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Doencas Cardiovasculares

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Doenças Cardiovasculares
Juliana Mendes
Doenças Cardiovasculares
Maior de todas as endemias do séc. XX nos países ocidentais desenvolvidos;
Nas últimas décadas: aumento nos países emergentes;
Nesses países: 1º ou 2º lugar como causa de morte;
No Brasil: principal causa de morte
Doenças Cardiovasculares
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM);
Insuficiência Cardíaca (IC);
 
Doenças cardiovasculares
Fatores de risco:
Idade > 45 anos para homens;
Idade > 55 anos para mulheres;
História familiar de DC prematura;
Tabagismo;
HAS;
DM;
Obesidade;
Estresse;
Aumento do CT;
Aumento do LDL-c
Doenças cardiovasculares
Principal causa das doenças cardiovasculares:
Dislipidemias
Dislipidemias
Alterações dos níveis lipídicos circulante;
Dislipidemias
Hipercolesterolemia
Hipertrigliceridemia
Dislipidemias
Classificação:
Dislipidemias
Primárias:
Quando relacionadas à alterações genéticas e ambientais;
 Secundárias:
- Quando associadas a outras doenças ou ao uso de medicamentos.
Dislipidemias
Classificação:
Dislipidemias
Classificação:
- Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado de colesterol;
- Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado de triglicérides;
- Hiperlipidemia mista: aumento de colesterol e triglicérides;
Dislipidemias
- Hipoalfalipoproteinemia: redução do HDL-c isolada ou associada a alteração do LDL-c ou Triglicérides;
- Hiperalfalipoproteinemia: aumento do HDL-C isolada ou associada a alterações do LDL-C.
Dislipidemias
 Diagnóstico:
Dislipidemias
Terapia nutricional:
	- Há muito tempo o aumento do consumo de gordura associa-se à elevação da concentração plasmática de colesterol;
	- Plano alimentar deverá contemplar:
Dislipidemias
Dislipidemias
Colesterol e ácidos graxos saturados:
Gorduras saturadas e de colesterol da alimentação influenciam diferentemente os níveis lipídicos plasmáticos;
A maioria da população absorve aproximadamente metade do colesterol presente na luz intestinal;
Uma minoria é hiper-responsiva, ou seja, absorve maior quantidade; 
A absorção de gordura saturada, no entanto, não é limitada e, por isso, sua ingestão promove efeito mais intenso sobre o aumento do colesterol. 
Dislipidemias
Para reduzir a ingestão de colesterol, deve-se diminuir o consumo de alimentos de origem animal:
Laticínios integrais
Vísceras
Pele de aves
Embutidos
Frutos do mar
Laticínios integrais
Vísceras
Pele de aves
Embutidos
Dislipidemias
Para diminuir o consumo de ácidos graxos saturados, aconselha-se a redução da ingestão de gordura animal, leite de coco e alguns óleos vegetais:
Laticínios integrais
Carnes gordas
Óleo de dendê
Leite de coco
Dislipidemias
Ácidos graxos insaturados:
Os ácidos graxos insaturados são classificados em duas categorias principais:
 
Poliinsaturados
Monoinsaturados
Ômega 3
Ômega 6
Ômega 9
Dislipidemias
Ácidos graxos insaturados:
 Poliinsaturados :
 Ômega 6:
		- fontes alimentares: óleos vegetais de soja, milho, e girassol	
Dislipidemias
Ácidos graxos insaturados:
 Poliinsaturados :
 Ômega 3:
		- fontes alimentares: óleo de soja, de canola, de linhaça, peixes (sardinha, atum, salmão):
Dislipidemias
Ácidos graxos insaturados:
 Poliinsaturados :
 Ômega 3:
A substituição isocalórica dos ácidos graxos saturados por ácidos graxos polinsaturados reduz o CT e o LDL-C; 
Porém possuem o inconveniente de induzir maior oxidação lipídica e diminuir o HDL-C quando utilizados em grande quantidade.;
Promovem redução dos triglicéride;
Reduz da viscosidade do sangue;
Promove maior relaxamento do endotélio.
Dislipidemias
 Poliinsaturados :
Os ácidos graxos monoinsaturados exercem o mesmo efeito sobre a colesterolemia;
Porém não diminuem o HDL-C e não provocam oxidação lipídica.
Fontes alimentares: óleo de oliva, óleo de canola, azeitona, abacate e oleaginosas (amendoim, castanhas, nozes, amêndoas). 
Dislipidemias
Ácidos graxos trans:
Sintetizados durante o processo de hidrogenação dos óleos vegetais.;
Aumentam o LDL-c e reduzem o HDL-c,;
Aumentam os TG;
Não há consenso em relação à quantidade máxima permitida na dieta, no entanto, recomenda-se que a ingestão de gordura trans deva ser menor que 1% das calorias totais da dieta;
 A principal fonte de ácidos graxos trans na dieta é a gordura vegetal hidrogenada. 
Dislipidemias
Fibras:
Carboidratos complexos classificados de acordo com sua solubilidade;
Solúveis e insolúveis;
Solúveis: pectina (frutas), gomas (aveia, cevada e leguminosas: feijão, grão de bico, lentilha e ervilha);
Estas fibras reduzem o tempo de trânsito gastrointestinal e a absorção enteral do colesterol;
O farelo de aveia é o alimento mais rico em fibras solúveis;
Pode diminuir moderadamente o colesterol sangüíneo.
 
