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Direitos na Educação, Cultura, Esporte e Trabalho

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ECA
 Aula 4 - Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer; Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho; e Prevenção, Produtos e Serviços.
Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer
Objetivando a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, o legislador constitucional utilizou-se da educação como instrumento de transformação social e, deste modo, destinou um capítulo para regulamentá-la (arts. 205 a 214, CRFB).
O art. 205 da CRFB demonstra a preocupação do legislador em esclarecer que a educação não se constitui apenas numa obrigação do Estado, e sim numa obrigação conjunta do Estado e da família.
Ao elencar a educação como um direito fundamental da criança e do adolescente, visa-se assegurar o pleno desenvolvimento da pessoa humana, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Sendo assim, reconheceu-se uma nova concepção constitucional da Educação na formação do ser em desenvolvimento. Esta concepção foi recepcionada também pelo ECA, em seus arts. 53 a 59.
É importante destacar que as regras sobre a Educação encontram-se previstas na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação - Lei 9.394/96) e que o ECA, ao tratar deste tema, apenas enfatiza alguns aspectos lá contidos. Cabe destacar que a Lei 13010/14 incluiu o parágrafo 9º no artigo 26 da LDB, dispondo que "Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as formas de violência contra a criança e o adolescente serão incluídos, como temas transversais, nos currículos escolares de que trata o caput deste artigo, tendo como diretriz a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), observada a produção e distribuição de material didático adequado.
- ARTIGO 53 do ECA: Assegura a crianças e adolescentes os seguintes direitos:
- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
- ser respeitado por seus educadores ( este respeito abrange a integridade física, sendo vedados castigos físicos, e as integridades psíquicas e moral, havendo inclusive sanção para a exposição de crianças e adolescentes a vexames e constragimentos); 
- contestar critérios avaliativos, podendo recorrer ás instâncias escolares superiores;
- organização e participação em entidades estudantis;
- acesso á escola pública e gratuita próxima de sua residência. 
A interpretação deste dispositivo deve ser feita com base no parâmetro contido no art. 6º do ECA. Sendo assim, o aluno tem o direito de permanência na escola desde que não dê causa para a sua exclusão, ou seja, desde que respeite professores, colegas, funcionários e cumpra com ass suas tarefas. Caso contrário, poderá ser transferido " compulsoriamente" para outra unidade escolar, após esgotados todos os recursos. Em relação aos pais e responsáveis, art 53 lhes confere o direito de ter ciência do processo pedagógico, bem como de participar da definição das propostas educacionais, com o intuito de estreitar os laços entre a família e a escola, tendo em vista que são solidariamente responsáveis pela educação.
-ARTIGO 54 do ECA: Cuidou das obrigações do Estado em relação à educação e em todos os níveis de ensino, abrangendo desde o atendimento em creche e pré-escola, até o ensino superior.
As universidades mantidads pelo Poder Público gozarão, na forma da lei, de estatuto jurídico especial para atender às peculiaridades de sua estrutura, organização e financiamento pelo Poder Público, assim como dos seus planos de carreira e do regime jurídico do seu pessoal.
§1° - No exercício da sua autonomia, além das atribuições asseguradas pelo artigp anterior, as universidades públicas poderão: 
I- propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e administrativo, assim como um plano de cargos e salários, atendidas as normas gerais pertinentes e os recursos disponíveis;
II- elaborar o regularmento de seu pessoal em conformidade com as normas gerais concementes;
III- aprovar a executar palnnos, programas e projetos de investimentos referentes a obra, serviços e aquisições em geral, de acordo com os recursos alocados pelo respectivo Poder mantenedor;
IV- elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais;
V- adotar regime financeiro e cantábilque atenda às suas peculiaridades de organização e funcionamento;
VI- realizar operações de crédito ou de financiamento, com aprovação do Poder competente, para aquisição de bens imóveis, instalações e equipamentos;
VII- efetuar transferência, quitação e tomar outras providências de ordem orçamentária, financeira e patrimonial necessárias ao seu bom desempenho.
§2º - Atribuições de autonomia universitária poderão ser estendidas a instituições que comprovem alta qualificação para o ensino ou para a pesquisa, com baseem avaliação realizada pelo Poder Público.
