Buscar

DIREITO CONSTITUCIONAL resumo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL – resumo AV 1
O direito constitucional costuma ser alocado dentro do ramo do direito público, destacando-se por seu objeto e princípios fundamentais orientadores de sua aplicação.
O direito é uno e indivisível, indecomponível. O direito deve ser definido e estudado como um grande sistema, em que tudo se harmoniza em conjunto. A divisão em ramos do direito é meramente didática, a fim de facilitar o entendimento da matéria.
A classificação dicotômica (público x privado) pode ser atribuída a Jean Domat que foi quem separou pela primeira vez, as leis civis das leis públicas e cuja obra influenciou a elaboração do Código de Napoleão de 1804, despertando a denominada “Era da Codificação”.
Cada vez mais se percebe uma forte influência do direito constitucional sobre o direito privado. Sob essa perspectiva, especialmente diante do princípio da dignidade da pessoa humana, fundamento da República Federativa do Brasil e princípio-matriz de todos os direitos fundamentais, parece mais adequado, então, falar em um direito civil-constitucional. Essa situação fica mais evidente diante da tendência de descodificação do direito civil, evoluindo da concentração das relações privadas na codificação civil para o surgimento de vários microssistemas (CDC, ECA, Estatuto do Idoso). Todos eles encontram o seu fundamento na Constituição Federal, norma de validade de todo o sistema, passando o direito civil por um processo de despatrimonialização.
Constitucionalismo – movimento político-constitucional que pregava a necessidade da elaboração de constituições escritas que regulassem o fenômeno político e o exercício do poder em benefício de um regime de liberdades públicas (direitos fundamentais).
Em suma, seria a necessidade de leis escritas para limitação do poder estatal.
O homem saiu da auto-tutela (“olho por olho, dente por dente”) para um Estado absolutista.
Evolução histórica do constitucionalismo
Idade Antiga: hebreus – limites bíblicos; gregos – democracia direta – Cidades-Estados gregas;
Idade Média: Magna Carta de 1215 – auge do poder da burguesia;
Idade Moderna: o cerne dos direitos fundamentais; * Constituição Francesa 1791 – nascimento dos direitos de 1ª dimensão (direitos fundamentais – Revolução Francesa – Declaração Universal dos Direitos Humanos); * Pós 1[ Guerra Mundial – Bem Estar Social – CF/88 – art. 170 – nasce a concepção dos direitos sociais (2ª dimensão);
Idade Contemporânea e Globalizada: surgem os direitos de 3ª dimensão: desenvolvimento científico, tecnológico, econômico; - necessidades dos cidadãos/ desenvolvimento socioeconômico; União Européia – unificação econômica, política e, futuramente, constitucional (a grande dificuldade: xenofobia).
Constituição – organização sistemática dos elementos constitutivos do Estado, através da qual se definem a forma e a estrutura deste, o sistema de governo, a divisão e o funcionamento dos poderes, o modelo econômico e os direitos, deveres e garantias fundamentais, sendo que qualquer outra matéria que for agregada a ela será considerada formalmente constitucional.
Classificação das Constituições
Quanto ao conteúdo:
materiais – natureza constitucional (necessária para a estrutura do país);
formais – regras inseridas no texto constitucional
Quanto à forma:
escritas – estão escritas, positivadas
não-escritas – baseadas em costumes, convenções.
Quanto ao modo de elaboração:
dogmáticas – sistematizadas em um texto com principiologias;
históricas – reúne a história e as tradições de um povo.
Quanto à estabilidade:
imutáveis – não podem sofrer nenhuma modificação;
rígidas – há um processo complexo para se modificar;
flexíveis – é fácil modificar; processo simples, é o mesmo para tudo;
semi-flexíveis – há uma parte que sofre um processo complexo para modificação e outra não.
Quanto á extensão:
analíticas – são extensivas, amplas, prolixas, volumosas;
sintéticas – são sucintas, concisas, breves, básicas. (CF dos EUA).
Quanto à origem:
promulgadas – discutidas democraticamente
outorgadas – são impostas;
pactuadas – aquelas em que os poderosos pactuavam um texto constitucional, o que aconteceu com a Magna Carta de 1215.
