SLIDES Port em uso AULA 3

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Português em uso
AULA 3 (08.06.2016)
DERIVAÇÃO 
 Prof. Lemuel
 
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Muitas palavras do português brasileiro são formadas pelos fenômenos linguísticos da derivação e do bloqueio, conforme estudaremos na aula de hoje.
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Referências: 
 ROCHA, Luiz Carlos de Assis. Estruturas morfológicas do português. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998. p. 182-184.(Coleção Aprender)
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HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Elaborado no Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
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A DERIVAÇÃO TRUNCADA ESTRUTURAL
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TRUNCAR: cortar, retirar uma parte de, mutilar, separar do tronco.
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PARA AJUDAR A LEMBRAR O QUE É TRUNCAR...
INUTILIA TRUNCAT: cortar o que é inútil (expressão do Arcadismo) 
No entanto, é importante observar que esse tipo de derivação não ocorre porque as palavras têm partes inúteis. É um fenômeno linguístico.
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A derivação truncada estrutural consiste no corte de um elemento estrutural da palavra, que pode ser um sufixo ou uma das bases de um vocábulo composto. [Na prática cotidiana, essa atitude do falante faz com que a comunicação se torne mais rápida. Além disso, traz uma feição “moderna” ao falante].
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Nas derivações truncadas seguintes ocorreu o corte do sufixo:
Português – portuga
delegado - delega
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cesariana – cesária
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balzaquiana – balzaca
[O Dicionário Houaiss define balzaca como mulher acima de 30 anos (HOUAISS, 2001, p. 389)]
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Honoré de Balzac, escritor francês
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Satisfação - satisfa
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Madrugada - madruga
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Comunista – comuna
[O Dicionário Houaiss apresenta duas definições para comuna. Uma é a derivação de comunista. A outra é: “cidade que, na Idade Média, se tornava emancipada pela obtenção de carta de autonomia fornecida pelo seu suserano {senhor, senhor feudal} (HOUAISS, 2001, p. 781)].
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Traficante - trafica
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Estrangeiro - estranja
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Responsabilidade - responsa
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Ventilador - ventila
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Por vezes a derivação truncada dá-se por meio do corte de uma das bases da composição, como nestes casos:
Odontologia – odonto
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Eletrocardiograma – eletro
Zoológico – zoo
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Minissaia – míni
Fotografia - foto
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Hidromassagem – hidro
Microcomputador – micro 
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Motocicleta – moto
Quilograma - quilo
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Extraordinário – extra
Pornográfico – pornô
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Poliomielite - pólio
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A DERIVAÇÃO TRUNCADA NÃO ESTRUTURAL
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O truncamento é não estrutural quando o corte se dá aleatoriamente, sem se levar em conta a estrutura da base. 
Exemplos:
Cerveja – cerva
Confusão – confa
Cafajeste - cafa
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Cinematógrafo – cinema
Cinema – cine 
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Sacristão – sacrista
[Empregado que tem a seu cargo a limpeza, a ordem e a guarda de uma igreja; o que ajuda à missa e auxilia o sacerdote nos ofícios divinos; indivíduo hipócrita e de moralidade duvidosa. Feminino: sacristã (HOUAISS, 2001, p. 2494)].
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Grã-finagem – granfa
[grã-finagem: grupo dos grã-finos, a alta sociedade (HOUAISS, 2001, p. 1473)].
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Pneumático – pneu
[Antigamente, o que hoje chamamos de PNEU se chamava PNEUMÁTICO. Isso está no Dicionário Houaiss, que define ambas as palavras assim: “aro ou cobertura de borracha que reveste a roda de diversos veículos e que é inflado por ar comprimido” (HOUAISS, 2001, p. 2241)].] 
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tostão – tusta
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Maracanã - Maraca
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Bonsucesso – Bonsuça
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Flamengo – Fla
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Fluminense - Flu
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Guimarães - Guima
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Caetano (Veloso) – Caê
São Paulo - Sampa
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Belo Horizonte - Belô
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Como se observa nesses exemplos, a base e o produto conservam o mesmo significado, com raras exceções. Há exemplos em que se dá a especialização de sentido, como é o caso de CINEMA e CINE. CINE é a sala de projeções e aparece sempre acompanhado do nome próprio: CINE BRASIL, CINE ACAIACA, etc. 
