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Personalidade Jurídica

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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA – UNOESC
Campus de Chapecó
Curso: Direito 
Componente Curricular: Direito Civil I
Professora: Simone Roratto
Acadêmica: Camila Grando
Turma: 1NB 	
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Artigos 11 ao 21 CC/2002
CHAPECÓ
OUTUBRO 2017
INTRODUÇÃO
Historicamente, o estudo dos direitos de personalidade ganhou ênfase a partir das revoluções burguesas do século 18. Entretanto, podemos identificar que a sua proteção já existia desde a idade média, no direito romano, que visava a proteção do indivíduo em face de difamações impostas em face da sua honra.
A ideia a nortear a disciplina dos direitos da personalidade baseia-se na concepção de que o sujeito tem reconhecidamente a tutela pela ordem jurídica de uma série de valores fundamentais, como a vida, a integridade física, a intimidade, a honra, entre outros.
 DIREITOS DE PERSONALIADE
Torna-se imprescindível sabermos o conceito de pessoa para que possamos entender a aplicabilidade da personalidade. Segundo Maria Helena Diniz, pessoa é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações, sendo pessoa sinônimo de sujeito de direito. Todo o homem é pessoa, é pela capacidade de exercer atos por si que se mede a personalidade. Ainda segundo Diniz, para ser pessoa basta que o homem exista, e, para ser capaz, o ser humano precisa preencher os requisitos necessários para agir por si só. 
Conceito de Direito de Personalidade
Segundo Gagliano, conceituam-se os direitos da personalidade como aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e em suas projeções sociais. A personalidade é, portanto, o conceito substancial da ordem jurídica que abrange a todos as pessoas, tanto físicas quanto jurídicas. Já para Carlos Alberto Bittar, esses direitos seriam próprios da pessoa em si (ou originários), diante da dignidade humana ou referentes às suas projeções para o mundo externo (ou seja, à pessoa como ente moral e social, em suas interações da sociedade.
O conhecimento dessas regras é de interesse do Direito Privado, já que, se dirige a aptidão do homem para agir juridicamente. 
A personalidade é, portanto, a aptidão para adquirir direitos e contrair obrigações.
Tais direitos destinam-se a resguardar a dignidade humana por intermédio de sanções, que por sua vez, suspendem os atos que desrespeitam a integridade física, moral ou intelectual do indivíduo. 
Esse princípio se destaca no artigo 1º do Código Civil, que dispõe: “Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil”.
Segundo Orlando Gomes, a personalidade se identifica por particularidade que, em conjunto, identificam a pessoa. Seriam elas o nome, o estado e o domicílio. Pelo nome se identifica a pessoa, pelo estado, a sua posição na sociedade como indivíduo e pelo domicílio o local da sua atividade social.
Fundamentos
Com relação aos fundamentos jurídicos duas correntes se diferem, a corrente positivista e a corrente jusnaturalista. Onde a primeira se baseia na ideia de que os direitos da personalidade devem ser somente aqueles reconhecidos pelo Estado e não aceitam a existência de direitos inatos à condição humana. Enquanto a segunda destaca que os direitos da personalidade correspondem às faculdades exercitadas naturalmente pelo homem, atributos, esses, intrínsecos à condição humana.
Características dos direitos da personalidade
Por serem direitos naturais à pessoa, em suas diversas projeções, os direitos da personalidade são munidos de certas características particulares, sendo eles: absolutos, gerais, extrapatrimoniais, indisponíveis, imprescritíveis, impenhoráveis e vitalícios.
Seu caráter absoluto se dá por sua própria natureza, opõem-se erga omnes, implicando abstenção. Assim, ninguém tem o direito de dispor da própria vida.
Segundo Stolze a noção de generalidade significa que os direitos da personalidade são outorgados a todas as pessoas, simplesmente pelo fato de existirem.
São extrapatrimoniais pois não são suscetíveis a avaliação pecuniária, ainda que sua lesão gere qualquer efeito econômico. 
A indisponibilidade significa que nem por vontade própria do indivíduo o direito pode mudar de titular, é um direito que nasce e se extingue com a pessoa, não se transmite sequer após a morte.
Ainda segundo Stolze a imprescritibilidade dos direitos da personalidade deve ser entendida no sentido de que inexiste um prazo para seu exercício, não se extinguindo pelo não uso. Ademais, não se deve condicionar a sua aquisição ao decurso do tempo, uma vez que, segundo a melhor doutrina, são inatos, ou seja, nascem com o próprio homem.
A impenhorabilidade é uma consequência da indisponibilidade de tais direitos, isso porque, há determinados direitos que se manifestam patrimonialmente.
