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CASO CONCRETO CIVIL V

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Direito Civil VI / Aula 2 - Aceitação e Renúncia da Herança. Vocação hereditária e Excluídos da Sucessão. Indignidade e Deserdação
A aceitação da herança e as formas de realizá-la. As hipóteses de renúncia da herança e estudo de seus efeitos.
Aceitação da herança
Aceitação da herança  é o ato pelo qual o herdeiro adiciona ao seu acervo pessoal o patrimônio sucessível. É ato pessoal e só se transmite pelo direito de representação. Sua eficácia é ex tunc porque seus efeitos retroagem à data da abertura da sucessão, ainda que a manifestação ocorra em momento posterior.
Art. 1.804. Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a abertura da sucessão.
Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à herança.
A aceitação, em regra, é feita pessoalmente pelo herdeiro, mas poderá s
Espécies de aceitação
Quanto à forma a aceitação da herança pode ser:
Expressa
Tácita
Presumida
Expressa
Definida como aquela feita por declaração escrita.
Quanto ao titular a aceitação pode ser:
Direta
Indireta
Direta
Feita pelo próprio herdeiro.Características da aceitaçãoaceitação é ato unilateral que, via de regra, se aperfeiçoa com a manifestação de vontade de seu titular. Assim, são características da aceitação:
Renúncia ou repúdio da herança
Augusto, um jovem de 25 anos, nunca teve um relacionamento muito fácil com o Senhor Pedro, seu pai. Com o falecimento de Pedro, que era viúvo, Augusto torna-se herdeiro de metade dos bens do seu pai, cabendo a outra metade à Daniele, sua irmã mais velha.
Augusto renuncia sua parte, ou seja, repudia a quota a que teria direito no acervo hereditário, sem indicar quem receberá a parte renunciada.
VER MAIS
+
VOCÊ SABIA?
É ato tão solene que exige redução a termo nos autos do inventário ou apresentação de escritura pública, na forma do art. 1.806/CC.
Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo judicial.
Não se admite Renúncia Prévia no direito brasileiro.
Espécies de renúncia
É uma divisão meramente doutrinária, pois, no Direito brasileiro, será sempre a renúncia abdicativa.
RENÚNCIA ABDICATIVA (PRÓPRIA)
É a renúncia propriamente dita, quando o renunciante abre mão em favor do monte hereditário, não indicando nenhum coerdeiro como beneficiário da sua parte da herança. Como consequência, quem renúncia, não cabe cobrança de tributo pela transmissão da herança, porque nem ingressa no patrimônio do renunciante.
RENÚNCIA TRANSLATIVA (IMPRÓPRIA)
Sobre ela não incidem as regras da renúncia do Direito Civil brasileiro. Importa na prática de dois atos consecutivos: aceitação + cessão de direitos. Neste caso, incide dupla carga tributária, pois ocorre uma transmissão causa mortis, com a aceitação e uma doação posterior transmitindo o bem por ato inter vivos.
Impõe-se à renúncia as seguintes limitações:
a) Capacidade do renunciante;
b) A renúncia não pode prejudicar credores do renunciante:
- Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.- § 1º A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do fato.- § 2º Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros.
Para ler sobre os Efeitos da Renúncia, clique aqui.
A ordem de vocação hereditária. A capacidade sucessória passiva, na sucessão legitima e testamentária.
Vocação hereditária
Já vimos, anteriormente, que pelo que determina o princípio da saisine, os herdeiros passam a ocupar o lugar do morto logo após a abertura da sucessão, mas antes de tudo, precisamos saber que são esses sucessores e para tal será estabelecida uma ordem de vocação hereditária, isto é, a ordem de chamamento dos herdeiros a suceder o patrimônio do morto.
Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo.
Responda:
É facultado ao autor da herança dispor de seu patrimônio em testamento?
Corrigir
Assim, para definirmos a herança deixada por alguém é importante lembrar que deve ser separada a meação do cônjuge, se for casado em algum tipo de regime de bens que comunique patrimônio.
Ordem de vocação hereditária
O artigo 1.829, do Código Civil, traz um rol de herdeiros legítimos que serão chamados a suceder. Cada inciso do artigo 1.829 é considerado uma classe de sucessores e a classe mais próxima exclui a mais remota. Assim, enquanto existirem herdeiros elencados no inciso I (descendentes) os do inciso II (ascendentes) não serão chamados.
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
Suponha-se que o autor da herança tenha deixado um patrimônio no valor de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) e nenhum bem particular. A divisão do patrimônio deixado seria:
Figura 1 – divisão dos bens comuns do de cujus quando este não deixou nenhum bem particular.
AnteriorPróximo
Outra regra fundamental é que o grau mais próximo exclui o mais remoto. Assim, se o filho tiver capacidade sucessória, por exemplo, os netos não serão chamados a suceder.
Legitimação para suceder
