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fisioterapia em cirurgia

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Professor Guilherme Alves 2 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE FISIOTERAPIA EM 
CIRURGIA 
 
 
Prof Guilherme Alves 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Professor Guilherme Alves 2 2 
Nomenclaturas usadas em Cirurgias 
 
Os termos cirúrgicos são usados de acordo com o sufixo usado para 
determinar o procedimento cirúrgico. 
 
Exemplo: 
 
Otomia: abertura de uma cavidade 
Ostomia: manutenção de uma abertura 
Ectomia: retirada total ou parcial de um órgão 
Plastia: reconstrução de um órgão ou segmento 
 
 
Tipos de cirurgias 
 
- Laparotomia: Abertura da cavidade abdominal 
- Peritoneostomia: Manutenção da abertura da cavidade abdominal 
(ocorrerá quando o paciente apresentar peritonite fecal, pancreatite 
necrohemorrágica). 
- Nefrectomia: Retirada de um dos rins 
- Meniscectomia: Retirada dos meniscos 
- Esplenectomia: Retirada do baço 
- Colicistectomia: Retirada da vesícula biliar 
- Apendicectomia: Retirada do apêndice 
- Lobectomia: Retirada de um dos lobos do pulmão 
- Pneumectomia: Retirada de um dos pulmões 
- Mastectomia: Retirada total ou parcial da mama 
- Vulvectomia: Retirada da vulva 
- Histerectomia: Retirada total ou parcial do útero 
- Ovariectomia: Retirada dos ovários 
- OOforectomia: Retirada dos ovários masculinos 
- Colectomia: Retirada total ou parcial do intestino 
- Pneumoplastia Redutora: Correção do pulmão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Professor Guilherme Alves 2 3 
Cirurgias Cardíacas: 
 
 As cirurgias cardíacas, são abordagens de alta complexidade pois 
são métodos invasivos que podem acarretar complicações graves 
corroborando com um alto índice de morbidade e mortalidade em 
pacientes submetidos a estes procedimentos. 
 
Principais cardiopatias com tratamento cirúrgico: 
 
1- Cardiopatias congênitas: 
a- Defeito do septo ventricular com regurgitação aórtica 
b- Persistência do canal arterial 
c- Persistência do canal atrioventricular 
d- Comunicação interventricular 
 
2- Cardiopatias acianóticas com obstrução da via de saída do 
ventrículo esquerdo: 
a- Estenose aórtica 
b- Coarctação da aorta 
 
3- Cardiopatias acianóticas com obstrução da via de saída do 
ventrículo direito: 
a- Estenose pulmonar 
 
4- Cardiopatias congênitas cianóticas com diminuição da circulação 
pulmonar: 
a- Tetralogia de Fallot 
b- Atresia de Tricúspide 
 
5- Valvulopatias adquiridas: 
 
a- Estenose mitral 
b- Insuficiência mitral 
c- Estenose aórtica 
d- Insuficiência aórtica 
e- Estenose tricúspide pura 
f- Estenose combinada com insuficiência tricúspide 
g- Insuficiência tricúspide 
 
6- Cardiopatias isquêmicas: 
 
a- Sem angina de peito 
b- Com angina de peito; angina estável e angina instável 
 
7- Infarto do miocárdio 
 
 Professor Guilherme Alves 2 4 
8- Aneurisma 
 
a- Aneurisma de aorta ascendente 
b- Aneurisma de aorta descendente 
c- Aneurisma de arco aórtico 
 
9- Estimulação cardíaca artificial (marca passo): 
 
a- Bloqueio cardíaco congênito 
b- Bloqueio cardíaco iatrogênico 
c- Bloqueio cardíaco isquêmico 
 
Cirurgias cardíacas mais comuns: 
 
- Revascularização do miocárdio (safena e artéria mamária) 
- Prótese e plástica valvulares 
- Cardiopatias congênitas 
- Implante de marca passo 
 
 
Principais etapas de uma cirurgia cardíaca: 
 
