelo, se situa no recesso epitimpânico. 
 No lado medial do ligamento, corre o nervo corda do tímpano para entrar no óstio do canalículo da corda, na fissura. 
 O processo lateral provoca uma elevação na membrana timpânica e contém uma cobertura cartilaginosa na qual se fixa a parte tensa da 
membrana. 
 O manúbrio é longo, com a extremidade achatada em forma de espátula firmemente presa à membrana do tímpano, cuja lâmina própria 
se divide para envolver o manúbrio ao nível do umbigo. 
 À meia distância entre o umbigo e o processo lateral, a membrana do tímpano está afastada do manúbrio, levemente curvo, e uma prega 
mucosa estabelece a união entre ambos. 
 Normalmente, o manúbrio do martelo ocupa posição eqüidistante das margens anterior e posterior da membrana do tímpano, mas pode 
ocupar posição mais anterior. 
 O martelo é sustentado pela sua fixação na membrana do tímpano, pelo músculo tensor do tímpano, pelos ligamentos próprios e pela 
articulação com a bigorna. 
 Seus ligamentos são: 
o Ligamento suspensor anterior - que se situa imediatamente superior ao ligamento anterior do martelo, estendendo-se da cabeça 
desse ossículo à parede anterior do recesso epitimpânico anterior; 
o Ligamento lateral - o qual se prende no colo do martelo e se prolonga até a margem óssea da incisura timpânica (incisura de 
Rivino); 
o Ligamento superior do martelo - que se fixa no topo da cabeça do martelo e se estende ao tegmen tympani; 
o Ligamento anterior do martelo - o mais desenvolvido, que se prende ao colo do martelo junto ao processo anterior e vai à 
parede anterior da cavidade, na fissura petrotimpânica, prolongando-se até a espinha do esfenóide, com algumas fibras 
misturando-se com a cápsula da articulação temporomandibular; 
 Está no eixo de rotação ossicular, diferentemente dos demais, que estão fora desse eixo; 
o Ligamento malear posterior - um espessamento da margem inferior da prega malear posterior estendida do colo do martelo à 
espinha timpânica posterior. 
o Os ligamentos descritos têm função sustentadora e provavelmente não interferem na condução do som devido ao reduzido 
movimento dos ossículos. 
 
 
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BIGORNA: 
 É o mais longo dos três ossículos. 
 Consiste em um corpo, um processo curto (± 5 mm), um processo longo (± 7 mm) e no processo lenticular. 
 O processo curto é mais grosso do que o longo, ambos divergindo a partir do corpo e formando um ângulo de mais ou menos 100o. 
Assemelha-se a um dente pré-molar, com duas raízes divergentes comparáveis aos processos longo e curto. 
 O corpo da bigorna é aproximadamente cubóide e apresenta uma face articular revestida de cartilagem, em forma de sela, para se 
articular com a face correspondente da cabeça do martelo no recesso epitimpânico. 
 O processo curto da bigorna estende-se posteriormente, ocupando a fossa da bigorna, onde está fixo por um ligamento. 
 O processo longo estende-se para baixo, paralelamente ao manúbrio do martelo,terminando no processo lenticular, que exibe uma face 
convexa que se encaixa na superfície côncava da cabeça do estribo para formar a articulação incudoestapedial (diartrose). 
 A secção transversa do ramo longo da bigorna é circular, enquanto a do manúbrio do martelo é ovóide, o que deve ser levado em conta 
pelos cirurgiões na colocação de próteses. 
 Três ligamentos sustentam a bigorna na posição que ocupa: 
o Ligamento posterior da bigorna - prende o processo curto à fossa da bigorna e pode calcificar em condições patológicas; 
o Ligamento lateral e medial da bigorna - interliga o corpo da bigorna à cabeça do martelo; 
o Ligamento superior da bigorna - une o corpo ao teto do recesso epitimpânico. 
 Corpo – situa-se no recesso epitimpânico onde se articula com a cabeça do martelo. 
 Ramo longo da bigorna – situa-se paralelo ao manúbrio do martelo e sua extremidade interior articula-se com o estribo por meio de uma 
projeção direcionada medialmente – processo lenticular da bigorna. 
 Ramo curto da bigorna – conectado por um ligamento à parede posterior da cavidade timpânica. 
 