Em primeiro lugar, devemos verificar a legitimação, tanto na sucessão legítima como na testamentária, que é a constatação da personalidade de quem reclama a vocação hereditária, representada pela existência da pessoa, física ou jurídica, no momento da abertura da sucessão.
Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão.
Responda:
Ana e Luiz estavam casados há oito anos e não haviam filhos. Tentaram diversos métodos e optaram pela inseminação artificial. Com todo o procedimento pronto, Luiz sofreu um acidente de carro e veio a falecer. Ana resolveu que continuaria o procedimento de inseminação artificial utilizando os embriões excedentários.
De acordo com o Art. 1.798, o filho decorrente dessa inseminação artificial post mortem será herdeiro legítimo dos bens de Luiz?
GABARITO
Há um conflito em relação à inseminação artificial post mortem. De acordo com o artigo 1.597, IV do Código Civil, seria permitida a inseminação artificial, utilizando embriões excedentários, a inseminação artificial, mesmo após a morte do marido.
Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:
(...)
IV — havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;
Porém, em conformidade com o artigo 1.798 do Código Civil, como este filho não estava concebido no momento da abertura da sucessão não estaria legitimado a suceder legitimamente seu pai. Assim, o principio constitucional da igualdade entre os filhos estaria ferido.
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
(...)
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
A III Jornada de Direito Civil aprovou o enunciado 267
267 – Art. 1.798:A regra do art. 1.798 do Código Civil deve ser estendida aos embriões formados mediante o uso de técnicas de reprodução assistida, abrangendo, assim, a vocação hereditária da pessoa humana a nascer cujos efeitos patrimoniais se submetem às regras previstas para a petição da herança.
Assim, concluímos que a inseminação artificial post mortem é permitida no Brasil e para o filho concebido post mortem requerer a herança deve fazê-lo mediante ação de petição de herança que prescreve, em 10 anos contados da abertura da sucessão, como veremos posteriormente.
Legitimação testamentária
Na sucessão testamentária estão legitimados a suceder os indicados nos artigos 1798 e 1799 do Código Civil:
Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:
Na hipótese do beneficiário seja prole eventual, este terá o prazo de 2 anos a contar da abertura da sucessão para que seja concebido, como pode ser observado no Art. 1.800.
Falta de Legitimação para Ser Herdeiro Testamentário e/ou Legatário
Fonte: Graphixmania / Shutterstock
As hipóteses e o procedimento de exclusão da sucessão. ​Distinção entre falta de legitimação para suceder, indignidade e deserdação. Os requisitos da indignidade e deserdação e seus efeitos jurídicos.
Exclusão do herdeiro/legatário
Existem duas formas de exclusão: indignidade e deserdação. Ambos os institutos têm natureza punitiva, restritiva de direitos e por isso os efeitos da exclusão são pessoais, não atingindo os herdeiros do excluído que herdam como se este fosse pré-morto, ou seja, por representação. Diferente da Renúncia, os herdeiros do excluídos, poderão herdar por representação. Não abrange a linha sucessória. Não cabe interpretação analógica, seja na hipótese de indignidade ou de deserdação.
Indignidade
Clique nos números abaixo para ler o conteúdo sobre Indignidade, disponível nos artigos 1.814 a 1.818 do CC.
Deserdação. Art. 1.961 a 1.965 do CC.
1ª
Art. 1.961. Os herdeiros necessários podem ser privados de sua legítima, ou deserdados, em todos os casos em que podem ser excluídos da sucessão.
1ª
2ª
As causas de deserdação são as hipóteses do art. 1.814, bem como as do art. 1.962 e 1.963 do CC.
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos descendentes por seus ascendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;
IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.
Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos ascendentes pelos descendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da filha ou o da neta;
IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade.
2ª
3ª
É de iniciativa do próprio do autor da herança. Deve ser expressamente manifestada através de Testamento.
Art. 1.964. Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser ordenada em testamento.
3ª
4ª
O prazo para a propositura da Ação de Exclusão por Deserdação é de 4 anos a contar da Abertura do Testamento. Caso os agentes que deveriam ter promovido a ação, perdendo o prazo, não o fazem dentro do prazo correto previsto em lei, a vontade do autor da herança não será aceita.
Art. 1.965. Ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação, incumbe provar a veracidade da causa alegada pelo testador.
Parágrafo único. O direito de provar a causa da deserdação extingue-se no prazo de quatro anos, a contar da data da abertura do testamento.
4ª
Resumindo
	
