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Desenvolvimento Cognitivo - Operatório Formal Nesse estágio, as operações já podem se referir a elementos verbais, e não há necessidade de ação imediata sobre os objetos, o que possibilita a operação de operações. A característica mais marcante desse estágio é a capacidade de formular hipótese, raciocinar sobre proposições verbais verificadas pela constatação concreta e atual. O sujeito adquire a capacidade de deduzir as conclusões de puras hipóteses e, não somente, por meio de uma observação real. As operações formais fornecem ao pensamento da criança o poder de destacá-lo e libertá-lo do real, ao permitir-lhe construir, a seu modo, as reflexões e teorias e possibilitar-lhe a livre atividade da reflexão espontânea. No entanto, o início desse estágio, segundo afirma Piaget (2002), é marcado pelo egocentrismo intelectual, que se manifesta pela crença na onipotência da reflexão. É como se o mundo devesse submeter-se aos sistemas e não estes à realidade. O sujeito acredita em um eu, forte o bastante para reconstruir o Universo e suficientemente grande para incorporá-lo. Ao final desse período, por volta dos quatorze, quinze anos, o equilíbrio é alcançado à medida que o sujeito compreende que o papel da reflexão não é contradizer, mas sim, adiantar-se e interpretar a experiência. Torna-se possível ligar premissas, deduzir suas conseqüências e verificá-las para chegar às próprias conclusões. O pensamento do sujeito torna-se hipotético-dedutivo, ao aplicar conceitos básicos de pensamento científico. Para resumir, pode-se concluir que o estágio operatório formal é a última fase de construção das operações infralógicas e lógicas, cujo caráter mais evidente é que o sujeito, diferentemente dos estágios anteriores, não se restringe mais a raciocinar diretamente com os objetos concretos ou suas manipulações, como as operações de classes, de relações, de números e operações espaço-temporais. O alcance de seu desenvolvimento faz-lhe chegar a deduzir de modo operatório a partir de simples hipóteses, que são enunciadas verbalmente (lógica das proposições). Desse modo, a forma adotada pelas estruturas operatórias consiste em dissociar-se de seu conteúdo, daí, a possibilidade de raciocínio hipotético-dedutivo ou formal.
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