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PEÇA 01
PROCURAÇÃO
MODELO DE PROCURAÇÃO PARA QUEIXA- CRIME ART. 44 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MODELO PROCURAÇÃO FULANA DE TAL, (NACIONALIDADE), (PROFISSÃO), (ESTADO CIVIL), portadora da Cédula de Identidade (RG), inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob nº (CPF), residente e domiciliada no endereço (ENDEREÇO), nomeia e constitui como seu procurador o advogado (NOME DO ADVOGADO), inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob nº (OAB), (QUALIFICAÇÃO DO ADVOGADO), com escritório profissional no (ENDEREÇO PROFISSIONAL), a quem concede, com fulcro do art. 44 do Código de Processo Penal, PODERES ESPECIAIS PARA INGRESSAR EM JUÍZO COM QUEIXA CRIME contra TÍCIO, (QUALIFICAÇÃO), porque, há menos de seis meses, precisamente no dia (DATA DO FATO), por volta das 07:30 horas, na rua (LOCAL DO FATO), na presença de terceiros, dirigiu-se à pessoa da outorgante, de seu cônjuge e de seus filhos com palavras injuriosas e de baixo calão, chamando-a de vagabunda?, dizendo que ela não valia nada e que ela não passa de uma prostituta, que a outorgante e seu esposo são uma família de gente vagabunda, ladrões, mau pagadores, desonestos e que seu cônjuge é o corno frouxo e que seria o laranja da família de vagabundos porque ele só servia para isso. Ainda no mesmo evento, ameaçou sua integridade física caso ela não pagasse o dinheiro que devia a ele e ameaçou quebrar toda a casa da outorgante, além de desferir 2 (dois) tapas em sua face, tendo assim praticado contra a mesma o crime de INJÚRIA REAL, previsto no art. 140, §2º, c/c art. 141, todos do Código Penal Brasileiro, motivando a presente Ação Penal Privada. LOCAL E DATA _____________________________ FULANA DE TAL OBS: A procuração para queixa-crime exige a descrição dos fatos, é exigência INDISPENSÁVEL. Se o advogado juntar uma procuração comum, e existindo a demora de 6 (seis) meses ocorrerá a decadência
PEÇA 02
ENUNCIADO
Pedro, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das redes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho. Além disso, também utiliza constantemente as ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares de pessoas no mundo contemporâneo. No dia 19/04/2016, sábado, Pedro comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos. Helena, vizinha e ex-namorada de Pedro, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Pedro. Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha e, com o propósito de prejudicar Pedro perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê -lo! Imediatamente, Pedro, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Pedro, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Marcos, Miguel e Manuel, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Pedro tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Pedro procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados quatro meses da data dos fatos, Pedro procurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Pedro, deve assisti-lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e Juizados Especiais Criminais. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. Indique também o último dia para oferecimento da peça cabível.
 RESPOSTA
Seguindo a lógica da estrutura de petição, esses são os elementos:
1 - CLIENTE: Quanto a isso não há dificuldade, pois o problema deixou claro que foi o ofendido (Enrico) quem teria procurado o escritório. Nessa questão em especial era importante não errar o cliente, pois caso o aluno fizesse confusão poderia perder toda a peça, haja vista que no caso do ofendido a peça é a queixa crime, mas se fosse para a ofensora (Helena) seria resposta escrita a acusação.
2 - CRIME/PENA: Pelos dados é de se impor que houve concurso de crimes, formal na verdade, mas com desígnios autônomos.
Sendo esse o quadro: (artigos 139 e 140, c/c o Art. 141, III, n/f Art. 70, todos do CP).
Difamação
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Disposições comuns
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
Concurso formal
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
3 - AÇÃO PENAL: Por se tratar de crimes contra a honra, estabeleceu o legislador como regra que para serem apurados pela justiça é preciso que a vítima inicie o processo. A existência da ação penal privada esta consubstanciada na lei.
No Código Penal:
Ação pública e de iniciativa privada
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.
§ 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça.
§ 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo.
§ 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não oferece denúncia no prazo legal.
§ 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
No Código de Processo Penal
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada.
Como sabemos, para saber se um crime é de ação penal privada ou pública devemos verificar se há disposição no próprio artigo que faz previsão da infração ou então nos artigos seguintes dentro do mesmo título.
Sobre os crimes praticados no problema, disse o legislador sobre eles:
Art. 145 - Nos crimesprevistos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
4 - RITO PROCESSUAL/PROCEDIMENTO: Como o Código de Processo Penal fez previsão de um procedimento especial para essa espécie de crime, o correto no caso, pelo princípio da especialidade, é aplicar o procedimento especial previsto (artigos. 519/523 do CPP).
