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TRABALHO DE PROCESSO CIVIL II ,PLANO 11

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TRABALHO DE PROCESSO CIVIL II
PLANOS DE AULA 11;13;14 E 15
HOMOLOGAÇÃO DE SENTENCIA PLANO 11 CPC : 
Homologação  
Novo CPC (Lei nº 13.105/15) Ato ou efeito de homologar, isto é, ato pelo qual a autoridade judicial ou administrativa confirma ou ratifica atos particulares, a fim de instituir força executória ou até mesmo validade jurídica ao mesmo.
Ultrapassada a fase instrutória, o processo se encaminhará para a fase final, em primeira instância, onde o juiz proferirá sentença de mérito, esgotando sua atividade jurisdicional. 
É bem verdade que a sentença não põe fim ao processo, considerando que recursos poderão ser interpostos, mas esgota a atividade jurisdicional em primeiro grau de jurisdição.
Por essa razão, o estudo da sentença, enquanto principal ato do juiz de primeiro grau, se reveste de grande importância, pois a parte somente poderá recorrer de forma segura se compreender os requisitos da sentença e também as regras concernentes à obrigatoriedade de fundamentação aprofundada.
Segundo dispõe o art. 961 do CPC, a decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após a sua homologação ou a concessão do exequatur às cartas rogatórias. Neste contexto, a decisão judicial definitiva como também a decisão não judicial, mas que equivale à decisão judicial no Brasil poderá ser devidamente homologado através deste procedimento. Assim, tanto a sentença de um juiz norte-americano como um ato de um rei, em países monárquicos em que o rei possui alguns poderes jurisdicionais, poderão, por sua natureza jurisdicional, ser homologado no Brasil.
A homologação de sentença estrangeira poderá ser dispensada em alguns casos. O art. 961, §5º do CPC dispensa a homologação de sentença estrangeira nos casos de divórcio consensual. Dispensa-se, similarmente, a homologação de sentença arbitral estrangeira quando estiver em conformidade com tratados internacionais com eficácia no ordenamento interno, de acordo com o art. 34 da Lei nº 9.307/1996. Se a sentença estrangeira arbitral não estiver em conformidade com a mencionada regra deverá ser submetida ao procedimento de homologação de sentença estrangeira.
Não se homologará sentença estrangeira nos casos de competência exclusiva do Brasil (art. 964). A regra, de certo modo, é desnecessária, uma vez que se uma sentença estrangeira tratar de temas cuja competência é exclusiva da Justiça brasileira (art. 23) haverá incompetência absoluta, que constitui vício insanável.
A decisão estrangeira concessiva de tutela de urgência poderá de igual modo, ser executada no Brasil. O procedimento, nesse caso específico, será realizado mediante carta rogatória, nos termos do art. 962 do CPC.
Segundo o art. 963 do CPC constituem requisitos indispensáveis à homologação: a) ser proferida por autoridade competente; b) ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia; c) ser eficaz no país em que foi proferida; d) não ofender a coisa julgada brasileira; e) estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em tratado e f) não conter manifesta ofensa à ordem pública.
Por fim, importa destacar a peculiaridade do requisito elencado ano art. 963, VI, do CPC. Não se homologará a sentença estrangeira se esta contemplar matéria que ofende a ordem jurídica brasileira. Assim, não se homologa sentença estrangeira que acolhe pedido do autor no sentido de pôr fim a própria vida, pois não há legislação compatível com essa pretensão no direito posto.
Homologada a sentença estrangeira, pelo presidente ou pela Corte Especial, a parte interessada poderá interpor recurso de agravo contra a decisão homo- logatória (art. 216-M do RISTJ). Após o trânsito em julgado, será expedida a competente carta de sentença para viabilizar sua execução perante o Juízo Federal competente (art. 216-N do RISTJ). O procedimento de homologação de sentença estrangeira é cindido, caben- do ao STJ homologar a sentença alienígena e ao Juízo Federal a execução, inde- pendentemente da matéria que compõe seu objeto. 
O procedimento pode ser visualizado da seguinte forma:
 
Coisa julgada 
A coisa julgada tem como principal fi nalidade garantir a segurança jurídica no Estado Democrático de Direito. É nesse contexto que a Constituição Federal assegura, em seu art. 5º, XXXVI, que a lei, em nenhuma hipótese, prejudicará a coisa julgada. 
