Buscar

RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS CAUSADOS POR EMPRESAS DE TELECOMUNICAÇÕES

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 10
RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS CAUSADOS POR EMPRESAS DE TELECOMUNICAÇÕES
Nesta aula, examinaremos as normas pertinentes a um segmento técnico imprescindível e de íntima relação como nossas vidas: As telecomunicações. É impossível a vida atual sem os nossos equipamentos, que variam desde o aparelho celular até a TV.
Todos correlacionados a diversos serviços:
• Telefonia móvel;
• Internet;
• TV por assinatura.
Obviamente, não nos limitamos a esses normativos, pois foram elencados por terem uma intervenção maior em nossas vidas como consumidores.
A ANATEL: 
GENERALIDADES
As agências reguladoras foram criadas para fiscalizar a prestação de serviços públicos praticados pela iniciativa privada. Além de controlar a qualidade na prestação do serviço, estabelecem regras para o setor. Além disso, devem garantir a participação do consumidor nas decisões pertinentes do setor regulado.
Elas são criadas por leis e, entre AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DE UMA AGÊNCIA REGULADORA, estão:
Elaboração de normas disciplinadoras para o setor regulado:
• Fiscalização dessas normas
• Defesa de direitos do consumidor
• Gestão de contratos de concessão de serviços públicos delegados
• Incentivo à concorrência, minimizando os efeitos dos monopólios naturais e desenvolvendo mecanismos de suporte à concorrência
Atenção
É preciso entender que as agências reguladoras não solucionam um caso individual como fazem os Procons, por exemplo. Por outro lado, as denúncias feitas para essas agências são essenciais para tornar o problema conhecido e melhorar a qualidade dos serviços.
Realizadas as reclamações, processos administrativos são instaurados e, dependendo do caso, a empresa poderá ser multada ou sofrer sanções administrativas, como a suspensão temporária do fornecimento do serviço.
Também tem a capacidade de expedir normas operacionais e de serviço, como forma de regulamentar a atividade econômica fiscalizada, adaptando-se ao ritmo de desenvolvimento tecnológico e ao crescente atendimento das demandas dos consumidores.
Sendo assim, temos a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), criada em 1997, que promove o desenvolvimento das telecomunicações no país. A ANATEL tem independência administrativa e financeira e não está subordinada a nenhum órgão de governo.
A Anatel tem poderes de outorga, regulamentação e fiscalização e deve adotar medidas necessárias para atender ao interesse do cidadão no setor de telecomunicações.
A APLICABILIDADE DAS NORMAS DA ANATEL RELATIVOS ÀS RELAÇÕES DE CONSUMO:
O artigo 7º da Lei 8.078 de 1990 gera uma relação de permeabilidade com as demais fontes do direito que guardam pertinência com a proteção e defesa do consumidor. É previsão legal aberta do sistema consumerista que faz com que o microssistema consumerista seja constantemente atualizado e pormenorizado em decorrência da integração com outras fontes complementares dos direitos do consumidor.
Destacamos que a primeira linha de defesa e proteção do consumidor é a Lei 8.078 de 1990. Entretanto, isso não impede, desde que seja mais benéfica ao consumidor, o emprego de fontes complementares.
Eis sua reprodução: 
Lei 8.078 de 1990:
Art. 7 - Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e equidade.
Passemos a uma singela análise exemplificativa:
Art. 7: Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de (...) regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes...
Atenção:
In casu, por força Da Lei 9.472 de 1997 (organização dos serviços de telecomunicações), art. 8º combinado com o Decreto nº 2.338, de 7 de outubro de 1997, especialmente no seu anexo II, foi aprovado o Regulamento da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL.
