Buscar

Refluxo Gastroesofágico

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Refluxo Gastroesofágico
DRGE
Paracatu – MG
2017
Fisiologia Humana II
Introdução
 O refluxo gastroesofágico pode ser conceituado como o fluxo retrógrado e repetido de conteúdo gástrico para o esôfago, sendo mais frequente em crianças, em maior quantidade do sexo masculino, constitui uma das principais causas de consultas ao gastroenterologista pediátrico. Seu diagnostico deve começar pela elaboração da história clínica completa, onde seus sintomas mais comuns são azia, dor de garganta, dores nos peitos, etc. (NORTON; PENNA, 2000).
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
2
Definição
 O Refluxo Gastresofágico é uma doença digestiva em que os ácidos presentes dentro do estômago voltam pelo esôfago ao invés de seguir o fluxo normal da digestão. Esse movimento é conhecido como refluxo e irrita os tecidos que revestem o esôfago, causando os sintomas típicos da DRGE. É comum em crianças, na maioria das vezes de evolução benigna e distinguida pela presença de vomito. Ao lado da dor abdominal e intestino preço, constitui um das principais causas de consultas ao gastroenterologista pediátrico. 
(NORTON; PENNA, 2000).
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
3
Fisiologia do Sistema Digestório
 O processo inicia-se na boca que ocorrerá a mastigação do alimento formando em bolo alimentar. A saliva é secretada pelas glândulas parótidas, submaxilares e sublinguais. O muco da boca tem a função de lubrificar e produzir uma enzima chamado de ptialina. A função da ptialina é hidrolisar os carboidratos em amidos, para que sejam digeridos. Após a mastigação do alimento a língua empurra o bolo alimentar para a laringe e em seguida para o esôfago por movimentos peristálticos. (GUYTON, 1988).
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
4
Digestão do Estômago
 Com a presença do bolo alimentar no estômago, estimula as células do epitélio glandular a secretar o suco gástrico, que é formado por ácido clorídrico e pepsina, que faz a digestão química do bolo alimentar, principalmente as proteínas. O estômago realiza o movimento peristáltico na qual o bolo alimentar transformará em quimo. No final do estômago há uma válvula que impede a saída de alimentos que é chamado de esfíncter pilórico. A válvula pilórica ao relaxar libera em pequenas quantidades o quimo para o duodeno. (GUEDES, 2015).
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
5
Digestão do Intestino Delgado
 O intestino delgado ocorre movimentos propulsivos que é a distensão de qualquer parte do intestino delgado pelo quimo desencadeia uma onda peristáltica. O quimo receberá enzimas para a quebra de algumas moléculas como: as enzimas pancreáticas que contem a amílase para a digestão dos carboidratos de tripsina e de quimo-tripsina, para a digestão das proteínas de lipase pancreática para a digestão de gorduras. A secreção biliar tem o objetivo de separar as gorduras em quantidades menores para que as enzimas pancreáticas possam hidrolisar. (GUYTON, 1988).
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
6
Digestão do Intestino Delgado
 Os enterócitos são enzimas do intestino delgado que tem o objetivo de quebrar as moléculas de peptídeos e aminoácidos em sucrase, maltase, isomaltase e lactase, para a hidrólise de dissacarídeos em monossacarídeos, que serão absorvidas na parede intestinal e em direção a corrente sanguínea. O intestino delgado libera uma secreção de íons de bicarbonato de sódio para diminuir o PH do quimo. Portanto, com todo processo o quilo será liberado para o intestino grosso do esfíncter do ileocecal. (GUYTON; HALL, 2006).
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
7
Digestão do Intestino Grosso
 As funções do cólon, são absorção de água e de eletrólitos do quilo, armazenada o material fecal até que seja eliminada. A primeira metade do cólon tem a função de absorção, e o cólon distal é armazenamento das fezes. Os movimentos da mistura do quilo são de movimentos peristálticos que movimenta a massa para o cólon ascendente, cólon transversal, cólon descendente e até sigmoide. No cólon ascendente e o cólon transversal são os que absorvem os nutrientes e a água, incluindo a ação dos microbiotas para auxiliar na digestão do quilo. (GUYTON, 1988).