- Ainda sobre o ART 54: IMPORTANTE: O conteúdo deste dispositivo requer uma atualização em relação ao sei inciso IV, que deve ser lido com base no arts. 7º, XXV e 208, IV, da CRFB, em razão da Emenda Constitucional nº 53 de 2006, que alterou a idade referenre à educação infantil em creche e pré escola para criança de até 5 anos de idade. O ECA estabelece ainda a obrigatoriedade dos pais ou responsáveis no tocante a matrícula da criança e do adolescente na rede regular de ensino, sendo o descumprimento deste dever, uma violação não somente ao Disposto pelo ECA, mas também por outras normas como a CRFB e o Código Penal, por exemplo, podendo em certos casos constituir crime de abandono intelectual (Vide art. 246 do Código Penal).
- ARTIGOS 56 e 245: O ECA prevê também uma obrigação destinada aos dirigentes de ensino fundamental que possui extrema relevância devido aos altos índices de casos de maus tratos e de evasão escolar. Esta obrigação se refere à comunicação ao Conselho Tutelar dos casos que encolvem a suspeita ou a confirmação de maus tratos ( Vide arts. 56 e 245, ambos do ECA). Os dirigentes devem comunicae ainda, as faltas injustificadas e a repetência reiterada. 
- ARTIGO 58: Outra preocupação do legislador consistiu em assegurar que o ensino tivesse como parâmetro o contexto cultural da criança e do adolescente, respeitando as diferenças regionais do Brasil, segundo regras dispostas nos arts. 58 do ECA, e 210 da CRFB. 
- ARTIGO 59: Quanto ao direito à cultira , ao esporte e ao lazer, que se encontram previstos pelos arts. 59 do ECA e 215 a 217 da CRFB, é importante salientar que se tratam de uma garantia subjetiva da criança e do adolescente , devendo assim os Municípios, com a ajuda dos Estados e da União, implementar programas neste sentido. Como exemplos podemos citar as praças públicas com área de lazer em bairros e comunidades, centros de esporte, teatros, etc.
Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho
O legislador, ao abordar o direito ao trabalho no ECA (arts. 60 a 69), procurou regulamentá-lo de forma a garantir o seu efetivo exercício, em concomitância com os demais direitos, sem pretender alterar as regras já existentes.Deste modo, questões referentes ao contrato de trabalho do adolescente são reguladas pela CLT (arts.402 a 441).
ATENÇÃO: O ECA não foi adequado à Emenda Constitucional nº 20 de 1998, que fixou a idade de trabalho do menor para 16 anos, exceto na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. Assim, a leitura deste assunto no ECA deve ser adaptada de acordo com o previsto no art. 7º, XXXIII da CF. Ou seja, não vale mais o que está previsto no art. 60 do ECA. Desta forma, quanto ao trabalho do menor, podemos afirmar que ao menor de 18 anos é vedado o trabalho noturno, insalubre e perigoso e que ao menor de 16 anos é vedado qualquer trabalho, salvo a partir dos 14 anos na condição de aprendiz.
A lei que dispõe sobre o estágio de estudantes é a Lei 11.788/08.
Outra observação relevante sobre este direito é a vedação ao trabalho em certas atividades de diversas áreas, inclusive o trabalho doméstico, para menores de 18 anos. Esta proibição e suas implicações estão contidas no Decreto 6.481, de 12.09.08 .
Segundo o ECA, o exercício do direito à profissionalizaçãoe à proteção no trabalho deve necessariamente respeitar a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento do adolescente, e promover a sua capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.
- a formação técnico-profissional do adolescente deverá: garantir o acesso e a frequência obrigatória ao ensino regular; ser compatível com a etapa do desenvolvimento na qual se encontre o adolescente; e possuir horário especial para o exercício das atividades;
- assegurar condições adequadas para o desenvolvimento do adolescente. Desta forma, é vedado o trabalho noturno (realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte); perigoso, insalubre ou penoso; realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; e/ou realizado em horários e locais que inviabilizem a frequência à escola.
Prevenção
Os artigos 70 a 80 do ECA visam prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente. Evitar tais situações consiste em um dever de todos. Deste modo, o legislador estatutário colocou a sociedade na função de garantidora. Considerando que tais disposições objetivam impedir que se prejudique o bom desenvolvimento de crianças e adolescentes, o descumprimento das normas de prevenção sempre importará em responsabilidade da pessoa física ou jurídica.
Vale lembrar que o rol de obrigações referentes à prevenção previstas pelo ECA não excluem da prevenção especial outras decorrentes dos princípios por ela adotados.
