Buscar

ANALISE COMPARATIVA ENTRE OS AGROECOSSISTEEMAS DE TIFTON E MATA NATIVA.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANALISE COMPARATIVA ENTRE OS AGROECOSSISTEEMAS DE TIFTON E MATA NATIVA.
Introdução:
Um ecossistema é constituído de organismos vivos, que interagem no ambiente, de fatores bióticos, e de componentes físicos e químicos não vivos do ambiente, como solo, luz, umidade, temperatura, etc., que constituem os fatores abióticos. Cada ecossistema tem características próprias e diferenciais.
	A função dos ecossistemas naturais refere-se aos processos dinâmicos que ocorrem dentro deste: o movimento, o desenvolvimento, a conversão e o fluxo de matéria e de energia, e as interações e relações dos organismos e componentes bióticos do ambiente. 
Agroecologia é uma área de amplo conhecimento e diversos conceitos, Para Altieri (1989), a agroecologia é uma ciência emergente que estuda os agroecossistemas integrando conhecimentos de agronomia, ecologia, economia e sociologia. Segundo Embrapa (2005) agroecologia é uma ciência em construção, com características transdisciplinares integrando conhecimento de diversas outras ciências e incorporando inclusive, o conhecimento tradicional, porem este é validado por meio de metodologias cientificas (mesmo que, às vezes, sejam métodos não-convencionais). E para diversos autores agroecologia não é conceituada como uma ciência.
A modificação de um ecossistema natural pelo homem, para produção de produtos necessários a sua sobrevivência, forma um agroecossistema. Com essa interferência humana os mecanismos de controle natural são substituídos por controles artificiais.
As gramíneas forrageiras de clima tropical e subtropical constituem-se em uma alternativa viável na alimentação animal, em virtude do seu alto potencial de produção e baixo custo (OLIVEIRA et al. 2000). A base alimentar dos animais nos diferentes sistemas produtivos pecuários tem sido pastagens. A pastagem de Tifton 85 (Cynodon dactylon) é utilizada pelos agricultores do noroeste do estado do Rio Grandre do sul devido seu alto potencial produtivo, por ser resistente ao pisoteio animal e por assegurar fluxo contínuo de matéria orgânica ao solo.
O presente estudo tem como objetivo, descrever dois ecossistemas (mata nativa e Tifton) envolvendo, ecologia, botânica, química e física do solo, abordando maior numero de informações e assim podendo caracteriza-los.
Metodologia:
	
	A pesquisa foi realizada em uma área do Instituto Regional de Desenvolvimento Rural-IRDeR, localizado no município de Augusto Pestana/RS, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ. Para as áreas de conhecimento de botânica e ecologia foram realizadas visualizações e anotações dos dois ecossistemas, para área de química e física do solo foi efetuado um corte no solo com auxilio de uma pá.
 Resultados e discussões:
A área de Mata nativa apresenta integração harmoniosa entre a cobertura vegetal e os atributos do solo, decorrente de processos essenciais de ciclagem de nutrientes e acumulação e decomposição da matéria orgânica, devido a serapilheira encontrada no solo, mantém a microbiota e umidade, consequentemente promovendo um solo fértil de coloração escura. Na área de tifton o solo apresenta um teor de matéria orgânica menor, porém suficiente para se manter um solo fértil, decorrente dos animais estercarem no local, nestes dejetos devesse atentar a presença de alumínio toxico, neste caso os dejetos são de bovinos que tem uma concentração menor de alumínio que as dejetos suínos por exemplo.
A mata nativa possui um solo mais úmido e macio apresentando condições de um solo não trabalhado. A área de tifton possui um solo mais compactado pelo fato dos animais realizarem pastagem sobre ele. Podemos observar também que o solo da mata nativa e mais escuro, escurecido pela matéria orgânica, e se desfaz facilmente possuindo uma agregação granular pequena, agregados arredondados com tamanhos variados. O solo do tifton possui granulações angulares, os primeiros centímetros são mais compactados e secos, porém após algum centímetro apresenta uma elevada porosidade com uma alta radiação solar e uma significativa umidade.
Importância da cobertura verde é diminuir a perda de solo, aumentar a infiltração da agua, ajuda na manutenção da vida dos microrganismos do solo responsáveis pela mobilização de nutrientes(desnitrificação).
Em solos sob vegetação natural (Mata nativa) não ocorrem grandes variações nos estoques de MOS, havendo um equilíbrio. Apesar da tendência de equilíbrio, mesmo em ecossistemas naturais existe uma variabilidade das médias mensais do fluxo de CO2 do solo devido à interferência de fatores climáticos. D’ANDREA et al. (2010).
A vegetação faz um trabalho essencial de absorver parte da energia solar presente na superfície terrestre. Na mata nativa a vegetação arbórea faz um sombreamento com suas copas, mantendo a umidade e um clima relativamente baixo comparado com a área de tifton, onde neste local, foi encontrada uma vegetação de gramíneas, predominante, do gênero Cynodon spp, portanto possuindo uma temperatura elevada com a energia solar exposta diretamente nas gramíneas.
 Na mata a vegetação cresceu e se desenvolveu de forma espontânea no local, as plantas e arvores mais velhas morrem assim fornecendo nutrientes através da serapilheira para as plantas jovens, para que elas possam crescer e dar continuidade ao ciclo . A serapilheira além de fornecer nutriente também abriga diversos animais. Na mata existe uma grande quantidade de taquaras em sua borda, aparentemente sendo a espécie dominante. 
Em relação á diversidade biológica, a diferença é grande em relação à flora, onde em um ecossistema possui uma determinada espécie predominante e no outro possui diversas espécies. Na fauna, do solo, podemos observar uma similaridade devido os dois ecossistemas possuírem matéria orgânica suficiente para mantê-los.
Conclusão:
	Devido à necessidade humana de produzir alimentos em grande escala, áreas de mata nativa são desmatadas para uso da agricultura. Mesmo que a área de tifton apresenta pouca diferença na fertilidade do solo, ela possui uma diversidade de espécies significativamente baixa em comparação a mata nativa, e por pouca vegetação arbórea, influencia na temperatura local também, além de outros problemas causados a esses ecossistemas modificados pelo homem. O uso da agricultura sustentável, diminui o impacto ao meio ambiente causado por estes ecossistemas artificias.
 Bibliografia:
	
OLIVERIRA, M,A.; PEREIRA, O, G, P.; GOMIDE, J, A.; HUAMAN, C , A, M.; GRACIA, R.; CECON, P, R.; Análise de Crescimento do Capim-Bermuda ‘Tifton 85’ (Cynodon spp.). Revista brasileira de zootecnia. p. 1930-1938, 2000.
ALTIERI, M. Agroecologia: as bases científicas da agricultura alternativa. 2. Ed. Rio de janeiro: PTA-FASE, 1989. 240 p.
AQUINO, M. A.; ASSIS, R.L.; Agroecologia: princípios e técnicas para uma agricultura orgânica sustentável.EMBRAPA. 2005. 517 P.
ALTIERE, M. Agroecologia: Bases científicas para uma agricultura sustentável. Porto Alegre. AS-PTA. 2002.591 p.
BONILLA, J. Fundamentos da agricultura ecológica. São Paulo. Nobel S.A. 1992. 260 p.
EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Rio de Janeiro, RS: EMBRAPA Solos. 2006.
Empresa brasileira de pesquisa agropecuária - Embrapa. Serviço Nacional de Levantamento e Conservação de Solos. Manual de método de análises de solo. Rio de Janeiro: 1979.
OLIVERIRA, M,A.; PEREIRA, O, G, P.; GOMIDE, J, A.; HUAMAN, C , A, M.; GRACIA, R.; CECON, P, R.; Análise de Crescimento do Capim-Bermuda ‘Tifton 85’ (Cynodon spp.). Revista brasileira de zootecnia. p. 1930-1938, 2000.
TEDESCO, M. J. Análise de Solo, plantas e outros materiais. 2 ed. Porto Alegre: Departamento de Solos – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 174p. Boletim Técnico. 5,1995.

Outros materiais