São vitalícios pois acompanham o indivíduo desde o nascimento com vida até a sua extinção. 
Classificação
Como já citado anteriormente os direitos de personalidade se distinguem em três categorias, sendo elas: físicas, psíquicas e morais. Abrangendo cada uma, respectivamente, corpo vivo cadáver e voz. As psíquicas, liberdade, criações intelectuais, privacidade, segredo e por fim, as morais abrangendo a honra, a imagem e identidade pessoal. 
Código Civil 	
O art. 11 ao tratar dos direitos da personalidade, estabelece garantias e proteção a tais direitos. Sendo assim está disposto no “art. 11.  Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária”. 
O próximo artigo trata da tutela geral dos direitos da personalidade, protegendo os indivíduos de qualquer ameaça ou lesão à sua integridade física ou moral. Nesse sentido determina o “art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei”.
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau.
Segundo Gagliano, o corpo, como projeção física da individualidade humana, também é inalienável, embora se admita a disposição de suas partes, seja em vida, seja para depois da morte, desde que, justificado o interesse público, isso não implique mutilação, e não haja intuito lucrativo. A proteção a integridade física está prevista no “Art. 13. Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.
Ainda tratando a respeito da integridade físico o Art. 14 dispõe: “É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo”.
Correlacionado ao direito a vida, admite-se o direito a integridade física. Sobre o tema, dispõe o art. 15. “Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica”.
Portanto o indivíduo tem a prerrogativa de se recusar ao tratamento, em função do seu direito à integridade física, salientando que, no caso da impossibilidade de sua manifestação volitiva, deve esta caber ao seu responsável legal.
O direito ao nome é consagrado no art 16. Toda pessoa natural identifica-se pelo nome, que é uma denominação própria de cada pessoa. Os dispositivos pertinentes ao nome são: 
“Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.
Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.
Art.18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome”.
Por tratar-se o nome de atributo da personalidade, é assegurada a proteção ao seu uso, e sua defesa contra abusos de terceiro.
O artigo 20 do Código Civil contempla os direitos intelectuais e proteção à imagem. Esse dispositivo protege a imagem e os acontecimentos pessoais da exposição indevida, assegurando a individualidade da pessoa. No entanto, há certas limitações ao direito à imagem, com dispensa de anuência para sua divulgação, quando se tratar de pessoa notória ou no exercício de cargo público, e em todos os casos em que houver interesse público que prevaleça sobre o direito individual. Sendo ele: “Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes”.
Também considerada inviolável pela constituição, a vida privada é entendida como a vida particular da pessoa natural, compreendendo como uma de suas manifestações o direito à intimidade, protege a pessoa da indiscrição alheia e de interferências externas em sua vida particular.
Trata-se de um direito da personalidade, cuja tutela jurídica veio a ser consagrada no art. 21, que dispõe:
“Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma”.
Tratamento de tais direitos às pessoas jurídicas
Segundo Josaphat Marinho, questão a considerar, também, é a da extensibilidade dos direitos personalíssimos à pessoa jurídica. Não é dado no caso generalizar, para que tais direitos não se confundam com os de índole patrimonial. É por isso que Santoro Passarelli doutrina que a tutela dos direitos da personalidade se refere ‘não só às pessoas físicas, senão também às jurídicas, com as limitações derivadas da especial natureza destas últimas’”.
O novo Código Civil estabelece no seu “Art 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade”. 
CONCLUSÃO	
Por fim, o objetivo desse trabalho foi, a partir do estudo dos fundamentos dos direitos de personalidade entender a aplicação de tais direitos à pessoa humana. Se toda a pessoa é sujeito de todas as relações jurídicas, torna-se imprescindível o seu entendimento acerca da esfera civil, já que a aplicação dos direitos de personalidade leva em conta a vida e a morte do indivíduo. 
Dessa forma, o papel dos direitos de personalidade é de suma importância, já que tem o objetivo de proteger nossos direitos fundamentais, como honra, imagem, vida privada e intimidade, preservando-os de forma imediata. 
REFERÊNCIAS
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 8º Edição. São Paulo: Editora Saraiva, 1991.
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil. 14º Edição: Editora Saraiva, 2012.
GOMES, Daniela Vasconcellos. Algumas considerações sobre os direitos da personalidade. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIII, n. 80, set 2010. Disponível em: <http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8264>. Acesso em out 2017.
GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil. 18º Edição. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2002.
LOPES, Braulio Lisboa. Direitos de personalidade. Inovações introduzidas pelo Código Civil de 2002. Disponível em: <http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/anexos/8073-8072-1-PB.htm>. Acesso em out 2017.

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