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Entre MOTOCICLETA e MOTO também se depreende uma pequena mudança de sentido. Apesar de base e produto terem quase sempre o mesmo sentido, pode-se observar que frequentemente o truncamento resulta numa mudança de nível estilístico. 
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ESTILÍSTICA: arte de escrever de forma apurada, elegante. Ramo da Linguística que estuda a língua na sua função expressiva, analisando o uso dos processos fônicos, sintáticos e de criação de significados que individualizam estilos.
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De fato o que se observa é que a forma estendida pertence, via de regra, a um discurso neutro, ao passo que a forma contracta [contraída, encurtada] está relacionada com a linguagem coloquial ou mesmo giriática. Isso se verifica, por exemplo, com PORTUGUÊS – PORTUGA, DELEGADO – DELEGA, ODONTOLOGIA – ODONTO, CERVEJA- CERVA, etc.
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Mas há exceções, que geralmente ocorrem em formas cristalizadas da língua, como FOTOGRAFIA – FOTO e QUILOGRAMA – QUILO.
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Na derivação truncada não há mudança de classe. Observa-se também que esse processo se aplica normalmente a bases substantivas, apesar de haver alguns raros exemplos em que a base – e consequentemente o produto – é um adjetivo: PORNOGRÁFICO – PORNÔ, EXTRAORDINÁRIO – EXTRA. 
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Português em uso
BLOQUEIO
 Prof. Lemuel
 
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Referência: 
 ROCHA, Luiz Carlos de Assis. Estruturas morfológicas do português. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998. p. 141.(Coleção Aprender)
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BLOQUEIO
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“Bloqueio é a não ocorrência de uma forma [palavra] devido à simples existência de uma outra [forma]” 
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Por isso, até hoje a língua não criou as palavras DENTEIRO, LINGUEIRO e MAQUINEIRO, porque esses produtos foram bloqueados por DENTISTA, LINGUISTA e MAQUINISTA. 
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Existem quatro tipos de bloqueio:
Bloqueio paradigmático
Bloqueio heterônimo
Bloqueio homofônico
Bloqueio parônimo
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1) Bloqueio paradigmático
 
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Muitas vezes não se cria uma determinada palavra simplesmente pelo fato de já haver uma outra correspondente, com o mesmo sentido e\ou função.
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Por isso, até hoje a língua não criou as palavras DENTEIRO, LINGUEIRO e MAQUINEIRO, porque esses produtos foram bloqueados por DENTISTA, LINGUISTA e MAQUINISTA. 
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A casa lexical do adjetivo correspondente a BRAÇO já está preenchida por BRAÇAL. Os falantes não veem necessidade de criar BRAÇAR, BRAÇANO, BRAÇÁRIO, BRACEIRO etc. 
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O mesmo se diga com relação a FAMÍLIA: por que criar FAMILIAL, FAMILIANO ou FAMILIÁRIO, se já existe FAMILIAR ?
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Uma explicação para se falar FAMILIAR em vez de FAMILIAL, FAMILIANO ou FAMILIÁRIO é que várias palavras do latim passaram para o português já como formações sufixadas. 
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Ou seja já herdamos do latim, ou de fases posteriores ao latim, as seguintes formações complexas:
FAMILIARE- > FAMILIAR
DIARU- > DIÁRIO
TERRENU- > TERRENO
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CURTENSE- > CORTÊS (do baixo latim)
FERREU- > FÉRREO
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Considerando essa perspectiva, entende-se que o falante nativo atual do português não cria as palavras FAMILIAL ou SERRENSE simplesmente porque ele não vê necessidade de criar esses dois termos, já que a língua coloca a sua disposição os PRODUTOS CONGELADOS\congelados FAMILIAR e SERRANO.
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ATIVIDADE:
Considerando a existência dos sufixos –AL, -AR, - ANO, -ÁRIO, -EIRO, -ENO, -ENSE, ÊS, -EO, -ESTE, -ESTRE, -EU, -INO, -IL, -ÁTICO e –ÍCIO, escreva os adjetivos tal qual estão com os usos cristalizados\consagrados na nossa língua:
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BRAÇO - braçal
FAMÍLIA - familiar
SERRA - serrano
DIA - diário
CASA - caseiro
TERRA – terreno, terrestre, terreiro, [térreo]
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PARIS - parisiense
CORTE - cortês
FERRO - ferreiro
CÉU - celeste
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CAMPO – campestre, campeiro
EUROPA - europeu
NATAL – natalino, natalício
FEBRE - febril
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AROMA - aromático
ALIMENTO – alimentar, alimentício
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ALGUMAS EXCEÇÕES À REGRA
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Às vezes acontece de uma certa palavra já estar consagrada no uso, mas, mesmo assim, o indivíduo cria uma outra palavra com o mesmo sentido. Nesse caso, as duas palavras de mesmo sentido ficam em circulação.