Prevenção Especial: Informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e Espetáculos
As regras referentes à prevenção especial visam tutelar o acesso adequado de crianças e adolescentes à informação, cultura, lazer, esportes, diversões e espetáculos, e encontram-se previstas nos artigos 74 a 80 do ECA. Clique aqui para visualizar o texto sobre este assunto.
Prevenção Especial: da informação, cultura, lazer, esportes, diversões e espetáculos
A função de regulamentar os programas, produtos, diversões e espetáculos públicos é do Poder Público conforme estabelece o artigo 74 do ECA e os artigos 220, § 3º, I e 21, XVI, ambos da CRFB, cabendo aos pais o poder de escolha dos programas televisivos que entendam ser adequados. O legislador determinou que se fixasse informação destacada sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária no certificado de classificação, sob pena de infringirem o disposto no art. 252 do ECA. A própria Constituição instituiu regras e princípios, nos artigos 220 e 21, XVI, que restringem os abusos dessa natureza. 
O art. 75 do ECA garante o acesso de qualquer criança ou adolescente às diversões e espetáculos públicos considerados adequados, desde que acompanhados de seus pais ou responsáveis.
O art. 76 do ECA, na esteira da CRFB, preceitua que as emissoras de rádio e TV somente exibirão ao público infanto-juvenil programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas. E prevê também, instrumentos jurídicos capazes de coibir violações a esta prevenção, como a Ação Civil Pública, Mandado de Segurança e imposição de penalidade pecuniária, por exemplo.
Quanto à venda ou locação de fitas de programação em vídeo, o legislador, preocupado com o risco de sua utilização indevida, determinou no art. 77 que esses produtos exibam em seus invólucros informações sobre a natureza da obra e a faixa etária a qual se destinam, sob pena de responsabilidade, nos temos do art. 256 do ECA. Por conta dessa determinação, muitas locadoras de fitas e vídeos se adequaram criando um espaço privativo para as obras consideradas eróticas ou obscenas. 
No que diz respeito às revistas e outras publicações, o ECA criou no art. 78 restrições à sua comercialização quando consideradas impróprias ou inadequadas ao público infanto-juvenil. Essa impropriedade pode se apresentar tanto na forma escrita quanto através de imagens, caso transmitam um conteúdo falso ou contrário à lei e aos bons costumes, podendo seu descumprimento acarretar a aplicação da sanção contida no art. 257 do ECA. A preocupação do legislador é tamanha que no parágrafo único desse artigo determina que a revista seja vendida em embalagem opaca, quando na capa da obra houver mensagem obscena ou pornográfica, ou seja, material com conteúdo impróprio para a criança ou adolescente. 
O art. 79 veda a inserção de fotografias, legendas, crônicas, anúncios de bebidas alcoólicas, cigarros, armas e munições nas publicações destinadas ao público infanto-juvenil, ressaltando que essas obras não poderão se afastar dos valores éticos e sociais da pessoa e da família.
Por fim, o legislador, no art. 80, proíbe a entrada e permanência de criança ou adolescente em locais onde haja exploração comercial como bilhares, sinuca ou congênere, e etc. (Vide art. 247 do Código Penal). É importante lembrar que o Estatuto não faz qualquer proibição quanto aos fliperamas, jogos eletrônicos e similares em face do caráter lúdico, ausente a idéia de jogo de azar. 
Além destes artigos, a prevenção especial é regulada também através de leis e Portarias, como, por exemplo:
- Portaria 1.220 de 2007;
- Portaria 1.100 de 2006;
- Lei 10.359 de 2001.
Produtos e Serviços
Ao tratar dos produtos e serviços nos artigos 81 e 82 do ECA, o legislador visou preservar a integridade física e moral de crianças e adolescentes. Para isto, criou algumas restrições com o objetivo de evitar que certos produtos considerados perigosos e inadequados possam ser por eles adquiridos.