Dislipidemias
Fibras:
Insolúveis: não atuam sobre a colesterolemia;
Aumentam a saciedade, auxiliando na redução da ingestão calórica;
Representadas pela celulose (trigo), hemicelulose (grãos) e lignina (hortaliças). 
A recomendação de ingestão de fibra alimentar total para adultos é de 20 a 30 g/dia;
5 a 10g devem ser solúveis.
Dislipidemias
Fitoesteróis:
São encontrados apenas nos vegetais e desempenham funções semelhantes ao colesterol em tecidos animais.
 Reduzem a colesterolemia por competirem com a absorção do colesterol da luz intestinal;
Uma dieta balanceada com quantidades adequadas de vegetais fornece aproximadamente 200 a 400mg de fitosteróis;
No entanto, é necessária a ingestão de 2 g/dia de fitosteróis para a redução média de 10-15% do LDL-C;
Os fitosteróis não influenciam os níveis plasmáticos
 de HDL-C e de triglicérides. 
Dilipidemias
Proteína de soja:
A ingestão de proteína da soja (25 gramas /dia) pode reduzir o colesterol plasmático (-6% do LDL-C) ;
Os dados disponíveis são contraditórios quanto aos efeitos sobre os TG e HDL-C. 
Fontes de soja na alimentação são: feijão de soja, óleo de soja, queijo de soja (tofu), molho de soja (shoyo), 
	farinha de soja, leite de soja e o 
	concentrado protéico da soja. 
Dislipidemias
Antioxidantes:
Antioxidantes (flavonóides): podem potencialmente estar envolvidos na prevenção da aterosclerose;
Inibem a oxidação das LDL e diminuindo sua aterogenicidade;
Fontes alimentares: verduras, frutas (cereja, amora, uva, morango, jabuticaba), grãos, sementes, castanhas, condimentos e ervas e também em bebidas como vinho, suco de uva e chá;
Dislipidemias
Não há evidência de que suplementos de vitaminas antioxidantes previnam manifestações clínicas da aterosclerose, portanto esses não são recomendados ;
Alimentação rica em frutas e vegetais diversificados fornece doses apropriadas de substâncias antioxidantes, que certamente contribuirão para a manutenção da saúde.
Dislipidemias
Triglicérides:
Pacientes com níveis muito elevados de triglicérides devem reduzir a ingestão de gordura total da dieta;
Recomenda-se a ingestão de no máximo 15% das calorias diárias na forma de gordura; 
Na hipertrigliceridemia secundária à obesidade ou diabetes:
 - dieta hipocalórica;
 - adequação do consumo de carboidratos e gordura;
 - controle da hiperglicemia;
 - restrição total do consumo de álcool. 
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Principal causa de morte nos países industrializados;
Principal causa:
Limitação do fluxo coronariano
Necrose do músculo cardíaco
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Fatores de risco:
 Herança genética;
 Sexo masculino;
 Idade > 45 anos para homens;
 Idade > 55 anos para mulheres;
DM;
 Dislipidemias;
 Obesidade;
 Tabagismo;
 Estresse;
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
A extensão do infarto depende:
 da localização;
 da severidade do estreitamento aterosclerótico;
 da necessidade de O2 no miocárdio mal perfundido;
 da extensão de vasos sanguíneos colaterais;
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Principais sintomas:
 dor precordial de forte intensidade,
com sensação de opressão ou queimação e duração superior a 30 min., acompanhada de sudorese, palidez e taquicardia;
 eletrocardiograma que exiba corrente de lesão em pelo menos duas derivações ou bloqueio de ramo esquerdo, inexistentes em exames anteriores;
elevação das enzimas cardíacas.
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Terapia nutricional:
 Principal objetivo:
 - diminuir a sobrecarga cardíaca.
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Princípios:
 Hábitos alimentares saudáveis; 
 Dieta equilibrada e individualizada;
Recuperação e manutenção do estado nutricional
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Avaliação do EM:
 Avaliação do consumo alimentar;
 Antropometria (perda de peso);
 Exames laboratoriais (hemograma, creatinina, uréia, perfil lipídico, eletrólitos, indicadores de função imunológica);
 Avaliação da composição corpórea.