 
 
ESTRIBO: 
 É o menor e mais medial elo da cadeia ossicular. 
 Pesa em média 2,8 g e mede, em média, 3,26 mm de altura. 
 Consiste na cabeça, na base e em dois ramos ou cruras. 
 O ramo anterior é reto e mais fino do que o posterior, encurvado e, por isso, mais longo. 
 Nota-se uma área irregular imediatamente acima do ramo posterior representada pelo local de inserção do tendão do músculo estapédio. 
 O espaço limitado pelos arcos dos ramos é o forame obturado, que, às vezes, é fechado por uma lâmina da membrana mucosa, a 
membrana obturatória estapedial. 
 A CABEÇA DO ESTRIBO é a parte que mais variações apresenta, devido aos diferentes graus de reabsorção óssea fetal. 
o Pode ser pequena ou larga e apresentar ou não um processo muscular na borda da face posterior. 
o A depressão para a articulação do processo lenticular da bigorna pode ser uma fovéola, uma escavação irregular, triangular ou 
quadrilátera. 
 O COLO DO ESTRIBO não é sempre bem definido. 
o Quando ocorre, é representado por uma área constricta entre a cabeça e o ponto de origem dos ramos. 
o O tendão do músculo estapédio insere-se no colo (75% dos casos), na cabeça ou no ramo posterior do estribo. 
 Os ramos elevam-se das extremidades da BASE (PLATINA) e unem-se lateralmente para formar o arco crural e limitar o forame 
obturado. 
o A forma do arco é normalmente ovóide, às vezes triangular com o ápice fechado. 
o Os ramos são formados de osso laminar escavado, apresentando, na secção transversa, forma de C. 
 
o O encontro dos ramos dá a forma característica do estribo; dependendo do comprimento e da curvatura dos ramos, a forma do 
forame obturado se modifica. 
o Os ramos variam muito em tamanho, podendo ser desde uma delgada haste até uma forte coluna. 
o O ramo anterior é sempre mais delgado e mais reto (ramo retilíneo) do que o ramo posterior, que é curvo (ramo curvilíneo). 
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o Raramente o ramo posterior é mais reto do que o anterior. 
 A base, ou platina, do estribo é também muito variável. 
o Exibe formas oval, elíptica ou reniforme. 
o É mais comum apresentar a margem superior ligeiramente convexa e a inferior retilínea. 
o As bordas anterior e posterior são arredondadas, sendo a anterior um pouco mais angular. 
o A face vestibular da base é sensivelmente convexa e a face timpânica é comumente côncava, devido à reborda elevada da 
margem periférica da base. 
 Os ramos invariavelmente originam-se mais próximos da margem inferior (retilínea) da base. 
 Uma crista estapedial inconstante encontra-se na face timpânica da base, unindo os ramos. 
 A circunferência da base mede em média 7,45 mm, o comprimento médio é de 2,99 mm e a largura média de 1,41 mm. 
 A periferia da base do estribo articula-se com as margens da janela do vestíbulo (janela oval) através de um ligamento de fibras elásticas, 
o ligamento anular. 
 Cabeça – direcionada lateralmente, articula-se com a bigorna. 
 Base – se ajusta na janela do vestíbulo, na parede medial da cavidade timpânica. 
o Consideravelmente menor do que a membrana timpânica – força vibratória do estribo é aumentada aproximadamente 10 vezes 
em relação à membrana timpânica. 
 Os ossículos aumentam a força, mas diminuem a amplitude das vibrações transmitidas a partir da membrana timpânica. 
 
