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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA QUÍMICA GERAL CURSO Engenharia TURMA 3056 DATA 16/10/2017 Aluno/ Grupo Brena Karelly Gomes Silva Cleilson Augusto da Silva Leandro Mendes Lima TÍTULO Cinética química: fatores que influenciam a velocidade das reações OBJETIVOS Verificar a influência de catalisador, concentração, área de contato e temperatura na velocidade das reações. INTRODUÇÃO Cinética química é o ramo da química que estuda a rapidez das reações químicas, bem como os fatores que a influenciam. A rapidez, ou velocidade, de uma reação química indica a variação da quantidade de reagentes e produtos com o passar do tempo. Consideremos uma reação química, já balanceada. aX + bY → cZ + dW onde os reagentes X e Y vão sendo consumidos e os produtos Z e W formados. Chamamos de velocidade média de consumo de X a razão: Ou seja, a variação da concentração do reagente X com o tempo. O mesmo vale para o reagente Y. Para os produtos Z e W, definimos: O mesmo valendo para o produto W. Considerando os coeficientes da reação balanceada definimos a velocidade média da reação como: Energia de ativação. A energia de ativação é a energia mínima necessária para que a reação possa ocorrer. Ela recebe este nome porque reagentes e produtos passam por uma configuração intermediária que recebe o nome de complexo ativado. Trata-se, portanto, da energia mínima necessária para a formação deste complexo ativado. A energia de ativação é explicada pela teoria da colisão: a reação química é constituída por colisões entre as moléculas dos reagentes. Nem toda colisão, porém, é eficaz, pois é necessário que haja energia suficiente e geometria molecular adequada. A energia de ativação é aquela requerida para que as colisões sejam eficazes, ou seja, resultem no complexo ativado. Fatores que influenciam a velocidade da reação. • Concentração: Quanto maior a concentração dos reagentes, maior a velocidade da reação. • Energia de ativação: Quanto maior a energia de ativação, mais lenta será a reação. • Temperatura: Quanto mais elevada a temperatura, mais rápida será a reação. • Pressão: No caso de reações que envolvam reagentes gasosos, quanto maior a pressão, mais rápida a reação. • Superfície de contato: Para o caso de reagentes em diferentes fases, quanto maior a superfície de contato do reagente sólido, mais rápida será a reação. • Catálise: É uma reação na qual existe a presença de uma substância capaz de acelerar a reação - um catalisador -, mas que não toma parte na reação propriamente dita, permanecendo inalterada sua massa e suas propriedades após a reação. Seu efeito baseia-se na redução da energia de ativação. (Da mesma forma, pode ocorrer a presença de um inibidor - substância que inibe a ação do catalisador. Neste caso, obviamente, o efeito do catalisador é anulado, e a velocidade da reação permanece inalterada.). Lei cinética de uma reação. É a equação que permite calcular a velocidade de uma reação a partir das concentrações de reagentes. De forma genérica: v = k · [X]m · [Y]n onde: k : constante da velocidade da reação, dependente da temperatura. [X] e [Y]: concentração dos reagentes X e Y em mol/L. m e n: são expoentes determinados experimentalmente, e que recebem o nome de "ordem da reação". Assim: m: ordem da reação em relação a X n: ordem da reação em relação a Y. m + n: ordem total da reação Mecanismos das reações É o conjunto de etapas em que ocorre uma reação, sendo a velocidade da reação determinada pela etapa mais lenta. Dá-se o nome de reação elementar àquela que ocorre em apenas uma etapa. Reação não-elementar é aquela que ocorre em duas ou mais etapas. No caso de uma reação elementar, a lei cinética pode ser adaptada para: v = k · [X]x · [Y]y onde x e y é o número de moléculas respectivamente de X e Y que sofrem a colisão que provocará a reação. REAGENTES, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Estante para tubos de ensaio; 9 tubos de ensaio; Pipeta volumétrica de 5 mL; Banho maria; Conta-gotas; Pinça de madeira; Bico de Bunsen; Béquer de 50mL; 4 pregos pequenos; Soluções de: permanganato de potássio (KMnO4) 0,005 mol/L; Ácido clorídrico (HCl) 0,6 mol/L e 6,0 mol/L; Ácido sulfúrico (H2SO4) 1,0 mol/L; Tiossulfato de sódio (Na2S2O3) 0,5%; Dióxido de manganês (MnO2); Ferro em pó; Nitrato de sódio (NaNO3); Zinco em pó; PROCEDIMENTOS 1º Efeito da temperatura: Em três tubos de ensaio colocou-se cerca de 5 mL de solução de permanganato de potássio (KMnO4) 0,005 mol/L, 10 gotas de H2SO4 1,0 mol/L e adicionou-se um prego pequeno novo. 1º tubo: deixou-se à temperatura ambiente. 2º tubo: aqueceu-se à 40-50oC, em banho-maria. 3º tubo: aqueceu-se diretamente na chama. Anotou-se as observações. 2º Efeito da concentração: Em dois tubos de ensaio colocou-se 5,0 mL de solução 0,5% de tiossulfato de sódio (Na2S2O3). A um dos tubos adicionou-se 1,0 mL de HCl 6,0 mol/L e ao outro tubo adicionou-se 1,0 ml de HCl 0,6 mol/L. Anotou-se as observações. Equação química da reação: Na2S2O3 (aq) + 2HCl (aq) → 2NaCl(aq) + H2O(l) + SO2(g) + S(s) 3º Efeito do catalisador: Em um tubo de ensaio colocou-se cerca de 5 mL de água oxigenada comercial. Em seguida, adicionou-se pequenos cristais de MnO2. Anotou-se as observações. 4º Superfície de contato: Preparou-se dois tubos de ensaio, cada um contendo 5 mL de solução HCl 6,0 mol/L. A um dos tubos adicionou-se 0,5 g de ferro em pó e ao outro um prego pequeno novo. Agitou-se os tubos de ensaio e comparou-se os tempos de reação. Fe(s) + 2 HCl(aq) → FeCl2(aq) + H2(g) RESULTADOS e DISCUSSÃO 1º Efeito da temperatura: 1º tubo: após deixar em temperatura ambiente observou-se que nada aconteceu com a mistura. 2º tubo: após aquecer à 40-50oC, em banho-maria, observou-se que a reação demorou muito para reagir. 3º tubo: após aquecer diretamente no bico de Bunsen, observou-se que a reação reagiu rapidamente até ficar um tom de amarelo incolor. 2º Efeito da concentração: O tubo com 1,0 mL de HCl 6,0 mol/L ficou amarelado, reagiu muito mais rápido em comparação ao tubo com 1,0 ml de HCl 0,6 mol/L. 3º Efeito do catalisador: Em um tubo de ensaio colocou-se cerca de 5 mL de água oxigenada comercial. Em seguida, adicionou-se pequenos cristais de MnO2 e observou-se que o oxigênio foi liberado. 4º Superfície de contato: Preparou-se dois tubos de ensaio, cada um contendo 5 mL de solução HCl 6,0 mol/L. A um dos tubos adicionou-se 0,5 g de ferro em pó e ao outro um prego pequeno novo. Após agitar os tubos, observou-se que o tubo com 0,5 g de ferro em pó reagiu mais rápido, enquanto o tubo com um prego pequeno reagiu pouco. CONCLUSÃO No experimento que testamos o efeito da temperatura, observou-se que, quanto maior a temperatura, mais rápida será a reação. No experimento da concentração, observou que, quanto maior a concentração, mais rápido a reação. No experimento do catalizador, é uma reação na qual existe a presença de uma substância capaz de acelerar a reação - um catalisador -, mas que não toma parte na reação propriamente dita, permanecendo inalterada sua massa e suas propriedades após a reação. Seu efeito baseia-se na redução da energia de ativação. No experimento de superfície de contato, observou-se que, quanto maior a superfície de contato do reagente solido, mais rápida será a reação. REFERÊNCIAS Educação, UOL. Cinética Química: reações químicas: rapidez e influências. Disponível em: <https://educacao.uol.com.br>. Acesso em: 20 de outubro de 2017.
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