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Trabalho de genetica (1) correto cert

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HISTÓRIA 
Em uma sociedade cada vez mais preocupada com saúde a nutrição tem sido um assunto muito abordado em todas as mídias. A cada ano surgem diversas dietas, sejam para emagrecer ou prevenir doenças. Porém, a nutrição é um processo que necessita de tempo e é individualizado para que sejam obtidos resultados desejados, pois cada um terá uma reação diferente aos diversos tipos de dietas. A Nutrição contemporânea está centrada em pesquisas visando a promoção da saúde e a prevenção de doenças. 
Buscando entender o motivo pelo qual existe uma grande variabilidade de interação e respostas individuais diante de dietas e mudanças alimentares que propõe a nutrição, na medicina moderna surge dois conceitos de estudo que são chamadas nutrigenética e nutrigenômica, em parceria com ferramentas da biologia molecular, devido ao sucesso proveniente do projeto genoma humano (Ordovas 2004). 
Atualmente os cientistas notaram que todas as doenças estão ligadas a informações nos genes direta ou indiretamente, de acordo com isso a nutrição possui papel fundamental, pois pode amenizar os efeitos prejudiciais das diversas modificações genéticas que provocam doenças Por conta disso a genotipagem deve ser inserida a avaliação nutricional e a recomendações personalizadas para a individualidade genética. Com essa inclusão a nutrição teria um papel também de avaliar a vulnerabilidade genética a doença, posteriormente recomendar um tratamento preventivo (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012)
NUTRIGENÉTICA
O estudo genoma humano é relevante para a compreensão de interações entre gene e meio ambiente, pois cada ser humano é único, possui um fenótipo distinto dos demais (STOVER, 2006). Logo, sua interação com o meio em que está presente, deve ser diferente também. Isso foi verificado e evidenciado nos muitos casos de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e outras doenças crônicas estão associadas às interações entre genes com o ambiente (KAPUT; RODRIGUEZ, 2004). Visando essa associação a nutrigenética, estuda as respostas individuais a determinadas modificações na alimentação e também estuda o efeito da alterações genética na associação entre dietas e doenças (ORDOVAS; MOOSER, 2004). O seu proposito é produzir recomendações que possibilitem apresentar os riscos e benefícios do uso de dietas especificas ou componentes dietéticos para cada individuo, ou seja, propor uma “ dieta personalizada” de acordo com a constituição genética do paciente(Ordovas & Corella 2004). 
Nutri genômica 
A nutri genômica estuda como os componentes de alimentos inter-relacionar-se com os genes e seus produtos na modificação do fenótipo, ou seja, na informação da expressão gênica. Por isso é preciso entender a forma em que os nutrientes e os compostos ativos agem na modulação da expressão gênica. (KAPUT et.al 2005).
 Segundo AFMAN E MULLER (2006), o objetivo da nutri genômica é definir a ação que os nutrientes ou componentes bioativos têm na expressão genética e como essa modificação poderá ocasionar diferentes respostas no individuo.
Portanto, a nutri genômica permite estudar ao longo do tempo a influência da dieta na estrutura e expressão dos genes, favorecendo condições de saúde ou de doença. 
DOENÇAS CRÔNICAS 
A S-adenosilmetionina metaboliza nutrientes provenientes da dieta, como a colina, etionina, ácido fólico, vitamina B6 (piridoxina), B12 (cobalamina) e B2 (ribofl avina). Portanto, a deficiência desses nutrientes leva à alterações no metabolismo do carbono, prejudicando a metilação do DNA e aumentando o risco de doenças crônicas, como o câncer, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e outras variedades de origem inflamatórias serão as mais beneficiadas com as pesquisas em nutrigenômica (STOVER; GARZA, 2002). 
CÂNCER
Câncer é uma doença de natureza multifatorial e complexa. Pesquisas sobre os efeitos dos componentes alimentares e seus efeitos sobre o câncer tem mostrado que estes podem potencialmente fornecer proteção em várias fases durante o desenvolvimento do câncer (ARDEKANI; JABBARI, 2009; DAVIS, 2007). 
Alguns nutrientes como cálcio, zinco, selêncio (exercem efeitos epigenéticos através de modificações das histonas), ácido fólico, ácidos graxos essenciais, vitaminas (C, D e E), compostos bioativos (carotenóides, flavonóides, indóis, compostos de enxofre) e os fitoquímicos, podem influenciar o metabolismo cancerígeno, a sinalização celular, o controle do ciclo celular, a apoptose, o equilíbrio hormonal e a angiogênese (SURH, 2003). 
Componentes bioativos presente na dieta podem prevenir a carcinogênese pelo mecanismo de bloqueio de ativação metabólica e do aumento de desintoxicação. Já alimentação rica em frutase podem oferecer proteção contra o desenvolvimento de câncer, o mesmo é parcialmente mediado pela supressão de danos ao DNA e um aumento simultâneo da capacidade de reparo do deste (KEUM; JEONG; KONG, 2004). 
Estudos de prevenção do câncer têm mostrado que todas as principais vias de sinalização desreguladas em diferentes tipos de câncer são afetadas por nutrientes. As ROS, tais como o superóxido, peróxido de hidrogênio e radicais hidroxilas atacam as bases nitrogenadas do DNA resultando em potencial erro de transcrição de sequência de DNA. Nas células, existem muitas vias de reparo de DNA que evitam a permanência de danos ao DNA e ajudam a manter a estabilidade do genoma o que por sua vez leva a prevenção do câncer (COOKE et al., 2005). 
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
KAPUT; RODRIGUEZ, (2004) afirma que doenças crônicas como: diabetes, doenças cardiovasculares e outras estão envolvidas na interação dos genes como fator ambiental.
O alimento pode ser considerado um fator ambiental visto que nos podemos adoecer o não por casa dele. 
Por essa razão ORDOVAS,CORELLA (2004) fala que os hábitos alimentares merecem atenção por ser capaz de modular a expressão gênica. 
Tanto os nutrientes como os compostos de alimentos constituem fatores que podem alterar a expressão gênica levando a modificações nas funções metabólicas.
Essa interação percorre durante toda vida; Para LEONG ET. AL (2003) a primeira esta relacionada com a fase fetal que ainda no útero a criança passa pela interação gene- nutriente a pode ser um erro congênito no metabolismo e o terceiro pode ocorrer devido a doenças multifatoriais onde o mesmo tipo de dieta por longo período ocasiona.
De acordo com ORDOVAS (2007) uma dieta pode modificar os riscos de doenças cardiovasculares tanto melhorar como agravar.
Assim se faz necessário ter conhecimento na variedade de genes envolvidos com as doenças cardiovasculares para se ter respostas a indivíduos perante a dieta.
Para CORELLA, ORDOVAS ( 2007) na nutri genômica existem duas terminologias fenótipos intermediários e finais onde o primeiro fatores relacionados com a doença cardiovascular podem ser observados antes de acontecerem ajudando assim na prevenção da mesma, já o segundo a doença cardiovascular já se manifestou.
De acordo com LUSIS (2000) as doenças DCV elas podem estar associadas com aterosclerose, hipertensão, trombose e obesidade multifatorial.
Para a organização Pan- Americana da saúde (2003), 20 milhões de pessoas sobrevive a enfartes vasculares. Se houver variação lipídica no plasma pela mudança no consumo de lipídeos e colesterol estudos falam que há um componente genético envolvido.
Portanto uma dieta pode alterar o risco de doenças cardiovasculares um exemplo disso é a relação do polimorfismo no gene adiponectina e resistência a insulina afirma ORDOVAS (2007 ).
CONCLUSÃO
 Os conceitos nutrigenômica e nutrigenética estão intimamente associados, entretanto, eles seguem uma abordagem diferente para a compreensão da relação entre genes e dieta. Buscando otimizar a saúde através da personalização da dieta, fornecendo abordagens para desvendar a complexa relação entre os nutrientes, polimorfismos genéticos e o sistema biológico.
Nutrigenômica visa determinar a interferência dos nutrientes alimentares no genoma. Descrevendo por meio de ferramentasde genômica funcional para analisar um sistema biológico seguindo um estimulo nutricional. Em outras palavras, a nutrigenômica pretende compreender como os nutrientes afetam a homeostase do organismo genético. Por outro lado a nutrigenética estuda os efeitos nas interações dieta-alimentares no individuo, evidenciando associações genéticas alimentares com doenças (ORDOVAS; MOOSER, 2004). A expectativa com esses dois métodos de estudo é que seja possível verificar alterações genéticas, cuja expressão possa ser modificada por componentes alimentares, adotando como estratégias nutricionais para que com isso consiga melhorar a qualidade de vida, promovendo a saúde e prevenindo doenças dos pacientes (GILLIES 2005). Atualmente, o maior desafio destes estudos é a validação e tradução dos resultados encontrados, de maneira a subsidiar as abordagens de saúde personalizada bem-sucedida para a prevenção das doenças metabólicas. 
REFÊRENCIAS 
ARDEKANI, A. M.; JABBARI, S. Nutrigenomics and cancer. Avicenna Journal of Medical Biotechnology, Tehran, v. 1, n.1 , p. 9, 2009.
COOKE, M.S. et al. DNA repair is responsible for the presence of oxidatively damaged DNA lesions in urine. Mutation Research, USA, v. 574, n.1-2, p.58-66, 2005.
GILLIES, P.J. 2005. Nutrigenomics: the rubicon of molecular nutrition. Journal of American Diet Association, 103: S50-S55.
HU, R.; KONG, A.N. Activation of MAP kinases, apoptosis and nutrigenomics of gene expression elicited by dietary cancer-prevention compounds. Nutrition, New York, v. 20, n.1, p. 83-88, 2004.
KAPUT, J.; RODRIGUEZ, R. L. Nutritional genomics: the next frontier in the postgenomicera. Physiol. Genomics, v. 16, n. 2, p. 166-177,2004
MAHAN, L. Kathleen; ESCOTT-STUMP, Sylvia; RAYMOND, Janice L.. Krause: Alimentos Nutrição e Dietoterapia. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 1227 p. (6).
ORDOVAS, J,M. 2004. Simposium on “New sights into variability in lipid requirement” The quest for cardiovascular health in the genomicera: nutrigenetics and plasma lipoproteins. Proccedings of Nutrition Society, 63: 145-152.
ORDOVAS, J.M. & CORELLA, D. 2004. Nutritional genomics. Annual Review in Genomic Human Genetics, 5: 71-118. 
ORDOVAS, J. M.; MOOSER, V. Nutrigenomics and nutrigenetics: editorial review. Curr. Opin.Lipidol., v. 15, n. 2, p. 101-108, 2004
STOVER, P. J.; GARZA, C. Bringing individuality to public health recommendations. J. Nutr., v.132, n. 8, p. 2476S-2480S, 2002. Supplement.
STOVER, P. J. Influence of human genetic variation on nutritional requirements. Am. J.Clin. Nutr., v. 83, n. 2, p. 436S-442S, 2006.
SURH, Y.J. Cancer chemoprevention with dietary phytochemicals. Nature Reviews Cancer, London, v. 3, n. 10, p. 768-780, 2003.

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