A Lei n° 9.472, de 16 de julho de 1997, em seu artigo 19, define as competências da ANATEL, a saber:
Art. 19. À Agência compete adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para o desenvolvimento das telecomunicações brasileiras, atuando com independência, imparcialidade, legalidade, impessoalidade e publicidade, e especialmente:
I - implementar, em sua esfera de atribuições, a política nacional de telecomunicações;
IV - expedir normas quanto à outorga, prestação e fruição dos serviços de telecomunicações no regime público;
VI - celebrar e gerenciar contratos de concessão e fiscalizar a prestação do serviço no regime público, aplicando sanções e realizando intervenções;
X - expedir normas sobre prestação de serviços de telecomunicações no regime privado;
XI - expedir e extinguir autorização para prestação de serviço no regime privado, fiscalizando e aplicando sanções;
XII - expedir normas e padrões a serem cumpridos pelas prestadoras de serviços de telecomunicações quanto aos equipamentos que utilizarem;
XIII - expedir ou reconhecer a certificação de produtos, observados os padrões e normas por ela estabelecidos;
XIV - expedir normas e padrões que assegurem a compatibilidade, a operação integrada e a interconexão entre as redes, abrangendo inclusive os equipamentos terminais;
XV - realizar busca e apreensão de bens no âmbito de sua competência;
XVI - deliberar na esfera administrativa quanto à interpretação da legislação de telecomunicações e sobre os casos omissos;
XVII - compor administrativamente conflitos de interesses entre prestadoras de serviço de telecomunicações;
XVIII - reprimir infrações dos direitos dos usuários;
XIX - exercer, relativamente às telecomunicações, as competências legais em matéria de controle, prevenção e repressão das infrações da ordem econômica, ressalvadas as pertencentes ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
Sendo assim, a ANATEL é a entidade que tem a legitimidade e capacidade técnica de melhor regulação pertinente às telecomunicações.
Principais normativos
Como função típica de regular o extenso mercado de telecomunicações, considerando o objeto de nossas aulas, nos limitamos às normas pertinentes as relações de consumo.
Para tanto, por mera amostragem, apresentamos as seguintes normas:
RESOLUÇÃO ANATEL N 477/2007 -SMP SERVIÇO MOVEL PESSOAL
RESOLUÇÃO ANATEL N614/13 – SCM – SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO MULTIMIDIA
RESOLUÇÃO ANATEL N 488/07 -STA SERVIÇO DE TV ANALOGICA
A seguir, detalhes acerca das normas apresentadas:
Resolução ANATEL nº 477 de 2007 – SMP - Serviço Móvel Pessoal
Discriminamos alguns direitos pertinentes a este normativo:
Art. 3º Para fins deste Regulamento, aplicam-se as seguintes definições:
XV - Estação Móvel: estação de telecomunicações do SMP que pode operar quando em movimento ou estacionada em lugar não especificado;
XX - Portabilidade de Código de Acesso: facilidade que possibilita ao usuário de serviço de telecomunicações manter o Código de Acesso a ele designado, independentemente de prestadora de serviço de telecomunicações ou de Área de Prestação do serviço;
XXX - Usuário: pessoa natural ou jurídica que se utiliza do SMP, independentemente de contrato de prestação de serviço ou inscrição junto à prestadora.
DEFINIÇÃO DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS:
Art. 6º Respeitadas as disposições constantes deste Regulamento bem como as disposições constantes do Termo de Autorização, os Usuários do SMP têm direito a:
I - liberdade de escolha de sua prestadora;
V - conhecimento prévio de toda e qualquer alteração nas condições de prestação do serviço que lhe atinja;
VI – obter, mediante solicitação, a suspensão do serviço prestado;
X - resposta eficiente e pronta, pela prestadora, às suas reclamações, solicitações de serviços, pedidos de informação, consultas e correspondências;
XII - reparação pelos danos causados pela violação dos seus direitos;
XXIII - transferência de titularidade de seu Contrato de Prestaçãodo SMP;
APLICAÇÃO DO CPDC:
Art. 9º Os direitos e deveres previstos neste Regulamento não excluem outros previstos na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, na regulamentação aplicável e nos contratos de prestação firmados com os Usuários do SMP.
Resolução ANATEL nº 614 de 2013 - SCM - Serviço de Comunicação Multimídia
Discriminamos alguns direitos pertinentes a este normativo:
Art. 4º Para os fins deste Regulamento, aplicam-se as seguintes definições:
I - Acesso em Serviço: acesso que está ativado e prestando serviço ao usuário;
II - Área de Prestação de Serviço: área geográfica de âmbito nacional onde o SCM pode ser explorado conforme condições preestabelecidas pela Anatel;
III - Assinante: pessoa natural ou jurídica que possui vínculo contratual com a Prestadora para fruição do SCM;
IV - Centro de Atendimento: órgão da Prestadora de SCM responsável por recebimento de reclamações, solicitações de informações e de serviços ou de atendimento ao Assinante;
V - Conexão à Internet: habilitação de um terminal para envio e recebimento de pacotes de dados pela Internet, mediante a atribuição ou autenticação de um endereço IP;
VII - Informação Multimídia: sinais de áudio, vídeo, dados, voz e outros sons, imagens, textos e outras informações de qualquer natureza.
XII - Plano de Serviço: documento que descreve as condições de prestação do serviço quanto às suas características, ao seu acesso, manutenção do direito de uso, utilização e serviços eventuais e suplementares a ele inerentes, preços associados, seus valores e as regras e critérios de sua aplicação;
XIII - Prestadora: pessoa jurídica que mediante autorização presta o SCM;
XIX - Setor de Atendimento: estabelecimento que pode ser mantido pela Prestadora, no qual o Assinante tem acesso ao atendimento presencial prestado por pessoa devidamente qualificada para receber, orientar, esclarecer e solucionar qualquer solicitação efetuada;
XXI - Velocidade: capacidade de transmissão da informação multimídia expressa em bits por segundo (bps), medida conforme critérios estabelecidos em regulamentação específica.
CONTRATO:
Art. 39. Deve constar do contrato de prestação do serviço com o Assinante:
I - a descrição do seu objeto;
II - os direitos e obrigações da Prestadora, constantes do Capítulo III deste Título;
III - os direitos e deveres dos Assinantes, constantes do Capítulo V deste Título;
IV - os encargos moratórios aplicáveis ao Assinante;
V - a descrição do sistema de atendimento ao Assinante e o modo de proceder em caso de solicitações ou reclamações;
VI - o número do Centro de Atendimento da Prestadora, a indicação dos endereços para atendimento por correspondência e por meio eletrônico, e os endereços dos Setores de Atendimento da Prestadora, quando existirem, ou a indicação de como o Assinante pode obtê-los; 
VII - as hipóteses de rescisão do Contrato de Prestação do SCM e de suspensão dos serviços a pedido ou por inadimplência do Assinante;
VIII - a descrição do procedimento de contestação de débitos;
IX - os critérios para reajuste de preços, cuja periodicidade não pode ser inferior a doze meses, a menos que a lei venha regular a matéria de modo diverso;
X - os prazos para instalação e reparo.
Resolução ANATEL nº 488 de 2007 - STA - Serviço de TV por Assinatura
Discriminamos alguns direitos pertinentes a este normativo:
Art. 2º Para fins deste Regulamento são adotadas as seguintes definições:
II - Assinante: pessoa natural ou jurídica que firma contrato com a Prestadora para fruição do serviço;
III - Assinatura: valor pago periodicamente pelo Plano de Serviço contratado;
IX - Ponto-Principal: primeiro ponto de acesso à programação contratada com a Prestadora instalado no endereço do Assinante;
X - Ponto-Extra: ponto adicional ao ponto principal, de acesso à programação contratada, ativado no mesmo endereço do ponto principal do Assinante;
XI - Ponto-de-Extensão: ponto adicional ao ponto principal, de acesso à programação contratada, ativado no mesmo endereço do Ponto-Principal do Assinante, que reproduz, integral e simultaneamente, sem qualquer alteração, o canal sintonizado no Ponto-Principal ou no Ponto-Extra.
DOS DIREITOS DOS ASSINANTES:
Art. 3º São direitos do Assinante:
I - acesso aos serviços de televisão por assinatura, com padrões de qualidade e regularidade adequados à sua natureza em sua Área de Prestação de Serviço, conforme condições ofertadas ou contratadas; 
II - liberdade de escolha de sua Prestadora e do Plano de Serviço;
III - não discriminação quanto às condições de acesso e fruição do serviço, desde que presentes as condições técnicas necessárias, observado o disposto na regulamentação vigente;
IV - prévio conhecimento das condições de contratação, prestação, fidelização e suspensão dos serviços, especialmente, dos preços cobrados, bem como a periodicidade e o índice aplicável, em caso de reajuste;
VI - não suspensão do serviço sem sua solicitação, salvo por débito diretamente decorrente de sua utilização ou por descumprimento de condições contratuais;
VII - respeito à sua privacidade nos documentos de cobrança e na utilização de seus dados pessoais pelas Prestadoras do serviço;
VIII - obtenção de resposta às solicitações de informações e às reclamações apresentadas junto às Prestadoras do serviço, podendo o Assinante exigir que a resposta seja dada por escrito;
X - reparação dos danos causados pela violação de seus direitos;
XI - adequada prestação do serviço que satisfaça às condições de regularidade, respeito no atendimento, cumprimento de normas e prazos procedimentais;
XIII - restabelecimento da prestação dos serviços:
a) em até 48 (quarenta e oito) horas, contadas a partir da quitação dos débitos pendentes; ou 
b) em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir da comprovação da quitação ou de erro de cobrança nos termos da legislação vigente.
XXI - devolução, em dinheiro, das quantias pagas em decorrência de cobrança indevida, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido dos mesmos encargos aplicados pela prestadora aos valores pagos em atraso;
DAS INTERRUPÇÕES DO SERVIÇO E DAS QUEDAS DO SINAL:
Art. 6º O Assinante que tiver o serviço interrompido, por tempo superior a 30 (trinta) minutos, deve ser compensado pela Prestadora, por meio de abatimento ou ressarcimento, em valor proporcional ao da Assinatura, correspondente ao período de interrupção.
§ 1º No caso de programas pagos individualmente, a compensação será feita pelo seu valor integral, independente do período de interrupção.
§ 2º A duração da interrupção de que trata o caput, o valor e a forma de compensação devem:
I – constar no documento de cobrança do mês em que se der a interrupção se esta ocorrer antes da sua emissão; ou
II – constar do documento de cobrança do mês subsequente em que se der a interrupção se esta ocorreu após a emissão deste.
Art. 7º As manutenções preventivas, ampliações da rede ou quaisquer alterações no sistema, que provocarem queda da qualidade dos sinais transmitidos ou a Interrupção do Serviço oferecido pelas Prestadoras, deverão ser realizadas, preferencialmente, em dias úteis e comunicadas aos Assinantes potencialmente afetados, informando a data e a duração da interrupção, com antecedência mínima de 3 (três) dias.
DA SUSPENSÃO DO SERVIÇO A PEDIDO DO ASSINANTE:
Art. 12. O Assinante que estiver adimplente pode requerer à Prestadora, sem ônus, a suspensão do serviço contratado, uma única vez, a cada período de 12 (doze) meses, pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias e o máximo de 120 (cento e vinte) dias, mantendo a possibilidade de restabelecimento, sem ônus, da prestação do serviço contratado no mesmo endereço.
Parágrafo único. A prestadora tem o prazo de 24 (vinte e quatro) horas para atender à solicitação a que se refere este artigo.
Questão 1:
Sobre a contratação de serviços de telecomunicações, com base nos postulados legais e entendimentos jurisprudenciais, analise os itens a seguir e assinale a opção incorreta:
RESPOSTA: Não há que sefalar em relação jurídica consumerista, no que se refere à prestação de serviço de telecomunicações, uma vez que se trata de natureza constitucional, devendo o Estado promover tal atividade, podendo, entretanto, delegá-la para outrem.

Outros materiais