 
ARTICULAÇÕES OSSICULARES: 
 As articulações ossiculares são articulações verdadeiras ou sinoviais. 
 As faces articulares são revestidas de cartilagem e podem apresentar disco intra-articular. 
 Cada articulação tem uma cápsula articular de tecido fibroso derivado do periósteo dos ossos articulares e é forrada por membrana 
sinovial. 
 ARTICULAÇÃO INCUDOMALEAR - diartrose de encaixe recíproco (selar) formada pelo martelo e pela bigorna. 
o A cápsula de tecido elástico envolve as margens articulares e apresenta um disco intra-articular. 
o A cápsula é formada pela membrana sinovial, pela cápsula fibrosa e pela membrana mucosa da cavidade timpânica que 
envolve a cápsula. 
o A cápsula, na sua face medial, contém uma densa camada de tecido fibroso constituindo o ligamento incudomalear medial, 
assim como sua superfície lateral também é espessa, formando o ligamento incudomalear lateral. 
 ARTICULAÇÃO INCUDOESTAPEDIAL - é também uma articulação sinovial, diartrodial, do tipo esferóide, entre o processo lenticular da 
bigorna e a fóvea da cabeça do estribo. 
o O processo lenticular pode ocorrer como um osso acessório independente. 
o Não possui disco na cavidade articular. 
o As fibras conjuntivas da cápsula são mais longas do que as da articulação incudomalear e também mais espessas. 
o Na face inferior da articulação, as fibras capsulares posteriores fundem-se com as do tendão do músculo estapédio. 
 ARTICULAÇÃO VESTIBULOESTAPEDIAL - sindesmose (anfiartrose) entre a base do estribo e a janela do vestíbulo. 
o Essa articulação é um dos locais de eleição para a otosclerose. 
o O ligamento anular segura a base do estribo na janela do vestíbulo, imbricando suas fibras conjuntivas elásticas com o 
periósteo da cavidade timpânica e o endósteo do labirinto. 
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 MÚSCULOS ASSOCIADOS AOS OSSÍCULOS: 
 Amortecem ou opõe-se aos movimentos dos ossículos da audição. 
 TENSOR DO TÍMPANO: 
o Músculo delgado, peniforme, de 2 cm de comprimento, que ocupa um semicanal ósseo situado acima da porção óssea da tuba 
auditiva, da qual está separado por um septo ósseo fino. 
o Deriva do primeiro arco branquial e tem origem na cartilagem da tuba, na asa maior do esfenóide e no semicanal que o abriga. 
o Alguns autores admitem que esse músculo representa uma continuação do músculo tensor do véu palatino. 
o O tendão do músculo, por meio das suas fibras mediais, insere-se na superfície côncava do processo cocleariforme, enquanto 
que o corpo principal do tendão se reflete lateralmente a partir do processo cocleariforme para se inserir nas faces medial e 
anterior do colo e do manúbrio do martelo, respectivamente. 
o Algumas fibras podem estender-se do manúbrio à membrana timpânica, segundo alguns autores. 
o Esse músculo contém fibras musculares estriadas e não estriadas e recebe inervação por um ramo do nervo do músculo 
pterigóideo medial, que, por sua vez, é ramo do mandibular e, este, do trigêmeo. 
o A função desse músculo é tracionar o manúbrio do martelo para dentro da cavidade e, assim, produzir tensão da membrana do 
tímpano; desse modo, juntamente com o estapédio, atua modificando os movimentos da cadeia ossicular.Insere-se no 
manúbrio do martelo. 
 Ação tende a evitar dano à orelha interna quando uma pessoa é expostaa sons altos. 
o Suprido pelo nervo mandibular. 
 
 ESTAPÉDIO: 
o Derivado do segundo arco branquial (cartilagem de Reichert), é o menor músculo esquelético do corpo humano, cujo ventre 
muscular ocupa a cavidade estapedial dentro da eminência piramidal e um sulco na parede da porção mastóidea do canal 
facial. 
o A cavidade estapedial e o canal facial freqüentemente são comunicáveis nesse ponto. 
o Contém fibras estriadas e não-estriadas que convergem para um tendão que emerge do orifício da eminência piramidal para a 
cavidade timpânica e se insere na cabeça, no colo ou ramo posterior do estribo. 
o Esse pequeno músculo bipenado consiste em diversas unidades motoras, cada uma contendo de 6 a 9 fibras musculares, e 
recebe inervação através de um ramo do nervo facial. 
o Sua contração desloca a borda anterior da platina lateralmente e a borda posterior medialmente. 
o Essa inclinação do estribo distende o ligamento anular e, assim, fixa a base do estribo, amortecendo sua reação à estimulação 
sonora. 
o Admite-se que o músculo tensor do tímpano e o estapédio se contraem simultanea e reflexamente, reagindo a sons de alta 
intensidade e exercendo um efeito protetor pelo amortecimento das vibrações que atingem o ouvido interno 
o Impede o movimento excessivo do estribo. 
 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL: 
o As artérias que irrigam a cavidade timpânica são: 
o Timpânica anterior, ramo da maxilar - irriga a membrana timpânica; 
o Estilomastóidea - que sobe pelo canal facial (ramo da auricular posterior) e distribui-se no tímpano posterior e mastóide. 
o Outras artérias menores alcançam a cavidade timpânica, tais como: 
o Petrosa superficial, ramo da meníngea média – entra pelo hiato do nervo petroso maior da superfície superior do rochedo do 
temporal (anastomosando-se com a estilomastóidea); 
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o Timpânica superior, ramo da meníngea média - cruza o semicanal do músculo tensor do tímpano; 
o Ramo timpânico interno da faríngea ascendente e ramo da artéria do canal pterigóideo (vidiano) - seguem a tuba auditiva; 
o Ramos caroticotimpânicos da carótida interna, emitidos no canal carótico - perfuram a parede anterior da cavidade do tímpano 
formando anastomoses sobre o promontório com ramos da maxilar (timpânica anterior) e da meníngea média (timpânica 
superior). 
o As artérias para o martelo e a bigorna nascem do ramo ossicular da timpânica anterior e as do estribo nascem da petrosa superficial e da 
timpânica inferior e da superior. 
o Estas artérias são acompanhadas das veias correspondentes que se destinam ao plexo pterigóideo e ao seio petroso superior da dura-
máter. 
 
DRENAGEM VENOSA: 
o Realizada por dois territórios: anterior e posterior. 
o As veias superficiais do território anterior drenam para o plexo subcutâneo da mandíbula e as profundas para a veia temporal, veias 
profundas da glândula parótida e veia facial posterior. 
o O território posterior é constituído pelas veias superficiais que se comunicam com as veias occipitais superficiais, pelas veias póstero-
superiores que drenam para a veia temporal profunda, pelas veias medianas e inferiores que drenam para as veias profundas da 
glândula parótida. 
 
DRENAGEM LINFÁTICA: 
o Geralmente segue a drenagem venosa para os linfonodos da glândula parótida, para os cervicais superficiais ao longo da veia jugular 
externa e para os linfonodos póstero-auriculares. 
 
INERVAÇÃO: 
o O nervo timpânico (nervo de Jacobson), ramo do glossofaríngeo, e os nervos caroticotimpânicos formam o plexo timpânico na superfície 
do promontório. 
o NERVO TIMPÂNICO (NERVO DE JACOBSON) - atinge a cavidade timpânica pelo canalículo timpânico inferior (canalículo para o nervo 
timpânico) e percorre um canal ou sulco sobre o promontório, onde se ramifica para formar o plexo timpânico. 
o Na altura da janela da cóclea, se junta com os nervos caroticotimpânicos e inferior do plexo simpático carótico, que atravessam 
a parede óssea do canal carótico para se juntarem ao plexo timpânico. 
o Desse plexo saem ramos para a mucosa timpânica, para a tuba auditiva e para as células mastóideas e um ramo que se junta 
ao petroso superficial maior. 
o O petroso superficial menor nasce do plexo e entra no canalículo timpânico superior abaixo do processo cocleariforme e segue 
em direção à fossa craniana média, paralelamente ou dentro do semicanal do músculo tensor do tímpano, anastomosando-se 
com ramo do facial, e surge na superfície do osso temporal (próximo ao gânglio genicular) por uma pequena abertura, 
lateralmente ao hiato do petroso maior, deixando a cavidade craniana ou pelo forame oval ou por um canalículo próprio até 
atingir o gânglio ótico. 
o Veicula fibras parassimpáticas pré-ganglionares e fibras simpáticas pós-ganglionares. 
 Estas últimas saem do gânglio ótico para se incorporarem ao nervo auriculotemporal do mandibular e daí para 
exercerem ação secretomotora da glândula parótida. 
o RAMO AURICULAR DO NERVO VAGO (NERVO DE ARNOLD) - formado por um ramo do gânglio superior do vago e um pequeno ramo 
do gânglio inferior do glossofaríngeo. 
o Origina-se no forame jugular e passa sobre a cúpula do bulbo jugular até atingir o canal facial através de um canalículo no 
mastóide ou um sulco na face inferior do temporal. 
o No seu curso, o nervo de Arnold divide-se em dois ramos, um superior, que se ramifica na bainha do nervo facial, e um ramo 
inferior, que recebe um pequeno filete anastomótico do facial, e a seguir, atravessa a fissura timpanomastóidea e distribui suas 
fibras aferentes somáticas na parede posterior do meato acústico externo. 
o A inervação sensitiva é rica e complexa, com áreas inervadas por filetes com origem única e áreas com superposição de inervação. 
o O ramo auricular do plexo cervical inerva a parte póstero-inferior do pavilhão e do conduto. 
o Nervo auricular magno, que supre toda a face superior e lateral abaixo do meato acústico externo. 
o O nervo auriculotemporal (ramo do NC V) inerva a parte anterior do pavilhão e pequena parte do conduto. 
o O NC VII inerva a concha e a parte inicial do conduto (zona de Ramsay Hunt). 
o O ramo auricular do NC X (nervo de Arnold) inerva a parte profunda do conduto e o tímpano. 
 
