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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO Á DISTANCIA
POLO DE CRISTALINA - GO
PEDAGOGIA
ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA EM EDUCAÇÃO INFANTIL
 BRINQUEDOTECA E O ELEMENTO LÚDICO
DIDÁTICA DE CONTAR HISTÓRIAS
LITERATURA INFANTO JUVENIL
MULTIMEIOS APLICADOS À EDUCAÇÃO
CAMILA ALVES DOS SANTOS R.A 2810803213
CLÁUDIA KARIELLE DA SILVA R.A 1661121022
 DANIELLE DOS SANTOS 	OLIVEIRA R.A 1709134601
 FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
TUTOR: GISELE FERREIRA BRITO AGUIAR 
CRISTALINA- GO
NOVEMBRO/2016
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO Á DISTANCIA
POLO DE CRISTALINA - GO
PEDAGOGIA
ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA EM EDUCAÇÃO INFANTIL
 BRINQUEDOTECA E O ELEMENTO LÚDICO
DIDÁTICA DE CONTAR HISTÓRIAS
LITERATURA INFANTO JUVENIL
MULTIMEIOS APLICADOS À EDUCAÇÃO
CAMILA ALVES DOS SANTOS R.A 2810803213
CLÁUDIA KARIELLE DA SILVA R.A 1661121022
 DANIELLE DOS SANTOS 	OLIVEIRA R.A 1709134601
 FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
TUTOR:GISELE FERREIRA BRITO AGUIAR 
Trabalho apresentado ao curso de Pedagogia do Polo de Cristalina da Universidade Anhanguera - UNIDERP, como requisito parcial para a obtenção de nota nas disciplinas de Organização e metodologia em educação infantil, Brinquedoteca e o Elemento Lúdico, didática de contar histórias, Literatura infanto-juvenil e Multimeios aplicados a Educação, sob orientação da Professora Gisele Ferreira Brito Aguiar.
CRISTALINA- GO
NOVEMBRO/ 2016
INTRODUÇÃO
 O presente trabalho, logo de início faz uma análise das ideias de Jean Piaget sobre as fases do desenvolvimento infantil, levando –nos a entender melhor como as crianças se desenvolvem e como as mesmas reagem quando por cada fase.
Piaget, diz que a criança passa por quatro períodos no processo de desenvolvimento cognitivo. São eles: Período sensório-motor , que vai de 0 a 2 anos de idade, período pré-operatório que vai de 2 a 7 anos de idade, período das operações concretas, que vai de 7 a 11/12 anos de idade, período das operações formais, que vai dos 12 anos em adiante. 
Nesse estudo, veremos também a importância do lúdico na educação infantil, e o quanto é importante trabalhar com materiais concretos para bom desenvolvimento da criança, bem como veremos os conceitos de brincar e de brincadeira.
Contar história é uma das atividades que fascinam as crianças, nessa pesquisa, estudaremos maneiras de trabalhar contação de histórias para crianças, e a influência que essa atividade exerce no processo ensino- aprendizagem. E finalmente esse trabalho apresentará um plano de ação visando a implantação de uma brinquedoteca para um Centro de Educação Infantil e levará a uma profunda reflexão sobre a importância da tecnologia e da literatura para o bom desenvolvimento cognitivo e motor de cada criança.
Fases do Desenvolvimento segundo Jean Piaget
De acordo com Jean Piaget, o indivíduo (a criança) aprende construindo e reconstruindo o seu pensamento, através da assimilação e acomodação das suas estruturas. Esta construção do pensamento, Piaget chamou de estágios: Estágio sensório – motor, Estágio Simbólico e Estágio Conceptual.
Segundo Piaget no Estágio sensório-motor, que vai do zero até os 2 anos de idade, é onde se inicia o desenvolvimento das coordenações motoras, a criança aprende a diferenciar os objetos do próprio corpo e os pensamentos das crianças está vinculado ao concreto.
Já no Estágio simbólico, que é dos 2 até por volta dos 7 anos, o pensamento da criança está centrado nela mesma, é um pensamento egocêntrico. E é nesta fase que se apresenta a linguagem, como socialização da criança, que se dá através da fala, dos desenhos e das dramatizações.
No Estágio Conceptual, que é dos 7 até por volta dos 11, a criança continua bastante egocêntrica, ainda tem dificuldade de se colocar no lugar do outro. E a predominância do pensamento está vinculado nas acomodações do que as assimilações.
No último Estágio que é o das Operações Formais que vai por volta dos 11 anos até a vida adulta, é uma fase de transição, de criar ideias e hipóteses do pensamento. A linguagem tem um papel fundamental para se comunicar.
Piaget, embora não tendo sido um educador, contribuiu muito para a discussão de questões relativas ao desenvolvimento do raciocínio do homem. Os estudos sobre a Teoria Construtivista começaram com Piaget (1896-1980), que foi um biólogo com preocupações eminentemente epistemológicas (Teoria do Conhecimento), numa perspectiva interdisciplinar.
Piaget, entendendo ser praticamente impossível remontar aos primórdios da humanidade e compreender qual foi, efetivamente, o processo de desenvolvimento cognitivo desde o homem primitivo até os dias atuais , voltou-se para o desenvolvimento da espécie humana, do nascimento até a idade adulta.
Assim se explica o fato de que, para conhecer como o sujeito epistêmico (sujeito que conhece) constrói conhecimento, tenha recorrido à Psicologia como campo de pesquisa. Ao elaborar a Teoria Psicogenética, procurou mostrar quais as mudanças qualitativas por que passa a criança, desde o estágio inicial de uma inteligência prática (período sensório-motor), até o pensamento formal, lógico-dedutivo, a partir da adolescência. Segundo Piaget, o conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado desde o nascimento nem como resultado do simples registro de percepções e informações (empirismo). Resulta das ações e interações do sujeito com o ambiente onde vive. Todo o conhecimento é uma construção que vai sendo elaborada desde a infância, através de interações do sujeito com os objetos que procura conhecer, sejam eles do mundo físico ou cultural.
Segundo Piaget pode –se classificar Resumidamente as fases do desenvolvimento da seguinte maneira:
Período Sensório-Motor (0 a 2 anos)
- Aprendizagem da coordenação motora elementar
- Aquisição da linguagem até a construção de frases simples
- Desenvolvimento da percepção
- Noção de permanência do objeto
- Preferências afetivas
- Início da compreensão de regras
Período Pré-Operatório (2 a 7 anos)
- Domínio da linguagem
- Animismo, finalismo e antropocentrismo/egocentrismo, isto é, os objetos são percebidos como tendo intenções de afetar a vida da criança e dos outros seres humanos.
- Brincadeiras individualizadas, limitação em se colocar no lugar dos outros
- Possibilidade da moral da obediência, isto é, que o certo e o errado é aquilo que dizem os adultos.
- Coordenação motora fina.
Período das Operações Concretas (7 a 11 ou 12 anos)
- Início da capacidade de utilizar a lógica
- Número, conservação de massa e noção de volume
- Operações matemáticas, gramática, capacidade de compreender e se lembrar de fatos históricos e geográficos
- Auto-análise, possibilidade de compreensão dos próprios erros
- Planejamento das ações
- Compreensão do ponto-de-vista e necessidades dos outros
- Coordenação de atividades, jogos em equipe, formação de turmas de amigos (no início de ambos os sexos, no fim do período mais concentrada no mesmo sexo).
- Julgamento moral próprio que considera as intenções e não só o resultado (por exemplo perdoar se foi “sem querer”). Menos peso à opinião dos adultos.
Período das Operações Formais (11-12 anos em adiante)
- Abstração matemática (x, raiz quadrada, infinito)
- Formação de conceitos abstratos (liberdade, justiça)
- Criatividade para trabalhar com hipóteses impossíveis ou irreais (se não existe gravidade, como funcionaria o elevador? Se as pessoas não fossem tão egoístas, não precisaria de polícia.). Possibilidade de dedicação para transformar o mundo.
- Reflexão existencial (Quem sou eu? O que eu quero da minha vida?)
- Crítica dos valores morais e sociais
- Moral própria baseada na moral do grupo de amigos
- Experiência de coisas novas, estimuladas pelo grupo de amigos
- Desenvolvimento da sexualidade.
A importância do Brincar
Ao longo da história o brincar tem despertado o interesse de educadores, mas apenas no Romantismo ele ganha importância e passa aser observado e estudado de forma sistemática. Em geral há uma concordância entre os vários autores, de que o brincar é fundamental para o desenvolvimento da criança e que, quando este não ocorre é sinal de que algo não vai bem. O brincar ocupa o tempo em que a criança não está em atividades de subsistência, alimentando-se ou dormindo, não estando cansada ou doente. 
Ao brincar a criança cria e recria o mundo à sua maneira, os jogos realizados em ambiente familiar e sem a presença de pressões oferecem oportunidade de descoberta de  regras sociais e aquisição de linguagem. Ao jogar a criança não está interessada nos resultados, mas sim na solução de problemas. A mediação de um adulto é considerada positiva, pois, esta supervisão ajuda na tomada de decisões, a supervisão seria um sistema de trocas interativas que possibilitaria à criança a aquisição de um sistema de signos, fundamental para a tomada de decisão. Jogo é coisa séria, é através dele que a criança se prepara para a vida adulta, a criança não tem consciência do treinamento que o jogo realiza, no seu mundo lúdico ela tem consciência do papel de adulto que desempenha, ela se sente crescer com suas conquistas lúdicas. Para ela o brincar representa o que o trabalhar representa para o adulto.
O interesse pela brincadeira das crianças não é algo recente em nossa história. Na verdade, o brincar foi se tornando reconhecido e se legitimando como a principal atividade das crianças ao longo da história. 
O brincar é fundamental para o desenvolvimento infantil. O brincar é um jogar com ideias, sentimentos, pessoas, situações e objetos em que as regulações e os objetivos não estão necessariamente pré-determinados. Na brincadeira diverte-se, passa-se um tempo, faz-se de conta. A brincadeira é uma necessidade da criança. O brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade, já o jogo explicitamente ou implicitamente determina o desempenho de certas habilidades definidas por uma estrutura pré-determinada no objeto em si e em suas regras. Para a autora a brincadeira é a ação que a criança desempenha ao realizar as regras do jogo, ao ir fundo, ao se envolver completamente na ação lúdica. É o lúdico em ação. Assim, o brinquedo e a brincadeira se relacionam estreitamente com a criança e não se confundem com o jogo. 
Quando a mãe brinca de esconder o rosto, a criança engaja-se na brincadeira e compreende as regras que integram a sequência de ações e verbalizações, com a repetição da brincadeira juntamente com a participação de um adulto, a criança descobre a regra, ou seja, a sequência de ações que compõem a modalidade da brincadeira e não só a repete, mas toma a iniciativa, altera sua sequência ou introduz novos elementos. Assim ela demonstra ter domínio das regras da brincadeira além de uma boa capacidade criativa. É relevante destacar que é na brincadeira interativa que a ação comunicativa entre a mãe e o filho dá o significado aos gestos e permite à criança decodificar contextos e aprender a falar. Percebemos então que as brincadeiras interativas contribuem tanto para o desenvolvimento cognitivo como para o aprendizado das frases que fazem parte da brincadeira. A mediação de um adulto é positiva para que, quando necessário o supervisor possa auxiliar a criança a solucionar problemas. O autor entende a supervisão como um sistema de trocas interativas, onde o adulto possibilita aquisição de um sistema de signos, como a linguagem, fundamentais para tomada de decisão. 
A infância é a aprendizagem necessária à idade adulta. Brincar de mãe e filha é treinar no plano imaginário para a realização concreta no futuro. Assim podemos dizer que o mundo do jogo é uma antecipação do mundo das ocupações sérias. o jogo prepara para a vida séria. Portanto o jogo é o meio pelo qual se chega à vida séria, como um projeto de vida. 
É na brincadeira de faz de conta que se percebe com mais evidência a presença da situação imaginária. A brincadeira sócio dramática surge com o aparecimento da representação e da linguagem por volta dos dois e três anos quando a criança começa a alterar o significado dos objetos, dos eventos, a expressar seus sonhos e fantasias e assumir papéis presentes no seu contexto social, o faz de conta permite tanto a entrada no imaginário como a expressão de regras implícitas que se manifestam nos temas das brincadeiras. A brincadeira livre contribui para libertar a criança de qualquer pressão. Entretanto é a orientação, a mediação com adultos, que dará forma aos conteúdos intuitivos, transformando-os em ideais lógico-científicos, características dos processos educativos.
As brincadeiras de faz de conta têm mais efeitos positivos no desenvolvimento da criança quando há imagens mentais para subsidiar a trama. Crianças que brincam aprendem a decodificar o pensamento daquelas que brincam com elas por meio da meta-cognição que é o processo de substituição de significados típicos de processos simbólicos. É essa perspectiva que permite o desenvolvimento cognitivo. a escolha por brincar de faz de conta vem de dentro da criança. São praticadas espontaneamente em todas as culturas, mas não são ensinadas formalmente. No faz de conta a criança usa deliberadamente o nome de um objeto para se referir a outro que lembra o primeiro, de alguma forma. Como por exemplo ao usar uma banana  como sendo um telefone. A criança também pode fingir que é outra pessoa, que um amigo também é outra pessoa e que as duas estão interagindo. A isso chamamos também de brinquedo sócio dramático, onde percebemos a capacidade em diferenciar o self dos outros, em assumir as perspectivas do outro, em experimentar papéis sociais e em interagir socialmente com os outros, quando a criança brinca, ela assimila o mundo à sua maneira, sem que ele tenha correspondência com a realidade, pois a sua interação com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui. O desenvolvimento do faz de conta consiste, em parte, em retirar as rotinas comportamentais e os objetos de seus contextos situacionais e motivacionais costumeiros da vida real e usá-los de forma lúdica. 
Para Piaget o jogo simbólico, inicialmente é solitário e vai evoluindo para o jogo sócio dramático, isto é, para a representação de papéis como, por exemplo, quando a criança brinca de casinha. Assim, o jogo simbólico implica a representação de um objeto por outro. Após tantas reflexões sobre a importância do brincar, pode se afirmar que o brincar é algo necessário ao desenvolvimento da criança, é algo natural, sua mãe é seu primeiro brinquedo, é através do brinquedo que a criança aprende e se desenvolve.
“Brincar” e “Brincadeira”
O fenômeno da brincadeira infantil é complexo e está presente em todas as culturas, cada qual com suas especificidades. Nesse sentido, a cultura lúdica é um importante fator na determinação das brincadeiras. A brinquedoteca é um espaço que valoriza um aspecto fundamental do cotidiano infantil e constitui-se como um espaço privilegiado para a produção de conhecimento sobre a infância e o desenvolvimento infantil. 
Definir conceitos como brincar e brincadeira não é uma tarefa fácil, no entanto, já existem características desses fenômenos sistematizadas que auxiliam na construção de uma definição. 
Brincar é um comportamento e não deve ser entendido apenas como uma resposta a um estímulo, mas como uma relação estabelecida com um contexto social, implicado dentro de um sistema cultural. Ao comportar-se, a criança está alterando o contexto e a si mesma. Assim, o comportamento de brincar precisa de um local para ocorrer, de certos estímulos anteriores e trará consequências a curto, médio e longo prazo para o sujeito que se comporta e para o ambiente em que o faz. Ao definir brincar e brincadeira, faz-se necessário compreendê-los dentro deste sistema de relações complexas em questão inseridos no dicionário comum, pode-se encontrar que brincar é definido como “divertir-se; gracejar” e brincadeira “divertimento, sobretudo entre crianças”.Essa característica divertida, prazerosa é apenas uma das características do brincar. No entanto, existem outras características, como aponta a literatura específica. Já a brincadeira como sendo “a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica”. a definição de brincadeira pode também ter o seguinte sentido: “o resultado da ação que a criança desempenha ao concretizar e/ou recriar suas regras, estabelecendo ou não relação com um objeto, ao entrar na ação lúdica.”. Significa que a brincadeira é uma atividade que resulta do comportamento de brincar, sendo necessária a constituição de uma situação imaginária/lúdica. 
As consequências do brincar são inúmeras para o desenvolvimento humano. A brincadeira é uma necessidade vital para os seres humanos, por meio da qual a criança constrói conhecimentos sobre a realidade em que está inserida. A criança pequena cresce como ser humano a partir da descoberta do seu corpo, dos sentidos que descobre ao brincar consigo mesma, ou seja, quando está descobrindo o seu próprio corpo, a criança pequena está desenvolvendo-se e construindo conhecimento sobre ela mesma. 
A brincadeira é um meio de aprendizado, de desenvolvimento da imaginação, da compreensão da realidade, do domínio de regras e da construção de uma situação imaginária, base para o pensamento abstrato adulto, a função da brincadeira para o desenvolvimento infantil são as possibilidades de interações sociais e as várias
 significações que a criança dá aos aspectos da realidade por meio do brincar. 
 Vale ressaltara importância da brincadeira imitativa e do contato com crianças mais velhas para a criança pequena apreender as regras sociais. Ou seja, ao imitar comportamentos de adultos enquanto brinca a criança está compreendendo como funciona a sociedade e pode aprender os mais variados hábitos e valores, dependendo do ambiente em que se encontra, incluindo nesse as crianças mais velhas e os adultos e o tipo de relação que estabelece com o mesmo. A brincadeira possui também a função biológica para o desenvolvimento cognitivo, especificamente da inteligência e também como um meio de socialização da criança. 
A brincadeira também pode ser uma importante fonte de comunicação, pela qual a criança exprime sentimentos como angústia, ansiedade, dor, alegria, agressividade, novas experiências e contatos sociais. Portanto, conclui-se que a brincadeira assume diversas funções para o desenvolvimento da criança. Pode-se afirmar que a função da brincadeira para a criança está em criar condições para o seu desenvolvimento integral (social, cognitivo, emocional, e psicomotor), partindo de objetos concretos, situações imaginárias e interações sociais, estabelecendo relações com o mundo e construindo conhecimento sobre ele e sobre si mesma. 
Brinquedoteca
Brinquedoteca é um espaço preparado para estimular a criança a brincar, que dá possibilidade de acesso a uma grande variedade de brinquedos, dentro de um ambiente especialmente lúdico. É um lugar onde tudo convida a explorar, a sentir, e a experimentar.
Quando uma criança entra na brinquedoteca deve ser tocada pela expressividade da decoração, porque a alegria e a magia devem ser palpáveis. Se o lugar não for encantador não será uma brinquedoteca. 
Sendo um ambiente para estimular a criatividade, deve ser preparado da forma criativa, com espaços que incentivem a brincadeira de “faz de conta”, a dramatização, a construção, a solução de problemas, a socialização e a vontade de inventar, um camarim com fantasias e maquiagem, os bichinhos, jogos de montar, local para os quebra-cabeças e os jogos. 
A brinquedoteca é um território onde são defendidos os direitos da criança á infância. Foi criada para a criança que não tem condições para brincar, que só trabalha ou estuda, que só vê televisão que precisa ter sucesso na escola, para a criança ansiosa de tanto jogar videogame, para aquela criança tratada como adulto em miniatura, em fim a brinquedoteca foi criada para as crianças que, em nome do progresso de nossa civilização, perderam o espaço e o tempo para brincar.
A brinquedoteca é um esforço no sentido de salvaguardar a infância nutrindo-a com elementos indispensáveis ao crescimento saudável da alma e da inteligência da criança. Não representa apenas oportunidade de acesso a brinquedos. Mas do que isso, expressa um filosofia de educação voltada para o respeito ao “eu” de criança e as potencialidades que precisam de espaço para se manifestar.
Plano de ação de criação de uma brinquedoteca
Para um Centro Municipal de Educação Infantil
Uma Brinquedoteca poderá iniciar-se com a aquisição de brinquedos educativos por exemplo. Esse tipo de empreendimento tem ganhado força pelo fato de que muitas escolas, empresas e mesmo clientes particulares tem apostado nesse tipo de investimento. 
A um tempo atrás a procura era somente por livros de educação infantil e com o tempo se estendeu para os brinquedos, jogos e agora até equipamentos para desenvolvimento das crianças.
Acreditamos que esse empreendimento tenha um crescimento maior com o tempo, pois hoje em dia as famílias não têm muito espaço para armazenar brinquedos em suas casas e com isso o papel da brinquedoteca é esse: Aluguel de brinquedos disponibilizando para levar para casa ou escola e com o sistema de devolução, ou brinquedotecas montadas onde disponibilizam de uma área em que as crianças podem permanecer sob a orientação de profissionais geralmente instaladas em grandes centros como shoppings, centro comerciais, supermercados e outros. Muitas empresas montam brinquedotecas para a integração família /trabalho gerando assim mais conforto. 
É importante salientar que brincadeiras ativam o cérebro da criança, desenvolvimento motor, criatividade, capacidade de concentração e socialização. Para a montagem de uma brinquedoteca é necessário:
Aquisição de brinquedos de qualidade;
Segurança;
Orientação pedagógica;
Higiene;
Ambiente arejado;
Área atrativa aos olhos das crianças com decoração de acordo;
Reposição de brinquedos com frequência de acordo com os estragos ocasionados pelo uso;
Renovação de brinquedos de tempos em tempos.
Justificativa
É de suma importância uma Brinquedoteca bem montada, pois, é a ampliação do conhecimento da criança ao mundo criando oportunidades de convívio e respeito ao próximo e aos brinquedos que não são seus, cuidando da mesma forma como se fossem seus. A brinquedoteca também surge como um espaço para o desenvolvimento de pesquisas e produção de conhecimento sobre a infância, sendo um espaço em que a criança pode brincar por si mesma. Dessa forma se faz necessário a criação desse espaço.
Não se pode negar a importância do brincar, dos brinquedos, dos jogos, para o desenvolvimento e a aprendizagem da criança. Através das brincadeiras a criança desenvolve sua coordenação motora, suas habilidades visuais e auditivas, seu raciocínio, sua criatividade e inteligência. É brincando, que se começa entender os limites, as regras, a conviver, a ganhar, a perder, a lidar com a separação, a crescer, a ter autonomia. Portanto o assunto é de grande seriedade, onde profissionais tais como psicólogos, educadores, pesquisadores apontam o brincar como algo indispensável para o completo atendimento das necessidades infantis. Tendo em mente essas informações se torna cada vez mais importante a implementação de uma biblioteca no ambiente escolar.
Objetivos
Os principais objetivos da brinquedoteca são: 
• Valorizar os brinquedos e as atividades lúdicas e criativas
• Possibilitar o acesso à variedade de brinquedos
• Emprestar brinquedos
• Estimular o desenvolvimento global das crianças
• Enriquecer as relações familiares
• Desenvolver hábitos de responsabilidade e trabalho
• Dar condições para que as crianças brinquem espontaneamente
• Despertar o interesse por uma nova forma de animação cultural que pode diminuir a distância entre as gerações.
• Criar um espaço de convivência que propicie interações espontâneas e desprovidasde preconceitos.
• Provocar um tipo de relacionamento que respeite as preferências das crianças e assegure seus direitos.
• Oferecer às crianças a oportunidade de experimentar os jogos antes de comprá-los
• Favorecer o encontro daqueles que apreciam as trocas afetivas, as brincadeiras e a convivência alegre e descontraída.
• Desvincular o valor lúdico do brinquedo do seu valor monetário ou afetivo, possibilitando à criança a aprendizagem de que não precisa possuir com exclusividade, pode usufruir partilhando com outros.
• Dar oportunidade as crianças de se relacionarem com adultos de forma agradável e prazerosa, livre do formalismo decorrente das situações estruturadas em escolas ou outro tipo de instituições. 
Ações a serem desenvolvidas e recursos utilizados
A brinquedoteca a ser montada terá uma área de 50 m2, recepção, salão principal, sala de brinquedos e livros, banheiro, copa e administração onde atuará as pessoas responsáveis pelo setor, pessoas essas que trabalhará para que o ambiente funcione como planejado e principalmente fazer com que os usos das tecnologias sejam aplicados de forma correta e eficaz.
