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Fisioterapia aplicada a Neurologia Profa Luciana Mª de Morais M. Soares 2014 Profa Luciana Mª de M. M. Soares Profa Luciana Mª de M. M. Soares Profª Luciana Mª de M. M. Soares Profª Luciana Mª de M. M. Soares 1 2 33 vértebras e 31 pares de nervos espinais 31 segmentos medulares: - 8 cervicais - 12 torácicos - 5 lombares - 5 sacrais - 1 coccígeo Profª Luciana Mª de M. M. Soares Regra para obter o segmento medular - C2-T10 = n da vértebra + 2; - T11 e T12 = cinco seg. lombares; - L1 = cinco seg. sacrais. Profa Luciana Mª de M. M. Soares Quanto ao tipo etiológico: 1) Traumáticas 2) Não traumáticas Profa Luciana Mª de M. M. Soares Quanto a característica da lesão: 1) Completas 2) Incompletas Estudos epidemiológicos realizados nos EUA apontam, como principal causa de lesão medular: Profª Luciana Mª de M. M. Soares Outras Causas Lesões esportivas Quedas Agressão Acidentes automobi- lísticos 2% 8% 22% 24% 44% (Tumores, Infecções,Vascular e Degenerativa) Nos últimos 10 anos a Rede SARAH de Hospitais atendeu 9.019 pacientes com sequela de lesão medular: Profª Luciana Mª de M. M. Soares Outras Causas Mergulho Quedas Agressão Acidentes automobi- lísticos 8,5% 8,9% 16,8% 28,7% 37,2% Síndrome Medular Anterior Mecanismo de lesão: • Fratura, luxação, protrusão discal e comprometimento do suprimento vascular A. Espinal Anterior; Características Clínicas: • Déficit motor espástico bilateral; • Perda (principalmente) do tato leve e pressão; • Ambos abaixo do nível de lesão. Manifestações Clínicas Mecanismo de lesão: • Raro, comum na neurossífilis. Características Clínicas • Preservação da função motora e sensação de tato leve, pressão, dor e temperatura; • Perda do tato epicrítico, vibração e propriocepção consciente. Síndrome Medular Posterior Manifestações Clínicas Síndrome Centromedular Mecanismo de lesão: • Hiperextensão da região cervical + estreitamento congênito ou degenerativo do canal medular Características Clínicas: • Déficit motor espástico bilateral mais expressivo em MMSS do que MMII; • Perda bilateral da sensibilidade geral em graus variáveis; • Preservação Sacral Manifestações Clínicas Síndrome de Brown-Séquard Mecanismo de lesão: • Hemisecção da ME por objetos perfuro-cortantes Características Clínicas: • Lado contralateral: perda das sensações de dor e temperatura, tato leve e pressão. • Lado ipsilateral: hiporreflexia, clônus e sinal de Babinski e perda das demais modalidades sensitivas e motricidade voluntária. Manifestações Clínicas Profa Luciana Mª de M. M. Soares Divide-se em 2 etapas: Profa Luciana Mª de M. M. Soares 2) Lesão Medular Secundária: Compreende uma cascata de processos bioquímicos e celulares que desencadeiam dano e morte celular. 1) Lesão Medular Primária: Decorre da lesão mecânica inicial devido à deformação e à transformação da energia no local. DESLOCAMENTO DAS VÉRTEBRAS C3 E C4 EDEMA DA MEDULA COM EXTENSÃO À BASE DO CRÂNIO Choque Medular Comprometimento respiratório Disfunção esfincteriana Comprometimento Motor e Sensorial Disfunção sexual Profa Luciana Mª de M. M. Soares Características Ausência da atividade motora Arreflexia Hipotonia (Flacidez) Profa Luciana Mª de M. M. Soares Choque Medular Bom prognóstico: Sensibilidade perianal Retorno de parte da função sensorial e/ou motora Mau prognóstico: Presença de reflexos sem melhora da função sensório-motora Profa Luciana Mª de M. M. Soares Reflexo Cutâneo-plantar (Normal) Reflexo Babinski (Patológico) Choque Medular Profa Luciana Mª de M. M. Soares Reflexo Bulbocavernoso Reflexo Superficial Anal Choque Medular P ro fa L u c ia n a M ª d e M . M . S o a re s Comprometimento Respiratório C1-C3 Nervo Frênico acometido Ventilação artificial Torácicas Altas Paralisia dos Mm Intercostais Externos Músculos da Expiração Ativa Lombar Nenhum comprometimento Profa Luciana Mª de M. M. Soares Disfunção Esfincteriana Cone Medular ( S2-S4) Bexiga espástica ou reflexa (Neurônio Motor Superior) Bexiga flácida ou autônoma (Neurônio Motor Inferior) Simpática (T10-L1-2) Parassimpático (S2-S4) Centro Pontino da Micção Tônus Muscular Segundo o tipo de lesão: NMS: Espasticidade e hiperreflexia, clônus. NMI: Flacidez e hiporreflexia. Profa Luciana Mª de M. M. Soares P ro fa L u c ia n a M ª d e M . M . S o a re s Comprometimento Motor e Sensorial Nível esquelético através do exame radiológico observa- se o maior dano. Nível neurológico sensitivo e motor: segmento mais distal da ME com função sensitiva e motora normal em ambos os lados do corpo. Zona de preservação parcial (ZPP): Dermátomos e miótomos distais ao nível neurológico que permanecem inervados. Profa Luciana Mª de M. M. Soares Escala de Comprometimento da ASIA A Completa: Nenhuma função motora ou sensorial está preservada nos segmentos sacrais S4-S5. B Incompleta: Função sensitiva, mas sem função motora abaixo do nível da lesão. C Incompleta: Função motora é parcialmente preservada abaixo do nível neurológico com mais da metade dos músculos chaves abaixo deste nível com grau muscular <3. D Incompleta: Função motora parcialmente preservada abaixo do nível neurológico e pelo menos metade dos músculos chave têm um grau muscular >3. E Incompleta: Função motora e sensorial normal. Profa Luciana Mª de M. M. Soares P ro fa L u c ia n a M ª d e M . M . S o a re s Disfunção Sexual NMS Reflexogênico NMI Psicogênico Fertilidade, menstruação e gestação Ereção: NMS + incompletas Ejaculação: NMI + lesão baixa e incompleta Disrreflexia autonômica Hipotensão postural Ossificação Heterotópica Trombose Venosa Profunda Osteoporose Deformidades Contraturas Dores e disestesias medulares (“formigamento”) Profa Luciana Mª de M. M. Soares Fase aguda Fase crônica Profa Luciana Mª de M. M. Soares Manter ADM funcional Manter e/ou melhorar força e funcionalidade residual Preservar vias aéreas Preservar integridade do sistema tegumentar Preservar integridade das funções vesicais Gerenciar o tônus muscular Prevenir edemas e TVP Profa Luciana Mª de M. M. Soares Recursos Cinesioterapêuticos Cinesioterapia motora: movimentação passiva, alongamentos e fortalecimento dos mm residuais Posicionamento e mudança de decúbito Cinesioterapia respiratória: manobras de desobstrução brônquica e reexpansão pulmonar Exercícios miolinfocinéticos Profa Luciana Mª de M. M. Soares Treinar as capacidades residuais visando a funcionalidade (transferências) e independência (AVD) do paciente respeitando os limites impostos pela lesão Estimular prática de exercícios aeróbicos Treinar equilíbrio corporale mobilização em diversas posturas desenvolvimentais Treino de cadeira de rodas Prescrição adequada ao nível neurológico Técnicas para alívio de pressão Treino de marcha Profa Luciana Mª de M. M. Soares C4 - Cadeira de rodas motorizada - Dependente para desempenho de AVD e transferências - Ortostatismo em prancha C5 - Cadeira de rodas motorizada - Semi-dependente para desempenho de AVD (adaptações) - Dependente para as transferências - Ortostatismo (stand-in table ou PO). Profa Luciana Mª de M. M. Soares Profa Luciana Mª de M. M. Soares C6 - Cadeira de rodas - Semi-independente nas AVD (adaptações) e transferências - Ortostatismo (stand-in table ou PO). C7- C8 - Cadeira de rodas - Independente nas AVD (adaptações) e transferências (com tábua) - Ortostatismo em ‘stand-in table’ Profa Luciana Mª de M. M. Soares T1-T10 - Cadeira de rodas - Independente nas AVD e transferências - Dirige carro adaptado - Órtese longa com cinto= ortostatismo Profa Luciana Mª de M. M. Soares T10 -T12 - Órtese longa com cinto + muletas marcha pouco funcional L1-L2 - Órtese longa com apoio isquiático + muletas marcha para curtas e médias distâncias Profa Luciana Mª de M. M. Soares L3-L4 - Órtese curta bilateral + muletas marcha funcional L5 - Marcha sem órteses, com muleta ou bengala em ambiente externo Profa Luciana Mª de M. M. Soares Transferências; Treino de AVD; Treino de cadeira de rodas; Prescrição adequada ao nível neurológico; Tocar a cadeira; Empinar a cadeira (paraplégico); Técnicas para alívio de pressão; Treino de marcha. Profa Luciana Mª de M. M. Soares Profa Luciana Mª de M. M. Soares Fonte: http://www.hc.ufpr.br/files/folder_transferencia_de_pacientes_com_cadeira_de_rodas.pdf Profa Luciana Mª de M. M. Soares Profa Luciana Mª de M. M. Soares Rolamento Decúbito ventral apoiado nos cotovelos Decúbito ventral sobre as mãos Decúbito dorsal sobre os cotovelos Push-ups Sentado (push-ups) Posição de quadrúpede Posição ajoelhada e semi-ajoelhada Postura bípede Profa Luciana Mª de M. M. Soares Profa Luciana Mª de M. M. Soares “APRENDI QUE MEDICINA SE FAZ COM MUITA ALEGRIA E QUE PESSOAS COMO VOCÊS CURAM POR DENTRO E POR FORA” (Paciente-amigo em atendimento na clínica escola) ATRICE, M.B.; MORRISON, S.A.; MCDOWELL, S.L.; SHANDALOV, B. Lesão medular traumática. In: UMPHERD, D.A. Reabilitação neurológica. 4 ed. Barueri: Manole, 2004. CARRIÈRRE, B. O tratamento do assoalho pélvico na incontinência e outras disfunções urinárias em homens e mulheres. In: In: UMPHERD, D.A. Reabilitação neurológica. 4 ed. Barueri: Manole, 2004. MANDIGO, C.E.; KAISER, M.G.; ANGEVINE, P.D. Traumatismos raquimedulares. In: ROWLAND, L.P.; PEDLEY, T.A. Merrit – tratado de neurologia. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. REDE SARAH HOSPITAIS DE REABILITAÇÃO. Lesão medular. Disponível em: http://www.sarah.br/. Acesso: 13 de setembro 2012. SCHMITZ, T.M. Lesão medular traumática. In: O’SULLIVAN, S.B.; SCHMITZ; T.J. Fisioterapia – avaliação e tratamento. 5 ed. Rio de Janeiro: Manole, 2010. Profa Luciana Mª de M. M. Soares
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