 Com o final do processo as fezes serão encaminhadas para o cólon descendente, sigmoide e no reto, na qual será armazenada e em seguida eliminada pelo ânus, (GUYTON; HALL, 2006).
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
8
Digestão do Intestino Grosso
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
9
Fonte: Santos et al., 2010.
Figura 1: Anatomia do Sistema Digestório
Digestão de Carboidratos, Gorduras e Proteínas
CARBOIDRATOS: Na mastigação os carboidratos serão hidrolisados em amidos pela ptialina que são secreções salivares. No estômago o amido será hidrolisado em amílase com a ação do ácido clorídrico. Ao chegar no intestino delgado contém as enzimas maltase, isomaltase, lactase e sucrose com o resultado do processo serão formados os monossacarídeos que serão absorvidos pela parede intestinal para o sangue. Os produtos finais da digestão dos carboidratos são: a glicose, a galactose e a frutose. (GUYTON, 1988).
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
10
Digestão de Carboidratos, Gorduras e Proteínas
GORDURAS: As digestões das gorduras são digeridas em pequenas quantidades de triglicerídeos é no estômago pela lipase lingual secretada pelas glândulas linguais na boca que são deglutidas com a saliva. A maior parte da digestão é no intestino delgado com a secreção da bile que é a quebra dos glóbulos de gordura em partículas menores que é chamado de emulsificação de gordura. As enzimas do pâncreas para hidrolisar as gorduras em ácidos graxos são chamadas de lipase pancreática, suficiente para digerir os triglicerídeos. (GUYTON; HALL, 2006).
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
11
Digestão de Carboidratos, Gorduras e Proteínas
PROTEÍNAS: a digestão das proteínas começa com a ação da pepsina no estômago, na qual a pepsina é secretada sob forma de pepsinogenio, em contato com o ácido clorídrico no estômago. A proteína é desdobrada em proteoses, em peptonas e em polipeptídios que são moléculas menores dos aminoácidos. Ao chegar no intestino delgado esses compostos são ainda hidrolisados em pela tripsina, pela quimotripsina e também pela caborxipeptidase do suco pancreático. Com ação do suco pancreático o carboxipeptidase é hidrolisado em polipeptídios.
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
12
Tratamento
 Os métodos terapêuticos utilizados no tratamento da DRGE compreendem medidas comportamentais e dietéticas, tratamento medicamentoso e tratamento cirúrgico. Os objetivos do tratamento conservador são: aliviar os sintomas, cicatrizar lesões, prevenir recidivas, e complicações. 
(MARTINEZ, MARTINEZ, GRANDE, 2008.) 
• Postura
• Medicamentos
• Alimentação
• Perda de peso
• Abandono do Álcool e Tabagismo
• Exercícios Físicos
• Cirurgia
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
13
Fisiopatologia
 A Doença do Refluxo Gastresofágico (DRGE) acontece quando há o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago, suplantando a resistência do epitélio esofágico. A DRGE pode ocorrer de duas formas fundamentais diferentes: 
quando há um contato prolongado do epitélio esofágico com o ácido gástrico que refluiu;
quando há uma lesão do epitélio esofágico, mesmo não estando em um período prolongado.
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
14
Fisiopatologia
 Esse contato prolongado com o ácido pode ser explicado por um defeito que ocorre nas barreiras antirrefluxo e/ou nos mecanismos de depuração luminal. O EEI (esfíncter esofágico inferior) é responsável por grande parte dos quadros de refluxo. Esses são relaxamentos reflexos desse esfíncter que resultam do alongamento do estômago, não sendo induzidos pela deglutição. São duas vezes mais longos do que os relaxamentos relacionados com a deglutição e também não vem acompanhado de um peristaltismo esofágico que destruiria o lúmen, por isso estão associados ao refluxo.
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
15
Fisiopatologia
Não se sabe ainda a causa do aumento dos relaxamentos temporários, porém, não há envolvimento com a demora no esvaziamento gástrico e nem com infecções causadas pela Helicobater pylori. 
 Em caso de esofagite erosiva, os relaxamentos temporários do EEI estão menos relacionados com o surgimento de refluxo, a maioria aparece devido a um esfíncter mecanicamente enfraquecido. 
 Também não se sabe se esse enfraquecimento é a causa da esofagite erosiva ou se é apenas uma consequência dessa condição, pois alguns produtos liberados no período da inflamação podem causar a diminuição de contratilidade do EEI.
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
16
Fisiopatologia
 A esofagite erosiva pode levar a um encurtamento do esôfago (pela contração continua da musculatura longitudinal) ou levar à disfunção do peristaltismo (pelo enfraquecimento da contratilidade da musculatura circular).
 Pacientes que apresentam azias, podem desencadear um defeito primário tecidual, devido a dietas imprudentes como excesso de exposição ao álcool, hipertônicas ou produtos com temperaturas elevadas.
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
17
Conclusão
 De acordo com acervos literários, realizamos as pesquisas e concluímos que a doença do refluxo gastroesofágico cursa com os sintomas típicos (pirose e regurgitação), mas também pode se apresentar com as manifestações atípicas (dor torácica, sintomas respiratórios e otorrinolaringológicos). Em função dessas características, o primeiro passo para o diagnóstico adequado da DRGE é o conhecimento do conceito atual da afecção, dos diversos fatores de risco e das suas várias formas de apresentação clínica. 
 O tratamento desta patologia deve ser medicamentoso (através do uso de fármacos específicos) e não medicamentoso (através de medidas comportamentais). Até mesmo a intervenção cirúrgica pode ser necessária em pacientes com sintomas crônicos e que não respondem satisfatoriamente ao tratamento medicamentoso.
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
18
Referências
FARIAS, Alberto Queiroz; DEGUTI, Marta Mitiko; CARRILHO, Flair José. Doenças gastrintestinais. In: GOLDMAN, Lee; AUSIELLO, Dennis. Cecil medicina. 23 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. Cap. 140, p. 1150-1151.
FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE GASTROENTEROLOGIA. Refluxo Gastresofágico: Diagnóstico e Tratamento. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 2003. Disponível em: <https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/refluxo-gastroesofagico-diagnostico-e-tratamento.pdf.> Acesso em: 21 mar. 2017.
GUEDES, Marcelo Ribeiro de Almeida. Ensino de anatomia e fisiologia do sistema digestório humano mediado por sala ambiente. 2015. 72f. Dissertação ( Mestrado em Ciências da saúde e do Meio Ambiente) – Pontifícia Centro Universitário de Volta Redonda.
GUYTON, Arthur C. Fisiologia Humana. 6 ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 1988. 564p
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
19
Referências
GUYTON, Arthur C; HALL, John E. Tratamento de fisiologia médica. 11 ed. Tradução: Barbara Alencar Martins et al. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 1115p.
MARTINEZ, Paula Nardi de Souza; MARTINEZ, Júlio Cesar; GRANDE, Jose Carlos Del. Tratamento Cirúrgico da doença do Refluxo Gastresofágico (DRGE): Analise Critica. Revista da Faculdade de Ciências Medicas de Sorocaba, São Paulo,v. 10, n. 1, p. 1-4, 2008. Disponível em: <http://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/download/643/pdf.> Acesso em: 21 mar. 2017
NORTON, Rocksane C; PENNA, Francisco J. Refluxo gastroesofágico. Jornal da Pediatria, Rio de Janeiro, v. 76, p. 219-224, set. 2010. Disponível em:< http://www .jped.com.br/conteudo/00-76-s218/port.pdf>. Acesso em 19 mar. 2017.
SANTOS, Priscila Freitas et al. Distúrbios Gastrointestinais. Disponível em : <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA7AMAH/disturbios-gastrointestinais-fisiologia>. Acesso em: 19 mar. 2017.
31/03/2017
Refluxo Gastroesofágico
20
Refluxo Gastroesofágico
DRGE
Paracatu – MG
2017
Boa Noite!
Graziela Monteiro
Isadora Clara
Jaqueline Souza
Regis Peres
Stefany Rodrigues
Welisson Porto

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais