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MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 1 REVISÃO GERAL MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE NOME: LOREN ROSETTI REBELLO MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 2 OFTALMOLOGIA VILA VELHA 2013 MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 3 1- Qual a embriologia do olho humano? Langman: O olho em desenvolvimento aparece no embrião de 22 dias como um par de sulcos rasos de ambos os lados do encéfalo anterior. Quando o tubo neural se fecha, esses sulcos formam evaginações no encéfalo anterior, as vesículas ópticas. Subsequentemente, estas vesículas entram em contato com o ectoderma da superfície e induzem neste transformações necessárias para a formação do cristalino. Pouco depois, a vesícula óptica começa a invaginar-se e forma o cálice óptico de parede dupla. Inicialmente, as camadas interna e externa desse cálice estão separadas por uma luz, o espaço intra-retiniano, mas essa luz desaparece logo e as duas camadas ficam apostas uma contra a outra. Essa invaginação não está restrita a porção central do cálice, mas também envolve uma parte da superfície inferior, que forma a fissura coroidea. A formação da fissura permite à artéria hialoide alcançar a câmara interna do olho. Durante a sétima semana, os lábios da fissura coróidea fundem-se, e a boca do cálice óptico torna- se uma abertura redonda, a futura pupila. Durante essas transformações, células do epitélio da superfície, inicialmente em contato com a vesícula óptica, alongam-se e formam o placódio do cristalino. Subsequentemente, este placódio se invagina e se transforma na vesícula do cristalino. Durante a quinta semana, a vesícula do cristalino perde seu contato com o ectoderma da superfície e se coloca na boca do cálice óptico. 2- Quais as membranas embrionárias que dão origem ao globo ocular e suas respectivas estruturas? Vaughan: O olho é derivado de 3 membranas embrionárias primitivas: ectoderma superficial, incluindo a crista neural; ectoderma neural e o mesoderma. O endoderma não entra na formação do olho. Ectoderma superficial: cristalino, à glândula lacrimal, ao epitélio da córnea, à conjuntiva e às glândulas anexas, epiderme das pálpebras. Crista neural (surge do ectoderma superficial na região imediatamente adjacente às pregas neurais do neuroectoderma): ceratócitos e do endotélio da córnea, da malha trabecular, do estroma da íris e da coroide, do músculo ciliar, dos fibroblastos da esclera, do vítreo e das meninges do nervo óptico; envolvida ainda na formação da cartilagem e dos ossos da órbita, dos tecidos conjuntivos e dos nervos orbitários, dos músculos extraoculares e das camadas subepidérmicas das pálpebras. Neuroectoderma: vesícula e ao cálice óptico (formação da retina e do epitélio pigmentado da retina, das camadas pigmentada e não-pigmentada do epitélio ciliar, do epitélio posterior, dos músculos dilatador e esfíncter da íris e pelas fibras do nervo óptico e da glia). Mesoderma: vítreo, dos músculos extra oculares e palpebrais, endotélio vascular ocular e orbitário. Contribui para a formação da esclera. Questão Prática: Ao tomar a história de uma mulher jovem que está na 10ª semana de gestação, você fica preocupado com a possibilidade de ela ter contraído rubéola em algum momento do período que vai da quarta à oitava semana de gravidez. Quais tipos de defeitos poderiam ser produzidos em seu filho? Resposta: Sabe-se que a rubéola causa catarata, microftalmia, sudez congênita e malformações cardíacas. A exposição a esse vírus durante o período que vai da quarta à oitava semana coloca a criança em risco de apresentar um ou mais desses defeitos congênitos. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 4 3- Quais as túnicas do bulbo ocular? Externa ou Fibrosa: Constituída pela córnea, esclera e limbo esclero-corneano Média, Vascular ou úvea: Coroide, íris e corpo ciliar Interna ou Nervosa: Formada pela retina que continua-se com o nervo óptico MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 5 4- O que contém nas túnicas do bulbo ocular? As túnicas contem os meio dióptricos, transparentes que são a córnea, o humor aquoso, a lente (cristalino suspenso pela zônula ciliar) e o humor vítreo. 5- Como é o desenvolvimento do olho após o nascimento? Vaughan: Globo ocular: Na época do nascimento, o olho é maior em relação ao resto do corpo, quando comparado com crianças e adultos. Em relação ao tamanho definitivo ( aos 7-8 anos) é comparativamente mais curto, tendo em média 16.5mm de diâmetro ântero-posterior ( a única dimensão opticamente significante). Isto tornaria o olho hipermetrope, se não fosse o poder de refração da lente, quase esférica. Córnea: O recém nascido tem a córnea relativamente grande, a qual alcança seu tamanho definitivo por volta dos 2 anos de idade. É mais plana que a córnea adulta e sua curvatura é maior na periferia que no centro ( o inverso ocorre no adulto). Cristalino: Ao nascimento, o cristalino é mais esférico que mais tarde, gerando poder de refração que ajuda a compensar o diâmetro anteroposterior do olho. O cristalino cresce durante a vida, à medida que novas fibras são acrescentadas à periferia tornando-se achatado. A consistência do material do cristalino muda ao decorrer da vida. Ao nascimento, pode ser comparada a um plástico macio; na idade avançada, a lente tem a consistência semelhante a um vidro. Isto é responsável pela maior resistência à mudança de forma na acomodação, à medida que se envelhece. Íris: Ao nascimento, há pouco ou nenhum pigmento na superfície anterior da íris; a camada posterior pigmentar, vista através do tecido translúcido, dá aos olhos da maioria das crianças uma coloração azulada. À medida que o pigmento começa a aparecer na superfície anterior, a Iris assume a cor definitiva. Se uma qualidade considerável de pigmento for depositada, os olhos tornar-se-ão marrons. Menor pigmentação do estroma da íris resulta em cor avelã, azul ou verde. 6- Descreve resumidamente a anatomia do olho. O olho ocupa a órbita, cavidade óssea, mede 24mm de diâmetro e é formado por 3 túnicas concêntricas: túnica externa de proteção, que é fibrosa e compreende a córnea e a esclera; túnica média, que é vascular e pigmentada, e compreende a íris, o corpo ciliar e a coroide; e a túnica interna ou nervosa, que é a retina. Córnea: Estrutura anterior e transparente a túnica externa. A sua transparência depende do seu estado de desidratação, que, acredita-se, é mantido pelo epitélio de revestimento. Ela é avascular e é nutrida pelo limbo, ou seja, por sua periferia, onde se juntam córnea, conjuntiva e esclera. Esclera: Estrutura posterior opaca da túnica externa. É o “branco dos olhos” e consiste em uma rede de fibras colágenas. Túnica Média: Tem como função primária dar suprimento nutricional às estruturas oculares. Íris: Diafragma circular que divide os compartimentos aquosos (preenchidos pelo humor aquoso) em câmaras anteriores e posterior. Prende-se, perifericamente, ao corpo ciliar e, centralmente, é, livre, limitando uma abertura conhecida como pupila. A superfície da íris consiste de tecido estromal estruturado livremente, de origem mesodérmica, revestido posteriormente por uma camada pigmentar. A cor da íris depende da disposição e do tipo de pigmento e da estrutura do estroma as fibras do estroma podem se abrir formando escavações, às quais MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 6 chamamos colarete, que mostra a linha deinserção da membrana pupilar no feto. Na parte posterior do estroma, fibras parassimpáticas e cuja contração resulta na constrição da pupila ou miose. Radicalmente, aparecem as fibras de outro músculo liso, este inervado pelo sistema nervoso simpático e que realiza dilatação da pupila (mioríase), o dilatador da pupila. Corpo Ciliar: Extensão posterior da íris e contém o músculo ciliar e os processos ciliares que agem na acomodação e que formariam o humor aquoso. Coróide: Camada vascular que corre entre a retina e a esclera e que nutre os 2/3 externos da retina. A membrana de Breech limita a coróide internamente e está fortemente aderida ao epitélio pigmentar da retina. A túnica média freqüentemente é chamado de úvea. A retina é a túnica mais interna do olho e é composta de dois extratos, o epitélio pigmentar da retina e a camada neuronal com um espaço potencial entre os dois. A camada neuronal contém os fotorreceptores: os cones (visão de detalhes e cores) e os bastonetes (visão com luminosidade reduzida). A visão fina e detalhada se dá no centro da mácula, fóvea, a 3mm temporalmente à saída do nervo óptico. O humor aquoso preenche as câmaras anterior e posterior do olho. Sua composição é aproximadamente aquela do plasma sem proteínas. O cristalino é uma lente biconvexa que varia sua curva, sobretudo anteriormente, aumentando ou diminuindo, assim, a focalização de um objeto. Fica preso à zônula ciliar, proveniente dos músculos ciliares, na câmara posterior. O humor vítreo é uma substância gelatinosa clara, mistura de uma estrutura colagenosa com um mucopolissacarídeo hidrofílio, o ácido hialurônico. ocupa um grande volume do olho, posterior à câmara posterior, e é responsável pelo suporte das delicadas estruturas internas do olho MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 7 MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 8 7- Qual a irrigação do olho? UNIFESP: A irrigação da órbita do olho é realizada pela artéria oftálmica, ramo da a.carótida interna. Penetra na órbita pelo canal óptico, abaixo do nervo óptico, emite a artéria central da retina que penetra no IIº par, a.lacrimal, a.supraorbital, ramos musculares que conduzem as aa.ciliares, aa.ciliares posteriores, aa.etmoidais, aa.palpebrais terminando nas artérias dorsal do nariz e intratroclear no canto medial. Irrigação do olho Drenagem venosa da órbita e olho A drenagem da órbita é realizada pelas veias orbitais superior e inferior, que recebem veias corticosas do olho e dirigem-se para o seio cavernoso e plexo pterigoideo. Na órbita e olho não há vasos linfáticos, existentes apenas na conjuntiva e pálpebras 8- Quais os nervos da órbita e olho? UNIFESP: Os nervos da órbita e olho são: Motores Somáticos – para o olho e pálpebra – oculomotor (III) com divisão superior para os mm.retos superior e levantador da pálpebra superior, e divisão inferior para os mm.retos inferior e medial, e oblíquo inferior; para a pálpebra – facial (VII) m.orbicular do olho Motores Viscerais – autônomos- parassimpático – oculomotor (III) divisão inferior para o gânglio ciliar localizado lateralmente ao 1/3 posterior do n.óptico – mm.ciliar e esfíncter da pupila; simpático via gânglio cervical superior, plexo pericarotídeo, raízes simpáticas para os mm.dilatador da pupila, tarsal. Sensorial – n.óptico. Sensitivo – n.trigêmeio (V) Ramo oftálmico (V1) – nn.frontal (supratroclear e supraorbital) – sensibilidades da pálpebra superior, supercílio e fronte, lacrimal (região lateral da órbita); ramo maxilar (V2) – n.infraorbital (pálpebra inferior). MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 9 9- Quais ossos formam o arcabouço ósseo da órbita? UNIFESP: Formado por sete ossos, constitui o referencial para a localização do conteúdo orbitário. Os ossos são: frontal, maxilar, zigomático, esfenoide, etmoide, lacrimal e palatino. A órbita tem a forma aproximada de uma pirâmide quadrangular, sendo a base formada pelos ossos frontal (na margem encontra-se a incisura e ou forame supra-orbital, passagem do nervo de mesmo nome), zigomático e maxilar (onde abaixo a margem há o forame infra-orbital) No ápice entre o corpo esfenoide e suas asas menor e maior, encontra-se o canal óptico (passagem do nervo óptico – IIº par e da artéria oftálmica), fissura orbital superior (passagem dos nervos oculootor – IIIº par com as raízes superior e inferior, troclear – VIº par, abducente – VIº par e trigêmeo –Vºpar representado pelo seu ramo ofálmico. A fissura orbital inferior entre a asa maior do esfenoide e o maxilar, contém ramo do nervo maxilar (Vº par), nervo infra-orbital que penetra pela incisura e canal infra-orbital. Na parede medial da órbita encontra-se a fossa lacrimal que comunica-se com o meato nasal inferior por meio do duto lacrimonasal. Na parede superior, a fossa da glândula lacrimal acha-se lateralmente e a tróclea medialmente. 10- Quais os músculos extrínsecos do bulbo e sua inervação? UNIFESP: Os músculos extrínsecos do olho são estriados em numero de seis, quatro retos (medial, inferior, lateral e superior) e dois oblíquos (superior e inferior) Os músculo retos originam-se no ânulo tendineo e formam um cone retro-bulbar, estando envolvidas pela bainha e ligamentos intermusculares. Dirigem-se anteriormente ao bulbo onde se inserem na esclera, sendo o músculo reto medial mais próximo do limbo e os outros se afastando dele num sentido espiral. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 10 O músculo oblíquo superior se origina acima do ânulo tendíneo, seu ventre se dirige para a tróclea na parede medial e superior da órbita onde se continua com o tendão. Este passa através da tróclea e realiza um trajeto para trás, indo se inserir na esclera atrás do equador do bulbo. O músculo oblíquo inferior se origina no soalho da orbita, próximo à margem, dirige-se para trás e lateralmente, passando sob o músculo reto inferior e entre o músculo reto lateral e bulbo, inserindo-se na esclera abaixo do músculo oblíquo superior. Todos os músculos perfuram a fáscia bulbar (cápsula de Tenon) atravessando o espaço epiescleral. Os músculos extra-oculares são inervados por três nervos cranianos; o III, oculomotor (reto superior, reto inferior, reto medial e oblíquo inferior), o VI, abducente (reto lateral), e o IV, troclear (oblíquo superior). Moore: Nervo oculomotor (NC III); troclear (NC VI) e abducente (NC VI). Há um mnemônico, semelhante a uma fórmula química, usado para memorizar a inervação dos músculos extrínsecos que movimentam o bulbo do olho: RL6OS4TO3 (reto lateral, NC VI; oblíquo superior, NC IV; todos os outros, NC III. 11- Qual a função da sobrancelha? Servem para proteger os olhos, impedindo a entrada de partículas de sujeira ou de suor que escorre pela testa. 12- O que é pálpebra? Vaughan: As pálpebras superior e inferior são pregas modificadas da pele que podem se fechar e proteger a parte anterior do globo ocular. Ao piscar ajuda a espalhar o filme lacrimal, que protege a córnea e a conjuntiva da desidratação. A pálpebra superior termina no supercílio; a pálpebra inferior une-se com a bochecha. 13- Quais as funções da pálpebra? Protege a parte anterior do globo ocular Ao piscar ajuda a espalhar o filme lacrimal, que protege a córnea e a conjuntiva da desidratação. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 11 14- Quais as estruturas que compõem a pálpebra? Vaughan: a) Camada de pele: a pele das pálpebras difere da maioria da pele de outras áreasdo corpo: ela é delgada frouxa e elástica, possui poucos folículos pilosos e nenhuma gordura subcutânea. b) Músculo orbicular ocular: A função do músculo orbicular ocular é fechar as pálpebras. Suas fibras musculares circundam a rima palpebral de maneira concêntrica, espalhando-se por pequena distancia o redor da margem orbital. algumas fibras correm sobre a bochecha e a testa. A porção do músculo que está nas pálpebras é conhecida como porção pré-tarsal; a porção ao redor do septo orbital é a porção pré-septal. O segmento externo da pálpebra é chamado de porção orbital. O orbicular é inervado pelo nervo facial. c) Tecido areolar: o tecido areolar submuscular, que encontra-se profundamente sob o músculo orbicular ocular, comunica-se com a camada subaponeurótica do couro cabeludo. d) Placas tarsais (Tarso): A principal estrutura de sustentação da pálpebra é uma camada de tecido fibroso denso com pequena qualidade de tecido elástico que é chamada de placa tarsal ou tarso. Os ângulos lateral e medial e as extensões do tarso estão ligados à margem orbital por ligamentos palpebrais lateral e medial. Os tarsos inferior e superior estão também ligado por uma fáscia fina e condensada às margens orbitais superior e inferior. Essa fáscia fina forma o septo orbital. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 12 e) Conjuntiva palpebral: As pálpebras estão alinhadas posteriormente pro uma camada de membrana mucosa, a conjuntiva palpebral, que adere firmemente ao tarso. Uma incisão cirúrgica através da linha cinzenta da margem palpebral em uma lamela anterior da pele com o músculo orbicularis e uma lamela posterior de tarso com a conjuntiva palpebral. 15- Quais as glândulas que se localizam na pálpebra e suas funções? Margem Anterior: Glândulas Ciliares Glândulas de Zeis: São glândulas sebáceas modificadas que estão associadas aos folículos dos cílios. Glândulas de Moll: São glândulas sudoríparas modificadas cujos ductos se abrem tanto para os folículos pilosos dos cílios quanto na margem palpebral anterior. Margem Posterior: Glândulas Meibomianas: São glândulas sebáceas modificadas que secretam a camada lipídica do filme lacrimal, impedindo a evaporação excessiva das lágrimas e lubrificando as margens das pálpebras. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 13 16- Quais os músculos que permitem os movimentos da pálpebra? Músculo Orbicular do Olho A função do músculo orbicular do olho é fechar as pálpebras. Suas fibras musculares circundam a rima palpebral de maneira concêntrica, espalhando-se por pequena distância ao redor da margem orbital. Algumas fibras correm sobre a bochecha e testa. A porção do músculo que está nas pálpebras é conhecida como porção pré-tarsal; a porção ao redor do septo orbital é a porção pré-septal. O segmento externo da pálpebra é chamado de porção orbital. O orbicular é inervado pelo nervo facial. Músculos retratores palpebrais Parte superior é dividida em 2 porções: Músculo estriado: Levantador da pálpebra superior. São inervados pelo III par (oculomotor); Fino e achatado, expande-se em uma grande aponeurose à medida que se aproxima de sua fixação distal do tarso superior. É o oponente do m. orbicular do olho. Fibras musculares lisas de Muller Músculo Tarsal Superior. São inervados pelos nervos Simpáticos. O músculo de Muller insere-se na borda superior do tarso e no fórnice superior da conjuntiva, elevando, então, a lamela posterior. Na pálpebra inferior, o principal retrator é o músculo reto inferior, a partir do qual se estende o tecido fibroso para envolver o músculo oblíquo inferior, inserindo-se a seguir na borda inferior da placa tarsal e do músculo ocular orbicular. Associados a esta aponeurose estão as fibras do músculo liso do músculo tarsal inferior. 17- Quais os nervos que inervam os músculos da pálpebra? Vaughan: A inervação sensorial das pálpebras deriva da primeira e segunda divisões do nervo trigêmeo (v). Os nervos lacrimal, supra-orbital, supratroclear, infratroclear e nasal externo são ramificações da divisão oftálmica do quinto nervo. Os nervos infra-orbital zigomaticofacial e zigomático temporal são ramificações da divisão maxilar (segunda) do nervo trigêmeo. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 14 18- Qual a função dos cílios? Vaughan: Os Cílios existem para proteger os olhos, eles servem como uma barreira importante que impedem que pequenas partículas como poeira e microorganismos cheguem aos olhos, eles também funcionam como sensores que se um inseto, por exemplo, se aproxima imediatamente reagimos fechando as pálpebras assim a possibilidades de alguma coisa atingir diretamente nossos olhos seja evitada. 19- Qual a posição normal dos cílios? Vaughan: Os cílios projetam-se das margens da pálpebra e estão arranjados irregularmente. Os cílios superiores são maiores, mais numerosos do que os inferiores e estão virados para cima; os inferiores estão virados para baixo. 20- O que é conjuntiva? Vaughan: A conjuntiva é uma membrana mucosa fina e transparente que reveste a superfície posterior da pálpebra (conjuntiva palpebral) e a superfície anterior da esclera (conjuntiva bulbar). Ela é continua com a pele na margem da pálpebra (uma junção mucocutânea) e com o epitélio corneano no limbo. 21- Quais são as conjuntivas do olho? Vaughan: Conjuntiva Palpebral: Reveste a superfície posterior da pálpebra, aderindo firmemente ao tarso. Nas margens posterior e inferior do tarso, a conjuntiva é refletida posteriormente (nos fórnices superior e inferior) e reveste o tecido episcleral para tornar-se a conjuntiva bulbar. Conjuntiva Bulbar: Adere frouxamente ao septo orbital nos fórnices, estando, frequentemente pregueada. Isso permite ao olho movimentar-se e aumentar a área da superfície secretora da conjuntiva. (Os ductos da glândula lacrimal abrem-se no fórnice temporal superior). Exceto no limbo (onde a cápsula de Tenon e a conjuntiva estão unidas por cerca de 3mm), a conjuntiva bulbar está frouxamente aderida à capsula de Tenon e à esclera adjacente. Uma dobra mole, móvel e espessa da conjuntiva bulbar (prega semilunar) localiza-se na comissura interna e corresponde à membrana nictante de alguns animais inferiores. Uma estrutura epidermóide pequena e carnosa (a papila) está ligada superficialmente à porção interna da prega semilunar, sendo uma zona de transição que contém elementos cutâneos e de membrana mucosa. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 15 22- Qual a função da conjuntiva? A conjuntiva é uma fina membrana mucosa que cobre, internamente, as pálpebras (conjuntiva tarsal). Recobre, também, toda a parte branca do olho (conjuntiva bulbar). É uma das principais estruturas responsáveis pela lubrificação do olho. 23- Qual a histologia da conjuntiva? Vaughan: O epitélio conjuntival consiste em duas a cinco camadas de células epiteliais colunares estratificadas: a superficial e a basal. O epitélio conjuntival próximo ao limbo, sobre a papila e próximo às junções mucocutâneas na margem da pálpebra consiste em células epiteliais pavimentosas estratificadas. As células epiteliais superficiais são células redondas ou caliciformes ovais mucossecretoras. O muco, quando se forma, empurra lateralmente o núcleo da célula caliciforme, sendo necessário para que haja uma dispersão apropriada da película lacrimal pré-coreana. As células epiteliais basais coram-se mais intensamente do que as células superficiais,podendo ter pigmentos próximo ao limbo. O estroma conjuntival é dividido em uma camada adenoide (superficial) e uma camada fibrosa (profunda). A camada adenoide contém tecido linfoide e em algumas áreas pode conter estruturas semelhantes a folículos sem centros germinativos. A camada adenoide se desenvolve antes de 2 ou 3 meses de vida. Isto explica porque a conjuntivite de inclusão do recém nascido é de natureza papilar ao invés de folicular, tornando-se folicular mais tarde. A camada fibrosa é composta por tecido conjuntivo que se liga ao tarso. Isto explica a aparência de reação papilar em inflamações da conjuntiva. A camada fibrosa está frouxamente disposta sobre o globo. As glândulas lacrimais acessórias (glândula de Krause e Wolfring), que lembram a estrutura e a função da glândula lacrimal, localizam-se no estroma. A maioria das glândulas de Krause estão no fórnice superior, as poucas restantes estão no fórnice inferior. As glândulas de Wolfring encontram-se na margem superior do tarso superior. 24- Qual a vascularização da conjuntiva? Vaughan: As artérias conjuntivais são derivadas das artérias ciliares anteriores e palpebrais. As duas artérias são livremente anastomosadas e formam uma considerável rede vascular conjuntival, junto com numerosas veias conjuntivais que geralmente acompanham o padrão arterial. Os linfáticos conjuntivais dispõem-se em camadas superficial e profunda e unem-se aos linfátcos da pálpebra para formar um rico plexo linfático. 25- Qual a inervação da conjuntiva? Vaughan: A conjuntiva é inervada pela primeira divisão (oftálmica) do quinto nervo. Possui um número relativamente pequeno de fibras dolorosas. 26- Quais as glândulas conjuntivais? Glândulas lacrimais acessórias (produzem 5% da lágrima): no estroma, estão as Glândulas de Krause e Glândulas de Wolfring Glândulas secretoras de mucina: no epitélio estão as Células Caliciformes, as Criptas de Henle e as Glândulas de Manz. Obs.: Doenças destrutivas da conjuntiva, como o Penfigóide Cicatricial, alteram as Glândulas secretoras de mucina e doenças conjuntivais inflamatórias crônicas podem estar associadas a aumento do número de Células Caliciformes MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 16 27- O que é córnea? Vaughan: A córnea é um tecido transparente comparável em tamanho e estrutura a um vidro de um pequeno relógio. Está inserida na esclera ao nível do limbo, sendo que a depressão circunferencial que ocorre nesta junção é conhecida como sulco escleral. LI: É transparente e convexa, sua transparência é devida ao tecido conjuntivo denso avascular firmemente unido. 28- Qual a função da córnea? Sua função é permitir a entrada de raios de luz no olho e, através disso, possibilitar a formação da imagem nítida na retina, além da proteção contra microrganismos. 29- Qual a histologia da córnea? Da face anterior para a posterior, existem 5 camadas distintas: 1. Epitélio ( que é contínuo com o epitélio da conjuntiva bulbar) Possui 5 ou 6 camadas de células Nas camadas mais profundas as células são colunares, com atividade mitogênica onde, na medida em que as células mais superficiais (mais antigas) vão descamando, vão sendo repostas por outras (mais jovens) que, naturalmente vão assumindo a forma estratificada anteriormente descrita. Esse período a partir da mitose até a célula alcançar a superfície é de sete dias. 2. A membrana de Bowman A membrana de Bowman é uma camada clara acelular, uma porção modificada do estroma 3. Estroma Estroma coreano corresponde a cerca de 90% da espessura corneana. É composto por lamelas entrelaçadas de fibrilas de colágeno de altura que correm por quase todo o diâmetro da córnea. Passam paralelamente à superfície da córnea, sendo opticamente transparentes em virtude de seu tamanho e proximidade. As lamelas estão envolvidas por uma substancia fundamental de proteoglicanos hidratadas associados aos queratócitos, os quais produzem o colágeno e a substância fundamental amorfa. 4. Membrana de Descemet A membrana de Descemet, representando a membrana basal do endotélio corneano, tem aspecto homogêneo ao microscópio óptico e aspecto laminado ao microscópio eletrônico, devido a diferenças estruturais entre suas porções pré-natal e pós natal. 5. Endotélio. O endotélio apresenta apenas uma monocamada celular, mas é responsável pela manutenção essencial da deturgescência do estroma coreano. O endotélio é mais suscetível a lesões, assim como à perda de células com idade. A reparação do endotélio é limitada ao aumento e deslizamento das células existentes, com reduzida capacidade de divisão celular. A insuficiência da função endotelial provoca o edema corneano. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 17 30- O que é o mecanismo de deturgescência do endotélio corneano? É o estado de relativa desidratação do tecido corneano que permite sua absoluta transparência. A transparência da córnea é mantida pela bomba iônica no seu endotélio, responsável pela deturgescência e desidratação do estroma. A deturgescência e a transparência da córnea são mantidas pela bomba sódio-potássio, mas no nível do endotélio e pelo equilíbrio eletrolítico osmótico do filme lacrimal, que atua no epitélio incrementado pela bomba iônica. A refração da luz ocorre porque a superfície de curvatura corneana possui índice refracional maior que o do ar. Sua superfície é transparente devido ao especializado arranjo das fibras colágenas presentes no estroma, as quais devem se manter em um estado relativo de desidratação. Isso é conseguido através de uma bomba de íons encontrada no endotélio ( a direção do fluxo é do ESTROMA para a CAMARA ANTERIOR). A perda severa de células endoteliais ( e a consequente perda da bomba iônica) leva a uma hidratação excessiva (edema) e a perda da transparência corneana. 31- O que é o mecanismo de “turn-over” do epitélio corneano? Ocullare_Prof: O epitélio corneano sofre intenso “turn-over” celular, com constante renovação de células ( as células jovens, mais basais, vão empurrando a células mais antigas, superficiais que descamam). 32- Qual a importância da transparência corneana? Ocullare_Prof:A transparência da córnea é fundamental para a visão. Se ocorre diminuição da transparência da córnea pode ser conseqüência de inflamação, infecção ou trauma corneano. Se o processo fica restrito ao epitélio, membrana basal do epitéio ou membrana de Bowman, a cicatrização não resulta em diminuição da transparência. Quando ocorre acometimento do estroma corneano por processo inflamatório, geralmente o resultado é sua opacificação (leucoma) ou diminuição da tranparência (nubécula). 33- Qual a vascularização da córnea? A córnea é avascular em sua parte central e o limbo é vascularizado por ramos das artérias ciliares anteriores. 34- Qual a inervação da córnea? Vaughan: Os nervos sensoriais da córnea são derivados da primeira divisão (oftálmica) do quinto nervo craniano (trigêmeo) 35- Qual a nutrição da córnea? Vaughan: As fontes de nutrição para a córnea são os vasos do limbo, o humor aquoso e as lágrimas. A superfície da córnea também consegue a maioria de oxigênio a partir da atmosfera. A nutrição corneana é feita através das lágrimas, do humor aquoso, e o oxigênio é absorvido diretamente da atmosfera. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 18 36- O que é esclera? Vaughan: Esclera é o revestimento fibroso protetor externo do olho que consiste quase inteiramente de colágeno. É densa e branca, continua-se anteriormente com a córnea e posteriormente com a bainhadural do nervo óptico. 37- Quais os componentes da esclera? Vaughan: Cordões de colágeno e tecido elástico passam pelo forame escleral posterior formando a lâmina crivosa. Entre os cordões, passam feixes de axônios do nervo óptico. A superfície externa da esclera anterior está revestida por uma camada fina de tecido elástico, a episclera, que contém numerosos vasos sanguíneos que nutrem a esclera. A camada pigmentar marrom na suerfície interna da esclera é a lâmina fusca, a qual forma a camada externa do espaço pericoróideo. 38- Quais as camadas da esclera? I. EPISCLERA: camada mais superficial, formada pr denso tecido vascular conjuntivo que se funde com a Cápsula (ou Membrana) de Tenon superficialmente e internamente com as camadas mais externas do estroma. II. ESCLERA: mais profunda, constituída do estroma escleral composto de feixes de colágeno que variam de forma e tamanho, não sendo uniformemente orientados como na córnea. Sua camada mais interna chamada “lâmina fusca”, se mistura com as lamelas mais superficiais do corpo ciliar e da coróide. 39- Por que a esclera é branca? Helaio Oftamology: A esclera, a camada mais externa do globo ocular, é composta por um grupo de fibras de colágeno que tornam a camada ocular rígida e fibrosa. Ela é opaca e parece ser branca devido ao alto conteúdo de água e fibras de colágeno organizadas de forma arbitrária. Isso fornece força e rigidez ao globo, apesar de seu constante movimento e da força exercida pelos músculos extraoculares. 40- Qual a função da esclera? Portal São Francisco: A esclera tem função protetora e ajuda a manter a forma do olho. 41- Qual a inervação da esclera? compuland.com.br/anatomia/olho: Sua inervação é feita através dos nervos ciliares. 42- Qual a vascularização da esclera? compuland.com.br/anatomia/olho: Sua vascularização é feita através das artérias ciliares (em número de quatro), veias ciliares e vorticosas. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 19 43- Qual a composição da lágrima? Sociedade Brasileira de lentes de contato, córnea e Refratometria: A lágrima contém uma parte aquosa, uma mucosa, além de uma parte gordurosa. A parte aquosa é mais espessa e contém água, sais minerais ou eletrólitos, proteínas, complexos imunológicos e lisozima que digere as proteínas deletérias secretadas por bactérias; A parte mucosa, que fica na parte mais interna em contato com a córnea e conjuntiva, contém uma substância chamada mucina que facilita a distribuição da lágrima sobre a superfície do olho mantendo-a estável e lisa além de ajudar na defesa contra infecções pois impede a aderência de debris e bactérias na superfície do olho; A parte gordurosa também chamada lipídica, que é mais externa e apresenta uma película fina de gordura que facilita a distribuição do filme lacrimal, previne a irritação mecânica das pálpebras ao piscar e impede que a lágrima se evapore. A lágrima, portanto, não é composta apenas por água e sal como o soro fisiológico. O equilíbrio desta composição mantém a função do filme lacrimal adequada assim como o funcionamento integrado da superfície ocular (filme lacrimal, córnea e conjuntiva). 44- Qual a função da lágrima? Sociedade Brasileira de lentes de contato, córnea e Refratometria : A lágrima transporta oxigênio para o epitélio corneano, mantém os olhos umedecidos e lubrificados quando ocorre o mecanismo de piscar, nutridos, protegidos contra infecções e mantém uma visão nítida ao regularizar a superfície corneana permitindo a transmissão da luz sem difração. A produção da lágrima ocorre através da integração de processos locais (oculares) e sistêmicos (sistema nervoso autônomo e endócrino). Portanto, doenças da superfície ocular (alergia, conjuntivites infecciosas e cicatriciais), cirurgias oculares, queimaduras oculares por produtos químicos, colírios, doenças sistêmicas (reumatológicas ou auto-imunes), medicações sistêmicas (anti-histamínicos, anti-hipertensivos, diuréticos, psicotrópicos, anti-depressivos, isotretinoína etc), desequilíbrio hormonal (menopausa, terapia de reposição hormonal) e envelhecimento podem causar um distúrbio na produção e instabilidade lacrimal. Além disso, fatores externos como uso de computadores, leitura prolongada, ar condicionado ou locais com clima seco, poluição e cigarro podem facilitar a evaporação da lágrima. Essas situações levam ao desequilíbrio do filme lacrimal causando o quadro da síndrome do olho seco. 45- Onde estão localizadas as glândulas lacrimais? Vaughnan: A glândula lacrimal consiste nas seguintes estruturas: (1) Uma porção orbital amendoada, localizada na fossa lacrimal no segmento temporal anterior superior da órbita. É separada da porção palpebral pela proeminência lateral do músculo levantador palpebral. Para chegar-se cirurgicamente a cada uma dessas porções de glândulas, deve-se incisar a pele, o músculo orbicular e o septo orbital. (2) A porção palpebral menor localiza-se exatamente abaixo do segmento temporal do fórnice conjuntival superior. Os ductos secretores lacrimais, os quais se abrem em cerca de 10 orifícios pequenos, conectam as porções orbital e palpebral da glândula lacrimal ao fórnice conjuntival superior. A remoção da porção palpebral da glândula remove todos os ductos conectores e, portanto, impede secreções de toda a glândula. As glândulas lacrimais acessórias (glândulas de Krause e Wolfring, localizam-se na substancia própria da conjuntiva palpebral) MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 20 46- Como ocorre a drenagem das lágrimas? Vaughan: As lágrimas drenam ao lago lacrimal pelos pontos e canalículos superiores e inferiores para o saco lacrimal, o qual se encontra na fossa lacrimal. O ducto nasolacrimal continua-se para baixo a partir do saco e se abre no meato inferior da cavidade nasal, lateralmente ao corneto inferior. As lágrimas são direcionadas para os pontos por capilaridade, pela gravidade e pela ação do piscar das pálpebras. As forças combinadas de capilaridade no canalículo e da gravidade tendem a continuar o fluxo de lágrimas do ducto nasolacrimal para o interior do nariz. A isto soma-se a ação bombeadora do músculo de Horner, que é uma extensão do músculo orbicular até um ponto posterior ao saco lacrimal, tudo junto tende a gerar um fluxo contínuo de lágrimas ao longo do ducto nasolacrimal até o nariz. 47- A produção da lágrima é continua ou esporádica? Portal São Francisco: A produção lacrimal é contínua - secreção basal, que mantém constante a umidificação do olho. A secreção reflexa, aumenta a produção lacrimal e é desencadeada por irritações químicas, físicas e também por estímulos psicológicos e emocionais. A secreção basal é a produção constante de lágrima, cujo volume produzido normalmente durante o dia, é de 5 a 10 ml, suficiente para manter o olho úmido e lubrificado. O volume produzido é menor à noite. A secreção reflex é a produção de grande volume de lágrima e ocorre em resposta à estimulaçãp da córnea e/ou conjuntiva. A secreção reflexa ocorre em ambos os olhos, mesmo que apenas um tenha sido estimulado. 48- Quais as funções do filme lacrimal? Refrativa: criar uma superfície óptica uniforme, regularizando a superfície corneana; Lubrificante: umidificar a córnea e conjuntiva, proporcionando conforto ao piscar; Antimicrobiana: remover germes através da constante irrigação e pela ação das lisozimas, globulinas e lactoferrinas; Nutritiva: trazer nutrientes e oxigênio para as células da córnea e conjuntiva, removendo detritos e gás carbônico; e Defensiva: dificultar a aderência de corpos estranhos e microorganismosà superfície ocular, trazendo leucócitos à córnea em casos de infecção. Vaughan: (1) transformar a córnea em uma superfície óptica regular, abolindo irregularidades da superfície epitelial; (2) molhar e proteger superfície delicada do epitélio corneal e conjuntival; (3) inibir o crescimento de microrganismos através da lavagem mecânica e ação antimicrobiana e; (4) fornecer as susbtâncias nutrientes necessárias para a córnea. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 21 49- Como ocorre a instabilidade do filme lacrimal? Qualquer defeito nas camadas lipídica (hidrofóbica) e aquosa-mucínica (hidrofílica) pode causar instabilidade do FL, por consequência, levar à redução do tempo de ruptura e danificar a célula epitelial. Como num ciclo vicioso, ao mesmo tempo em que resultam da síndrome do olho seco, os danos à célula epitelial também podem exacerbar o ressecamento. Quando a superfície ocular está danificada e é irregular, a distribuição da mucina também é afetada. A camada lipídica é secretada pelas glândulas de Meibomian. Quando as pálpebras se fecham, durante o piscar, a camada lipídica é comprimida contra a aquosa e, quando as pálpebras se abrem, a camada lipídica espalha-se sobre a camada aquosa, impedindo sua exposição, diminuindo a evaporação da lágrima. A camada aquosa ocupa quase toda a espessura do filme lacrimal e contém, entre outras substâncias, oxigênio (maior fonte de oxigenação corneana), lizosima (papel bactericida) e imunoglobulinas (principalmente Ig A, que impede a aderência de bactérias à superfície corneana). A camada mucosa é produzida pelas células caliciformes da conjuntiva, é uma camada hidrofílica que adere à superfície ocular hidrofóbica, permitindo que a lágrima se distribua homogeneamente na superfície corneana até o próximo piscar; dissolve-se também na camada aquosa, diminuindo a tensão superficial com a camada lipídica (hidrofóbica), tornando o filme lacrimal mais estável e, por fim, mantém a superfície corneana úmida. Entre duas piscadas, com o olho aberto, o componente aquoso se evapora lentamente, aproximando a camada de lipídios com a camada de mucina. Os lipídios se difundem, então, pelo que restou da camada aquosa e atingem a camada mucosa, formando uma área hidrofóbica, que repele a porção aquosa (mancha seca). Este período, desde o piscar até a formação da mancha seca, chama-se tempo de rotura do filme lacrimal. 50- Qual a composição das lágrimas? Vaughan: A albumina corresponde a 60% do total de proteína do fluido lacrimal. Nos 40% restantes dividem-se igualmente as globulinas e lisozimas. As imunoglobulinas, IgA, IgG e IgE estão presentes. Contém pequena quantidade de glicose e a média de seu pH é de 7,35. Sob condições normais, o fluido lacrimal é isotônico. 51- O que é síndrome do olho seco? A síndrome do olho seco está associada a anormalidades na relação entre a produção da lágrima e a manutenção da superfície córneo-conjuntival. Sabe-se que o olho seco, ou ceratoconjuntivite “sicca”, é um distúrbio associado a uma deficiência na produção lacrimal e/ou a um excesso em sua evaporação, causando desconforto e danos oculares. 52- Quais os achados clínicos do olho seco? Vaughan: Os pacientes com ressecamento nos olhos reclamam com mais frequência de sensação de arranhadura ou de areia (corpo estranho). Outros sintomas comuns são prurido, secreção excessiva de muco, incapacidade de produzir lágrima, sensação de ardor, sensibilidade à luz, vermelhidão, dor e dificuldade em movimentar as pálpebras. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 22 53- Quais células produzem determinada camada do filme lacrimal? Camada externa lipídica: Essa camada é secretada pelas glândulas meibomianas. Funções: • Retardar a evaporação da camada aquosa do filme lacrimal. • Abaixar a tensão da superfície do filme lacrimal. Esta, por sua vez, atrai água para o interior do filme lacrima: engrossa a camada aquosa. • Lubrificar as pálpebras já que elas passam sobre a superfície do globo ocular. A disfunção dessa camada pode resultar em um olho seco evaporativo. Camada média aquosa: Essa camada é secretada pelas glândulas lacrimais e composta de água, eletrólitos e proteínas. Funções: • Suprir o epitélio corneano avascular de oxigênio atmosférico. • Função antibacteriana devido à presença de proteínas lacrimais como IgA, lisozima e lactoferrina. • Abolir qualquer irregularidade circunstancial da superfície anterior da córnea. • Lavar detritos e estímulos nocivos e permitir a passagem de leucócitos após ferimentos. A deficiência dessa camada resulta em olho seco hipossecretor Camada interna mucínica: Essa camada é secretada pelas células caliciformes conjuntivais, pelas criptas de Henle e pelas glândulas de Manz. Função: • Umedecer a córnea mediante conversão do epitélio corneano de uma superfície hidrofóbica parahidrofílica. • Lubrificação e contenção (evita a dispersão) do liquido lacrimal. A deficiência dessa camada pode trazer características de ambos os estados, evaporativo e hipossecretor. La capa lipídica esta producida esta producida por glándulas que se encuentran en los párpados, las de Zeiss y Moll en la base de las pestañas y la de Meibomio en el tarso palpebral, 25 en el tarso superior y 20 en el inferior, drenando sus productos en el borde palpebral a través del cual se distribuyen sobre la capa acuosa en la acción del parpadeo. La mayor parte de la película lagrimal se creía que estaba formada por la parte acuosa, actualmente no es así. Esta parte acuosa está producida por las glándulas accesorias de Krausse y Wolfring y la glándula lagrimal principal. La tercer y más interna es la capa mucinica. Es producida por las glándulas de Manz, células caliciformes o Gobet y criptas de Henle. Las células caliciformes están distribuidas por toda la conjuntiva bulbar y tarsal. La mucina es una glicoproteína de característica bipolar. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 23 54- Quais os comprimentos de onda que o olho humano consegue enxergar? O olho humano é capaz de ver radiações cujo comprimento de onda está compreendido entre 380 e 780 nanometros. Abaixo dos 380 nm encontram-se radiações como os ultravioletas, enquanto os raios infravermelhos têm um comprimento de onda acima dos 780 nm. O conjunto dos comprimentos de ondas visíveis pelo olho humano chama-se “espectro visível”: 55- O que é o cristalino? Vaughan: A lente é uma estrutura biconvexa, avascular, incolor e quase completamente transparente, com cerca de 4 mm de espessura e 9mm de diâmetro. 56- Onde se localiza o cristalino? Vaughan: Está suspenso atrás da íris pela zônula, a qual o conecta com o corpo ciliar. Anterior à lente está o humor aquoso; posteriormente, o humor vítreo. A cápsula da lente é uma membrana semipermeável (ligeiramente mais permeável do que a parede capilar), admitindo água e eletrólitos. 57- Qual a diferença entre o núcleo do cristalino e o córtex? Vaughan: O núcleo da lente é mais duro do que o córtex. Com a idade, as fibras lamelares subepiteliais são continuamente produzidas, de forma que a lente torna-se maior e menos elástica com o decorrer dos anos. O núcleo e o córtex são compostos de longas lamelas concêntricas. 58- Como o cristalino é mantido no lugar? Vaughan: O cristalino é mantido no lugar por um ligamento suspensor conhecido como zônula ( zônula de Zinn), composto por numerosas fibras que surgem da superfície do corpo ciliar e que entram no equador do cristalino. 59- Qual a função do cristalino? A função principal do cristalino é permitir a visão nítidaem todas as distâncias. Quando se olha para perto, o cristalino torna-se convergente, aumentando o seu poder de refração e quando se olha para longe, torna-se menos convergente, diminuindo seu poder dióptrico. Isso faz com que a visão seja nítida em todas as distâncias. Focalizar raios luminosos sobre a retina, através da acomodação. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 24 60- Qual a composição do cristalino? Vaughan: O cristalino consistem em cerca de 65% de água, 35% de proteína ( a maior quantidade de proteína encontrada em qualquer tecido do corpo) e traços de minerais comuns a outros tecidos do corpo). O potássio é mais ceoncentrado na lente do que na maioria dos tecidos. O ácido ascórbico e o glutation estão presentes nas formas oxidadas e reduzidas. Não existem fibras dolorosas, vasos sanguíneos ou nervos na lente. 61- Qual a histologia do cristalino? Junqueira: O cristalino tem a forma de uma lente biconvexa e apresenta grande elasticidade, que diminui progressivamente com a idade. O cristalino é constituído por três partes: As fibras do cristalino, quse re apresentam sob a forma de elementos prismáticos finos e longos. São células altamente diferenciadas, derivadas das células originais do cristalino embrionário. Finalmente perdem seus núcleos, alongam-se consideravelmente, podendo atingir as dimensões de 8mm de comprimento por 10 um de espessura. O citoplasma tem poucas organelas e cora-se levemente. As fibras do cristalino são unidas por desmossomos e geralmente se orientam em direção paralela à superfície do cristalino. A capsula do cristalino que se apresenta como um revestimento acelular homogêneo, hialino e mais espesso na face anterior do cristalino. É uma formação muito elástica, constituída principalmente por delgadas lamelas de fibras colágenas, fortemente impregnadas por substancia amorfa contendo glicoproteínas. O epitélio subcapsular formado por uma camada única de células epiteliais cubicas dispostas na porção anterior do cristalino. É a partir desse epitélio que se diferenciam as fibras resposáveis pelo aumento gradual do cristalino durante o processo de crescimento do organismo. Não existe epitélio na face posterior do cristalino. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 25 62- Qual a fisiologia do cristalino? Guyton: Cristalino: Composto por forte cápsula elástica cheia de líquido viscoso, proteináceo mas transparente. Cristalino Relaxado: Sem tensão sob a cápsula, assumirá forma esférica, devido principalmente à retração elástica da sua cápsula. Cristalino Tensionado: Cerca 70 ligamentos suspensores são constantemente tensionados por suas fixações na borda anterior e da retina. A tensão sobre os ligamentos faz com que o cristalino permaneça relativamente plano sob condições normais do olho Nas fixações laterais dos ligamentos do cristalino ao globo ocular, fica o músculo ciliar que tem, ele próprio, dois conjuntos separados de fibras de músculo liso – fibras meridionais e fibras circulares. As fibras radicais se estendem das extremidades periféricas dos ligamentos suspensores para a junção corneoescleral. Quando estas fibras musculares se contraem, as inserções periféricas dos ligamentos do cristalino são puxadas medialmente em direção às bordas da córnea, liberando assim a tensão dos ligamentos sobre o cristalino. As fibras circulares se dispõem circularmente em toda a volta das fixações de ligamentos, de modo que, quando se contraem, ocorre ação semelhante à de esfíncter, diminuindo o diâmetro do círculo das fixações com os ligamentos; isto também permite que os ligamentos façam menos tração sobre a cápsula do cristalino. Desse modo, a contração de qualquer um dos dois conjuntos de fibras musculares lisas no músculo ciliar relaxa os ligamentos com a cápsula do cristalino e, portanto, o cristalino assume forma mais esférica, como a de um balão, devido a elasticidade natural da capsula do cristalino MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 26 63- O que é humor vítreo? Vaughan: O humor vítreo é um corpo transparente, avascular e gelatinoso responsável por dois terços do volume e do peso do olho. Preenche o espaço limitado pelo cristalino, retina e disco óptico. A superfície externa do vítreo- a membrana hialoide – está normalmente em contato com as seguintes estruturas: a cápsula posterior do cristalino, as fibras zonulares, o epitélio do pars plana, a retina e a cabeça do nervo óptico. A base do vítreo mantém uma adesão firme ao longo da vida com o epitélio da pars plana e a retina imediatamente atrás da borda serreada. A adesão a cápsula do cristalino e à cabeça do nervo óptico é firme na fase inicial da vida mas logo desaparece. 64- Qual a localização do humor vítreo? Junqueira: O corpo vítreo ocupa a cavidade do olho que se situa atrás do cristalino. 65- Qual a composição do humor vítreo? Junqueira: Tem aspecto de gel claro, transparente e apresenta no seu interior fibrilas de colágeno. Seu componente principal é a agua (cerca de 99%) e glicosaminoglicanas altamente hidrófilas, em especial o ácido hialurônico. As células do corpo vítreo, denominadas hialócitos, são pouco numerosas e tem forma irregular. Estas células são fagocitárias e também participam da síntese do material extracelular do corpo vítreo. Vaughan: O vítreo tem cerca de 99% de água. O restante, 1%, inclui dois componentes, o colágeno e o ácido hialurônico, que dão ao vítreo a forma e a consistência semelhante a um gel, devido a sua capacidade em reter grandes volumes de água. 66- Qual a função do humor vítreo? Absorve e redistribui forças aplicadas aos tecidos oculares adjacentes Mantém a retina no lugar Sustenta o cristalino MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 27 67- O que é retina? Vaughan: A retina é uma lâmina do tecido neural fina, semitransparente e com múltiplas camadas, que reveste a porção interna dos dois terços posteriores da parede do globo. Estende-se anteriormente até a proximidade da parte anterior do corpo ciliar, terminando em uma margem irregular, a borda serreada. 68- Qual a função da retina? Ocullare_Prof: É responsável pela transformação dos estímulos luminosos captados pelo olho em estímulos elétricos que serão conduzidos pelo nervo óptico até o centro cortical (na região occipital) da visão. A retina é composta de dois estratos: o epitélio pigmentar da retina (EPR) e a retina sensorial propriamente dita. 69- Qual a vascularização da retina? Vaughan: A retina recebe seu fornecimento de sangue de 2 fontes: os coriocapilares, imediatamente externos à membrana de Bruch, os quais suprem o terço da parte externa da retina, inclusive a camada plefixorme externa e as camadas nucleares externas, os fotorreceptores e o epitélio pigmentar da retina. A segunda fonte é constituída pelos ramos da artéria retineana central que irriga os dois terços externos. A fóvea é inteiramente irrigadas pelos coriocapilares, sendo suscetível a lesões irreparáveis quando a retina está descolada. Os vasos sanguíneos da retina tem endotélio não-fenestrado, que formam a barreira sanguínea interna da retina. O endotélio dos vasos coroideos é fenestrado. A barreira sanguínea externa da retina encontra-se pigmentar da retina MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 28 70- Quais as camadas da retina? I. EPITÉLIO PIGMENTAR, com camada única decélulas hexagonais, contínuo com a camada epitélial pigmentada do corpo ciliar, a partir da chamada “ora serrata”. II. RETINA SENSORIAL, contínua com a camada epitelial não pigmentadado corpo ciliar. Possui as seguintes camadas histológicas, de fora para dentro ( apartir da coróide): - Camada de Fotorreceptores (cones e bastonetes); - Membrana limitante externa; - Camada nuclear externa; - Camada plexiforme externa; - Camada Nuclear interna; - Camada plexiforme interna; - Camada de células ganglionares; - Camada de fibras nervosas; - Membrana limitante interna. Suporte nutricional: Células de Müller. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 29 71- Relacione a mácula e fóvea de acordo com a formação de imagem. Ocullare_Prof: A região central da retina, no “pólo posterior”, possui uma área diferenciada, com características histológicas e funcionais próprias: é a chamada mácula. É nesta área que tem uma concentração maior de células especializadas chamadas cones que se dá a maior capacidade de resolução da retina para a visão de cores, leitura, e de detalhes, mais precisamente na região de fóvea. A periferia da retina por sua vez tem uma maior concentração de bastonetes, cuja função primordial é a de proporcionar a “visão de penumbra”. No centro da mácula, temos a fóvea (desprovida de bastonetes), que se localiza 3 mm temporal ao nervo óptico. A visão é 20/20 na fóvea e já é 20/400 a 3 mm dela (ver acuidade visual). A ora serrata marca a transição do corpo ciliar para a retina e se localiza a aproximadamente 6 mm do limbo nasal e a 7 mm do limbo temporal. Oocites: Fica localizada no fundo da retina, ligeiramente para o lado temporal e seu tamanho é de 3mm. de largura por 2mm. de altura. Como se nota é bem pequena e é nela onde há o encontro focal dos raios paralelos que penetram no olho. A fóvea é de suma importância para a visão pois a acuidade visual, nela obtida, e de 10/10 ou 20/20 (um inteiro), ou 100%, ou seja, a visão normal de uma pessoa emétrope. Fora da fóvea a acuidade visual vai gradativamente perdendo a eficiência, à medida que a concentração de cones, vai reduzindo. Basicamente a fóvea é composta de três cones: um para a cor verde, outro para a amarela e outro para a vermelha. 72- Qual a organização dos bastonetes? Principais elementos funcionais do bastonete ou cone: (1) Segmento externo Encontra-se substância fotoquímica sensível à luz (2) Segmento interno Contém o citoplasma usual, com organelas citoplasmáticas. São especialmente importantes as mitocôndrias que desempenham papel importante no fornecimento de energia para a função dos fotorreceptores. (3) Núcleo (4) Corpo Sináptico Liga-se às células neuronais subsequentes, as células horizontais e bipolares que representam os estágios seguintes de cadeia celular responsável pela visão. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 30 73- O que é rodopsina? Guyton: A rodopsina e os pigmentos coloridos são proteínas conjugadas. Eles são incorporados às membranas dos discos, sob a forma de proteína transmembrana. As concentrações destes pigmentos fotossensíveis, nos discos, são tão grandes que os próprios pigmentos constituem cerca de 40% de toda a massa do segmento externo. 74- Qual a função da rodopsina? A função biológica da proteína Rodopsina, que se encontra nos estados escuro (sem interação com fótons), metarodopsina-I (inativa) e metarodopsina-II (ativa), é a de mediar a percepção de sinais luminosos, na retina de mamíferos. 75- Como a hiperpolarização promove o potencial de ação? Guyton: Quando a rodopsina se decompõe, diminui a condutância da membrana dos bastonetes para os íons sódio no segmento externo do bastonete. Isso causa hiperpolarização de toda a membrana do bastonete. Quando a rodopsina do segmento externo do bastonete é exposta à luz, ela é ativada e começa a se decompor, os canais de sódio dependentes do GMPc são fechados, e a condutância de membrana do segmento externo, para o interior do bastonete é reduzida por processo em 3 etapas: (1) A luz é absorvida pela rodopsina, causando fotoativação dos elétrons, na porção retinal (2) A rodopsina ativada estimula a proteína G, denominada transducina, que ativa a fosfodiesterase do GMPc; essa enzima catalisa a quebra do GMPc em 5’-GMPc (3) Redução do GMPc fecha os canais dependentes do GMPc e reduz a corrente de influxo de sódio Os íons sódio continuam a ser bombeados para fora, através da membrana do segmento interno. Desse modo, mais íons sódio agora saem do bastonete do que entram. Como eles são íons positivos, sua perda pelo bastonete cria aumento da negatividade na face interna da membrana e, quanto maior a quantidade de energia luminosa que atinge o bastonete, maior será a eletronegatividade – isto é, maior será o grau de hiperpolarização. Na intensidade máxima de luz, o potencial de membrana se aproxima de -70 a -80mV, o que está próximo do potencial de equilíbrio para os íons potássio através da membrana. O sódio influi para um fotorreceptor (p.ex, bastonete) através de canal ativado por GMPc. O potássio influi para fora da célula, por canal de potássio sem comportas. A bomba de sódiopotássio mantém níveis de sódio e potássio constantes dentro da célula. No escuro, os níveis de GMPc são altos e os canais de sódio se abrem. No claro, os níveis de GMPc são reduzidos e os canais de sódio se fecham, causando a hiperpolarização da célula. pc Realce MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 31 Fototransdução no segmento externo da membrana do fotorreceptor (bastonete ou cone). Quando a luz incide sobre o fotorrecceptor (p.ex., célula bastonete), a porção retinal da rodopsina que absorve a luz é ativada. Isso estimula a transducina, proteína G, que então ativa a fosfodiesterase do GMPc. Essa enzima catalisa a degradação de GMPc em 5’-GMP. A redução do GMPc, então, leva ao fechamento dos canais de sódio que, por sua vez, causam hiperpolarização do receptor. 76- Qual o papel da vitamina A na formação da imagem? Guyton: O retinol todo-trans pode ser convertido em 11-cis retinal. Isso ocorre por conversão do retinal todo-trans, primeiramente, em retinol todo trans, que é uma forma da vitamina A. Depois, o retinol todo-trans é convertido em 11-cis retinol sob a influência da enzima isomerase. Finalmente, o 11-cis retinol é convertido em 11-cis retinal, que se combina com a escotopsina, para formar a nova rodopsina. Vitamina A está presente no citoplasma dos bastonetes e na camada de pigmento da retina. Vitamina A normalmente está disponível para formar retinal Excesso de retinal na retina, será convertido de volta a vitamina A ( reduz então a quantidade de pigmento fotossensível na retina) MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 32 Importância: Adaptação a longo prazo da retina a diferentes intensidades luminosas A retina humana contém quatro tipos de fotopigmentos que armazenam compostos de vitamina A. Um desses pigmentos, chamada rodopsina, está localizado nos bastonetes da retina. Rodopsina permite que os bastonetes detectem pequenas quantidades de luz, e, portanto, desempenha uma função fundamental na adaptação do olho para as condições de pouca luz e visão noturna. Retinal, a forma aldeído da vitamina, participa na síntese de rodopsina, e na série de reações químicas que causa a excitação visual, que é disparada por luz que atinge os bastonetes. Os restantes três pigmentos, conhecidos coletivamente comoiodopsins, são encontrados nas células cone da retina e são responsáveis pela visão diurna. 77- Como ocorre o ciclo visual da Vitamina A? A vitamina A é um componente dos pigmentos visuais dos cones e bastonetes. A rodopsina, o pigmento visual dos bastonetes na retina, consiste de 11-cis-retinal ligado especificamente à proteína opsina. Quando a rodopsina é expost aà luz, ocorre uma série de isomerizações fotoquímicas, resultando em uma alteração no pigmento visual e liberação do trans-retinal e opsina. Este processo ativa um impulso nervoso que é transmitido do nervo óptico ao cérebro. A regeneração da rodopsina requer a isomerização do trans-retinal em 11-cis-retinal. O trans-retinal, após ser liberado da rodopsina, é isomerizado a 11-cis-retinal, o qual combina-se espontaneamente com a opsina para formar rodopsina, completando assim o ciclo. Reações similares são responsáveis pela visão a cores nos cones. 78- Como é o trajeto do estímulo elétrico até o córtex occiptal? Vaughan: O nervo craniano II (Nervo óptico) serve o sentido especial que é a visão. A luz é detectada pelos bastonetes e cones da retina, a qual pode ser considerada o órgão sensorial final especial da visão. Os corpos celulares destes receptores estendem processos que fazem sinapse com a célula bipolar, o segundo neurônio da via visual. As células bipolares fazem sinapse, por sua vez, com as células ganglionares da retina. Os axônios da célula ganglionares formam a camada de fibras nervosas da retina e convergem para a forma do nervo óptico. O nervo emerge da parte de trás do globo e caminha posteriormente para dentro do cone muscular para entrar na cavidade craniana via canal óptico. Intracranialmente, os nervos ópticos se juntam formando o quiasma óptico. No quiasma, mais da metade de fibras ( as da metade nasal da retina) se dividem e se cruzam, juntando-se às fibras temporais não cruzadas no nervo oposto para formar os tratos ópticos. Cada trato óptico passa ao redor do pedúnculo rumo ao núcleo geniculado lateral, onde forma sinapses. Todas as fibras recebendo impulsos dos hemicampos direitos de cada olho deixam então o trato óptico esquerdo e se projetam para o hemisférico cerebral esquerdo. Da mesma forma, os hemicampos esquerdos se projetam para o hemisfério cerebral direito. Vinte por cento das fibras no trato respondem pela função pupilar. Estas fibras deixam o trato imediatamente anterior ao núcleo e passam pelo ramo do colículo superior para o núcleo pré-tectal do mesencéfalo. As fibras sinápticas remanescentes formam sinapses no núcleo geniculado lateral. Os corpos celulares desta estrutura originam o trato geniculocalcarino. Este trato passa pelo membro posterior da capsula interna e depois se abre em leque para as irradiações ópticas que atravessam partes dos lobos temporal e parietal em rota para o córtex occiptal (córtex visual calcarino, estriado ou primário). Machado: Área Visual secundária- até pouco tempo acreditava-se que essa área estaria limitada ao lobo occiptal, situando-se adianta da área visual primária, correspondendo Às áreas 18 e 19 de Brodmann. Sabe-se hoje, entretanto, que nos primatas, inclusive no homem, ela se estende ao lobo temporal onde também ocupa as áreas 20,21 e 37 de Brodmann. – Agnosia Visual: Cegueira Verbal pc Realce pc Realce pc Realce MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 33 MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 34 79- Como é produzido o humor aquoso? Vaughan: O aquoso é produzido pelo corpo ciliar. Um ultrafiltrado do plasma produzido no estroma dos processos ciliares é modificado pelo processo secretor e pela função de barreira do epitélio ciliar. Entrando na câmara posterior, o aquoso passa através da pupila para a câmara anterior e, então, para a rede trabecular no ângulo da câmara anterior. Durante esse período, existem trocas diferencias dos componentes do sangue na íris. OBS: A inflamação intraocular ou traumas causam um aumento na concentração de proteína. Isto é chamado de aquoso plasmóide e assemelha-se muito ao soro sanguíneo. MedCurso2010: O humor aquoso é produzido pelas células do epitélio duplo do corpo ciliar, sendo lançado na câmara posterior do olho, entre a íris e o cristalino. As células do corpo ciliar secretam sódio, cloreto e bicarbonato (HCO3) que carreiam água por mecanismo osmótico. Cerca de 70% do sódio secretado acompanha a secreção de bicarbonato que, por sua vez, depende da ação da anidrase carbônica, uma enzima intracelular que converte CO2 + H2O em H2CO3, que prontamente se dissocia em H + HCO3. É secretado pelos processos ciliares, que são pregas lineares que se projetam do corpo ciliar. O epitélio dos processos ciliares secretam ativamente o humor aquoso. O humor aquoso é secretado ativamente pelo epitélio não pigmentado por meio de um processo metabólico que depende de vários sistemas enzimáticos, especialmente da bomba de Na+/K+- ATPase que secreta íons Na+ na câmara posterior. O transporte começa com o transporte ativo de íons para os espaços das células epiteliais. Íons sódio puxam íons cloreto e bicarbonato junto com eles, para manter a neutralidade elétrica. Depois todos esses íons causam osmose de água dos capilares sanguíneos situados abaixo dos espaços das células epiteliais. E e a solução resultante banha os espaços dos processos ciliares na câmara anterior do olho. Vários outros nutrientes são também transportados por transporte ativo ou difusão facilita da. Dentre eles estão aminoácidos, ácido ascórbico e glicose. 80- Por quais estruturas o humor aquoso passa? Vaughan: Penetrando através da câmara posterior, passa pela pupila e entra na câmara anterior, e dirige-se a seguir perifericamente para o ângulo iridocorneano. OBS: O ângulo iridocorneano localiza-se na junção da córnea periférica e na raiz da íris. A principal característica de sua anatomia são as linhas de Scwalbe, a rede trabecular ( que se encontra ao redor do canal de Schlemm) e o esporão escleral. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 35 81- Qual a composição do humor aquoso? Vaughan: A composição do aquoso é semelhante ao plasma, exceto para as concentrações maiores de ascorbato, piruvato e lactato e concentrações menores de proteína, ureia e glicose. 82- Qual a função do humor aquoso? El humor acuoso tiene 3 funciones: 1. La de ser um médio transparente, espécie de linfa sin elementos formes 2. Mantiene la presión intraocular y,por tanto, la forma del globo ocular 3. Aporta nutrientes a médios avasculares como la córnea y el cristalino. 83- Qual o pH e quantidade de humor aquoso produzido? Vaughan: O aquoso é um liquido claro que preenche as câmaras anterior e posterior do olho. Seu o volume é cerca de 250ul e sua taxa de produção, que está sujeita a uma variação diurna, é de1,5-2ul/minuto. A pressão osmótica é ligeiramente maior que o plasma. pH= 7,2 ( humor vítreo = 7,5) 84- Como ocorre a drenagem do humor aquoso? Vaughan: A rede trabecular é composta por feixes de tecido elástico e colágeno, revestidos por células trabeculares que formam um filtro com poros de tamanho pequeno, quando se aproximam do canal de Schlemm. A contração do músculo ciliar através de sua inserção na rede trabecular aumenta o tamanho do poro e, portanto a taxa de drenagem do aquoso. A passagem do aquoso pelo canal de Schlemm depende da formação cíclica de canais transcelulares no revestimento endotelial. Os canais eferentes do canal de Schlemm ( cerca de 30 canais coletores e 12 veias aquosas) conduzemo fluido ao sistema venoso. Uma pequena quantidade do aquoso passa entre os feixes do músculo ciliar e através da esclera ( fluxo uveoescleral). A maior resistência no fluxo de saída do aquoso da camara anterior é o revestimento endotelial do canal de Schlemm e as porções adjacentes da rede trabecular – maior do que o sistema venoso coletor. Porém, a pressão na rede episcleral venosa determina o nível mínimo da pressão intra-ocular obtida pela terapia médica. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 36 MedCurso2010: Em condições normais, cerca de 80-95% da drenagem do humor aquoso ocorre no ângulo de filtração iridocorneano, a chamada “via convencional”, e os 5-20% restantes por uma “via alternativa”, através do fluxo úveo-escleral. Via Convencional (ângulo de filtração irido-corneano): Este mecanismo é fundamental para o entendimento do glaucoma e sua terapia. O fluxo do humor aquoso é direcionado da câmara posterior para a câmara anterior através da pupila. Uma vez na câmara anterior, este líquido é drenado por tecidos no ângulo de filtração iridocorneano. Neste local existe uma estrutura denominada rede trabecular ( trabeculado córneo-escleral), que acompanha toda a circuferência da junção iridocorneana em conjunto com mais duas estruturas: o esporão escleral, interpondo-se entre a rede trabecular e a raiz da íris, e o canal de Schlemm, um microvaso de drenagem. O humor aquoso é filtrado na rede trabecular, ganhando o canal de Schlemm, de onde flui para o plexo venoso episcleral. Via alternativa (úveo-escleral): uma parte do humor aquoso (5-20%) é drenada sem passar pela rede trabecular, difundindo-se através de canais que correm pela raiz da íris e pelo músculo ciliar até alcançar os vasos da esclera. Os análogos da prostaglandina Falfa, como o colírio latanoprost, aumentam o fluxo do humor aquoso por esta via e atualmente são as drogas mais usadas no tratamento do glaucoma de ângulo aberto nos EUA. BIOQUÍMICA Duas enzimas abundantes no epitélio não pigmentado estão envolvidas nesse processo: a adenosina trifosfatase ativada por Na+- K+ (Na+-K+ATPase) e anidrase carbônica (AC). O Na+ - K+ATPase é encontrada geralmente ligado à membrana plasmática das pregas basolateral do epitélio não pigmentado. Esta enzima fornece a energia necessária para a bomba metabólica, que transporta o Na+ para dentro da câmara posterior catalisar a reação seguinte: ATP → ADP + Pi + energia MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 37 85- Qual a faixa adequada da PIO? Vaughan: A faixa de pressão intra-ocular normal é de 12-20mmHg. (Média = 15mmHg) A pressão intraocular é determinada pela taxa de produção do humor aquoso e pela resistência à drenagem do aquoso do olho. Algum conhecimento da fisiologia do humor aquoso é necessário para compreender o glaucoma. 86- Quais as indicações para realizar tonometria? Pessoas com histórico familiar de glaucoma, doenças oculares diversas, sangramento ocular, negros com idade superior a 40 anos são mais predispostos a desenvolver complicações oculares, indicada para diagnosticar e acompanhar casos de hipertensão ocular secundária a medicamentos tópicos (colírios, havendo indicação deste exame em períodos pré e pós-operatórios de cirurgias oculares: catarata, glaucoma, transplante de córnea, descolamento de retina, vitrectomia), Este exame também é indicado para diagnóstico e acompanhamento de casos de hipotonia do bulbo e distúrbios da pressão ocular após traumatismo. MedCurso2010: A tonometria deve ser um exame rotineiro em toda consulta oftalmológica. Uma PIO>21mmHg, é importante fator de risco para glaucoma. No entanto, nunca podemos confiar apenas neste exame para fazer uma adequada triagem para o GPAA, pois a PIO de um individuo é um parâmetro bastante variável no tempo e além disso, existe o glaucoma de pressão normal. Este fatores justificam o encontro de um PIO normal numa primeira avaliação em até 50% de portadores de GPAA. Exames para diagnosticas o glaucoma de ângulo aberto são diferentes da tonometria e devem ser realizados não somente naqueles com PIO>21mmHg mas também em qualquer individuo que pertença ao grupo de risco ( independente da PIO). 87- Quais as consequências da PIO aumentada? Se a pressão intraocular (PIO) for alta demais (maior do que 21,5 mm Hg), a pressão nas paredes do olho resultará na compressão das estruturas oculares. Entretanto, outros fatores, como perturbações no fluxo sangüíneo no nervo óptico podem interagir com a PIO e afetar o nervo óptico. 88- Quais os fatores que alteram a PIO? Pressões intra-oculares normais variam de acordo com a hora do dia, batimentos cardíacos, pressão arterial e respiração. O padrão das curvas diárias de PIO varia, com tendência a serem mais altas pela manhã, e mais baixas à tarde e à noite. Equilíbrio entre: Taxa de secreção aquosa Resistência ao fluxo entre a íris e o corpo ciliar Resistência à reabsorção na região trabecular na esclera no ângulo iridocorneano Atividade física: alguns exercícios podem aumentar ou diminuir a pressão intraocular – atividades prolongadas, como corrida e ciclismo, levam à sua redução transitória em pacientes com glaucoma. Estudos mostram que indivíduos com bom condicionamento físico apresentam pressão ocular mais baixa do que aqueles não condicionados ou sedentários. Já em relação às atividades que envolvem aplicação rápida e máxima de força por um curto período de tempo, como levantamento de peso, pode ocorrer elevação durante o exercício. Pacientes com glaucoma que praticam ioga devem ser constantemente orientados e evitar a posição invertida de cabeça e tronco (Sirsasana), pois nessa posição a pressão ocular pode subir a valores muito elevados, e existem relatos de casos nos quais pacientes tiveram piora da doença em curto espaço de tempo. MÓDULO VIII: INTERAÇÃO AO MEIO AMBIENTE REVISÃO GERAL 38 Cafeína: um dos estudos mais relevantes nessa área, que avaliou cerca de 3500 participantes na Austrália, mostrou que a pressão ocular é, em média, de 15 a 20% mais alta em pessoas que tomam café do que naquelas que não tomam. E quando analisados somente os participantes que tomam café diariamente, a pressão dos olhos se mostrou mais alta naqueles que consomem mais café (>200mg de cafeína/dia) quando comparados aos que consomem menos (200mg de cafeína/dia). Tabagismo: embora não exista relação direta entre tabagismo e desenvolvimento de glaucoma, o hábito de fumar causa aumento transitório da pressão intraocular. Semelhante ao efeito observado com a cafeína, estudos mostram que a pressão ocular é mais alta em pessoas que fumam do que naquelas que não fumam. Medicamentos: diversos medicamentos podem levar ao aumento da pressão ocular e, dentre eles, os mais temidos são os anti-inflamatórios a base de cortisona, utilizados frequentemente em doenças respiratórias, reumatológicas e quadros alérgicos. Estudos mostram que muitas pessoas apresentam elevação significativa da pressão ocular após uso de cortisona, principalmente por períodos prolongados (em alguns casos, chega a dobrar). Como a maior parte dos pacientes não sente qualquer sintoma, é importante que o clínico o encaminhe ao oftalmologista para avaliação. Embora não seja algo comum, muitas drogas utilizadas para o tratamento de doenças diversas, como incontinência urinária, depressão, prevenção de crises convulsivas e profilaxia de enxaqueca, podem causar elevação significativa de pressão ocular em olhos predispostos. Um simples exame oftalmológico é capaz de orientar o clinico sobre a existência de riscos com o uso dessas medicações. 89- Quais estruturas compõem o trato uveal? Vaughan: É composto
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