ORELHA INTERNA: 
 Contém órgão vestibulococlear relacionado com a recepção de som e com a manutenção do equilíbrio. 
 Enterrada na parte petrosa do temporal. 
 Consiste em sacos e ductos do labirinto membranáceo. 
 
LABIRINTO ÓSSEO: 
o Localizado dentro da parte petrosa do osso temporal. 
o Mede 20 mm de comprimento no seu eixo maior, paralelo à face posterior da porção petrosa. 
o Constitui o estojo que aloja o labirinto membranáceo. 
o Apresenta três partes componentes não completamente divididas: o vestíbulo, os canais semicirculares e a cóclea. 
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o É forrado por fino periósteo – ou endósteo, o qual é revestido com uma delicada camada epitelióide e contém um líquido – a perilinfa 
 que envolve todo o labirinto membranáceo. 
o O revestimento do labirinto ósseo até pouco tempo era descrito como sendo uma membrana fibrosa intimamente aderente ao periósteo. 
o Sabe-se, entretanto, que estudos ultra-estruturais revelaram que os espaços ocupados pelo líquido periótico (perilinfa) são limitados 
por células perilinfáticas, como fibrócitos, juntamente com feixes de fibras extracelulares. 
o As células, nos espaços perilinfáticos estreitos, são essencialmente reticulares ou estreladas e seus prolongamentos 
citoplasmáticos laminares cruzam e subdividem o espaço perilinfático em uma série de fendas intercelulares 
intercomunicantes, de formas e tamanhos variáveis. 
o Nos locais onde o espaço perilinfático é largo, como nas rampas vestibular e timpânica, e também no vestíbulo, ascélulas perilinfáticas 
que revestem o periósteo e cobrem a superfície do labirinto membranáceo são totalmente achatadas, com citoplasma sem 
características, exceto na superfície perilinfática da membrana basilar da cóclea, onde as células são cubóides. 
o A parede lateral é a parede medial da cavidade timpânica. 
o No lado medial está o fundo do meato acústico interno. 
o Circundado por uma dura camada de osso de 2 a 3 mm de espessura, a cápsula labiríntica. 
o O osso que circunda as cavidades do labirinto ósseo é mais duro do que o resto da porção petrosa. 
o No feto e no recém-nascido, o osso da cápsula ótica, em alguns locais, é a própria superfície da parte petrosa e, em outros, está 
separada dessa superfície por osso esponjoso remanescente da massa óssea da pirâmide do temporal. 
o No osso temporal adulto, grande parte da cápsula ótica está fundida com o osso compacto das áreas vizinhas. 
 
 
VESTÍBULO: 
o É uma câmara central, ovóide, de 4 mm de diâmetro. 
o É a parte mais volumosa do labirinto ósseo. 
o Ântero-inferiormente, o vestíbulo conduz para a cóclea; póstero-superiormente, recebe os canais semicirculares. 
o Na parede lateral do vestíbulo voltada para a cavidade timpânica há uma abertura, a janela do vestíbulo (oval). 
o O interior da cavidade vestibular apresenta depressões e cristas que correspondem aos elementos do labirinto membranáceo. 
o Na porção póstero-superior da parede medial do vestíbulo está o recesso elíptico ocupado pelo utrículo e nas porções inferior e 
anterior dessa parede está o recesso esférico, o qual acomoda o sáculo. 
o Entre essas duas depressões, há uma crista oblíqua, a crista vestibular, que se divide posteriormente em dois limbos que delimitam 
uma pequena depressão, conhecida como recesso coclear, a qual aloja o ceco vestibular (fundo-de-saco), que dá início ao ducto 
coclear ou rampa média da cóclea. 
o É o início do giro basal da cóclea. 
o Orifícios diminutos estão presentes no recesso esférico, constituindo a mácula crivosa média que corresponde à área vestibular inferior 
do fundo do meato acústico interno por onde passam os filetes nervosos saculares do ramo vestibular inferior do nervo vestibular. 
 
o O recesso coclear circunscrito pela divisão da crista vestibular é perfurado por vários orifícios para a passagem de filetes 
nervosos do ramo coclear do NC VIII. 
o As partes adjacentes do recesso elíptico são perfuradas por orifícios que formam a mácula crivosa superior, através da qual passam os 
nervos para o utrículo e para as ampolas dos ductos semicirculares lateral e superior. 
o Abaixo do recesso elíptico, nota-se um orifício que dá início ao aqueduto do vestíbulo. 
o Esse aqueduto, que se estende até a face posterior do rochedo entre o meato acústico interno e o seio sigmóide, acaba na abertura do 
aqueduto do vestíbulo e é percorrido pelo ducto endolinfático, que é uma parte do labirinto membranáceo. 
o Na porção posterior do vestíbulo, há cinco aberturas dos canais semicirculares e, na parede anterior, um orifício elíptico indica o início da 
rampa vestibular da cóclea. 
 
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 CANAIS SEMICIRCULARES: 
o Os canais semicirculares ósseos estão posicionados superiormente em relação ao vestíbulo e são denominados superior, posterior e 
lateral. 
o O superior é também chamado anterior e o lateral, horizontal. 
o Os canais ocupam os três eixos ortogonais do espaço, formando ângulos retos uns com os outros. 
o Cada canal corresponde a dois terços de um círculo descrevendo um arco de 240º, e a secção transversa tem diâmetro de 0,8 a 1 mm. 
o Cada canal possui um ramo simples e um ampular, em cuja extremidade há uma dilatação denominada ampola, medindo cerca de 1,5 
mm de diâmetro. 
o Apesar de serem três canais, apenas cinco orifícios abrem-se no vestíbulo, pois o ramo simples do superior junta-se com o do posterior 
para formar um ramo comum (crus commune). 
o Os canais semicirculares são parcialmente ocupados pelos ductos semicirculares do labirinto membranáceo e pela perilinfa circulante no 
labirinto ósseo. 
o CANAL SEMICIRCULAR SUPERIOR - dispõe-se transversalmente ao eixo maior da porção petrosa do osso temporal. 
o Seu arco corresponde aproximadamente à eminência arqueada. 
o Mede cerca de 15 a 20 mm de comprimento. 
o Seu ramo ampular abre-se na parte superior e lateral do vestíbulo, enquanto o ramo simples (não-ampular) une-se com o ramo 
simples do canal semicircular posterior para formar o ramo comum (crus commune) de 5 mm de comprimento e que se abre na 
face medial do vestíbulo. 
o CANAL SEMICIRCULAR POSTERIOR - é também vertical, porém quase paralelo à face posterior do rochedo. 
o Mede entre 18 e 22 mm de comprimento e seu ramo ampular abre-se na parte inferior do vestíbulo. 
o A ampola desse canal corresponde ao seio timpânico da cavidade timpânica. 
o Os nervos da ampola chegam pela mácula crivosa inferior que no fundo do meato acústico interno corresponde ao forame 
singular. 
o O ramo simples desse canal junta-se com o correspondente do superior para formar o ramo comum. 
o CANAL SEMICIRCULAR LATERAL (HORIZONTAL) - é o mais curto dos três, medindo de 12 a 15 mm de extensão. 
o Tem seu arco dirigido horizontalmente para trás e para fora. 
o Seu ramo ampular abre-se no ângulo súpero-lateral do vestíbulo, próximo àquele do canal superior, acima da janela do 
vestíbulo. 
o O ramo simples abre-se abaixo da abertura do ramo comum. 
o O canal lateral de um lado ocupa o mesmo plano do canal lateral do outro lado, enquanto o canal superior de um lado é 
praticamente paralelo ao canal posterior do outro lado. 
 
 DUCTOS SEMICIRCULARES: 
o São três tubos que se abrem no utrículo por cinco orifícios. 
o Representam cerca de um quarto do diâmetro dos canais semicirculares onde se alojam e aos quais se assemelham na forma e 
posição. 
o São mantidos encostados à parede externa dos canais através de feixes fibrocelulares do espaço perilinfático e, assim como os 
canais, cada ducto relaciona-se ortogonalmente com os outros. 
o Cada ducto apresenta uma extremidade ampular e outra não ampular ou simples, que se abrem no utrículo. 
o Nas ampolas, nota-se a parede espessada que se projeta no interior da luz como uma constricção em forma de 8 - septo 
transverso, cuja parte mais proeminente constitui a crista ampular. 
o Cada ducto semicircular, uma continuação do labirinto membranoso parte do utrículo, está contido dentro de seu canal 
semicircular e se adapta à forma deste. 
o A extremidade lateral de cada um dos três ducto é dilatada e é denominada ampola, que contém cristas ampulares, as quais 
são áreas de receptores especializados. 
o Cada crista ampular é composta por uma saliência cuja superfície livre é coberta por um epitélio sensorial constituído por 
células pilosas neuroepiteliais e por células de sustentação. 
o As células de sustentação se assentam sobre a lâmina basal, enquanto as células pilosas se ajustam por entre essas células. 
o As células neuroepiteliais (células pilosas do tipo I e do tipo II) apresentam a mesma morfologia que as células pilosas da 
mácula. 
o A cúpula, uma massa glicoprotéica gelatinosa que cobre as cristas ampulares, tem estrutura e função semelhantes às da 
membrana otolítica, mas apresenta um formato cônico e não contém otólitos. 
 
 
Fibras 
nervo
sas 
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o PERILINFA OU LÍQUIDO PERIÓTICO  ocupa os espaços perilinfáticos (vestíbulo, rampas timpânicas e vestibular, canais 
semicirculares, o ducto periótico - perilinfático) contido dentro do aqueduto ou canalículo coclear, o ceco vestibular da rampa 
timpânica e o espaço ao redor da porção proximal do seio e ducto endolinfático). 
o Possui composição semelhante aolíquido cerebroespinal, tendo sido descrita também com um ultrafiltrado de plasma. 
o Não foram ainda devidamente estabelecidos os mecanismos de produção, circulação e absorção da perilinfa, mas supõe-se 
que têm três origens: 
o Exsudato dos vasos sangüíneos do espaço perilinfático; 
o Nos espaços com fluidos que rodeiam as bainhas das fibras nervosas; 
o De um fluxo contínuo de líquido cerebroespinal pelo canalículo coclear. 
o Esse canalículo é ocupado por tecido conjuntivo frouxo especializado e fluido, constituindo o ducto periótico (perilinfático) que 
conecta a rampa timpânica com o espaço subaracnóideo na face inferior da pirâmide petrosa na divisão anterior do 
forame jugular. 
 
LABIRINTO MEMBRANOSO: 
o É um sistema de vesículas e ductos preenchidos por um líquido claro, a endolinfa. 
o Esse conjunto está em sua maior parte circundado pelo espaço perilinfático e sustentado por tecido conjuntivo. 
o Ambos estão dentro do chamado labirinto ósseo da cápsula ótica. 
o As partes fundamentais do labirinto membranáceo são o ducto coclear, o utrículo, o sáculo, os três ductos semicirculares e suas 
ampolas, e o saco e o ducto endolinfáticos. 
o As várias partes desse labirinto formam um sistema fechado de canais que se comunicam entre si  os ductos semicirculares abrem-se 
no utrículo e este no sáculo, através do ducto utriculossacular, que também se liga ao ducto endolinfático, que se resolve no saco 
endolinfático. 
o O sáculo une-se ao ceco vestibular do ducto coclear pelo ducto reuniens. 
 
 UTRÍCULO: 
o O utrículo é a maior das duas vesículas que ocupam o vestíbulo. 
o De forma ovóide, ocupa o recesso elíptico, na região póstero-superior do vestíbulo. 
o A parte do utrículo alojada no recesso elíptico é um ceco vestibular, a que ele está firmemente preso por tecido conjuntivo e pelos filetes 
nervosos do ramo utricular da divisão vestibular do nervo vestibulococlear. 
o Esses filetes procedem de uma área relativamente espessa, de 3 por 2 mm, das paredes lateral e anterior, denominada mácula do 
utrículo  marca a região do que se pode chamar órgão sensorial utricular. 
o Na parede lateral do utrículo, abrem-se as ampolas dos ductos semicirculares anterior e lateral, enquanto a ampola do ducto semicircular 
posterior, o ramo comum (crus commune) e o ramo simples do ducto semicircular lateral desembocam na parte medial do utrículo. 
o Da face ântero-medial do utrículo nasce um fino tubo, o ducto utriculossacular - se comunica com o sáculo e com o ducto endolinfático. 
 