	Indignidade
	
	
	
	Deserdação
	
	
	Instituto típico da parte geral do Direito das Sucessões
	
	
	
	Instituto característico da Sucessão Testamentária
	
	
	Causas Art. 1814 do CC
	
	
	
	Causas Art. 1962 e 1963 do CC
	
	
	Atinge herdeiros legítimos, testamentários ou legatários
	
	
	
	Atinge herdeiros necessários, privando-os de suas legitimas
	
	
	Não é necessário testamento
	
	
	
	É indispensável testamento válido, feito pelo ofendido, deserdando seu herdeiro necessário, mencionando a causa da deserdação
	
	
	O prazo decadencial é de 4 anos a contar do óbito
	
	
	
	O prazo decadencial é de 4 anos a contar da abertura do testamento (art. 1965 p. único do CC)
	
Atividades
1. (2014 – FUNCAB -Órgão: PC-RO - Delegado de Polícia Civil) Sobre o instituto da “Indignidade", é correto afirmar:
Declarada a indignidade, o quinhão hereditário do herdeiro legítimo excluído será destinado aos seus descendentes, que sucederão por direito próprio.
Ciente o autor da herança do ato de indignidade praticado pelo herdeiro, poderá perdoá-lo, expressamente, em testamento ou ato autêntico, sendo que a sua inércia caracterizará perdão tácito.
O quinhão hereditário do herdeiro testamentário, excluído da sucessão por indignidade, será repassado aos substitutos indicados na cédula testamentária.
A ação ordinária de indignidade somente poderá ser ajuizada após o óbito do autor da herança, e dentro do prazo de dois anos, contados da abertura da sucessão.
O ofendido pelo ato de indignidade será o autor da herança, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente.
2. Joaquim faleceu deixando os filhos Ana e Marcelo. Ana vive em união com Sílvio, com quem tem três filhos. Ana renunciou à herança. A quem será deferido o quinhão que lhe corresponderia? Por quê?
Justifique e fundamente juridicamente as respostas.
GABARITO
O destino do quinhão do renunciante é abordado na parte final dos arts. 1.810 e 1.811 do CC e aponta para não incidência do direito de representação na renúncia da herança. O quinhão renunciado será entregue aos demais herdeiros da mesma classe (no caso Marcelo). Se não houver herdeiros da mesma classe, convocar-se-á o herdeiro da classe mais próxima (netos do de cujus) que herdaria por direito próprio e não por representação.
s próximo exclui o mais remoto;
Os herdeiros serão A

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