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
O paciente deve permanecer em jejum de 4 a 12 após diagnosticado o evento.
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Orientações:
 fracionamento em 4 a 6 refeições/dia:
	- evitar sobrecarga no processo de digestão;
 consistência líquido-pastosa:
	- melhorar mastigação, deglutição e digestão;
 incluir fibras (solúveis e insolúveis):
	- facilitar o funcionamento intestinal, aumentar volume fecal, retardar a absorção do amido, tornara mais lenta a absorção de glicose.
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
 Suplementos hipercalóricos podem ser necessários:
	- para recuperação do estado nutricional;
 Recomendações de macro e micronutrientes:
	- de acordo com o quadro clínico;
 Necessidade hídrica:
	- adultos: 1.500 mL/dia;
	- idoso: mínimo de 1.700 mL/dia.
Insuficiência Cardíaca
Síndrome da insuficiência cardíaca é conseqüência da incapacidade dos ventrículos em bombear quantidades adequadas de sangue para manter as necessidades periféricas do organismo.
Insuficiência Cardíaca
Problema de saúde pública;
Alta mortalidade;
Doença de progressão lenta;
Pode permanecer compensada por muitos anos;
Principais causas: 
 miocardiopatia isquêmica;
 miocardipatia idiopática;
Miocardiopatia hipertensiva.
Insuficiência Cardíaca
Geralmente é acompanhada de retenção hídrica;
A retenção ocorre em conseqüência do baixo fluxo renal o que acarreta em retenção de Na e H2O;
Insuficiência Cardíaca
Sinais frequentes:
 Dispnéia; Sintoma mais frequente
 Edema periférico
 Fadiga;
Podem confundir em idosos, obesos, pneumopatas e mulheres.
Insuficiência Cardíaca
Outros sinais:
 Tosse;
 Falta de memória;
 Sono;
 Sudorese;
Cianose;
 Oligúria.
Insuficiência Cardíaca
Classificação funcional
Classe funcional I
Paciente assintomático em suasatividades habituais
Classe funcional I
Pacienteassintomático em repouso
Sintomas não desencadeados pela atividade física habitual
Classe funcional I
Pacienteassintomático em repouso
Atividade menor que a habitua causa sintomas
Classe funcional I
Paciente com sintomas ocorrendoàs menores atividades física e mesmo em repouso.
Insuficiência Cardíaca
Mortalidade:
 forma súbita (40%);
 falência progressiva da bomba (40%);
 IAM e AVC (20%).
Insuficiência Cardíaca
Terapia nutricional:
 alterações fisiológicas que comprometem o EN;
 pacientes frequentemente apresentam perda de peso progressiva;
 podem chegar ao quadro 
	de caquexia cardíaca.
Insuficiência Cardíaca
Fatores que contribuem para menor ingestão alimentar e aproveitamento dos nutrientes:
 compressão gástrica;
 congestão hepática;
 edema de alças intestinais;
 náuseas;
anorexia.
Sensação de plenitude
Diminuição da absorção
Insuficiência Cardíaca
Objetivos da dietoterapia:
 fornecer energia e nutrientes necessários;
 minimizar a perda de peso;
 recuperar o estado nutricional;
 evitar sobrecarga cardíaca.
Insuficiência Cardíaca
Energia:
 as necessidades energéticas vão variar de acordo com:
	- EN atual;
	- atividade física;
	- atividade ocupacional;
	- grau da doença.
Insuficiência Cardíaca
Geralmente a oferta calórica deve ser aumentada objetivando recuperação do peso;
Deve-se considerar uma meta viável;
Dietas muito hipercalóricas não são bem toleradas.
Insuficiência Cardíaca
Formas de alcançar um maior valor calórico:
 módulos de nutrientes;
 suplementos nutricionais especializados;
 aumentar o percentual de gorduras.
Pode ser necessário o uso de nutrição enteral.
Insuficiência Cardíaca
Macronutrientes:
 Carboidratos:
	- 50 a 60% do VET;
	- podem ser reduzidos (se houver retenção de CO2).
 Proteínas:
	- pode variar de normo a hiperprotéica;
	- 1 g/Kg para pacientes eutróficos;
	- 2 g/Kg para pacientes com déficit nutricional;
	- 0,8 g/Kg para pacientes com diminuição da função renal. 
Insuficiência Cardíaca
 Lipídios:
	- 25 a 30% do VET;
	- priorizar o consumo de monoinsaturadas e poliinsaturadas;
	- colesterol até 300mg;
	- em casos de dislipidemia deve-se ajustar as quantidades.

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