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Fundamentos de Petróleo e Gás
Substituição do petróleo pelo etanol no brasil e no mundo
O Aquecimento Medieval
 A partir do ano 800, o mundo experimentou o último grande ciclo de aquecimento antes do atual. 
 Foram nada menos que 500 anos de aumento geral de temperatura. Pouco se sabia sobre esse período (em geral, só é possível conhecer o clima do passado com total segurança apenas do século 18 em diante). Mas a constatação de que o mundo ficou mais quente naquele momento surgiu nos últimos anos, a partir de medições em anéis de árvores centenárias, registros de corais e marcas em icebergs. Esses dados foram cruzados com o uso de softwares de climatologia pelo especialista Brian Fanagan, antropólogo da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara. 
 
De acordo com Fanagan, essa mudança climática provocou longas secas em diversas partes do globo, enquanto outras regiões frias ficaram mais habitáveis e mares congelados se tornaram acessíveis. Tais alterações drásticas ajudaram a mudar o destino dos mais diversos povos daquela época - dos mongóis até os maias, passando pelos índios da América do Norte e pelos moradores das grandes cidades europeias. 
E isso fez com que as temperaturas menos geladas no mar do Norte aumentam o alcance dos vikings, que chegam à Groenlândia em 985 e fazem contato com tribos esquimós americanas. Compram presas de morsas. Em troca, presenteiam os índios com ferro. 
Na América do Norte, na região onde agora ficam Califórnia, Nevada, Utah, Oregon e Idaho, a seca acaba com a economia dos indígenas. 
Os mongóis invadiram a Europa pela primeira vez em 1237. Quatro anos depois, após destruir Kiev, chegaram perto de Viena e Veneza. O avanço alcançou o auge depois da Batalha de Leignitz. Com 20 mil homens, os asiáticos bateram 25 mil europeus. Pouco depois, divisões internas iriam parar o domínio mongol no Velho Continente.
O Velho Continente desfruta de invernos mais amenos e verões mais longos. Isso se traduz rapidamente em uma produção maior de alimentos e no aumento da população. A nova demanda por serviços especializados facilita o desenvolvimento das cidades.
Na Ásia o avanço mongol, dependentes do cavalo para buscar alimentos em regiões distantes entre si, os mongóis vivem no norte durante o verão e no sul quando chega o inverno. A seca na Ásia Central interrompe esse ciclo. Em busca de melhores terras, os asiáticos invadem a Europa. 
A seca e sua contribuição para o fim a civilização maia no México e na América Central
Há anos historiadores suspeitam que uma seca extremamente violenta foi uma das causas da extinção da civilização maia. Agora, os cientistas conseguiram mapear as variações climáticas que ocorreram durante quase 2.050 anos - começando 40 antes do nascimento de Cristo e terminando em 2006 - e puderam correlacionar essas mudanças climáticas ao surgimento, apogeu e o desaparecimento da civilização maia. Imagine que a cada hora uma gota de água caia no topo da estalagmite e evapore, adicionando uma nova camada de minerais. Imagine agora que esse processo ocorra ininterruptamente durante milhares 								
O resultado é a formação de uma estrutura na forma de dedo (algumas têm metros de altura) onde cada camada contém os minerais presentes na gota d'água que caiu naquela hora, daquele dia, daquele ano. Por esse motivo, as estalagmites são um registro temporal extremamente confiável do clima de uma região. Em 2006, cientistas coletaram uma estalagmite de 56 centímetros de comprimento na caverna de Yok Balum. Os 45 centímetros do topo da estalagmite foram fatiados como se fosse um salame. Cada fatia tinha 0,1 milímetro de espessura. Usando um método que mede a quantidade de urânio e tório, os cientistas puderam determinar a idade de cada uma dessas fatias.			
 Durante 2.050 anos, gota a gota, a composição da água que pinga nessa caverna estava registrada nesses 45 centímetros de estalagmite. De posse da idade de cada fatia, outra amostra de cada fatia foi utilizada para determinar a presença do isótopo 18 do oxigênio. Uma maior quantidade desse isótopo está relacionada a uma maior quantidade de chuva na época em que a fatia foi formada; uma quantidade menor do isótopo indica menos chuva. Correlacionando os dados de idade e de quantidade de chuva em mais de 4,2 mil fatias, foi possível fazer um gráfico que indica quanto choveu, a cada semestre, naquela região desde 40 anos antes do nascimento de Cristo até o presente. As duas maiores secas que ocorreram na região após a chegada dos europeus (em 1535 e em cinco anos entre 1765 e 1800) aparecem claramente no gráfico. O passo seguinte foi colocar no mesmo gráfico os diversos eventos da civilização maia. 										
O período áureo da civilização maia surgiu por volta dos anos 300, mas os centros urbanos e a construção dos monumentos se iniciou por volta do ano 400, após uma grande seca que ocorreu entre 400 e 425. Após essa seca, o número de cidades cresceu muito, atingindo o máximo por volta do ano 780. Durante esses 360 anos, não houve secas na região. A primeira seca importante, que durou 15 anos, ocorreu em 820 e coincide com a não construção de novas cidades. Após essa seca, as chuvas voltaram em intensidade menor até o ano 910 e novas cidades apareceram nesse século. Uma seca forte que durou dez anos, iniciada em 910, marcou o fim das grandes construções.
Um Verão Horroroso
Outra das grandes erupções dos últimos tempos ocorreu em 19 de abril de 1815 na ilha indonésia de Sumbawa, a leste de Java, a qual foi sacudida pela explosão do Tambora. O cone superior do vulcão foi projetado na atmosfera na forma de lava e cinzas, o que escureceu o céu num raio de 500 quilómetros. Pelo menos 12 mil pessoas morreram como consequência direta da erupção, e outras 44 mil sucumbiram à fome nas ilhas vizinhas.
As consequências fizeram-se sentir em todo o mundo: 1816 foi batizado como “o ano sem verão”. As baixas temperaturas foram acompanhadas por chuvas intensas na Europa Central e Ocidental durante os meses cruciais para o desenvolvimento dos cultivos. Os habitantes de Taranto, no sul de Itália, observaram flocos de neve vermelhos e amarelos a cair do céu.
Na Europa, que ainda estava a recuperar das guerras napoleónicas, os motins suscitados pela escassez de pão e outros alimentos reapareceram com uma violência inusitada. A crise durou vários anos e deu origem a um êxodo maciço em algumas nações: milhares de ingleses e de alemães da Renânia partiram para os Estados Unidos. Um estudo sobre o fenómeno na península Ibérica cita o testemunho de um certo José Manuel da Silva Tedim, habitante de Braga que registou desta forma o invulgar comportamento da meteorologia em julho de 1816: “Tenho 78 anos e nunca vi tanta chuva e tanto frio, nem mesmo em meses de inverno.” Em Espanha, nevou em julho...
Explosão do Huaynaputina
O que teria provocado essa brusca descida da temperatura? Embora não haja consenso, alguns climatologias respondem que uma das causas pode ter sido a agitação solar associada às manchas do astro-rei. Possivelmente, também teve influência o aumento da atividade vulcânica, cujas erupções cobriram com um fino véu de cinza as camadas altas da atmosfera. 
Entre 16 de fevereiro e 5 de março do ano 1600, registou-se a erupção do vulcão Huaynaputina, na cordilheira dos Andes (Peru), o qual lançou uma chuva impressionante de pedras e cinzas. O verão de 1601 foi o mais frio de que havia memória desde 1400 e conta-se entre os mais gélidos dos últimos 1600 anos nos países escandinavos. Na Europa Central, o Sol e a Lua exibiam uma cor avermelhada, a sua luz mal se via e quase não brilhavam, como foi descrito por algumas testemunhas. 
Uma parte do fino pó vítreo cuspido pelo Huaynaputina foi depositar-se nos gelos da Antártida: os climatologias encontraram vestígios nos estratos que correspondem ao perío­do 1599-1604. Os elevados níveis de sulfato que descobriram indicam que a quantidade de sedimento que lançou na estratosfera duplicou a dofilipino Pinatubo, que explodiu em junho de 1991. 
A erupção do Huaynaputina não foi exceção. O planeta sofreu picos de frio relacionados com a atividade vulcânica nos anos 1641–1643, 1666–1669, 1675 e 1698–1699. Os cientistas desconhecem a que erupções se deveram, exceto a do monte Parker, também nas Filipinas, um vulcão que despertou a 4 de janeiro de 1641. Nas palavras daqueles que assistiram ao fenómeno, ao meio-dia parecia noite fechada.
Bibliografia
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/aquecimento-medieval-500175.shtml
http://www.superinteressante.pt/index.php/historia/artigos/2253-memorias-do-frio
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,seca-e-fim-da-civilizacao-maia-imp-,99407

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