Não se concebe um Estado em que os conflitos sociais e jurídicos perdurem infinitamente. Por essa razão, o fenômeno da coisa julgada, enquanto direito fundamental, tem como foco principal estabilizar a decisão judicial que resolveu determinado conflito, após propiciar o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa no decorrer da atividade judicial.
Coisa julgada formal e material em harmonia com art. 502 do CPC, denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso. O que foi decidido na sentença de mérito, em que se operou a coisa julgada material, não poderá mais ser discutido no processo em que foi proferida a decisão nem em qualquer outro processo. 
Por exemplo, a rescisão contratual declarada por sentença, após o trânsito em julgado e o estabelecimento da coisa julgada, não mais poderá ser discutida em nenhum outro processo, salvo nas hipóteses de ação rescisória, o que será abordado adiante.
Diversamente, a coisa julgada formal corresponde à impossibilidade de se discutir a matéria no mesmo processo em que foi proferida, podendo ser discutida em outro processo. É correto afirmar que, quando o juiz julga o mérito de uma causa, acolhendo ou não o pedido do autor, ocorrerá a coisa julgada material e formal. Assim, não mais poderá o autor reabrir a discussão sobre o tema, seja no mesmo processo, seja em outro processo.
Entretanto, a decisão que extinguir o processo sem resolução do mérito, fundamentada em uma das hipóteses do art. 485 do CPC, fará somente coisa julgada formal, podendo a parte renovar a discussão em outro processo, conforme interpretação literal do art. 486 do CPC. O ajuizamento da nova demanda somente não será admissível se ocorrer a perempção (art. 486, §3º).
Preclusão e eficácia preclusiva da coisa julgada o art. 507 do CPC veda à parte discutir, no curso do processo, as questões já decididas anteriormente – cuida-se da preclusão (que poderá ser lógica, temporal ou consumativa). A restrição aplica-se tanto às partes como ao juiz. A preclusão é a perda do direito de se praticar um ato dentro do processo e poderá ocorrer em vários momentos do processo. A principal finalidade da preclusão é assegurar a marcha processual contínua e para a frente, pois, sendo praticado ou não o ato, o processo avançará para a etapa seguinte. 
Diversamente, a coisa julgada é um direito fundamental que tem como objetivo primordial estabilizar as questões principais decididas pelo Poder Judiciário e garantir a segurança jurídica. Por outro lado, a eficácia preclusiva da coisa julgada (art. 508) é o fenômeno processual que consiste em considerar, após o trânsito julgado, deduzida e repelida toda sorte de alegações que as partes poderiam citar, mas que, por algum motivo, não citaram. Assim, não poderá a parte autora, que teve sua pretensão indenizatória julgada improcedente, renovar a demanda com novas alegações, que poderiam ter sido articuladas no processo anterior, para tentar obter resultado positivo coisa julgada no processo coletivo no processo coletivo, a coisa julgada é sensivelmente remodelada. 
A sentença coletiva, por vezes, afeta o interesse de diversas pessoas, quer integrem a relação jurídica processual, quer não. Isso ocorre porque a sentença genérica tem como objeto os direitos coletivos, difusos ou individuais homogêneos. 
A coisa julgada no processo coletivo tem regime próprio e ocorrerá de acordo com o direito tutelado e com o resultado obtido com o processo. O art. 103 do Código de Defesa do Consumidor apresenta três regras para a incidência da coisa julgada. Ocorrerá a coisa julgada: 
a) erga omnes, nas ações coletivas, exceto seo pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova (art. 103, I); 
b) ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas (art. 103, II); e 
c) erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores.
Em observância à própria dimensão do processo coletivo e à extensão de pessoas afetadas pela sentença coletiva, a coisa julgada, em regra, somente incidirá se for procedente ou improcedente, com base em provas que não deixam dúvidas sobre a questão debatida. Nas demais hipóteses, a ação coletiva poderá ser renovada por outro legitimado.
Ação rescisória
A coisa julgada torna indiscutível e imutável a questão principal, decidida na sentença de mérito. Até mesmos os vícios sanáveis são suplantados pela coisa julgada. Porém, há vícios, considerados insanáveis pelo Código, que permanecem mesmo após a ocorrência da coisa julgada. Nesses casos, caberá ação rescisória com o objetivo de afastar o manto da coisa julgada e possibilitar o novo julgamento da causa ou mesmo remover o vício insanável. 
