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* * UNIDADE III * * Cadeia de Produção de Alimentos * * Salpicão Estragado intoxica 200 pessoas em almoço comunitário – Fonte: desconhecida Escola serve merenda com cacos de vidros e estudantes vão parar no hospital – Fonte: Jornal o Globo Merenda Estragada em Santa Maria – Fonte: Jornal DF Estudo da ANVISA aponta substâncias não autorizadas em verduras e frutas – Fonte: IDEC * * Etiologia e Sinonímia - Doenças transmitidas por alimentos - mais comumente conhecidas como DTAs; - São causadas pela ingestão de alimentos ou bebidas contaminados; - Existem mais de 250 tipos de DTAs e a maioria são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e parasitas; - Outras doenças são envenenamentos causados por toxinas naturais (ex. cogumelos venenosos, toxinas de algas e peixes) ou por produtos químicos prejudiciais que contaminaram o alimento (ex. chumbo, agrotóxicos). * * História Natural da Doença - As DTAs são uma importante causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo; - Em muitos países, durante as últimas duas décadas, tem emergido como um crescente problema econômico e de saúde pública; - Numerosos surtos de DTA atraem atenção da mídia e aumento do interesse dos consumidores. - No século 21 corremos o risco das DTA’s aumentarem devido, especialmente, as várias mudanças globais, incluindo crescimento da população, pobreza, exportação de alimentos e rações animais, que influenciam a segurança alimentar internacional. * * Características Gerais de sua Distribuição no Brasil e no Mundo - A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, a cada ano, mais de dois milhões de pessoas morram por doenças diarréicas, muitas das quais adquiriram ao ingerir alimentos contaminados; - Estima-se que as DTAs causem, anualmente, nos Estados Unidos (EUA), aproximadamente 76 milhões de casos, 325.000 hospitalizações e 5 mil mortes; - No Brasil, faz-se a vigilância epidemiológica de surtos de DTA e não de casos individuais, com exceção da cólera, febre tifóide e botulismo. Essa vigilância (VE-DTA) teve início em 1999 e há registro médio de 665 surtos por ano, com 13 mil doentes. Fonte: Ministério da Saúde. * * O patógeno deve estar em quantidade suficiente para causar uma infecção ou para produzir toxinas; O alimento deve ser capaz de sustentar o crescimento dos patógenos; O alimentos deve permanecer na zona de perigo de temperatura por tempo suficiente para que o organismo se multiplique e/ou produza toxina; Deve-se ingerir uma quantidade suficiente do alimento de modo a ultrapassar o limiar de susceptibilidade do indivíduo que ingere o alimento. * * Químico – agrotóxicos, antibióticos, hormônios, produtos de limpeza... Biológico – bactérias, fungos, parasitas, vírus Físico – pregos, unhas, cabelos... * * Infecção Intoxicação * * AVALIAÇÃO DO RISCO * * Definição: - Probabilidade de um perigo ocorrer em um processo e afetar a segurança do alimento. Avaliação do Risco: - Revisão da reclamação de clientes; - Devolução de lotes ou carregamentos; - Resultados de análises laboratoriais; - Dados de programas de vigilância de agentes de doenças transmitidas por alimentos; - Informação da ocorrência de doenças em animais ou outros fatos que possam afetar a saúde humana. * * Graus de Risco: - Alto - Moderado - Baixo - Insignificante A Análise de Risco é específica para cada produto e linha de produção. Um mesmo produto pode ter perigos e riscos variados. Isso se deve a fatores como: fontes diferentes de ingredientes e matéria-prima/ pequenas variações na formulação/ tipo de equipamento usado/ tempo de duração do processo ou armazenamento/ experiência e conhecimento dos funcionários. * * * * * * Origem do Alimento Descongelamento de Alimentos Manipulação e Processamento Cocção Manipulação pós-cocção Conservação pelo calor Resfriamento Reaquecimento Aspectos ligados à Higiene * * Surto de DTA – ocorrência de dois ou mais casos de uma manifestação clínica semelhante, relacionados entre si no tempo e espaço, e caracterizados pela exposição comum a um alimento suspeito de conter microrganismos patogênicos, toxinas ou produtos químicos. A investigação objetiva identificar: - o alimento responsável; - o agente etiológico envolvido; - os fatores determinantes; - quadro clínico predominantes. * * Quatro fases: 1ª - Conhecimento da ocorrência; 2ª - Investigação de campo; 3ª - Processamento e análise de dados; 4ª - Acompanhamento. * * 1ª - Conhecimento da Ocorrência: - Caso isolado – os casos não tem relação uns com os outros. - Notificação do surto - feita à Vigilância Epidemiológica e Sanitária dentre outros órgãos que possam estar envolvidos. - Planejamento inicial 2ª - Investigação de Campo: - Deslocamento - Planejamento no local - Investigação com os comensais - Investigação com os manipuladores - Investigação do local - Análise prévia - Medidas de controle imediatas - Envio das amostras para o laboratório * * 3ª - Processamento e Análise de Dados: - Informação do surto - Divulgação na mídia - Processamento: definição do caso (quadro clínico do doente, freqüência da manifestação dos sinais e sintomas e período de incubação)/ cálculo do período de incubação/ definição de refeição suspeita/ definição de alimento suspeito/ determinação das taxas de ataque/ medidas de associação doença-exposição/ definição de fatores determinantes (tempo-temperatura, utensílios utilizados...) - Conclusões preliminares - Medidas de controle mediatas - Relatório preliminar do surto - Processamento laboratorial * * 4ª - Acompanhamento - Vigilância por parte das vigilâncias (órgãos fiscalizadores) - Avaliação do surto (consolidação de todos os resultados) - Medidas de controle finais - Relatório final - Arquivamento do caso - Feedback aos responsáveis pela ocorrência do surto de DTA * * * * * * * * É servido ?
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