Ocorre que como o processo ainda não teve início, não se tem relevância no momento de se fazer tal verificação, posto que para tudo é preciso primeiro dar entrada no processo crime.
5 - MOMENTO PROCESSUAL: Ainda não há processo, portando, deve ser feito o primeiro passo, isto é, a petição inicial.
6 - PEÇA: Conforme vimos no momento processual, como ainda não há processo deveria o aluno redigir o que seria a petição inicial no caso. Como é uma inicial de um processo criminal, cuja ação é privada, o correto seria redigir uma queixa crime.
O fundamento e os requisitos de tal petição estão no artigo 41 do CPP, que diz:
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
Além desse, importante fazer menção aos artigos 100, § 2º, do CP, e o artigo 30 do CPP, que fazem previsão da modalidade de ação.
7 - COMPETÊNCIA: A competência para julgamento seria de um dos juizados especiais criminais da cidade de Niterói/RJ.
Excelentíssimo (a) Senhor (a) Doutor (a) Juiz (íza) de direito Do... Juizado Especial Criminal de Niterói/RJ
8. TESES:
Diferente das outras petições defensivas que normalmente são pedidas no exame de ordem, a queixa crime se diferencia delas primeiro por possuir teor acusatório, e segundo por não exigir do aluno toda a variedade de teses que comumente são pedidas.
A queixa crime seguindo o formato que a lei estabelece no artigo 41 do CPP, deveria trazer a qualificação da parte querelante e da parte querelada. Em seguida um breve relatório dos fatos, seguido da exposição do direito. Neste ponto o candidato faria a demonstração da conduta da querelada e como que ela se adequou tipicamente aos crimes dos artigos 139 e 140, ambos do CP, na forma de concurso formal impróprio.
Deveria ainda fazer explanação sobre a causa de aumento de pena prevista no artigo 141, inciso III do CP.
OBS: normalmente quando a peça cobrada é queixa crime, é prudente que o candidato faça também a procuração nos moldes do artigo 44 do CPP, especificando sobremaneira o nome do querelante e a menção do fatos criminosos.
9. PEDIDOS
Quanto aos pedidos, eles deveriam ser feitos na seguinte ordem:
1º - A condenação da querelada nas penas dos crimes previsto nos artigos 139e 140 c/c o Art. 141, III, na forma do concurso formal do artigo 70, todos do CP; OBS – deixando de fazer esse pedido toda a peça perde se fundamento em razão a perempção.
2º - Pedir a citação da querelada
3º - A condenação da querelada ao pagamento de indenização ao querelante – art. 387, IV do CPP
4º - A condenação da querelada nas custas processuai
5º - A intimação das oitivas abaixo arrolada. OBS – o problema forneceu dado que permitiria ao aluno formular o rol de testemunha. Constou: “não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Carlos, Miguel e Ramirez, que estavam ao seu lado naquele instante”
10. DATA DO PROTOCOLO
Normalmente, nas peças defensivas, a data pedida é uma específica, pois tem que se de acordo como prazo de cada uma das peças que são cobradas. Como no caso da queixa crime não existe um prazo certo, o único cuidado que o aluno deveria ter era de não datar a peça com data que ultrapasse o prazo de seis meses da prática do crime, haja vista a decadência que impera após esse período conforme artigo 103 do CP e artigo 39 do CPP.
PEÇA 03
ENUNCIADO – RESPOSTA PRELIMINAR OBRIGATÓRIA
Mateus , de 26 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 217-A, §1º, c/c art.234-A, III, todos do Código Penal, por crime praticado contra Maísa, de 19 anos de idade. Na peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos: No mês de agosto de 2016, em dia não determinado, Mateus dirigiu-se à residência de Maísa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós com Maísa, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da 2.ª Vara Criminal do Estado XXXX recebeu a denúncia e determinou a citação do réu para se defender no prazo legal, tendo sido a citação efetivada em 18/11/2016. Alessandro procurou, no mesmo dia, a ajuda de um profissional e outorgou -lhe procuração ad juditia com a finalidade específica de ver-se defendido na ação penal em apreço. Disse, então, a seu advogado que a vítima não era deficiente mental, e que já a namorava havia algum tempo. Disse ainda que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas. Disse, ainda, que a vítima não quis dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria. Por fim, Mateus informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima e que a mesma poderia comparecer para depor a seu favor em juízo. Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) constituído(a) pelo acusado, a peça processual, privativa de advogado, pertinente à defesa de seu cliente. Indique, ainda, o último dia para oferecimento da peça cabível .
Resposta à acusação
Com fulcro no artigo 396-A , pelos motivos de fato e de direito que passa a expor:
Não deixe de citar o artigo em que se fundamenta a peça. É um ponto relevante explorado 
pelo examinador
pítulo 3
I – DOS FATOS:
Mateus foi denunciado porque, em agosto de 2010, supostamente teria se dirigido à residência de Maísa e a constrangido a com ele manter conjunção carnal, resultando assim na gravidez da suposta vítima, conforme laudo de exame de corpo de delito. Narra ainda a exordial que, embora não se tenha se valido de violência real ou de grave ameaça para a prática do ato, o réu teria se aproveitado do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência ao propósito criminoso, assim como de validamente consentir, por se tratar de deficiente mental, incapaz de reger a si mesma.