1- Antiassepsia e assepsia do local da incisão 
2- Ressecção dos tecidos: epitelial, subcutâneo, muscular e ósseo (este 
no caso de esternotomia) 
3- Entrada em circulação extracorpórea (CEC), clampagem da aorta 
(anóxia) e cardioplegia (esta etapa não ocorre em todas as cirurgias 
cardíacas) 
4- Realização da cirurgia propriamente dita 
5- Desclampagem da aorta, retorno do batimento cardíaca e saída da 
CEC (caso esteja usando) 
6- Fechamento dos planos seccionados 
7- Curativos da incisão cirúrgica 
 
 
Tipos de incisões nas cirurgias cardíacas: 
 
- Toracotomia 
a- Toracotomia retoesternal: tecido epitelial, tecido subcutâneo e tecido 
ósseo 
b- Toracotomia latero medial posterior: tecidos epiteliais, tecidos 
subcutâneo, tecidos muscular; peitoral maior e menor, serrátil, 
subescapular, intercostal externo e externo 
 
 
 
 Professor Guilherme Alves 2 5 
Complicações hematológicas determinadas pela CEC no per-operatório: 
 
Alteração da coagulação: 
 
- Coagulação do sistema por heparinizaçào inadequada 
- Hemólise 
- Baixo fluxo 
- Transfusão maciça 
- Perfusão prolongada 
- Acidose 
 
Complicações no pós-operatório: 
 
- Acidose e alcalose respiratória e metabólica 
- Hemorragias 
- Disrritmias 
- Síndrome de baixo débito 
- Insuficiência renal 
- Infecções bacterianas 
- Complicações neurológicas 
- Convulsões 
- Atelectasias 
- Edema agudo pulmonar 
- Paralisia do nervo frênico 
- Barotrauma e volutrauma 
- Pneumonia por broncoaspiração 
 
Fatores que podem levar a alteração da ventilação normal: 
 
- Dor 
- Diminuição do nível de consciência 
- Paralisia do músculo diafragma 
- Ventilação mecânica 
- Distensão abdominal 
 
Tratamento fisioterapêutico no pré-operatório: 
 
Objetivos: 
 Criar vínculo de confiança com o paciente, orientação quanto à 
importância da fisioterapia e as técnicas a serem usadas: prova de 
função pulmonar, identificar presença de secreção brônquica em relação 
à quantidade coloração e viscosidade, avaliação da mecânica ventilatória. 
 
 
 
 
 Professor Guilherme Alves 2 6 
Recursos terapêuticos: 
 
Desobstrutivos: 
 
- Nebulização ou aerossolterapia 
- Drenagem postural (quando não contra indicada) 
- Tosse técnica 
- Flutter 
- Terapia expiratória manual passiva (TEMP) 
- Vibratoterapia 
- Aspiração 
 
Reexpansivas: 
 
- Ventilação dependente 
- Fluxo dependente 
- RPPI 
- Sustentação máxima inspiratória (SMI) 
- Reeducação diafragmática 
- Voldyne 
- Triflo 
- CPAP 
- BIPAP 
 
Tratamento fisioterapêutico no pós-operatório imediato (de 24 a 48 h): 
 
CTI: 
- Monitorização ventilatória 
- Otimização da ventilação mecânica 
- Gasometria arterial 
- Desmame 
- Extubação 
- CPAP 
- Umidificação contínua 
 
Tratamento fisioterapêutico no pós-operatório mediato (> 48h enfermaria) 
 
- Sentar o paciente na poltrona 
- Deambulação precoce 
- Voldyne 
- CPAP 
- BIPAP 
- Correção postural 
 
OBS: Esta conduta deverá ser mantida até a alta do paciente. 
 