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A youtuber Danielle Noce e seu marido e produtor costumam criar palavras nos vídeos em que ensinam receitas de doces no YouTube. Eles têm 550 mil seguidores.
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Assim, apesar de na nossa língua já estarem cristalizadas as palavras RECHEADO e ACHOCOLATADO, o casal criou os termos RECHEÚDO e CHOCOLATUDO, e os usam com frequência em seus diálogos. Nesse caso, as duas palavras de mesmo sentido ficam em circulação.
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Essas novas palavras estão até mesmo nos títulos de receitas da Youtuber: “Bolo de banana chocolatudo” (aqui também se ouve o termo ‘bananudo), “Torta bacio chocolatuda” (aqui também se ouvem os termos ‘encacauzada’, ‘nutelluda’).
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Seguindo essa tendência, logo estaremos ouvindo a forma ‘CARAMELUDO’ convivendo com a forma ‘CARAMELADO’. 
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A influência do sujeito-falante
O papel da pessoa que fala é preponderante na formação de um novo vocábulo. É o que se dá com os SUFIXOS afetivos, enfáticos e intensificadores. 
Filhinho, vai para a caminha, tomar o seu leitinho.
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Em uma frase desse tipo as formações sufixadas surgiram em função da necessidade de o falante expressar a sua subjetividade.
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QUANDO SE FORMAM NOVAS PALAVRAS? 
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Na língua portuguesa, as novas palavras que surgem se formam por 
FORMAÇÃO ESPORÁDICA ou 
FORMAÇÃO INSTITUCIONALIZADA.
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 “Uma formação esporádica pode ser definida como uma palavra complexa nova, criada pelo falante\escritor, sob o impulso do momento, para satisfazer alguma necessidade imediata”.
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[A formação esporádica ocorre em situações nas quais necessitamos usar alguma palavra para nos expressar, mas não encontramos (ou lembramos) aquilo que necessitamos em tal momento. No impulso de precisarmos nos comunicar acabamos criando uma nova palavra para satisfazer nossa necessidade.] 
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A formação institucionalizada se dá quando, por meio do uso constante, uma palavra é definitivamente aceita pela comunidade linguística e passa a constar nos dicionários.
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2)Bloqueio heterônimo
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Certas formas deixam de ser produzidas na língua, por existirem outras palavras – com raiz diferente da raiz da base em questão – que bloqueiam o surgimento dos possíveis produtos. 
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É assim, por exemplo, que ENSINADOR é bloqueado por PROFESSOR, APRENDEDOR é bloqueado por ALUNO, ANELEIRO é bloqueado por JOALHEIRO e assim por diante. 
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Na regra em estudo, observem-se os seguintes casos de bloqueio heterônimo:
Terra – terreiro – bloqueado por AGRICULTOR
Unha – unheiro - bloqueado por MANICURE
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Bola – boleiro - bloqueado por JOGADOR DE BOLA
Lua – lueiro - bloqueado por ASTRÔNOMO
Sol – solzeiro – bloqueado por ASTRÔNOMO
Quarto – quarteira - bloqueado por CAMAREIRA ou ARRUMADEIRA
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Anel – aneleiro - bloqueado por JOALHEIRO
carro – carreiro - bloqueado por MOTORISTA
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Avião – aviãozeiro - bloqueado por PILOTO
Neologismo – neologismeiro - bloqueado por LINGUISTA ou GRAMÁTICO
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Parede – paredeiro - bloqueado por PEDREIRO
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Alicerce – alicerceiro - bloqueado por PEDREIRO
Arrozal – arrozaleiro – bloqueado por AGRICULTOR
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Seita – seiteiro - bloqueado por CRENTE ou PASTOR [penso que seria melhor SECTÁRIO]
Sobre a ambiguidade que acompanha o sentido da palavra SEITA:
http://www.significados.com.br/seita/
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Na próxima aula, concluiremos esse assunto, abordando o bloqueio homofônico e o bloqueio parônimo. Façam a leitura do texto xerocado entregue.
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