A ação rescisória deve ser proposta no prazo de 2 (dois) anos, contados a partir do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo (art. 975). A regra reproduziu, na integralidade, o verbete da Súmula nº 410 do Superior Tribunal de Justiça. A definição clara acerca do momento em que o prazo decadencial se iniciará é relevante, pois eliminou diversas dúvidas práticas sobre o ajuizamento da ação rescisória. Por exemplo, é cabível ação rescisória contra sentença de primeiro grau? A resposta positiva se impõe, devendo a parte interessada propor a ação rescisória no prazo de 2 anos, contados a partir do trânsito em julgado da sentença. 
Natureza jurídica
A ação rescisória é uma ação autônoma de impugnação de decisão judicial, que tem como objeto o afastamento da coisa julgada nos casos em que ocorreu um dos vícios elencados no art. 966 do CPC. É uma ação originária, que tem seu início na segunda instância e acarretará reapreciação, em profundidade, da decisão que se busca rescindir. 
A ação rescisória não se confunde com recurso. O recurso é interposto na mesma relação jurídica processual. Diversamente, a ação rescisória iniciará uma nova relação processual, não se confundindo com recurso. O recurso é interposto antes do trânsito em julgado. 
A ação rescisória terá cabimento no dia seguinte a trânsito julgado. Compreendida a finalidade da ação rescisória em nosso ordenamento jurídico, passemos à análise de seu procedimento.
Ação rescisória e ação anulatória antes de analisar o procedimento da ação rescisória, convém diferenciá-la da ação anulatória. 
A ação rescisória será sempre cabível para afastar vício insanável de decisão de mérito proferida por juiz ou colegiado. A ação anulatória, por sua vez, é cabível para impugnar vícios decorrentes de atos unilaterais de vontade (confissão, renúncia, entre outros), como também sentença homologatória de atos praticados na fase de conhecimento ou na execução. 
Embora ambas tenham natureza de ação autônoma de impugnação de decisão judicial, não há dúvidas acerca do objeto de uma e de outra, conforme disposto no art. 966, §4º, do CPC. 
Cabimento
A coisa julgada é um direito fundamental e seu afastamento somente pode ser autorizado em hipóteses restritas. Por esse fundamento, é cabível ação rescisória, observando o rol taxativo do art. 966 do CPC. Será cabível ação rescisória quando: 
a) se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; 
b) for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; 
c) resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; 
d) ofender a coisa julgada; 
e) violar manifestamente norma jurídica; 
f) for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; 
g) obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; e
 h) for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. 
O art. 966, VII, estatuiu o entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça acerca do início da contagem do prazo para ajuizamento da ação rescisória nas hipóteses em que a referida ação tenha como objeto a alegação acerca da existência de prova nova. 
Nesse caso, o termo inicial do prazo para o ajuizamento da ação rescisória será a data da descoberta da prova nova, observado o prazo de cinco anos do trânsito em julgada da decisão rescindente (art. 975, §2º). O tratamento legislativo do tema contribuiu para se definir com clareza o termo inicial do prazo decadencial para ajuizamento da ação rescisória, bem como estabeleceu um limite temporal para o ajuizamento da ação. O CPC/2015 trouxe uma inovação sem precedentes no CPC/1973: a possibilidade de se propor ação rescisória contra decisão terminativa ou sem resolução de mérito. Em verdade, não se admitia ação rescisória contra sentença que não resolve o mérito, considerando que o autor poderá renovar a demanda nos termos do art. 486 do CPC.
 Rescisória da rescisória Admite-se ação rescisória proposta contra decisão proferida no julgamento de ação rescisória. Não se trata de ficção jurídica, podendo ser verificada a hipótese na prática forense.
Por exemplo: se advir, do julgamento da ação rescisória, com fundamento na
corrupção do juiz (art. 966, I), um dos vícios do art. 966 do CPC, como a participação
no julgamento de um desembargador impedido, a parte sucumbente poderá
propor nova ação rescisória, com fundamento no art. 966, II, do CPC.
MATERIAL COM BASE NO LIVRO DE PROCESSO CIVIL II
 AUTOR: Alexandre de Castro Catharina
 ALUNO:Silvano MATRICULA:201502386267
 CURSO: DIREITO

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