Faça um pequeno resumo do que é narrado no problema atentando-se para aspectos rele-
vantes a serem explorados quando da argumentação.
II – DO DIREITO:
Em primeiro lugar, na ordem de temas a serem tratados na peça processual, deve-se traba-
lhar com as preliminares.
Preliminarmente, há que se destacar a ilegitimidade do Ministério Público para a propositura da presente ação, tendo em vista a inexistência de manifestação dos genitores da vítima neste sentido.
Como se vê pelo artigo 225 do Código Penal, somente se procede mediante ação penal pública condicionada nos casos de hipossuficiência financeira da vítima e de seus genitores.
Trata-se, portanto, de ação penal pública condicionada à representação, sendo esta uma manifestação do ofendido ou de seu representante legal, no sentido de autorizar o Ministério Público a iniciar a ação penal. A representação é, nestes termos, uma condição de procedibilidade.
Sobre a imprescindibilidade da representação noscasos em que a lei a exige, interessante trazer à lume o entendimento jurisprudencial:
Indispensabilidade da representação: – STJ: “Representação. A ação penal, dependente de representação, reclama manifestação do ofendido para atuação do Ministério Público. Sem essa iniciativa, a ação penal nasce com vício insanável”. (RSTJ 104/436) – (MIRABETE – Código Penal Comentado – Editora Atlas – pg. 643) 
Doutrina citada apenas para demonstrar a tese com maior clareza. Não há necessidade, na prova prático-profissional da OAB , de citar doutrinas
Diante de tal situação, há que se comentar que a representação é uma condição específica para esse tipo de ação sem a qual a ação penal sequer deveria ter sido ajuizada.
Nesses termos, o que se denota é a ocorrência de uma da causa de nulidade, sendo esta, de modo específico, prevista no artigo 564, III, a do Código de Processo Penal.
Após alegar as circunstâncias preliminares, alega-se a matéria de mérito, conforme feito a seguir:
No que diz respeito ao mérito, devemos nos atentar para o fato de que o réu desconhecia a alegada condição de tratar-se a vítima de débil mental, sendo este um dos requisitos previstos em lei para que se presuma a violência. Senão vejamos:
Art. 224 – Presume-se a violência, se a vítima:
[…]
b) é alienada ou débil mental, e o agente conhecia esta circunstância.
Não sendo a debilidade aparente e, portanto, desconhecida pelo réu, os atos sexuais, nas circunstâncias em que foram praticados, deram-se de forma não criminosa por manifesta atipicidade.
Não bastassem tais circunstâncias, compulsando os autos, observa-se ainda a inexistência de Laudo Pericial comprovando a alegada debilidade mental, que, aliás, não pode ser presumida.
III – DO PEDIDO:
Do mesmo modo em que existe ordem certa para as alegações, existe para o pedido. Em 
primeiro lugar, devemos elaborar os pedidos relacionados às preliminares, para só depois 
mencionar aqueles ligados ao mérito.
Diante do exposto, requer seja anulada ab initio a presente ação penal, com fulcro no artigo 564, inciso II do Código de Processo Penal, devendo exordial ser rejeitada com fulcro no artigo 395, inciso II do aludido Código. Não entendendo desta forma, requer seja o acusado absolvido sumariamente com espeque no artigo 397, inciso III do Código de Processo Penal. 
Entretanto, caso ainda não seja este o entendimento de Vossa Excelência, requer a realização de Exame Pericial, para que se verifique a higidez mental da suposta vítima e sejam ouvidas as testemunhas a seguir arroladas no decorrer da instrução:
ulo 3
Testemunha 1 – Romilda, qualificada à fl. __.
Testemunha 2 – Geralda, qualificada à fl. __.
PEÇA 05
ENUNCIADO
Alegações Finais (Memoriais) 
Tício, solidário a gravidez de sua amiga Maria, ofereceu carona a mesma após mais um dia de trabalho na empresa em que trabalham juntos. Ocorre que Tício, de forma imprudente no caminho de volta, imprime velocidade excessiva, sem observar o seu dever de cuidado, pois queria chegar a tempo de assistir ao jogo de futebol do seu time do coração que seria transmitido naquela noite. Assim, Tício, ao fazer uma curva fechada, perdeu o controle do veículo automotor que capotou. Os bombeiros que prestaram socorro ao acidente encaminharam Maria para o Hospital mais próximo onde ficou constatado que a mesma não havia sofrido qualquer lesão. Contudo, na mesma ocasião constatou -se que a gravidez de Maria havia sido interrompida em razão da violência do acidente automobilístico, conforme comprovou o laudo do Instituto Médico Legal, às fls. 14 dos autos. Com base nessas informações, o Ministério Público da Comarca da Capital do Estado XXXXX ofereceu denúncia em face de Tício e imputou ao mesmo a conduta descrita no delito de aborto provocado por terceiro e, assim, incurso nas penas do art. 125 do CP. O processo foi normalmente instruído, tendo sido realizadas todas a oitiva da vítima Maria, das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa e, em seguida com o interrogatório do acusado Tício, tudo na forma do art. 411 do CPP. A defesa de Tício foi intimada no dia 9 de fevereiro de 2017 (quinta-feira). Registre-se que Tício respondeu ao processo em liberdade. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, as teses jurídicas pertinentes.
RESPOSTA
EXCELENTÍSSI MO SEN HOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO TRIBUN A L DO JÚRI DA VA RA CRIMINAL DA COMARCA DO ESTADO ... 
 
