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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PSICOLOGIA
PENSAMENTO E LINGUAGEM
ROSA HENRIQUE RIOS
ELIANE PEDROSO
UM ESTUDO SOBRE O MATERNALÊS E O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
Rio de Janeiro
2017
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PSICOLOGIA
PENSAMENTO E LINGUAGEM
ROSA HENRIQUE RIOS
201602686891
ELIANE PEDROSO
201502518228
Trabalho acadêmico apresentado a Universidade Estácio de Sá, como requisito parcial para obtenção da avaliação da disciplina Psicologia do Pensamento e Linguagem do curso de Psicologia.
Professor: Richard Couto
Rio de Janeiro
2017
 RESUMO: 
O objetivo deste trabalho científico é analisar o maternalês e sua influência no desenvolvimento da linguagem. Visto que estudos afirmam que a linguagem tem uma grande importância na organização da conduta da criança e no seu desenvolvimento. Sabemos que o comportamento humano é resultado da interação do sujeito com outros sujeitos e com o ambiente que o cerca, então, parte significativa de seu desenvolvimento se sustenta pela existência desses reforçadores externos. Esse trabalho discute a possibilidade de descrever características necessárias para o desenvolvimento da linguagem, tecendo considerações sobre a relação entre esses conceitos, com base nas contribuições de teóricos que oferecem ferramentas específicas para fundamentar a análise dos conteúdos.
Palavras chave: Desenvolvimento - Linguagem – Maternalês.
SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO 4
1. DESENVOLVIMENTO 5
 A COMUNICAÇÃO PRÉ-VERBAL 6
 RELAÇÃO MÃE – BEBÊ: O MATERNALÊS 6
 O MATERNALÊS E SUA INFLUÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO 
DA LINGUAGEM 8
2. CONCLUSÃO 9 
3. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 9
INTRODUÇÃO 
A aquisição da linguagem é aquela que se realiza espontaneamente, sem uma preocupação metódica, e vai sendo oferecido reforços para seu desenvolvimento. A linguagem do maternalês é delineada pela relação mãe-criança, e é muito importante para o desenvolvimento infantil. No aspecto relacional ou emocional, o âmago do sentido do maternalês se estabelece quando há enunciados e formas verbais, como conteúdos funcionais. Sendo assim, ela configura a lógica da ação recíproca trazendo significado a comunicação. 
 O maternalês é uma linguagem peculiar, que ocorre entre mãe-bebê no período de 0 a 2 anos, onde as trocas costumam ser muito ricas de significados, dependendo da maior ou menor interação do bebê com o meio que o cerca, das memórias que ficarão registradas e efetivamente construíram seu repertório linguístico. Dessa forma, é essencialmente importante no desenvolvimento da linguagem. 
O desenvolvimento fonológico, um dos quatro componentes lingüísticos da linguagem, distingue-se em dois períodos: o pré-linguístico, que ocorre no primeiro ano de vida (comunicação existente entre o bebê e o que o rodeia, pelo início da vocalização e o desenvolvimento das capacidades de discriminação). E o período linguístico, que corresponde à atribuição de significado à produção sonora. 	A princípio, a influência da linguagem é feita de fora para dentro; logo, passa a se projetar de dentro para fora. Inicialmente, essa conduta é feita pelos pais sob a forma de incitações e recomendações verbais; progressivamente, passa a ser controlada pela própria criança, através da linguagem interiorizada. Cada criança seleciona do seu jeito o vocabulário que lhe é apresentado, de maneira muito independente. O desenvolvimento sintático é o percurso que ela faz para identificar e extrair regras de organização frásica. Processando e detectando estrategicamente regularidades na informação linguística. 
 
DESENVOLVIMENTO
 Langacker (1972) esclarece que
uma língua é um conjunto de princípios que estabelecem correlações entre significados e seqüências de sons. Esses princípios estão subjacentes e tornam possível a comunicação através de um comportamento verbal exterior, mas não podem ser equiparados a esse comportamento. Uma língua é um conjunto de regras dominado pelo falante; não é nada que um falante faz. O mesmo tipo de distinção pode ser feito entre uma sinfonia e sua execução. Não importa de que maneira seja a sinfonia executada, ela permanece inalterada. É um sistema musical abstrato que está subjacente à atividade dos músicos, mas que não pode ser equiparado à sua atividade. Da mesma forma, um sistema lingüístico está subjacente à atividade verbal de seus falantes. Uma língua é um conjunto abstrato de regras psicológicas que constituem a competência de uma pessoa como falante. Essas regras colocam uma classe ilimitada de frases à disposição do falante, das quais ele fará uso em situações concretas (LANGACKER,1972, p.55).
Nesse sentido, a linguagem ocorre em uma ação recíproca, aonde existe uma parceria de comunicação, e sua função básica é comunicar e dar suporte a estruturas de pensamento. Não nascemos com um repertório de palavras, mas vamos adquirindo tal arcabouço na medida em que vamos interagindo com as diversas situações da fala.
Mussen (1968) destaca que o comportamento aprendido pela prática da linguagem é absorvido mais rapidamente, é altamente estável e tem ampla generalização, ao passo que as aprendizagens sem participação verbal são relativamente instáveis, dependem de contínuo reforço e são rapidamente esquecidas. Portanto, estar exposto ao uso da língua é, pois, o requisito básico necessário para a aquisição da linguagem. 
Bee (1996) destaca que um bebê ao nascer já inicia sua comunicação. É o adulto que insere a criança na comunicação verbal, ele que apresenta a criança o significado da comunicação. Dessa forma, os sujeitos que cercam a criança tem uma função muito importante, pois conseguem adaptar seu discurso de modo a fazerem ser compreendidos pelos infantes.
Essa importante linguagem dos pais para as crianças ficou conhecida por maternalês, e envolve uma modificação da fala materna (ou de quem ocupa essa função), numa troca interverbal para conduzir e estruturar a fala da criança – falada numa voz mais aguda, num ritmo mais lento, do que entre adultos, as frases são curtas, um vocabulário simples.
A COMUNICAÇÃO PRÉ-VERBAL
Possuímos uma estrutura biológica adaptada à produção da fala, desde o nascimento. Antes de o bebê aprender a falar, existe o período de comunicação pré-verbal, onde se expressa de outras formas que não as palavras. 
A primeira comunicação que acontece entre a mãe e a criança é a não verbal, mas, durante seu crescimento o bebê vai sentir necessidade de se comunicar com as pessoas que o cercam. Iniciando o processo de denominação, pela reflexão sobre cada palavra dita, pela sua associação a uma ação. A linguagem não verbal baseia-se no encorajamento, na disponibilidade, no reconhecimento e no interesse. Alguns fatores favorecem a aquisição da linguagem, entre eles, o afeto e a interação. 
RELAÇÃO MÃE – BEBÊ: O MATERNALÊS 
	Ribeiro e Garcez (1988) afirmam que o maternalês ou émotherese, também conhecido como mamanhês, paternalês, e tatibitati idealiza um espaço na interação onde as trocas afetivas, tão importantes para o desenvolvimento da criança, são permitidas e valorizadas. Nessa relação de afeto, é possível inferir como a mãe viabilizae oportuniza a criança à continuidade no diálogo, conduzindo e estruturando sua fala. Ou seja, o maternalês apresenta características linguísticas que provocam as construções da criança e características que mostram estados emocionais acolhedores com o intuito que a criança se sinta envolvida com a fala da mãe.
	Numa visão geral, seu importante papel parece inegável, tanto na fala da criança como na relação de afeto que se estabelece entre mãe-filho. Nesse sentido, sua importância e influência são mais bem compreendidas, possibilitando pensar em formas eficazes de considerações sobre a aquisição de linguagem. 
	Durante a gestação, dentro do útero materno, o bebê já se comunica, ouve os sons exteriores e sente o afeto. Ao nascer, a primeira emissão sonora é o choro/grito. Durante o desenvolvimento do bebê, os gritos diferenciam-se pelo ritmo, duração e tonalidade. Nessa condição, as pessoas de sua convivência, principalmente a mãe, compreendem as significações das suas várias emissões vocais.
Portanto, sua primeira manifestação sonora – o choro – é uma atividade reflexa e possui vários significados. Sobre o desenvolvimento perceptivo da criança correlacionado com o desenvolvimento motor, pode-se destacar o fato de que por volta dos dois meses de idade, uma criança manifesta interesse pela voz humana, demonstrando através de interrupção ou mudança de ocupação. No segundo mês de vida, surgem o sorriso e o paleio (conversa amistosa) constituindo um passo significativo no processo interativo. 
Aos três meses surge o diálogo, regra básica da interação comunicativa, através da LALAÇÃO, que se distingue por sua fonação lúdica e consiste em duas fases, a do arrulho – entre os três e os seis meses, e a do balbucio – entre os seis e os oito meses, período no qual a criança começa a emitir os sons que ouve, a repetir o que lhe é falado. Anterior a produção das primeiras palavras os bebês, imitam vozes, expressões faciais, reconhecem os nomes, começam a cumprir ordens e reagir quando escutam o “não”. Parece claro que ela pode distinguir entre uma voz amistosa e uma reprovadora.
Posteriormente a linguagem gestual começa a linguagem verbal, que vai desenvolvendo juntamente com a dos gestos, acompanhando, facilitando ou até mesmo a substituindo, quando as capacidades verbais da criança forem insuficientes para exprimir os seus desejos. A partir dos nove meses de idade tem sido observada uma capacidade discriminatória quanto às palavras faladas pelo adulto, no sentido de que algumas chamam mais atenção. Nessa fase a criança vocaliza na presença de música, compreende algumas palavras familiares – mamãe, papai, nenê; compreende ordens simples (bate palmas e dá tchau). Surge a primeira palavra, às vezes não inteligível.
O desenvolvimento da linguagem varia de criança para criança, seu progresso de forma rápida está associado a contextos onde a criança é estimulada e conviva positivamente com adulto e crianças.
O maternalês é a linguagem utilizada pelos adultos quando falam com bebês, é pronunciada de forma a captar a atenção dos mesmos. É na infância que se dá a aquisição da linguagem, por isso é muito importante que os adultos falem corretamente com a criança, de modo a estimular a sua linguagem oral da forma correta.
O MATERNALÊS E SUA INFLUÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
	Piaget (1929) é considerado o primeiro autor a se interessar pelo desenvolvimento das competências cognitivas, por se dedicar a investigar sobre a compreensão de estados mentais por parte das crianças e a diferenciação que estas fazem destes para os estados físicos. Segundo Piaget (1975) o desenvolvimento da linguagem amplia as oportunidades da criança, propiciando uma série de operações que ultrapassam os limites da inteligência sensório-motora. 	
	A linguagem condiciona a criança a evocar situações passadas, avançando as fronteiras do espaço próximo e presente, enquanto envolta na etapa sensório-motora. E os objetos não são condicionados apenas, a percepção, mas inseridos num quadro conceptual e racional que enriquece a possibilidade de seu conhecimento. 
	A criança se defronta com expressões, a que Chomsky (1998) chama de dados lingüísticos primarios. Para ele, as crianças possuem alguma aptidão lingüística inata que as habilita a escolherem a gramática mais apropriada; seu conteúdo varia conforme seu contexto de convivência. Para Chomsky (1998), a aquisição da linguagem é algo que acontece às crianças e não algo que elas fazem.
	A fala dirigida ou fala de mãe é considerada importante, e cumpre várias funções sociais, emocionais e linguísticas. Propiciando a interação no relacionamento entre adultos e a crianças. Ela ensina as crianças a estabelecerem uma conversação: como comentar, desenvolver uma ideia e convertê-la em linguagem, o uso de novas palavras, e a fala individual durante uma conversa. A “língua de mãe” se restringe a tópicos simples da vida prática, as crianças podem aplicar seu conhecimento de coisas familiares para compreender o significado das palavras que ouvem. (Papalia e Olds, ANO apud C. E. Snow, 1972, 1977). 
5. CONCLUSÃO
Na linguagem do maternalês, a presença do afeto materno como principal elemento a ser considerado, age no desenvolvimento infantil e se intensifica por essa troca afetiva significativa, mantida pela atenção e preservação do espaço de interação com a criança. Sua ação, observada claramente no comportamento da criança, demonstra que a relação fala-afeto começa por gestos e sinais, mecanismos que para crianças pequenas favorecem habilidades de memórias generalizadas. Essa relação afetiva provoca prazer e desejo na criança, de participação no diálogo. 
As experiências lingüísticas são alteradas gradualmente, visto que o discurso da mãe é modificado, reduzindo o uso do tom infantil, à medida que a criança vai crescendo, favorecendo a percepção da criança e a aquisição da linguagem.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BEE, H. A criança em desenvolvimento. Trd. Maria Adriana Veríssimo Veronese. 7ª Ed, Porto Alegre: Artes Médicas, 1996
CHOMSKY, N. Linguagem e mente. Brasília, Editora Universidade de Brasília, 1998.
DADALTO, E. V., GOLDFELD, M. Características do maternalês em duas crianças de idades distintas. 
LANGACKER, Ronald W. A linguagem e sua estrutura. Petrópolis: Vozes, 1972.
MUSSEN, Paul H. O desenvolvimento psicológico da criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1968
PAPALIA, D., Olds S., & Feldman, R. (2000).Desenvolvimento humano. 7ª Edição. São Paulo: Artmed.
PIAGET, Jean. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro : Zahar, 1975.
RIBEIRO, B. T. & P. M. GARCEZ (orgs.). Sociolingüística Internacional: antropología, lingüística e sociologia em análise do discurso. Porto Alegre: AGE, 1998.

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