Outras classificações:
Dogmáticas: ortodoxa – formada por uma só ideologia; eclética – formada por ideologias conciliatórias;
Quanto à sistemática:
reduzidas – aquelas que se encontram em um só código básico e sistemático; um único documento;
variadas – aquelas que se encontram em vários textos e documentos esparsos;
Quanto à correspondência com a realidade:
normativas – a Constituição é obedecida na íntegra;
nominalista – algumas normas são seguidas, outras não;
semântica – mero disfarce de um Estado autoritário.
Quanto à função:
garantia – concepção clássica (reestrutura o Estado e estabelece limitações ao poder);
balanço – reflexo da realidade (balanço da evolução) – “CF do SER”;
dirigente – estabelece um projeto de Estado – organiza e preordena a atuação governamental (CF do “DEVER SER”).
Constituição Federal de 1988 – formal, escrita, dogmática, eclética, rígida, promulgada, reduzida, GARANTIA, dirigente e nominalista.
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Eficácia social – a norma vigente ser efetivamente aplicada a casos concretos (“a lei que pegou”);
Eficácia jurídica – a norma está apta a produzir efeitos na ocorrência de relações concretas (a lei para suprir problemas sociais).
VIGÊNCIA – A nova ordem constitucional em face das normas anteriores:
recepção – normas compatíveis foram recepcionadas; foram incorporadas ao novo parâmetro constitucional, com as necessárias adequações;
revogação – normas incompatíveis foram revogadas, por falta de recepção;
repristinação – (não há aplicação no Brasil para se ter segurança jurídica) – significa a revalidação de norma revogada pela Constituição anterior, mas que viesse a apresentar compatibilidade com a atual;
desconstitucionalização – normas da Constituição anterior recepcionadas com os status de norma infraconstitucional pela nova ordem; normas compatíveis com a nova ordem permanecem em vigor, mas com o status de lei infraconstitucional; norma fora do corpo constitucional.
Obs.: O STF não admite a teoria da inconstitucionalidade superveniente de ato normativo produzido antes da nova constituição e perante o novo paradigma. Neste caso, ou se fala em compatibilidade e aí haverá recepção, ou em revogação por inexistência de recepção. Nesse sentido, deixa claro o STF que vigora o princípio da contemporaneidade, ou seja, uma lei só é constitucional perante o paradigma de confronto em relação ao qual ela foi produzida.
EFICÁCIA DO PREÂMBULO DA CF/88 – TEM RELEVÂNCIA JURÍDICA?
O Preâmbulo traz a principiologia do país, mostra o momento histórico, o espírito daquele momento; há críticas a “Deus” porque somos um estado laico.
São 3 as posições apontadas pela doutrina:
tese da irrelevância jurídica – o preâmbulo situa-se no domínio da política, sem relevância jurídica;
tese da plena eficácia – tem a mesma eficácia jurídica das normas constitucionais, sendo, porém, apresentado de forma não articulada;
tese da relevância jurídica indireta – ponto intermediário entre as duas, já que, muito embora participe “das características jurídicas da Constituição”, não deve ser confundido com o articulado.
Assim, o preâmbulo não tem relevância jurídica, não tem força normativa, não cria direitos ou obrigações, não tem força obrigatória, servindo, apenas, como norte interpretativo das normas constitucionais.
Segundo o exame da ordem deste ano: “Por traçar as diretrizes políticas, filosóficas e ideológicas da CF, o preâmbulo constitucional impõe limitações de ordem material ao poder reformador do Congresso Nacional, podendo servir de paradigma para a declaração de inconstitucionalidade”.
EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
JOSÉ AFONSO DA SILVAeficácia plena – (aplicabilidade direta, imediata e integral) – são aquelas normas da Constituição que, no momento em que esta entra em vigor, estão aptas a produzir todos os seus efeitos, independentemente de norma integrativa infraconstitucional;
eficácia contida – (aplicabilidade direta e imediata, mas possivelmente não integral) – embora tenham condições de, quando da promulgação da nova Constituição, produzir todos os seus efeitos, poderá a norma infraconstitucional reduzir a sua abrangência (“nasce forte, mas pode enfraquecer – restringir”);
eficácia limitada – (aplicabilidade mediata e reduzida) – são aquelas normas que, de imediato, no momento em que a constituição é promulgada, não têm o condão de produzir todos os seus efeitos, precisando de uma lei integrativa infraconstitucional.