 Professor Guilherme Alves 2 7 
Cirurgias torácicas: 
 
Tipo de incisão: toracotomia latero-medial-posterior 
 toracotomia reto-esternal 
 
Tipos de cirurgias mais comuns: 
 
- Pneumoplastia Redutora 
- Lobectomia 
- Bulectomia 
- Biopsia de Pulmão a céu aberto 
- Transplante Pulmonar (uni ou bilateral) 
 
 A ventilação normal requer a integridade dos seguintes elementos; 
arcabouço ósseo torácico e demais estruturas adjacentes, funcionamento 
normal e coordenado dos músculos respiratórios, integridade na 
estrutura e na elasticidade da pleura e do mediastino, elasticidade e 
expansibilidade normal dos pulmões, vias aéreas desobstruídas e 
estímulo respiratório normal. A circulação deve manter um débito 
cardíaco normal de 5ml/Kg , conseqüentemente a ventilação alveolar 
deve ser em torno de 4 a 6 L/min a fim de se obteruma 
ventilação/perfusão adequada. Isto deverá ser alcançado quando houver 
uma distribuição uniforme de ar e de sangue nos pulmões e quando a 
membrana alvéolo-capilar está permeável plenamente. 
 
 O paciente que necessite ser submetido a uma intervenção 
cirúrgica, estará sujeito aos seguintes riscos: 
 
1- Condições físicas razoáveis antes da cirurgia; 
2- Tipo de doença que determinará a doença; 
3- Procedimento cirúrgico ao qual vai ser submetido; 
4- Prováveis complicações pós-operatórias. 
 
 Se o paciente apresenta uma pneumopatia prévia, certas medidas 
terapêuticas devem ser tomadas na fase na fase pré-operatória, incluindo 
a fisioterapia respiratória com todos os seus recursos. É indispensável 
conhecer o estado da função pulmonar e a prova de função pulmonar 
que deverão estar no mínimo em 50% do previsto. Mesmo que não seja 
uma cirurgia torácica, qualquer abordagem cirúrgica afeta o aparelho 
respiratório e os riscos serão maiores o quanto mais próximo do 
diafragma for à incisão. 
 
 
 
 
 
 Professor Guilherme Alves 2 8 
Principais riscos no Pós-operatório: 
 
- Insuficiência respiratória 
- Embolia pulmonar 
- Edema pulmonar 
- Bronco aspiração 
 
Secundários: 
 
- Pneumonias 
- Pneumotórax 
- Derrame Pleural 
- Atelectasias 
- Traqueobronquites 
 
 As cirurgias torácicas resultam na diminuição da ventilação 
pulmonar; retenção de secreção brônquica provocando atelectasias e 
inadequada ventilação/perfusão. Se a atelectasia não for tratada, poderá 
evoluir para pneumonia, acompanhada de hipoxemia e maior 
comprometimento da mecânica ventilatória, já ameaçada pela dor que 
limita a excursão do diafragma. 
 
Orientação de esclarecimento ao paciente no pré-operatório. 
 
Um vínculo de confiança recíproca deverá ser criado entre o paciente e o 
fisioterapeuta. 
 
- O ombro do lado operado perderá a amplitude de movimentos 
(temporariamente) e os mesmos serão dolorosos em conseqüência: 
a- Divisão cirúrgica muscular 
b- Posição do braço na mesa operatória 
- Os drenos torácicos necessários no pós-operatório causarão 
desconforto e limitação dos movimentos. 
- A flexão do ombro e rotação externa são os movimentos mais afetados. 
- É importante ensinar ao paciente a se posicionar no leito, colocação 
adequada dos travesseiros que deverão manter a cabeça na linha média, 
ombros em equilíbrio e o tórax reto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Professor Guilherme Alves 2 9 
Tratamento Fisioterapêutico no Pré-operatório 
 
Objetivos: 
- Criar vinculo de confiança com o paciente 
- Avaliar a mecânica respiratória 
- Identificar presença de secreção brônquica 
- Desobstrução brônquica 
- Reexpansão pulmonar 
- Treinamento muscular respiratório 
- Diminuir tempo de internação hospitalar 
 
Programa: 
- Nebulização com soro fisiológico a 0,9% 
- Flutter ou drenagem postural associado à vibratoterapia 
- EPAP com 40% da Pimáx 3x10 repetições, 3x ao dia 
- CPAP de 10cmH2O/20 a 30min 3x ao dia 
- Voldyne ou Threshold 3x de 15 repetições 
 
Tratamento Fisioterapêutico Pós-operatório imediato (24 a 48 horas) 
 
CTI: 
- Monitorização ventilatória 
- Otimização da ventilação mecânica 
- Gasometria arterial 
- Desmame 
- Extubação 
- CPAP 
- Umidificação contínua 
 
Tratamento Fisioterapêutico Pós-operatório mediato (> 48 horas) 
 
Enfermaria: 
- Sentar o paciente na poltrona 
- Deambulação precoce 
- Voldyne 
- CPAP 
- Correção postural 
 
Tratamento Fisioterapêutico Pós-operatório tardio (ginásio) 
 
Geralmente esta fase será iniciada no 70 dia de pós-operatório e serão 
ministrados exercícios de resistência progressiva. 
 
- Esteira e bicicleta ergométrica 
- Paralelas 
- Polias 
 Professor Guilherme Alves 2 10 
- Escada de ombro 
- RPG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Professor Guilherme Alves 2 11 
Cirurgias Abdominais 
 
 As cirurgias abdominais serão usadas de acordo com o quadro 
abdominal agudo do paciente, geralmente são usadas aberturas tanto no 
andar superior ou inferior do abdome chamada de laparotomia 
exploradora. 
 
Obs: Estas cirurgias somente serão realizadas e orientadas através de 
um diagnóstico por imagem. 
Ex: tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultra-som. 
 
Incisões mais freqüentes: 
 
Verticais: São incisões usadas sobre a linha média, não sangram em 
abundancia pois são praticadas através do tecido fibroso, porém sua 
cicatrização é mais lenta por não haver boa vascularização. 
 
Oblíquas: São aquelas praticadas por baixo das costelas e podem ser 
usadas no flanco direito para as cirurgias de colicistectomia ou pelo 
flanco esquerdo para as cirurgias de esplenectomia. A incisão de 
McBurney é comumente usada nas apendicectomias. 
 
Transversais: Usada com menor freqüência pois não promovem um bom 
acesso para visualização do campo cirúrgico, sendo de boa cicatrização. 
 
 Nos casos das cirurgias de andar superior de abdome, a 
musculatura diafragmática e as costelas estarão comprometidas pois o 
paciente poderá apresentar uma respiração dolorosa, levando a 
hipoventilação e conseqüentemente a complicações de troca gasosa e de 
mecânica ventilatória. A elevação e abdução dos braços do lado da 
incisão cirúrgica podem ser dolorosas nas incisões laterais ou oblíquas, 
podendo o paciente apresentar movimentos dolorosos de flexão e rotação 
do lado oposto tendendo por conseguinte sentar-se com postura de flexão 
lateral e com concavidade para o lado da ferida operatória. 
 Nas cirurgias de andar inferior de abdome, o paciente pode 
apresentar dor e impotência aos movimentos precoce do quadril e 
joelhos, pois os músculos abdominais (principalmente o reto abdominal) 
atuam como fixadores do quadril. 
 
Complicações no pós-operatório das cirurgias abdominais 
 
- Insuficiência respiratória 
- Colapso pulmonar (atelectasias) 
- Hemorragias 
- Alterações circulatórias dos MMII 
- Alterações posturais 
 Professor Guilherme Alves 2 12 
- Debilidade residual dos músculos abdominais se a incisão for extensa 
ou a cicatrização for lenta 
 
Tratamento Fisioterapêutico 
 
 O Fisioterapeuta deve ser capaz de selecionar cuidadosamente os 
exercícios, particularmente no que diz respeito ao sistema respiratório, 
correção postural, fortalecimento da parede abdominal e exercícios de 
fortalecimento dos MMII. 
 
 
Tratamento Pré-operatório 
 
 O fisioterapeuta deve ganhar a confiança do paciente para que o 
pós-operatório seja rápido e sem complicações. 
 
1- Desobstrução brônquica: Esta técnica consiste em; 
humidificação, drenagem, flutter e expectoração das 
secreções brônquicas nos pacientes tanto obstrutivos 
como restritivos pois estes pacientes pode apresentar no 
pós-operatório grande acúmulo de muco brônquico. 
 
 
2- Fisioterapia Respiratória: EPAP, CPAP, Reeducação 
diafragmática, Threshold ou Voldyne. 
 
 
3- Membros Superiores: Cinesioterapia ativo livre para 
rotação, flexão, adução e abdução de cintura escapular, 
cotovelo e punho. 
 
 
4- Membros Inferiores: Serão introduzidos exercícios de 
flexão e extensão do quadril, exercícios isométricos e 
isotônicos para coxo femoral e tibiotárcica com adução e 
abdução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ProfessorGuilherme Alves 2 13 
Tratamento Fisioterapêutico no pós-operatório imediato (24 a 48 horas) 
 
 CTI: 
- Monitorização ventilatória 
- Otimização da ventilação mecânica 
- Gasometria arterial 
- Desmame 
- Extubação 
- CPAP 
- Umidificação contínua 
 
Obs: nos casos de pacientes em peritoneostomia deve-se avaliar a 
mecânica ventilatória pois nestes casos a pressão abdominal encontra-se 
alta dificultando o desmame. 
 
Tratamento Fisioterapêutico Pós-operatório mediato (> 48 horas) 
 
Enfermaria: 
- Sentar o paciente na poltrona 
- Deambulação precoce 
- Voldyne 
- CPAP 
- Exercícios de flexão e extensão da cintura pélvica 
- Exercícios de adução, flexão, abdução e rotação da cintura escapular 
- Correção postural 
 
Obs: o programa de fisioterapia deverá ser mantido até a alta hospitalar 
do paciente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Professor Guilherme Alves 2 14 
 
Queimaduras 
 
 As queimaduras podem ocorrer por vários agentes causais e de 
acordo com a sua extensão e profundidade irá acarretar diversas 
complicações e dependendo do comprometimento clínico pode levar a 
vítima a óbito. 
 
Etiologia 
 
- Agentes físicos: Sol, líquidos quentes e fogo. 
- Agentes químicos: Soda caustica, solventes, querosene, álcool, gasolina, 
água sanitária, ácidos e etc. 
- Agentes elétricos: Descargas elétricas de alta tensão. 
 
Classificação 
 
Em relação à profundidade: 
 
- 10 grau: Causam desconforto pois a pele fica intacta ocorrendo somente 
eritema e calor local atingindo apenas a epiderme e geralmente em 
alguns dias os sintomas desaparecem. 
 
- 20 grau: São muito dolorosas pois acometem as terminações nervosas 
periféricas atingindo a epiderme e a derme, causando vesículas (bolhas) 
que é circundada por um eritema vermelho escuro. São geralmente 
queimaduras de diâmetro pequeno em torno de 2 a 3 cm (ex: ferro e 
panelas quente). Em superfícies superiores a 30 ou 40% a vítima deverá 
ser internada para tratamento clínico. 
 
- 30 grau: Esse grau de comprometimento poderá acarretar danos graves 
pois as estruturas acometidas são: epiderme, derme e tecidos 
subadjacentes estarão destruídos e a área queimada pode se apresentar 
com regiões negras, brancas ou amareladas. 
 
Em relação à extensão: 
 
 Quanto maior a extensão, pior é o prognóstico,existem dois 
métodos para a avaliação da superfície corpórea queimada que são: 
 
Regra dos nove: 
- Cabeça = 9% 
- Pescoço= 1% 
- Tórax, abdome e genitália = 18% 
- Dorso, região lombar e nádegas = 18% 
- MSD = 9% 
 Professor Guilherme Alves 2 15 
- MSE = 9% 
- MID = 18% 
- MIE = 18% 
 Perfazendo um total de 100% da área queimada porém essa regra 
não reflete a realidade e pode haver erro na avaliação da vítima. Nesta 
avaliação são consideradas grandes queimados, crianças com áreas 
maior ou igual a 10% e em adultos áreas maior ou igual a 15%. 
 
 O outro método é o percentual de chance de sobrevida que é 
expressa da seguinte maneira: 100 – (idade + % de área corporal) 
Ex: 100 – (60 + 30%)= 10, portanto 10% de chance de sobrevida, não se 
aplica às crianças com idade menor que 10 anos. 
 
 
Repercussões hidroeletrolíticas hemodinâmicas e respiratórias. 
 
 A fase imediata começa nas primeiras 48 a 72 horas após o 
acidente na qual a atenção é dirigida para a contínua avaliação e 
manutenção do estado respiratório e circulatório, do balanço hídrico e 
eletrolítico e da função gastrintestinal do paciente. Neste estágio, o 
principal foco de atenção é a lesão da queimadura. A obstrução das vias 
aéreas superiores como resultado de edema pode provocar insuficiência 
respiratória. 
 
Complicações das queimaduras 
 
- Distúrbio de eletrólitos 
- Distúrbio ácido-base (acidose e alcalose respiratória ou metabólica) 
- Desidratação 
- Hipotensão 
- Pneumonia 
- Hipotermia 
- Infecções 
- Septicemia 
- Óbito 
 
Tratamento de emergência 
 
- Sedação e analgesia 
- Banho de aspersão 
- Escovação com sabão líquido neutro 
- Curativo 
- Antibioticoterapia profilático 
 
 
 
 Professor Guilherme Alves 2 16 
Tratamento clínico 
 
- Reposição volêmica (soro fisiológico) 
- Reposição eletrolítica 
- Sedação e analgesia 
- Antibioticoterapia 
- Curativos 
 
Tratamento cirúrgico 
 
- Desbridamento 
- Enxerto 
- Curativo cirúrgico 
Obs: Os curativos cirúrgicos deverão ser realizados diariamente no 
tanque de Hubbart com o paciente anestesiado. 
 
Tratamento Fisioterapêutico 
 
 O tratamento fisioterapêutico deve ser iniciado nas primeiras 24 
horas após o trauma porém este programa fica comprometido pois 
dependendo da extensão os curativos cirúrgicos são demorados e a 
fisioterapia deverá ser realizada durante os curativos em razão da 
anestesia que é realizada durante este procedimento. 
 
Programa Fisioterapêutico na fase aguda (1a semana) 
 
- Posicionamento no leito 
- Cinesioterapia motora ativa livre para todos os segmentos 
- Exercícios isométricos e isotônicos 
- EPAP 
- Voldyne 
- Threshold 
- Umidificação das vias aéreas 
- Laser 
 
Programa Fisioterapêutico na fase tardia (2a semana) 
 
- Intensificar o programa fisioterapêutico da fase aguda 
- Treinamento da marcha e equilíbrio 
- Rampa e paralelas 
- Esteira e bicicleta ergométrica 
- RPG 
 
Obs: A fisioterapia deverá ser interrompida quando o paciente realiza os 
enxertos cirúrgicos durante 3 semanas para que corra o risco de rejeição 
do enxerto. 
 Professor Guilherme Alves 2 17 
Amputações 
 
 A amputação de um membro seja ele superior, pode trazer 
conseqüências psicofísicas,que podem se tornar ainda mais lógicas, caso 
não haja uma reeducação física, uma nova formulação do esquema 
corporal e ainda um trabalho psicológico que reintegre o paciente com o 
seu meio social. 
 Geralmente há ainda a necessidade de uma nova aprendizagem 
profissional, fato este que necessita da abordagem de uma equipe 
multidisciplinar que inclui desde o médico cirurgião até o terapeuta 
ocupacional, passando pelo psicólogo e o fisioterapeuta. 
 As causas que podem levar a uma amputação são múltiplas desde 
grandes traumas a doenças circulatórias periféricas que incapacitam 
todo o segmento ou parte dele, elegendo com isso grandes ou pequenas 
amputações. Existem ainda as amputações estéticas que corrigem 
deformidades congênitas, onde membros que nascem ineficientemente 
funcionas, mas que a amputação leva uma acentuada melhora no 
aspecto social, psicológico e profissional do indivíduo. 
 A abordagem que segue resume-se às amputações por patologias 
periféricas e traumáticas, o procedimento cirúrgico e a reeducação corpo 
e mente realizado pelo trabalho fisioterapêutico. 
 