Os brinquedos que farão parte do acervo da brinquedoteca são os apreciados pelas crianças são eles:
Consultório médico;
Bonecas de todos os tipos e tamanhos;
Instrumentos musicais;
Casinhas de bonecas com portas e janelas que abrem e fecham;
Cabanas e barracas;
Objetos que lembrem supermercados como carrinhos de compras e máquinas registradoras;
Objetos de casa;
Mamadeiras, roupinhas de bebê;
Lousa com giz;
Fantasias de princesas e outras fantasias;
Bichinhos de pelúcia;
Brinquedos pedagógicos de montar;
Quebra – Cabeças;
Fogão, geladeira, pia, comidas imitando a realidade;
Lap – Top, celulares e tudo que imita a realidade;
Ferramentas;
Fantoches e muitos outros;
Público-alvo: alunos de um Centro Municipal de Educação Infantil. 
Avaliação
O funcionamento da brinquedoteca consistia em levar cada turma uma hora por semana à sala da brinquedoteca, e observar o comportamento das crianças. Sempre monitorados por adultos e profissionais que observariam as mudanças de comportamento e as evoluções das crianças, o que foi possível perceber conflitos entre as crianças e também maneiras que elas mesmas encontram de solucioná-los e o próprio desenvolver da criança, nos mais diversos âmbitos. As brincadeiras coletivas, em grupos de três a quatro crianças, ajudaram a interagir melhor um com o outro, porém, há crianças que brincam sozinhas, a partir da observação dos profissionais que atuam na brinquedoteca e que observam esse tipo de comportamento, os mesmo traçarão metodologias para melhorar a interação e comportamento das crianças.
Espera –se que os resultados previstos com a montagem desse espaço, sejam muito positivo, e sejam alcançados todos os objetivos esperados e citados anteriormente.
Considerações Finais
Com a execução do presente trabalho, nota-se que o pedagogo representa atualmente um papel muito importante no desenvolvimento psicomotor na primeira infância e o quanto é fundamental o professor conhecer as fases de desenvolvimento das crianças, para atuar de forma correta e eficaz em sua atuação docente.
Outra consideração relevante a fazer, parte da execução dessa pesquisa que veio a somar muito em nossa futura prática pedagógica.
Nesse trabalho tivemos a oportunidade de conhecer mais sobre o lúdico e percebemos o quanto o mesmo pode influenciar para o desempenho da crianças em seus desenvolvimento no processo ensino aprendizagem. Vimos também como explorar uma brinquedoteca e como utilizar os recursos tecnológicos a favor de uma aprendizagem significativa. 
A referida pesquisa veio a somar de forma extremamente positiva tanto em nossa bagagem acadêmica quanto profissional, pois, a partir da mesma passamos a conhecer mais sobre diversos assuntos e sobre o tema em questão. 
Referências Bibliográficas
A importância do Brincar. Marcos Martins de Oliveira. Faculdade de Educação USP. Disponível em:< https://www.youtube.com/whatch?v=HpiqpDvj7-8 > 
ARIOLI, Tatiane Fernanda. O desenvolvimento Infantil e a importância da brincadeira de papeis sociais para o desenvolvimento psíquico da criança a partir dos estudos de Elkonin e Leontiev. Caderno de Pedagogia, Ano I, Vol. 1. Jan/Jull.2007. Disponível em: < http://www.cadernosdapedagogia.ufscar.br/index.php/cp/article/view/7/7> acesso 10abr.2016.
BASEIO, Maria Auxiliadora; CUNHA, Maria Zilda da. Tecnologias e Literatura para crianças. Literartes, São Paulo, p. 1-14,v.1.n.1,2012. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/literartes/article/view/47172/50903 > ; acesso em 10 abr 2016.
ESCOLAS públicas apostam na tecnologia dentro das salas de aula, disponível em < http://www.youtube.com.watch?v=U56apjVYR9w >; acesso em 10 abr 2016.
MEYLAN L. e Bovet P.. Educar para o Futuro. Trad. Rui B. Dias. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1974. 110 p.
PIAGET Jean- Fases do desenvolvimento, disponível em: < http://www.youtube.com.watch?v=EnRiaQDN2go > acesso em 10 abr 2016.
PIEGET JEAN. A Vida e o Pensamento do Ponto de Vista da Psicologia Experimental e da Epistemologia Genética. In.: Piaget. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

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