MARIA HELENA DINIZ
normas de eficácia absoluta (“cláusulas pétreas”)
normas de eficácia plena
normas de eficácia restringível
normas de eficácia relativa dependente de complementação legislativa.
INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
Hermenêutica – ciência que dita a sistemática de interpretar e constituir o conceito; ramo do conhecimento científico que estuda a interpretação;
Interpretação – é um meio que viabiliza a hermenêutica; extrair de uma norma o seu sentido e o seu alcance.
“Tudo se interpreta; inclusive o silêncio”.
4 elementos básicos de interpretação: gramatical, lógico, histórico e sistemático
Classificações da Interpretação (critérios):
quanto ao agente (público/ privado);
quanto à natureza (gramatical, lógico, histórico e sistemático)
quanto à extensão (declarativa, extensiva e restritiva)
Reforma Constitucional – seria a modificação do texto constitucional, através dos mecanismos definidos pelo poder constituinte originário (emendas), alterando, suprimindo ou acrescentando artigos ao texto constitucional;
Mutações Constitucionais – não seriam alterações “físicas”, “palpáveis”, materialmente perceptíveis, mas sim alterações no significado e sentido interpretativo de um texto constitucional. A transformação não está no texto em si, mas na interpretação daquela regra enunciada. O texto permanece inalterado.
PRINCÍPIOS DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL
PEDRO LENZA
Princípio da unidade da Constituição – interpretá-la como um todo, um sistema; deve ser sempre interpretada em sua globalidade;
Princípios da máxima efetividade – viabilizar a aplicabilidade aos casos concretos para se ter eficácia social; a norma constitucional deve ter a mãos ampla efetividade social;
Princípio da justiça ou conformidade funcional – o intérprete máximo da Constituição (STF) deve respeitar a estrutura organizacional da CF/
Princípio da concordância prática ou harmonização – os bens jurídicos constitucionalizados deverão coexistir de forma harmônica na hipótese de eventual conflito ou concorrência entre eles;
Princípio da força normativa – na solução dos problemas constitucionais, deve-se pautar a interpretação pela maior otimização possível dos preceitos constitucionais;
Princípio da interpretação conforme a Constituição – diante de normas polissêmicas, deve-se preferir e exegese que mais se aproxime da Constituição;
Princípio da proporcionalidade ou razoabilidade – importante especialmente na situação de colisão entre valores constitucionalizados; emana das idéias de justiça, equidade, bom senso, prudência, justa medida, proibição de excesso, direito justo.
LUIZ ALBERTO traz também:
Princípio da Supremacia da Constituição – ela é o complexo de normas de mais alta hierarquia no interior de nosso sistema normativo; a Lei Maior;
Princípio da coloquialidade – os termos da CF devem ser utilizados em seu significado idiomático, coloquial, sem tecnicidade;
Princípio da interpretação intrínseca – as conexões de sentido devem, em princípio, ser identificadas dentro do texto constitucional e não fora dele – a não ser quando a CF autorize e até imponha.
PODER CONSTITUINTE – Poder que vai constituir, instaurar o Estado.
- Titularidade do poder constituinte: pertence ao povo;
- Legitimidade do Poder Constituinte: Constituição como documento criador do Estado – ponto inaugural do sistema jurídico.
Luiz Alberto
Originário – dá origem à nova ordem constitucional; realiza o ato da criação da Constituição;
Derivado – (reformador/secundário e revisor) – competência reformadora; alteração do texto constitucional;
Decorrente – função de estruturar a organização das unidades componentes do Estado Federal (Constituições estaduais).
- O Poder Constituinte Originário é um poder político que impõe um poder jurídico: a Constituição.
PEDRO LENZA
Originário: histórico – o que estrutura o Estado pela primeira vez; revolucionário – os posteriores ao histórico;
Derivado: reformador – faz a reforma da CF através das Emendas Constitucionais; decorrente – institui as Constituições Estaduais; revisor – revisão da CF (art. 3º da ADCT);
Difuso: mutações constitucionais; não tem uma regulamentação para modificação;
Supranacional: busca sua fonte de validade na cidadania universal; normas internacionais.