 
Definição 
 
 Define-se amputação de membro inferior àquela que é feita ao nível 
das articulações transmetatarsicas ou em uma localização proximal em 
relação a estas articulações. No membro superior é feita a nível 
carpometacarpianas ou em uma localização proximal desta articulação. 
 
 
Etiologia 
 
Insuficiência Vascular Periférica: Responsável por 80% de todas as 
amputações de membro inferior nos adultos, sendo as causas mais 
comuns a diabetes miellitus, aterosclerose, embolias tromboses arteriais 
maciças e aneurismas arteriovenosos. 
 
Traumatismos: Quando grave e com perda extensa de tecidos e 
destruição do preferimento sangüíneo, pode acarretar amputação 
imediata.Em um primeiro momento o cirurgião desbridam o ferimento e 
aguardam até terem prova específica de que a reconstituição cirúrgica ou 
ortopédica não da mais esperanças de viabilidade ao membro. 
 
 
 
 Professor Guilherme Alves 2 18 
Tumores Malignos: Quando diagnosticado, é realizada a amputação 
suficientemente alta com o objetivo de se evitar recidivas, que exista ou 
não metástase. Nestes casos pode ocorrer também a desarticulação do 
quadril ou a hemipelvectomia quando a lesão for no membro inferior ,no 
caso do membro superior pode ocorrer à desarticulação do ombro ou a 
amputação interescapulotorácica. 
 
Lesões Nervosas: As lesões nervosas dos membros, sobre o qual o 
paciente tem pouco ou nenhum controle e desenvolve freqüentemente 
ulcerações ou infecções que fogem ao controle do tratamento 
conservados, passando a ser uma ameaça a vida do paciente. Antes que 
tal manifestação venha afetar todo o organismo elege-se a amputação. 
 
Lesões Térmicas: As amputações por queimaduras podem ocorrer 
tardiamente ou precocemente dependendo da sua extensão, da 
destruição inicial ou das deformações subseqüentes e perda da função 
do segmento. Quando causadas pelo frio as lesões insidiosas e 
geralmente levam a amputação em função da lesão circulatória. 
 
Malformações Congênitas: As mais comuns, como ausência de fêmur 
ou tíbia ou até mesmo o membro rudimentar na extremidade do qual um 
pé aparentemente normal, mesmo depois de repetidas intervenções 
cirúrgicas não responde a funcionabilidade, sendo necessário a 
amputação profilática, realizada ainda na infância, possibilitando melhor 
ajuste de uma prótese. 
 
 
Níveis de Amputação 
 
Membro Superior: Transmetacarpianas, desarticulação do punho, terço 
proximal do rádio, terço médio do rádio, desarticulação do cotovelo, colo 
do úmero e de cotovelo curta desarticulação do ombro e 
interescapulotorácica. 
 
Membro Inferior: Transmetatarsicas, parcial do pé, desarticulação do 
tornozelo, terço inferior da tíbia, terço médio da tíbia, treco proximal da 
tíbia, trasncondilar,zona funcional distal e proximal do fêmur, 
desarticulação do quadril e hemipelvectomia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Complicações Cirúrgicas 
 
Sensação Fantasma: Um distúrbio sofrido pelos amputados, é a 
habilidade de sentir a parte que falta como se estivesse presente. 
Geralmente esta sensação passa com o uso da prótese. 
 
Dor Fantasma: É uma dor aguda que aparentemente está na parte que 
já não existe mais e que freqüentemente limita a habilidade do paciente. 
É mais comum nas amputações traumáticas. 
 
Atraso na Cicatrização: É uma falha da incisão que pode ser 
conseqüência de uma infecção, alteração circulatória e de 
descompensação metabólica (Diabetes). 
 
Ulceração e Gangrena: Este problema requer avaliação criteriosa do 
cirurgião. 
 