 SÁCULO: 
o Vesícula ovóide, porém menor do que o utrículo. 
o Apóia-se no recesso esférico do vestíbulo, junto à abertura da rampa vestibular da cóclea, sustentado por tecido fibroso e pelos 
filetes do ramo sacular da divisão vestibular do oitavo par. 
o Através da sua face superior, está em contato com a face inferior do utrículo, formando aí uma parede comum a ambos. 
o Um espessamento da parede anterior indica o local da mácula do sáculo, num plano em ângulo reto com a mácula do utrículo. 
o Os filetes nervosos saculares originam-se na mácula. 
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o O sáculo liga-se ao ducto coclear através do ducto reuniens, um curto tubo que vai da parte inferior do sáculo até o ceco vestibular do 
ducto coclear. 
o O ducto de união une o sáculo ao ducto da cóclea. 
HISTOLOGIA DO SÁCULO E UTRÍCULO: 
o Paredes constituídas por uma delgada camada vascular externa de tecido conjuntivo e uma camada interna de epitélio simples 
e pavimentoso a cubóide. 
o Epitélio das regiões não-receptores do sáculo e do utrículo é constituído por células claras e escuras. 
 Células Claras – contêm algumas microvilosidades e seu citoplasma contém algumas vesículas pinocíticas, 
ribossomos e somente um pequeno número de mitocôndrias. 
 Células Escuras – citoplasma contém abundantes vesículas encapadas, vesículas lisas e gotículas de lipídios, assim 
como numerosos mitocôndrios alongados situados em compartimentos formados por invaginações da membrana 
plasmática basal. 
o Máculas – áreas espessadas do epitélio, com 2 a 3 mm de diâmetro. Constituídas por células neuroepiteliais: 
 Células Pilosas tipo I: 
 Roliças com uma base arredondada que se estreita ao aproximar-se do colo. 
 Citoplasma contém REG ocasional, complexo de Glogi supranuclear e numerosas vesículas pequenas. 
 Células Pilosas tipo II: 
 Semelhantes às células pilosas tipo I no que diz respeito aos estereocílios e ao cinocílio, mas sua forma é 
mais colunar. 
 Citoplasma contém um complexo de Golgi maior e um maior número de vesículas. 
 
DUCTO ENDOLINFÁTICO: 
o Nasce da junção dos ductos utricular e sacular, de forma semelhante a um Y, em que os ramos superiores representam os ductos 
utricular e sacular respectivamente, e o ramo inferior o ducto endolinfático. 
o Dirige-se medial e inferiormente dentro do aqueduto do vestíbulo para terminar numa dilatação, o saco endolinfático, situado dentro da 
dura-máter (na face posterior da porção petrosa do temporal), à meia distância entre o meato acústico interno e o seio sigmóide, isto é, 
na abertura do aqueduto do vestíbulo. 
 
ENDOLINFA: 
o A endolinfa ou líquido ótico preenche todas as partes do labirinto membranáceo e tem composição completamente diferente da perilinfa 
que ocupa o espaço externo, ou seja, o espaço perilinfático. 
o O volume de endolinfa circulante é de 3 microlitros. 
o Sua composição iônica assemelha-se à do líquido intracelular, isto é, rica em íons de K+ e extremamente pobre em íons de Na+. 
o A perilinfa, como foi descrito, é um fluido comparável ao líquido extracelular ou ao líquido cefalorraquidiano. 
o Admite-se que a endolinfa é um produto de secreção de várias estruturas, como as células escuras do utrículo e ductos 
semicirculares, as células do plano semilunado das ampolas, as próprias células epiteliais especializadas e os vasos 
sangüíneos da estria vascular do ducto coclear. 
o Também é aceito que a endolinfa circula no labirinto membranáceo e que é reabsorvida por células epiteliais especializadas do saco 
endolinfático, canalizando para o plexo vascular subjacente. 
 
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JANELA OVAL – janela do vestíbulo 
JANELA REDONDA - A fóssula da janela da cóclea (nicho da janela redonda) é uma depressão irregular, delimitada superiormente pelo subículo 
do promontório, que nem sempre está presente, e, inferiormente, está em continuidade com o hipotímpano. 
 Essa fóssula ocupa o espaço posterior ao promontório. 
 No fundo dela está a janela da cóclea, cuja abertura exibe formas variáveis e é fechada pela membrana secundária do tímpano, formada 
por um estrato mucoso externo, um estrato fibroso intermediário e um estrato interno derivado da membrana da cóclea. 
 Essa janela representa a comunicação do ouvido médio com a rampa timpânica da cóclea, isto é, o começo da rampa timpânica. 
 
 
CÓCLEA: 
o Tem o aspecto de uma concha de caracol. 
o Consiste em um canal espiralado de 32 mm de extensão, com duas voltas (giros) e meia ou duas voltas e três quartos. 
o É a parte anterior do labirinto. 
o Tem forma cônica, com base medindo 8 a 9 mm de largura e 5 mm da base ao ápice. 
o A cúpula da cóclea está dirigida para fora, para cima e para diante. 
o A base é a parte do fundo do meato acústico interno correspondente à área crivosa coclear (trato foraminoso espiral). 
o Composta por uma parte óssea e uma membranosa. 
o PARTE ÓSSEA: 
o Constituída por 3 partes ligadas entre si. 
o COLUMELA  parte central em forma de cone. 
o Apresenta em sua base o crivo espiróide que permite a passagem dos filetes nervosos para o conduto auditivo interno. 
o CANAL ESPIRAL  forma de caracol.

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