Leitura; 
- As vedações relacionadas aos produtos: 
Assim, o ECA veda expressamente a venda à criança ou ao adolescente de:
- armas, munições e explosivos;
- bebidas alcoólicas (Existe controvérsia quanto ao fato de se a desobediência a este artigo caracterizaria crime previsto no art. 243 do ECA, tendo em vista que no referido artigo o legislador não especificou expressamente bebida alcóolica. O STJ entende que servir bebida alcóolica a menor de 18 anos caracteriza contravenção penal prevista no art. 63, I da LCP. No entanto, na doutrina, há quem sustente a existência de crime previsto no art. 243 do ECA, pois bebida alcóolica seria substância que causa dependência. Neste sentido, Profa. Cristiane Dupret, em Curso de Direito da Criança e do Adolescente, 2ª. Edição, 2012);
- produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida. (Esta proibição possui caráter complementar. A lei 11.343 de 23 de agosto de 2006 que regula as condutas envolvendo as drogas é uma norma penal em branco que depende de portaria do Ministério da Saúde para estabelecer a lista de substâncias que são consideradas entorpecentes e assim permitir a aplicação da referida lei. Deste modo, serão consideradas drogas somente aquelas elencadas como tal por portaria do Ministério da Saúde. Esta lista, entretanto, não abrange todos os produtos nocivos à saúde não mencionando, por exemplo, a cola de sapateiro, o tinner, etc. Por essa razão, esta vedação contida no ECA é de suma importância, tendo em vista que abrange substâncias tóxicas não-entorpecentes, que estão sujeitas à tipificação quando ocorrer inobservância dessa norma importando, inclusive, na prática do crime previsto no art. 243 do ECA);
- fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida. Ex.: estalinhos. (O descumprimento dessa norma importa no crime previsto no artigo 244 do ECA). 
- revistas e publicações mencionadas no art. 78 do ECA;
- bilhetes lotéricos e equivalentes.
- As vedações relacionadas aos serviços.
O art. 82 do ECA traz uma norma acauteladora que veda a hospedagem de criança ou adolescente em hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere, sendo esta permitida somente quando a criança ou adolescente:
- estiver acompanhado pelos pais, tutor ou guardião;
- se encontrar na companhia de alguém devidamente autorizado por seus pais ou representantes legais;
- possuir autorização especialdo juiz da Infância e da Juventude.
A restrição à hospedagem prevista por este artigo visa impedir que crianças ou adolescentes venham a se evadir de suas residências ou mesmo que ocorram situações ainda mais graves que envolvam, por exemplo, a prostituição infantil. Entretanto, como se verá a seguir, o legislador permitiu que o adolescente viaje desacompanhado, mas não permitiu que este se hospede sozinho, gerando uma situação contraditória.
Da Autorização para Viajar
O ECA estabelece ainda, dentro do capítulo sobre prevenção, regras referentes a viagem de crianças e adolescentes. Assim, o art. 83 trata da viagem de crianças dentro do território nacional, e o art. 84, da viagem de crianças e dolescentes para o exterior.
ART 83: viagem de crianças dentro do território nacional:
- estando a criança desacompanhada dos pais ou responsável, ou sem expressa autorização judicial, não será permitida a sua viagem para fora da comarca onde reside;
- dispensa-se a autorização quando a viagem tiver como destino comarca contígua (que está localizada na mesma unidade da Federação, ou incluída na mesma região metropolitana) à da residência da criança; ou quando a criança estiver acompanhada de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco; ou de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável;
- visando atender as peculiaridades de cada caso, os pais ou responsável podem requerer à autoridade judiciária uma  autorização de viagem válida por dois anos (isto é comum para suprimir as burocracias constantes no caso de crianças que viajam constantemente fora da companhia dos pais).
Desta forma, o adolescente pode viajar livremente dentro do território nacional, não dependendo de qualquer tipo de autorização, mesmo que dos pais. 
IMPORTANTE: Vale lembrar que as regras contidas neste artigo se restringem as crianças, não sendo aplicáveis a viagem de adolescentes dentro do território nacional.
ART 84: viagem de crianças e adolescentes ao exterior: 
- a autorização será dispensável somente nas hipóteses em que a criança ou adolescente estiver em companhia dos pais ou responsável, ou se viajar acompanhada de um dos pais, porém autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida;   - em se tratando de crianças ou adolescentes de nacionalidade estrangeira, será indispensável obtenção da autorização do Juiz da Infância e da Juventude para que a mesma possa sair do Brasil.
IMPORTANTE: Em complemento ao estudo do artigo 84 do ECA, deve-se necessariamente conhecer o teor da Resolução 131/2011, que dispôs sobre a concessão de autorização de viagem para o exterior, de crianças e adolescentes.

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