 
Processo nº.... ... ... .. ... ... ... ... .. 
 
TÍCIO, já devidamente qualificado nos auto s do processo criminal em epígrafe que lhe move o Ministério Público, por suposta infração com com base no Artigo 125 do Código Penal, por seu advogado que subscreve, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, respeitosamente , interpor: 
 
ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS 
 
nos termos do Artigo 403, § 3 º do Có di go de Processo Penal pelos motivos de fato e de di rei to aduzidos : 
 
I.DO FA TO 
Tício , soli dári o a gravidez de sua ami ga Mari a, ofe re ce u carona a me sma após mais um di a de trabal ho na e mpre s a em que trabalham juntos. Ocorre que Tíci o, de forma i mprud ente no cami nho de vol ta, i mpri me ve loci dad e e x ce s si va, sem ob se rvar o seu dev e r de cuidado, pois que ri a che gar a tempo de as si sti r ao jogo de fu te bol do s e u ti me do co ração q ue se ri a transmi ti do naquela noi te . A ssi m, Tíci o, ao f aze r uma curva fechada, pe rde u o controle do ve ícu lo automoto r que capoto u. Os bomb ei ros qu e pre s taram socorro ao acide n te e ncami nharam Mari a para o Hos pi tal mai s próxi mo onde f i cou constatado que a me sma não havi a sof rido qual q ue r le s ão. Contud o, na me sma ocasi ão constatou - se que a gravi de z de Mari a havi a sido in te rrompi da em razão da v i olê nci a do aci de n te automobi l ísti co, co nf orme comprovou o l aud o do I nsti tuto Mé di co Legal , às fl s. 14 dos autos. 
 
II.DO DI REITO 
O mini s té rio Públi co Es tadual denun ci ou Tíci o que ao dar carona a s upos ta v íti ma, sob f orma i mprud en te, ao re tornar p ara casa diri gi n do se u ve ícul o automotor, i mpri mi u ve l oci dade e x ce ssi v a na vi a, po i s que ri a re tornar a sua re si dê nci a mai s ce do, em de corrê nci a do j ogo do se u ti me de coração, qu ando se m te r a i nte nção, e m uma curva fechada, pe rdeu o controle da di re ção v indo a capotar. Fora constatado pe los b omb ei ros que os socorreram que a v ítima não sof re ra qu alque r le são, po rém e m lau do re ali zado pelo Insti tuto Mé di co Le gal vie ra a s of re r aborto e m de corrê ncia do acide n te . 
Conforme o Arti go 125 do Códi go P enas, ve rsa que se rá p e nalizado aquele que provocar, se m o conse nti me nto da v íti ma. O aborto tem o ti po su bje ti vo de cri me, se ndo 
somente ace i to em sua forma DOLOSA e NU NC A em sua forma cul pos a. 
Enten de nd o assi m a j uri sp rudênci a: 
PROC ESSUAL PENA L - A BORTO PROV OC ADO - AU SÊN CIA DE DOLO - I MPRON ÚN CIA - LAU DO AS SINA DO POR UM ÚN ICO P ERITO - P OS SI BILIDADE. 1. Dian te dos p rin cíp ios ""p as d e nu llité sa ns grief "" e da ins trumen ta lidad e da s fo rma s, previstos nos artig o s 563 e 56 6, do CP P, nã o se decreta a nulid ad e d e n enhum ato pro cess ua l qu e dele não res ulte preju ízo pa ra a acu sa çã o ou pa ra a d efesa , bem como o q ue n ão ten ha inf luído na a pu raçã o da v erda de su bs tancial ou na decis ão da ca usa . 2. De acordo com a jurisp rudên cia sed im enta da n os Trib un ais Su perio res, bem como n a S úmu la 28 des te Trib un al, n ão é nulo o exa me p ericia l realiz ado po r um único perito of icia l, pois a ex ig ên cia de do is perito s aplica -se ao s caso s em qu e a p erícia f or realiza da po r p eritos leigo s. 3. Dia n te da a usên cia do elemento subj etiv o do dolo esp ecíf ico na co ndu ta do ag ente, d enun cia do po r crim e d e ab o rto p rovo ca do sem o con sentimento da g esta nte,aind a q u e o m édico faça op ção po r pro ced imento pouco recom end áv el p a ra o ca so , não há 
elemento s para se af irma r qu e ag iu do losa men te, com inten ção d e pro vo car o a borto da gestante e a mo rte d o f eto , imp on do -se, n os termo s d o a rt. 409, do CPP, a sua impron ún cia . 
Prelimin a res rej eitad as. Recursos desp rov id o s. 
 
( TJ- MG 104 70 050 236442001 1 MG 1. 04 70.05.02 36 44-2/00 1( 1) , Rel ator: A N TÔNI O ARMA NDO 
DOS ANJOS , Data de Jul game nto: 04/ 03/200 8, Data de Pub li cação: 09/ 04/20 08) 
 
 Tício n ão te ve obj e ti vo de pre judi car ou i nte rrompe r a gravidez de Maria. Sua i n te nção f oi some nte a d e , como a mi gos que e ram, dar uma carona e proporci on ar mai or conf orto n o retorno do trabal ho . 
 Portanto, não have ndo o DOLO DIRETO OU EVENTUA L de provo car o acide nte e ge rar 
o re s ul tado aborto, torna- se a de nú nci a do Mi nisté ri o Púb li co A TÍP ICA, na forma do Arti go 415, II I DO Códi go de Proce s so Penal . 
 
III.DO PEDIDO 
Face ao ex posto re que r: 
A absol vi ção sumári a do réu com bas e no Artigo 415, II do Códi go de Proce sso Penal. 
 
 
Data. 
ADV OGADO
OA B n
PEÇA 06 Liberdade Provisória em Prisão em Flagrante
ENUNCIADO
Alberto e Benedito foram presos em flagrante por agentes policiais do 4º Distrito Policial da Capital, na posse de um automóvel marca Fiat, Tipo Uno, que haviam acabado de furtar. O veículo qua ndo da subtração, encontrava-se estacionada regularmente em via pública da Capital. O Dr. Delegado de Polícia que presidiu o Auto de Prisão em Flagrante capitulou os fatos como incursos no artigo 155, § 4º, IV, do Código Penal. Motivo pelo qual não arbitrou fiança, determinando o recolhimento de ambos ao cárcere e entregando-lhes nota de culpa. A cópia do Auto de Prisão em Flagrante foi remetida pelo juiz da 4ª Vara Criminal da Capital, Alberto reside na Capital, é primário e trabalhador. Elaborar na qualid ade de defensor de Alberto a medida cabível.
RESPOSTA
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 4ª Vara Criminal da Comarca de _______ da Capital do Estado de ____.
Processo nº: _________.
ALBERTO, já qualificado nos autos às folhas (  ), vem por meio de seu advogado e procurador que a este subscreve, conforme procuração em anexo, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a concessão de 
LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA
com fulcro no artigo 5º, inciso LXVI, da Constituição Federal cumulado com artigo 310,inciso III, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e direito a seguir expostas:
I- DOS FATOS
O acusado encontra-se preso à disposição da justiça em virtude de prisão em flagrante pelos suposta pratica do delito previsto no artigo 155, § 4º do Código Penal, por supostamente ter participado do furto de um  automóvel, Fiat, tipo Uno. 
Em razão da qualificadora de concurso de pessoa, a autoridade policial entendeu por bem não arbitrar fiança, determinando o recolhimento do acusado ao carcere e entregando-lhe nota de culpa, sendo a cópia dos autos de prisão em flagrante remetida para este juízo. 
Ocorre que o acusado é pessoa de boa índole e mantém o sustento de sua família através de seu trabalho, possuindo residência fixa e não apresentando antecedentes criminais, sendo a primeira vez que se depara com uma situação como está. Ademais, o veículo foi encontrado em perfeito estado de conservação e devidamente estacionado na sargenta, conforme autos de apreensão (  ), não tendo a vítima qualquer prejuízo financeiro.
II - DO DIREITO
A prisão cautelar reveste-se de caráter de excepcionalidade, pois somente deve ser decretada quando ficarem demonstrados o fumus bonis iuris e o periculum in mora, o que não ocorreu no presente caso. 
O Requerente é primário e portador de bons antecedentes, conforme comprova documentos de folhas (  ), logo não há risco à ordem pública se posto em liberdade.
Da mesma forma, não  há indícios de que o acusado em liberdade ponha em risco a instrução criminal, a ordem pública e, tampouco, traga risco à ordem econômica.
Por fim, o requerente tem residência fixa na  __, nº___, bairro___, nesta comarca, e trabalhadora, conforme documentos em anexo (  ), portanto, não há risco à aplicação da lei penal.
Assim, conforme lesiona a melhor doutrina, uma vez verificado que estão ausentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal, a liberdade provisória é medida que se impõe, conforme determina o parágrafo único, do artigo 321, do Código de  Processo Penal.
Devendo ser concedido o pedido de liberdade provisória, pela ausência dos requisitos elencados no artigo 312 do Código Processo Penal, como forma de direito e de justiça. 
III - DO PEDIDO
Diante do exposto, requer que seja deferida liberdade provisória sem fiança ao Requerente,  com a expedição de alvará de soltura. Assim, como a intimação do Ilustre representante do Ministério Público, nos termos da lei.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Local, dia de mês de ano.
___________________________
Advogado
OAB/UF nº 
PEÇA 07 Relaxamento da Prisão
ENUNCIADO
No dia 15/11/2016, por volta das 22 horas, Matias conduzia veículo automotor, marca Volkswagen, modelo Gol, placa XYX0611, pela Av. Brasil, na Comarca da Capital, na altura do nº YY, quando foi abordado por uma guarnição da Policia Militar, sendo certo que os policiais constataram que o Matias dirigia veículo produto de crime. Desta maneira, Matias foi preso em flagrante delito pelos PM´s como incurso nas penas do art. 180, do CP. Já em sede policial, a Sra. Miranda , proprietária do veículo, reconheceu, em conformidade com o art. 226 do CPP, Matias como autor do crime de roubo ocorrido 2 dias antes, ou seja, em 13/11/2016. Observado o procedimento de lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, Matias agora encontra-se preso, como autor do delito previsto no art. 180 do CP. Você, advogado criminalista é procurado pela família de Matias para tomar as medidas cabíveis nesse caso
RESPOSTA

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