- Originário – características:
* inicial – instaura uma nova ordem jurídica, revogando a anterior;
* autônomo – só ao seu exercente cabe determinar quais os termos em que a nova Constituição será estruturada;
* ilimitado – não tem de respeitar os limites postos pelo direito anterior (para os jusnaturalistas, os direitos naturais são os limitadores);
* incondicionado – não se submete a nenhum processo predeterminado para sua elaboração.
- Derivado – características:
* instituído – criado pelo originário;
* limitado – a Constituição impõe limites a sua alteração, criando determinadas áreas imutáveis: limites materiais – cláusulas pétreas; limites circunstanciais – circunstâncias em que não pode haver trâmite; procedimentais – deve seguir um determinado processo para a alteração.
* condicionado – pelas regras colocadas pelo originário; algumas formalidades devem ser cumpridas.
	
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Direitos = caráter declaratório ou enunciativo; reconhecimento jurídico dos direitos inerentes ao homem;
Garantias = caráter assecuratório; As garantias fundamentais seriam os enunciados de conteúdo assecuratório, cujo propósito consiste em fornecer mecanismos ou instrumentos, para a proteção, reparação ou reingresso em eventual direito fundamental violado.
- Os Direitos Fundamentais constituem uma categoria jurídica, constitucionalmente exigida e vocacionada à proteção da dignidade humana em todas as dimensões. Diante disso, possuem natureza poliédrica, prestando-se ao resguardo do ser humano:
*na sua liberdade (direitos e garantias individuais); 	
*nas suas necessidades (direitos econômicos, sociais e culturais);
*na sua preservação (direitos à fraternidade e à solidariedade).
Esses níveis de proteção do indivíduo constituem produto de conquistas humanitárias que, passo a passo, foram sendo reconhecidas pelos ordenamentos jurídicos dos diversos países.
Os Direitos Fundamentais não surgem da “meditação” dos legisladores, mas por estes são reconhecidos e constitucionalizados.
Podemos dizer que os Direitos Fundamentais estão articulados esquematicamente da seguinte forma:
1ª geração/dimensão – direitos individuais e políticos (liberdade);
2ª geração/dimensão – direitos sociais, econômicos e culturais (igualdade);
3ª geração/dimensão – direito à paz, ao desenvolvimento econômico, à comunicação, preservação ambiental (solidariedade) – o ser humano inserido em uma coletividade;
4ª geração/dimensão – direitos decorrentes da engenharia genética, do avanço tecnológico (responsabilidade).
- Os Direitos e Garantias Fundamentais estão dispersos na CF; A CF/88, em seu Título II, classifica o gênero direitos e garantias fundamentais em importantes grupos:
*Cap. I – Dos direitos e deveres individuais e coletivos;*Cap. II – Dos direitos sociais;
*Cap. III – Dos direitos de nacionalidade;
*Cap. IV – Dos direitos políticos;
*Cap. V – Dos partidos políticos.
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Historicidade – possuem caráter histórico, passando pelas diversas revoluções e chegando aos dias atuais;
Universalidade – destinam-se, de modo indiscriminado, a todos os seres humanos;
Limitabilidade – os direitos fundamentais não são absolutos (relatividade), havendo, muitas vezes, no caso concreto, conflito de interesses;
Concorrência – podem ser exercidos cumulativamente; uma única conduta pode encontrar proteção simultânea em duas ou mais normas constitucionais que abriguem direitos fundamentais;
Irrenunciabilidade – os direitos fundamentais são intrínsecos ao homem, inerentes à sua condição humana e, por isso, irrenunciáveis. O que pode ocorrer é o seu não-exercício, mas nunca a sua renunciabilidade;
Inalienabilidade – como são conferidos a todos, são indisponíveis, não se pode aliená-los por não terem conteúdo econômico-patrimonial;
Imprescritibilidade – são sempre exercíveis e exercidos; não há intercorrência temporal de não-exercício que fundamente a perda da exigibilidade pela prescrição;
Inviolabilidade: os direitos de outrem não podem ser desrespeitados por nenhuma autoridade ou lei infraconstitucional, sob pena de responsabilização civil, penal ou administrativa; 
Efetividade: o Poder Público deve atuar para garantir a efetivação dos Direitos e Garantias Fundamentais;
Interdependência: não pode se chocar com os Direitos Fundamentais, as previsões constitucionais e infraconstitucionais, devendo se relacionarem para atingir seus objetivos;
Complementaridade: os Direitos Fundamentais devem ser interpretados de forma conjunta, com o objetivo de sua realização absoluta.