Dor Vascular Neurogênica: Pode indicar insuficiências circulatórias, que 
não foi controlada pela cirurgia. Podem provocar claudicação 
intermitente e dor em repouso no coto. 
 
 
 
Tratamento Fisioterapêutico 
 
Treinamento Pré-operatório: nos casos de cirurgias eletivas o 
treinamento pré-operatório objetiva-se em acelerar o processo de 
recuperação e fazer com que fique mais fácil para o paciente entender o 
que acontecerá e o que se espera dele após a cirurgia. 
 
 
Programa: 
 
- Exercícios de condicionamento para melhorar o aparelho 
cardiovascular 
- Exercícios de fortalecimento muscular global 
- Treinamento de mobilidade em cadeira de rodas 
- Treinamento para uso de bengalas ou muletas 
- Exercícios respiratórios com objetivo de desobstrução, reexpansão e 
treinamento muscular respiratório para facilitar no pós-operatório 
imediato 
 
 
 
 
 Professor Guilherme Alves 2 20 
 
Pós-cirúrgico Imediato: Compreende as primeiras 24 a 48 horas nos 
pacientes com instabilidade hemodinâmica e é realizado no CTI. 
 
- Monitorização ventilatória 
- Otimização da ventilação mecânica 
- Desmame quando possível 
- Extubação 
- Umidificação 
 
 
Pós-cirúrgico Agudo: Período que compreende entre a amputação e a 
remoção das suturas de 14 a 21 dias. 
 
Objetivos: Reduzir a dor e edema, prevenir espasmos ou problemas 
secundários, evitar complicações cárdio-pulmonares e 
descondicionamento geral do corpo, educar o paciente e a família, 
promovendo apoio psicológico. 
 
Programa: 
- Posicionamento no leito para prevenir edemas ou bloqueios 
- Treinamento de transferência de mobilidade da cadeira de rodas e da 
marcha 
- Fortalecimento muscular dos membros superiores 
- Treinamento de mobilização no leito para evitar traumas no membro 
residual 
- Exercícios isométricos para todos os grupos musculares 
- Exercícios ativos com ACM para todas as articulações 
- Exercícios respiratórios profiláticos (EPAP, threshold, voldyne etc...) 
- Monitorização cardíaca em pacientes de riscos, quando da manipulação 
- Treinamento das atividades funcionais (vestir-se, higiene corporal etc..) 
 
 
Treinamento Pré-protético: Inicia-se após a cicatrização das suturas, 
uma avaliação criteriosa do membro residual deverá ser realizada para 
verificação de possíveis lesões vasculares. 
 
Avaliação do membro residual: 
- Medida do comprimento e circunferência do coto 
- Descrição da forma do coto 
- Descrição da cicatrização do coto 
- Avaliação das funções perdidas 
- Descrição de outros problemas observados 
 
 
 Professor Guilherme Alves 2 21 
Cinesioterapia: Visa adquirir melhor capacidade de rendimento 
muscular, melhorando a coordenação, estabilidade e mobilidade das 
funções musculares. 
 
 
Programa: 
 
- Assumir postura sentada 
- Flexão e extensão do braço sentado 
- Mover-se para frente, para trás e para os lados 
- Assumir postura de 04 apoios em todos os membros 
- Assumir postura ajoelhada 
- Engatinhar 
- Atividades de treinamento de equilíbrio na posição ajoelhado 
- Treinamento de instrução sobre os padrões da marcha e colocação de 
muletas na posição ajoelhadas 
 
 
Treinamento de Marcha: O trabalho deve ser iniciado nas barras 
paralelas até que todo esquema corporal esteja reintrojetado, a seguir 
treina-se o paciente fora das paralelas usando muletas ou andador 
(marcha em três apoios) para isso é necessário: 
 
- O paciente levantar sozinho 
- Equilíbrio em pé e resistido 
- Mudar o peso do corpo para frente, para trás e para os lados 
- Marcha de três pontos 
- Atividade de elevação como subir escadas, rampas e etc... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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