 - Destinatários dos Direitos Fundamentais – os direitos fundamentais têm aplicação imediata (art. 5º, §1º) e é destinado a TODOS OS SERES HUMANOS (são universais).
- Direitos Fundamentais e Tratados Internacionais – com a EC nº. 45/2004, há a previsão de que os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, observando-se o devido processo legal, serão equivalentes às emendas constitucionais (art. 5º, § 3º). O Reformador da Constituição estabeleceu também que o Brasil deve se submeter à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.
OS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
*Caput art. 5º estabelece os 5 “pilares” dos direitos e garantias fundamentais.
Princípio da Isonomia: todos são iguais perante a lei, sem qualquer distinção. Máxima aristotélica: tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais, na medida dessa desigualdade; deve-se ter presente que a função da lei consiste exatamente em discriminar situações; há uma discriminação positiva – o constituinte tratou de proteger certos grupos que mereciam tratamento diverso.
Princípio da Legalidade: a norma jurídica pode assumir três formas: obrigação, proibição ou permissão. Art. 5º, II – ninguém pode ser compelido a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei: *princípio da estrita legalidade – em relação à administração, na esfera pública só se pode fazer o que a lei permitir; nas relações particulares, pode-se fazer tudo o que a lei não proíbe, vigorando o princípio da autonomia da vontade – ponderação com a dignidade da pessoa humana; *princípio da reserva lega – indica algumas matérias que não podem sofrer modificações (cláusulas pétreas).
DIREITO À VIDA – é dele que decorrem os outros direitos; só haverá pena de morte em caso de guerra declarada (art. 5º, XLVII, a);
PROIBIÇÃO DA TORTURA – art. 5º, III estabelece que ninguém será submetido a tortura ou a tratamento desumano e degradante. Proibição à prática da tortura (crime de tortura – art. 1º da Lei nº. 9455/97);
DIREITO DE OPINIÃO – necessariamente tem juízo de valor; deve-se ter consciência de que todo exagero que cause danos deve ser reparado (art. 5º, IV); *direito de escusa de consciência – art. 5º, VIII – o direito de exigir do Estado a eximência de uma obrigação legal a todos imposta e que seja incompatível com as convicções pessoais do indivíduo, desde que se cumpra obrigação alternativa fixada em lei;
DIREITO DE EXPRESSÃO – nem sempre tem juízo de valor; manifesta-se de várias formas: artística, literária etc. Não existe censura, mas gera direito de resposta proporcional a um eventual dano causado. O direito de expressão equivale às formas variadas da manifestação humana (art. 5º, IX);
DIREITO DE INFORMAÇÃO – envolve o direito de passar, receber e buscar informações; por isso, ele assume 3 feições:
Direito de informar: o indivíduo possui liberdade para informar, passar informações;
Direito de se informar: o indivíduo tem permissão para pesquisar e buscar informações;
Direito de ser informado: o indivíduo tem o direito de receber informações e o Poder Público tem o dever de informar.
DIREITO DE INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA – art.220, § 1º; art. 5º, IV, V, X, XII e XIV – liberdade de imprensa, respeitando-se os limites legais;
DIREITO DE RESPOSTA – proporcional ao agravo; reparação do dano moral, material e à imagem (art. 5º, V);
DIREITO DE INFORMAÇÃO PÚBLICA – art. 5º, XXXIII – os indivíduos têm o direito de receber informações sobre a atividade pública; notícias que interessem à coletividade;
DIREITO DE ANTENA – direito constitucional português – direito a espaço gratuito nos meios de comunicação para a propagação de idéias, doutrinas etc.; concessão de tempos iguais de transmissão.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes