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Questões Relações étnico raciais

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Exercício 1:
(ENADE, 2005) – Gilberto Freire, no livro Casa-grande & senzala, analisa aspectos das relações inter-raciais no Brasil. Considerando a maneira como esse autor desenvolve em sua análise o mito da harmonia entre as três raças que constituíram a nação brasileira, assinale a opção correta.
A - Segundo esse autor, a miscigenação produz uma sociedade singular nos trópicos, caracterizada principalmente pela convivência pacífica entre as raças. 
B -   A análise de Gilberto Freire está focada na ideia de dissidência entre as três raças, o que constitui o principal ponto de conflito da nação brasileira. 
C - No mito da harmonia racial, Gilberto Freire sugere a preponderância absoluta do elemento branco sobre os negros e índios. 
D - O preconceito racial é, segundo esse autor, um elemento fundador do mito da nação brasileira. 
E -   Para o autor, o fenômeno da miscigenização indica um desequilíbrio entre as três raças constitutivas da nação brasileira. 
Exercício 2:
(Concurso Público, adap. CESPE – 2010) No que se refere ao racismo no Brasil, assinale a opção correta.
A - Após os golpes de estado de 1964 e 1968, o mito da democracia racial continua a servir como ideal ou inspiração na sociedade brasileira. 
B - A formulação de Gilberto Freire sobre o país constituir uma democracia social foi, historicamente, rejeitada no Brasil. 
C - A existência de mobilidade social e de abertura racial significa ausência de preconceitos e de discriminação. 
D - O racismo mascarado desempenhou importante papel na manutenção das desigualdades na sociedade brasileira. 
E - O racismo brasileiro deve ser lido como reação à igualdade legal entre cidadãos formais e informais que se instalou com o fim da escravidão. 
Exercício 3:
O projeto nacional de branqueamento pode ser compreendido a partir das afirmações a seguir, exceto:
A - Porque não se preparou nenhuma condição para que os negros recém-libertos estivessem em igualdade de direitos e oportunidades no então mercado de trabalho, milhares de imigrantes brancos foram trazidos a partir principalmente do início do século XX para que ocupassem esses postos de trabalho. 
B - A Guerra do Paraguai pode ser considerada uma das estratégias no projeto nacional de branqueamento, uma vez que nela morreram cerca de 90.000 negros, abrindo ainda mais postos de trabalho para imigrantes brancos recém-chegados ao Brasil. 
C - O ideal de branqueamento também produziu as chamadas ideologias raciais do negro e mulato e do branco, colocando de forma evidente negros e brancos em lugares sociais desiguais e hierarquizados. 
D - Os quilombos foram muito importantes no processo de branqueamento, uma vez que milhares de escravos negros se refugiavam nesses locais, bem afastados e de difícil acesso aos senhores brancos, abrindo espaço para o imigrante branco no mercado de trabalho. 
E - Uma das consequências do projeto nacional de branqueamento foi a marginalização social das populações negras, uma vez que, sem possibilidade de trabalho remunerado, acabaram se instalando nas periferias das cidades, nas regiões mais pobres do Brasil. 
Exercício 4:
(Adap. UEM/CVU - Vestibular de Inverno/2009) Considerando seus conhecimentos sobre a diversidade étnica na cultura brasileira, assinale o que for correto.
I- Somente podem ser caracterizadas crime de racismo as manifestações de hostilidade justificadas pela cor da pele ou origem étnica que resultem em agressão física ou morte da vítima.
II- É necessário que existam práticas explícitas de segregação espacial, como a criação de guetos, para que se caracterize uma sociedade como preconceituosa ou excludente.
III- Os primeiros imigrantes asiáticos encontraram no Brasil uma sociedade cordial e hospitaleira, plenamente adaptada a um processo de democracia racial.
IV- A política imigratória restritiva, conduzida no Brasil nas primeiras décadas do século XX, baseava-se na ideia de que determinada raças eram indesejadas na composição das características étnicas da população brasileira.
A alternativa que apresenta somente afirmações corretas é:
A - I, II e IV. 
B - II, III e IV. 
C - I, II e III. 
D - III e IV. 
E - somente a IV. 
Exercício 1:
Assinale a alternativa que melhor define o conceito de diáspora, vivida pelos negros após sua transferência forçada ao Brasil, a partir de 1550:
A - Desterrados de seu continente, separados de seus laços de relação pessoal, ignorantes da língua e dos costumes, o deslocamento dos negros foi de tal monta que acabou alterando cores, costumes e a própria estrutura da sociedade local. 
B - O fato de que toda a história da África foi sendo apagada dos livros, que passaram a contar a história apenas sob a perspectiva do branco colonizador. 
C - A inegável influência que a cultura brasileira, em formação, recebeu como herança africana, não só no campo econômico, através do trabalho escravo e não remunerado, mas nos campos demográfico, cultural, entre outros. 
D - A contribuição que tiveram os quilombos como força de resistência negra durante o período de escravidão, surpreendendo também pela capacidade de organização e por apresentar uma proposta social e política alternativa ao modelo colonial. 
E - O envio de milhares de imigrantes brancos ao Brasil a partir principalmente do início do século XX, para substituir a mão-de-obra negra após a abolição da escravatura. 
Exercício 2:
(Concurso Público, adap. CESPE – 2004)
Com a queda da monarquia, em 1889, ainda que preservada a dominação oligárquica, o novo regime acaba beneficiando-se dos efeitos modernizadores, decorrentes da abolição da escravatura (1888), sobre o desenvolvimento da economia cafeeira que se dinamiza com a introdução do trabalho livre e de imigrantes europeus. Com a Primeira República, extingue-se o sistema censitário, mas os analfabetos são excluídos totalmente do direito de voto.
As primeiras pressões democratizantes buscando alterar a ordem liberal excludente se desencadeiam apenas na década de 20, quando se inicia a crise da República Velha, que, com a Revolução de 1930, submerge no centro de suas próprias contradições
 Hélgio Trindade . Brasil em perspectiva: conservadorismo liberal e democracia bloqueada. In: Carlos Guilherme Mota (Org.).
Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000) - a grande transação. São Paulo: SENAC, 2000, p. 357-64 (com adaptações).
  A partir do texto acima, julgue os itens que se seguem, relativos à evolução histórica do Brasil republicano, e assinale a alternativa incorreta:
A - Nos estertores do regime monárquico, a abolição do trabalho escravo pela Lei Áurea, ainda que tenha desagradado a uma significativa parcela da classe proprietária, não foi capaz de promover a inclusão social dos negros recém-libertados, reforçando um quadro de subalternidade dos afrodescendentes ainda visível em pleno início do século XXI. 
B - Após a abolição da escravidão (1888), porque não se preparou nenhuma condição para que os negros recém-libertos estivessem em igualdade de direitos e oportunidades no então mercado de trabalho, milhares de imigrantes brancos foram trazidos a partir principalmente do início do século XX para que ocupassem esses postos de trabalho. 
C - O ideal de branqueamento produziu as chamadas ideologias raciais do negro e mulato e do branco, colocando de forma evidente negros e brancos em lugares sociais desiguais e hierarquizados. 
D - Os quilombos foram muito importantes como elemento de pressão social para a abolição da escravidão no Brasil, uma vez que milhares de escravos negros se refugiavam nesses locais, bem afastados e de difícil acesso aos senhores brancos, abrindo espaço para o imigrante branco no mercado de trabalho. 
E - Uma das consequências do projeto nacional de branqueamento foi a marginalização social das populações negras, uma vez que, sem possibilidade de trabalho remunerado, acabaram se instalando nas periferias das cidades, nas regiões mais pobres do Brasil.  
Exercício 3:
(Concurso Público, adap. TJ-SC – 2010) Sobre a escravidãono Brasil, leia as afirmativas abaixo:
I. Nos séculos XVI e XVII a Igreja, particularmente os jesuítas, era contra a escravização dos índios. Não conseguiu impedi-las, mas reduziu sua propagação. A escravização dos negros africanos não originou o mesmo vigor dos protestos da Igreja, além disso, para Portugal o cativeiro indígena não gerava lucro, mas o tráfico negreiro constituía grande fonte de divisas.
II. Na metade do século XVI chegaram ao Brasil as primeiras levas de escravos numericamente significativas.
III. Os quilombos eram refúgios, geralmente em lugares de difícil acesso, onde os escravos fugidos formavam núcleos de povoação. Palmares, o mais conhecido dos quilombos, ficava na Serra da Barriga, no atual estado do Alagoas. Dentre seus líderes, destaca-se Zumbi.
IV. A Lei que estabelecia que, a partir de 1888, que todos os negros seriam considerados livres foi a Lei Visconde do Rio Branco.
 Assinale a alternativa correta:
A - Todas as proposições estão corretas 
B - Apenas as proposições II, III e IV estão corretas 
C - Apenas as proposições I, III e IV estão corretas 
D - Apenas as proposições III e IV estão corretas 
E - Apenas as proposições I, II e III estão corretas  
Exercício 4:
(Concurso Público, adap. CESPE – 2006) Leia o texto abaixo.
 
Com o início do Segundo Reinado, são plenamente restabelecidas a prerrogativa monárquica e a centralização administrativa. A Monarquia constitucional parlamentarista de quatro poderes se viu reforçada. Existiam dois grandes partidos monárquicos. O Partido Conservador consistia na aliança entre a burocracia, o grande comércio e a grande lavoura de exportação. O Liberal era formado por profissionais liberais urbanos e por agricultores ligados ao mercado interno e às áreas mais recentes de colonização. Pelo sistema eleitoral que vigoraria até 1889, estavam excluídos do direito de voto os escravos, os menores de 25 anos (com exceções), os criados de servir, os religiosos que vivessem em comunidade claustral e todo aquele que não percebesse determinada renda líquida anual. Só podiam ser eleitos parlamentares os cidadãos brasileiros com renda elevada que professassem a religião do Estado. A reforma eleitoral de 1881 ampliou a renda exigida para a condição de eleitor e proibiu o analfabeto de votar.
Em meio a esse sistema político é que seria processada a abolição da escravidão e decretada a Lei de Terras (1850). A apreensão do processo de abolição da escravidão envolve diversos níveis de análise, um dos quais diz respeito às dimensões macro-históricas e mundiais do processo. É nesse contexto que se entendem as pressões inglesas para a suspensão do tráfico atlântico para o Brasil.
João Luís Fragoso e Francisco Carlos Teixeira da Silva. A política no Império e no início da República Velha: dos barões aos coronéis. In: Maria Yedda Linhares (org.) História Geral do Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1996, p. 199-204 (com adaptações).
Considerando o tema abordado no texto, a presença da escravidão na formação histórica do Brasil e o processo abolicionista, que se estende por boa parte do século XIX, além de seus desdobramentos na configuração da sociedade brasileira contemporânea, assinale a opção correta.
 
A - Ao mencionar as dimensões macro-históricas do processo abolicionista, o texto certamente se refere ao aparecimento do capitalismo como sistema dominante mundial. Não obstante, à Inglaterra interessava a manutenção de relações sociais de produção pré-capitalistas em determinadas regiões, como as vigentes na Europa naquele momento, com o propósito de exportar seu excedente de mão-de-obra. 
B - Poucas pressões inglesas contra o tráfico de escravos foram sentidas no Brasil logo após a independência, tornando a Inglaterra um país de inexpressiva influência naquele momento histórico. 
C - Com o olhar de hoje mirando o passado, pode-se afirmar que as leis abolicionistas, em especial a que extinguiu por completo a escravidão, conhecida como Lei Áurea, falharam em um ponto crucial: o de estabelecer mecanismos que, superando a subalternidade própria da condição de cativo, promovessem a plena inserção dos africanos e seus descendentes na sociedade brasileira. 
D - As pressões internacionais para o fim da escravidão no Brasil, que começaram a surgir após a independência, não foram suficientes para forçar a assinatura de uma Lei que considerasse livre todos os negros até então escravizados em nosso território. 
E - Transparece no texto que o consenso no Brasil colonial em torno da existência da escravidão foi gradativamente desaparecendo à medida que se aproximava a independência, o que explica a relativa rapidez do processo abolicionista no período colonial.  
Exercício 1:
Analise o gráfico abaixo e assinale a alternativa que melhor explica os dados apresentados.
A - Em todas as regiões do Brasil, as mulheres negras continuam a desempenhar as funções domésticas nos lares brasileiros, ou seja, o número de mulheres negras ocupando cargo de empregada doméstica  é sempre superior à média em cada região. 
B - O número de empregadas domésticas é superior ao número de mulheres negras no Brasil, independente da região. 
C - O gráfico não mostra relação entre cor/raça e a ocupação dos postos de empregada doméstica no Brasil. 
D - A região Centro-Oeste apresenta o maior número de mulheres negras ocupando cargo de empregada doméstica. 
E - Na região Norte, a diferença entre o número de mulheres negras na população total e aquelas que ocupam o cargo de empregada doméstica é a maior do Brasil. 
Exercício 2:
Analise o gráfico abaixo:
 
A partir da interpretação destes dados, é incorreto afirmar que:
 
A - Entre 1% da população mais rica no Brasil, as pessoas de cor preta são minoria absoluta, representando menos de 2% nesta faixa. 
B - A concentração de renda no Brasil possui traços claramente raciais, sendo possível afirmarmos que a pobreza em nosso país “tem cor”. 
C - Observando estes dados, podemos afirmar que as diferenças étnico-raciais são muito sutis, se comparadas às diferenças econômico-sociais na sociedade brasileira. 
D - Apesar de constituírem quase 50% da população brasileira em geral, quando observada a faixa dos 10% mais pobres, os brancos aparecem em minoria, em relação a pretos e pardos. 
E - É praticamente inexpressiva a presença de negros entre aqueles que se encontram entre o 1% da população mais rica no Brasil. 
Exercício 3:
Em relação aos estereótipos raciais presentes na literatura brasileira, é incorreto afirmar que:
A - Muitos livros da literatura clássica brasileira ajudaram a manter intactos os estereótipos de cunho racista. 
B - Os textos de Monteiro Lobato também reproduzem os estereótipos do negro como submisso e subserviente. 
C - Não há estudos conclusivos sobre a produção de discursos de cunho racista na literatura clássica brasileira. 
D - Devido ao seu teor considerado racista, um dos livros de Monteiro Lobato foi vetado pelo MEC-Ministério da Educação, e proibida sua distribuição nas escolas públicas do país. 
E - A literatura colaborou também para reforçar piadas e ditos populares de cunho preconceituosos. 
Exercício 4:
Leia o trecho da música de Gabriel O Pensador, Lavagem Cerebral e assinale a alternativa incorreta:
 
Aliás branco no Brasil é difícil porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda então olhe pra trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura então porque o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou...
Nasceram os brasileiros cada um com a sua cor
Uns com a pele clara outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
 
A - Este trecho aborda a questão da miscigenação na formação da população e da cultura brasileiras. 
B - Segundo o que estudamos em nossa disciplina, existe uma dificuldade entre a população brasileira em sua auto-atribuição de cor nos levantamentos censitários. 
C - Nocenso de 1976, segundo pesquisa realizada por Lilia Schwarcz, os brasileiros se auto-atribuíram 136 cores diferentes, demonstrando a incômoda identidade étnico-racial no Brasil. 
D - A letra de Gabriel O Pensador comprova as teorias raciais que diferem a humanidade em várias raças, como brancos, negros, indígenas etc. 
E - A abordagem que a música acima traz a respeito da realidade multirracial brasileira refere-se às diferentes características fenotípicas entre as pessoas, que, geneticamente, pertencem a uma única raça humana.  
Exercício 1:
Leia o texto a seguir:
“No que se refere à presença da África, dos africanos e de seus descendentes, as imagens construídas pela educação e pela mídia são, em sua maior parte, imagens estereotipadas e negativas, como se fossem caricaturas feias e grotescas de um desenhista de mau gosto. [...] Os livros utilizados na escola também servem de instrumento para manter a exclusão de segmentos da população e apresentam dupla moralidade, pois embora tragam um discurso educativo sobre igualdade e justiça, de fato orgulhosos de nossas africanidades. Como diz Correia-Rickli (CORREIA-RICKLI, R. - Três raízes, dez mil flores. 500 anos e cultura brasileira (contribuições a uma reflexão livremente antroposófica). São Paulo, Trópis, 1993), acreditar que ‘venho de uma gente atrasada em relação aos outros povos do mundo é bem diferente de saber que meus antepassados estão entre os principais construtores da cultura e da civilização’. Saber que meus antepassados não viviam ‘com o cabelo amarrado num ossinho, cozinhando brancos em caldeirões’ mas integravam grandes civilizações, com magníficas arquiteturas, escrita própria, comércio internacional e refinadas obras de artes, faz, necessariamente, uma grande diferença.” (RIBEIRO, R. I. Basta de educar exclusivamente para a branquitude! Ano I, Número 1. Revista Raízes, 2002.).
Algumas das afirmativas apresentadas a seguir expressam meras constatações da problemática racial e outras afirmativas incluem referências a estratégias para a mudança da situação injusta. Vejamos:
I. Políticas públicas não podem ignorar a dimensão psicológica, pois como sabemos, a realidade é enxergada através de lentes que a educação e a mídia vão construindo em nós. A educação e a mídia criam e mantêm um grande reservatório de imagens, um imaginário coletivo, compartilhado por todos nós.
II. O incessante bombardeio realizado pelos meios de comunicação de massa em favor da manutenção dos estereótipos negativos da África e dos africanos e seus descendentes demanda interrupção urgente.
III. Para a construção da identidade nacional, é indispensável e inadiável o resgate da beleza, poder e dignidade das diversas etnias africanas que participaram da construção da vida sociocultural brasileira.
IV. É preciso substituir analogias indesejáveis: analogias que atribuem significados negativos às palavras e imagens-chave devem ser substituídas por outras que revelem qualidades culturais, virtudes e peculiaridades admiráveis do povo africano.
V. A geração de novas redes de significado possibilitará a modelagem de padrões positivos e tornam viável o projeto de adequada formação de identidades negras e possibilita que todos os brasileiros, independente de sua origem étnico-racial, possam reconhecer suas africanidades e orgulhar-se delas.
Tendo ponderado sobre essas afirmativas, assinale a alternativa correta:
A - As afirmativas I, III e V expressam meras constatações da problemática racial, enquanto as demais  incluem referências a estratégias para a mudança da situação injusta. 
B - As afirmativas II e IV expressam meras constatações da problemática racial, enquanto as demais  incluem referências a estratégias para a mudança da situação injusta. 
C - As afirmativas I, II e V expressam meras constatações da problemática racial, enquanto as demais  incluem referências a estratégias para a mudança da situação injusta. 
D - As afirmativas III e IV expressam meras constatações da problemática racial, enquanto as demais  incluem referências a estratégias para a mudança da situação injusta. 
E - As afirmativas I, II e III expressam meras constatações da problemática racial, enquanto as demais  incluem referências a estratégias para a mudança da situação injusta. 
Exercício 2:
Leia a seguinte afirmação de Helio Santos: 
Ao desvalorizar a si mesmo (auto-estima negativa), o negro possibilita um vazio que é preenchido pela internalização daqueles falsos conceitos (ideias) armados pelo “racismo cordial” expresso pela sociedade. A partir de então, passa a ter uma auto-estima rebaixada. Essa atitude não sai de graça para a população negra e negro-mestiça. 
O trecho acima é apresentado pelo autor como parte de um processo, denominado por ele como:
A - A política nacional de branqueamento. 
B - A passagem do negro de escravo-trabalhador a trabalhador-escravo. 
C - A não-identidade étnica e racial do negro brasileiro. 
D - O arco-íris brasileiro e o branqueamento à brasileira. 
E - A condição dos afrodescendentes e o  arpartheid  social à brasileira. 
Exercício 3:
Helio Santos, um dos maiores expoentes nacionais da luta contra o racismo, doutor em Economia e presidente do Instituto Brasileiro de Diversidade, produziu vasto e respeitável material bibliográfico sobre a questão das relações raciais em nosso país. Sua visão lúcida a respeito dessa questão acha-se bem representada na obra A busca de um caminho para o Brasil. A trilha do círculo vicioso (São Paulo: SENAC, 2001). Trata-se de um texto de compreensão possível para os mais diversos públicos, pois o autor não quis restringir apenas ao mundo acadêmico os seus conhecimentos.
 Partindo da constatação de que a desigualdade social no Brasil se explica pela desigualdade racial, Helio retoma a questão da identidade nacional e nos convida a acompanhá-lo numa incursão pela complexa realidade brasileira. Para melhor análise do quadro socioeconômico brasileiro, o autor formula uma teoria à qual denomina “trilha do círculo vicioso”, cujas principais características estão descritas a seguir. A dinâmica das relações sociais, caracterizada por complexos processos de inclusão/exclusão, determina um jogo cujos perdedores e vencedores têm cartas marcadas: aprisionados num inteligente circuito de exclusão para o qual concorrem agências educacionais, de trabalho, de comunicação, de saúde, todas elas apoiadas em representações sociais negativamente estereotipadas da África, dos africanos e de seus descendentes e impostas para serem compartilhadas por brancos e negros, os afrodescendentes encontram poucas chances - quando encontram - de inserção sócio-político-econômica e de (re)construção de uma autoimagem positiva que lhes possibilite experimentar sentimentos de autoestima elevada. As forças que agem nessa “trilha” são mais facilmente compreendidas se observamos atentamente o gráfico apresentado na obra citada, e abaixo reproduzido.
Chamamos a atenção para o fato de que as identidades individuais, em contínua metamorfose, sofrem o impacto, igualmente contínuo, das forças assinaladas no quadro acima. Como constituir identidades negras positivamente afirmadas em tais circunstâncias? Essa é uma pergunta que demanda resposta por parte de cada um de nós. No campo educacional encontram-se formidáveis potenciais de ação. Daí, a importância do debate amplo, geral e irrestrito nesse campo.
A partir desses dados, considere as afirmativas a seguir:
I. Um debate - amplo, geral e irrestrito - sobre relações étnico-raciais não é necessário num país como o Brasil, onde todos os segmentos populacionais são igualmente beneficiados pelas políticas públicas.
II. O racismo no Brasil assemelha-se a uma centopeia de duas cabeças, para usar uma expressão de Helio Santos: além da conjuntura externa desfavorável, o afrodescendente compartilha de representações negativas inscritas no imaginário coletivo.
III. O processo contínuo de sujeição a um bombardeio de imagens negativas de tudo o que se refere à África e o entorpecimento daconsciência, determina que brancos e não brancos interiorizem como “naturais” esses estímulos.
IV. Com pouca ou nenhuma possibilidade de (re) conhecimento dos valores tradicionais de seu povo de origem, os afrodescendentes veem-se na condição de desenvolver a própria identidade a partir de modelos ideais-de-ego brancos, de realização impossível dada a condição biológica e de realização indesejável por implicar em afastamento e negação da riqueza e da beleza da cultura de origem.
V. Às implicações do rebaixamento da autoestima nas esferas de poder econômico, político e social têm sido dada importância inferior à merecida: autoestima rebaixada e autoimagem negativa inibem qualquer movimento reivindicatório, seja no âmbito intelectual, seja no afetivo.
VI. O esquema gráfico traçado por Santos oferece uma visão sistêmica do problema e possibilita constatar o fato de que transformações nas relações raciais brasileiras demandam ação afirmativa em muitos campos, entre os quais o da educação, da comunicação social e do mercado de trabalho.
Estarão corretas todas as afirmativas anteriores? Pondere e a seguir assinale a alternativa correta:
A - Somente as afirmativas II e IV são incorretas. 
B - Somente a afirmativa I é incorreta. 
C - Somente a afirmativa V é incorreta. 
D - Somente as afirmativas I e V são incorretas. 
E - Somente as afirmativas III e VI são incorretas. 
Exercício 4:
No livro de Helio Santos (2001), a certa altura, ele apresenta o seguinte esquema:
Após estudarmos a teoria deste autor, pode-se afirmar que a representação acima resume o que Helio Santos denomina de:
A - A trilha do círculo vicioso do racismo no Brasil. 
B - A política nacional de branqueamento, implantada no Brasil entre os séculos XIX e XX. 
C - As definições de raça, racismo, discriminação e etnocentrismo. 
D - O mito da democracia racial existente na sociedade brasileira. 
E - O processo de abolição da escravatura, ocorrido ao longo do século XIX no Brasil. 
Exercício 1:
Assinale a alternativa que não apresenta uma justificativa válida para a importância dos movimentos negros no Brasil.
A - O fato da abolição da escravidão ter sido apenas uma formalidade legal de grupos conservadores e poderosos, não deu aos negros o acesso real aos direitos fundamentais, como emprego, saúde e educação. 
B - Os negros precisaram garantir, após a abolição, através de um longo processo de luta e movimentos sociais intensos, a construção da igualdade de fato. 
C - Os quilombos podem ser considerados um dos principais movimentos negros no Brasil. 
D - Os negros aceitaram passivamente sua escravidão, não tendo registros na história sobre a organização de movimentos negros ao longo da história colonial, imperial e republicana brasileira. 
E - A movimentação, a reação e a resistência que fazem parte da história do negro brasileiro foram essenciais na implantação de ações afirmativas para as populações afrodescendentes no país. 
Exercício 2:
(Adap. ENEM) Cada um dos argumentos abaixo nos mostram a perspectiva daqueles que são a favor das cotas para negros nas universidades brasileiras. Assinale a única alternativa que é discordante desta opinião:
A - Na luta por ações afirmativas e pelo Estatuto da Igualdade Racial, defende-se muito mais do que o aumento de vagas para o trabalho e o ensino; defende-se um projeto político contra a opressão e a  favor do respeito às diferenças. 
B - O acesso à universidade deve basear-se em um único critério: o de mérito. Não sendo assim, a qualidade acadêmica pode ficar ameaçada por alunos despreparados. Nesse sentido, a principal luta é a de reivindicar propostas que incluam maiores investimentos na educação básica. 
C - A cota não tira direitos, mas rediscute a distribuição dos bens escassos da nação até que a distribuição igualitária dos serviços públicos seja alcançada. 
D - A utilização das expressões “raça” e “racismo” pelos que defendem o sistema de cotas está relacionada ao entendimento informal, e nunca como purismo biológico; trata-se de um conceito político aplicado ao processo social construído sobre diferenças humanas, portanto, um construto em que grupos sociais se identificam e são identificados. 
E - As universidades públicas no Brasil sempre operaram num velado sistema de cotas para brancos afortunados, visto que a metodologia dos vestibulares acaba por beneficiar os alunos egressos das escolas particulares e dos cursinhos caros. 
Exercício 3:
A respeito da promulgação de leis antirracistas no Brasil, é incorreto afirmar:
A - Foi a partir de 1988, com a nova Constituição brasileira, que o racismo passou a ser considerado crime. 
B - A década de 1990 trouxe grandes avanços nas legislações antirracistas, ao mesmo tempo em que fez crescer o movimento negro, que passou a ganhar projeção desde então. 
C - Como as leis no Brasil não são cumpridas, a legislação antirracista teve pequeno impacto na promoção da igualdade racial no país. 
D - As leis no Brasil no tocante às questões étnico-raciais são bastante avançadas e consideradas uma das mais modernas do mundo, embora não sejam plenamente aplicadas. 
E - Após 1988, o movimento negro se fortaleceu no Brasil, principalmente por sua autovalorização e de sua percepção racializada de si mesmo e do outro. 
Exercício 4:
A reserva de vagas para negros nas universidade públicas é um dos pontos polêmicos nas discussões e lutas do movimento negro atual no Brasil. O movimento negro se divide, a mídia se coloca muitas vezes de maneira parcial, e a questão inflama debates na opinião pública.
Para estimular sua reflexão, leia a opinião da nova ministra Luiza Bairros, publicada pelo jornal Folha de São Paulo:
 Cota não é "dá ou desce", diz nova ministra 
 
Gaúcha radicada em Salvador há 31 anos, atual secretária de promoção da igualdade da Bahia, a socióloga Luiza Bairros, 57, assumirá a Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), órgão vinculado à Presidência da República.
À Folha ela defende as cotas raciais, em contraposição às sociais, e diz que o melhor não é impor ações às universidades federais -posição que se opõe ao atual entendimento da pasta. "Não é assim, sim ou não, dá ou desce. Existem formas que o próprio Estado pode adotar para criar estímulos."
 
Folha - Há uma ação que a sra. sabe que precisa ser feita?
Luiza Bairros - A agenda de erradicação da miséria. A secretaria deve ressaltar o fato de que, no Brasil, a maioria das pessoas em situação de pobreza e miséria é negra.
Folha - E como isso seria alcançado?
Luiza Bairros - A partir de medidas coordenadas e articuladas. As questões mais específicas são muito importantes. Quer dizer, tanto é importante o acesso ao Bolsa Família como viabilizar que os que já o recebem saiam do programa.
A questão da educação é extremamente importante, porque temos uma evasão escolar bastante grande, o que é particularmente grave na população negra.
Também a saúde. De novo, entre os negros é que se registram mortes mais precoces e em maior número.
Folha - O Estatuto da Igualdade Racial foi aprovado neste ano sob críticas de retirada de pontos importantes. A sra. concorda?
Luiza Bairros - Não. O estatuto gerou no movimento negro uma expectativa alta. Na discussão no Congresso, foi perdendo aspectos considerados fundamentais pelo movimento, como a questão das cotas.
Boa parte da insatisfação se deve à percepção de que foi retirado um instrumento eficiente na redução das desigualdades raciais. Agora, deve ser ressaltado que, no ensino universitário, as cotas foram implantadas independentemente de legislação.
Folha - Todas as universidades federais deveriam ter cotas?
Luiza Bairros - O êxito da iniciativa nas que adotaram é tão evidente que deveria ser um indicador importante para as que ainda não estão convencidas.
Folha - De forma impositiva ou não?
Luiza Bairros - Qualquer pessoa negra desejaria que todas as instituições adotassem um tipo de medida para fazer face a uma coisa real, que são diferenças na inserção social,política, econômica entre brancos e negros, independentemente da questão da pobreza.
Folha - Ou seja, não é cota por estrato social, mas para negro?
Luiza Bairros - Não é mesmo. Mesmo quando você analisa as estatísticas de desigualdade racial, é importante observar que, nas informações por renda entre brancos e negros, as diferenças continuam.
(Folha de São Paulo, Cotidiano, 24 dez. 2010)
 
A partir das proposições apresentadas pela ministra, assinale a alternativa falsa em relação à política de reserva de vagas para negros na universidade públicas brasileiras:
A - O movimento negro não é unânime sobre a pertinência da política de cotas no Brasil. 
B - As cotas raciais e as cotas sociais atendem a demandas sociais diferenciadas, a partir de especificidades da luta contra o racismo e da luta contra a miséria no país. 
C - A reserva de vagas exclusivas para negros nas universidades federais tornou-se obrigatória no Brasil a partir da aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, em 2010. 
D - As cotas raciais tornam-se um assunto polêmico no Brasil por atingirem mais diretamente a classe média-alta branca, que sempre ocupou a maioria das vagas disponíveis nas universidades públicas e gratuitas. 
E - A grande mídia, ao defender os interesses de seus patrocinadores, apresentam conteúdos parciais que tendem em geral a criticar a garantia de cotas raciais nas universidades e empresas brasileiras. 
Exercício 5:
O MEC, juntamente com a Subsecretaria de Políticas de Ações Afirmativas da Seppir (SubAA), toma a iniciativa de publicar, em 13 de maio de 2009, o Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. É um documento que detalha cada uma das  responsabilidades dos poderes públicos, seja no âmbito federal, estadual ou municipal, além de enfatizar três problemáticas principais em relação à implantação da Lei 10.639/2003, a saber:
I- a formação dos professores para o trabalho em sala de aula na perspectiva das relações étnico-raciais;
II- a proibição e censura de livros didáticos com trechos ou tendências racistas;
III- a produção de material didático adequado, que desfaça os estereótipos de raça/cor/gênero;
IV- a sensibilização de todos os agentes envolvidos nesse processo para um compromisso efetivo com a implantação da igualdade racial na escola e em nosso país;
V- a elaboração de um discurso anti-racista que convença o maior número de pessoas possível.
 Estão corretas as afirmações:
A - II, III e IV. 
B - I, II e III. 
C - I, III e IV. 
D - II, III e V. 
E - III, IV e V. 
Exercício 1:
A respeito das imagens e representações do negro no Brasil, avalie as afirmações a seguir:
 I- Os estereótipos foram lentamente sendo construídos através de uma ideologia que procurava reforçar a ideia de que o país precisava passar necessariamente por um processo de branqueamento.
II- A permanência dos estereótipos raciais foi amplamente reforçado pela literatura, que consolidou no inconsciente racial coletivo brasileiro a naturalidade de algumas atitudes, piadas e ditos populares de cunho preconceituosos.
III- Os estereótipos a respeito do negro na escola são alimentados por atitudes cotidianas, tanto por parte dos alunos, quanto dos professores, funcionários, diretores e todos os envolvidos no processo escolar, independentemente de serem brancos ou negros.
IV- A internalização da ideologia do branqueamento provoca uma ‘naturalidade’ na produção e recepção de imagens estereotipadas e padrões de beleza dominantes, além de uma aceitação passiva e concordância de que esses atores realmente não merecem fazer parte da representação do padrão ideal de beleza do país.
 Assinale a alternativa que apresenta o número de afirmações verdadeiras:
A - 0 
B - 1 
C - 2 
D - 3 
E - 4 
Exercício 2:
(Adap. UEM – Verão 2008) Leia o texto a seguir:
Desde o início a criança desenvolve uma interação não apenas com o próprio corpo e o ambiente físico, mas também com outros seres humanos. A biografia do indivíduo, desde o nascimento, é a história de suas relações com outras pessoas. Além disso, os componentes não sociais das experiências da criança estão entremeados e são modificados por outros componentes, ou seja, pela experiência social. (BERGER, Peter L. e BERGER, Brigitte. “Socialização: como ser um membro da sociedade”. In FORACCHI, Marialice M. e MARTINS, José de Souza. Sociologia e Sociedade. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977, p. 200).
 Podemos concluir do texto que:
I- as identidades se constroem no plano simbólico, isto é, no conjunto de significações, valores, crenças e gostos que o indivíduo vai assumindo na sua relação com o outro, relações estas permeadas por estereótipos raciais, preconceitos e desigualdades.
II- os indivíduos, desde o nascimento, são influenciados pelos valores e pelos costumes que caracterizam sua sociedade.
III- as experiências individuais, até mesmo aquelas que parecem mais relacionadas às nossas necessidades físicas, contêm dimensões sociais.
IV- a relação que a criança estabelece com o seu corpo não deveria ser do interesse das ciências biológicas, mas apenas da sociologia.
V- aos poucos, a criança vai percebendo o mundo que a rodeia, passa a compreender suas regras, linguagens, hábitos, proibições etc. e também é capaz de interiorizar alguns desses elementos culturais, momento em que inicia o processo de sua constituição como indivíduo, sujeito de sua própria identidade.
 Assinale a alternativa que apresenta o número de afirmações verdadeiras:
A - 1 
B - 2 
C - 3 
D - 4 
E - 5 
Exercício 3:
(Adap. UEM 2008) Saffioti afirma que “A identidade social da mulher, assim como a do homem, é construída através da atribuição de distintos papéis, que a sociedade espera ver cumpridos pelas diferentes categorias de sexo. A sociedade delimita, com bastante precisão, os campos em que pode operar a mulher, da mesma forma como escolhe os terrenos em que pode atuar o homem.” (SAFFIOTI, Heleieth. O poder do Macho. São Paulo: Moderna, 1987, p.8). Tendo como referência o texto e seus conhecimentos sobre a temática de “gênero”, assinale o que for correto.
I- Tradicionalmente, as sociedades ocidentais modernas destinaram às mulheres a tarefa de socializar os filhos. Contudo, ao longo do tempo, surgiram “novos arranjos familiares”, pois a família é uma instituição marcada pelo dinamismo.
II- A educação exerce papel central na constituição das identidades sociais de homens e de mulheres.
III- A definição de distintos papéis sociais para homens e mulheres torna legítima, para as diferentes categorias de sexo, a suposta superioridade dos homens.
IV- A inferioridade feminina é exclusivamente social, sendo que o fenômeno da subordinação da mulher ao homem atravessa todas as classes sociais.
Estão corretas:
A - II e IV 
B - I, II e IV 
C - III e IV 
D - I, II e III 
E - I e II 
Exercício 4:
As afirmações abaixo mostram alguma relação com uma compreensão adequada a respeito do conceito de cultura, exceto:
A - movimento incessante de diálogo e inter-relação entre os sujeitos. 
B - essência ou substância de um determinado povo ou localidade. 
C - momentos dinâmicos que convidam os sujeitos a fazerem novas escolhas e redefinirem suas identidades diante de fatos cotidianos. 
D - universo simbólico que perpassa o imaginário e as visões de mundo dos indivíduos. 
E - diversidade que irá garantir que a moeda de jogo da construção das identidades, ou seja, as nossas noções de igualdade e diferença, possa ser valorizada, codificada, trocada e ressignificada nesse complexo processo que é a formação do sujeito autônomo. 
Exercício 1:
(Concurso Público - IFAL - Docente Copema, 2010) Dentre as iniciativas, no âmbito do poder público para as ações afirmativas de inclusão social, insere-se a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileirae Africana. Sobre essas Diretrizes o princípio da Consciência Política e História da Diversidade deve conduzir:
I- ao conhecimento e à valorização da história dos povos africanos e da cultura afro-brasileira na construção histórica e cultural brasileira.
II- à crítica pelos coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais, professores, das representações dos negros e de outras minorias nos textos, materiais didáticos, bem como providências para corrigi-las.
III- ao esclarecimento a respeito de equívocos quanto a uma identidade humana universal.
IV- à desconstrução, por meio de questionamentos e análises críticas, objetivando eliminar conceitos, ideias, comportamentos veiculados pela ideologia do branqueamento, pelo mito da democracia racial, que tanto mal fazem a negros e brancos.
São alternativas corretas:
A - I e II. 
B - II e IV. 
C - I, II e III. 
D - I e IV. 
E - II, III e IV. 
Exercício 2:
(Concurso Público: CETRO - 2008 - SEE - SP - Supervisor Escolar) As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Culturas Afro-Brasileira e Africana constituem-se de orientações, princípios e fundamentos para o planejamento, execução e avaliação da Educação e
A - têm por meta promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes no seio da sociedade multicultural e pluriétnica do Brasil, buscando relações étnico-sociais positivas, rumo à construção de uma nação democrática. 
B - devem ser observadas pelas instituições de ensino que atuam na educação básica, ficando a critério das instituições de Ensino Superior incluí-las, ou não, nos conteúdos das disciplinas dos cursos que ministram. 
C - prevêem o ensino sistemático de História e Culturas Afro-Brasileira e Africana na educação básica, especificamente como conteúdo do componente curricular de História do Brasil. 
D - definem que os estabelecimentos de ensino estabeleçam canais de comunicação com grupos do Movimento Negro, para que estes forneçam as bases do projeto pedagógico da escola. 
E - alertam os órgãos colegiados dos estabelecimentos de ensino para evitar o exame dos casos de discriminação, pois caracterizados como racismo, devem ser tratados como crimes, conforme prevê a Constituição Federal em vigor.   
Exercício 3:
Leia os seguintes versos:
 
o boi da cara preta tem uma cara bonita, não é uma careta;
o boi da cara preta é irmão do boi da cara branca, do boi da cara malhada.
O boi da cara preta tem a cor do rosto da mamãe,
o rosto que você, criança, se alegra quando olha...
 
Um professor que trabalhe esses versos com seus alunos durantes suas aulas de língua portuguesa, está procurando desenvolver principalmente:
A - a noção de métrica e rima na produção poética. 
B - o resgate de uma importante figura folclórica brasileira. 
C - uma compreensão sobre as figuras de linguagens, especialmente ironia e aliteração. 
D - a desconstrução de estereótipos raciais e de cor. 
E - o fim do mito da democracia racial no Brasil. 
Exercício 4:
Pense na seguinte situação: um professor do ensino fundamental I se depara com estes versos no livro didático que está adotando no trabalho com a turma do 3º ano:
 
      A Borboleta
 
De manhã bem cedo
Uma borboleta
Saiu do casulo
Era parda e preta.
 
Foi beber no açude
Viu-se dentro da água
E se achou tão feia
Que morreu de mágoa.
 
Ela não sabia
– boba! – que Deus
deu para cada bicho
a cor que escolheu.
 
Um anjo a levou,
Deus ralhou com ela,
Mas deu roupa nova
Azul e amarela.
 
(Odilo Costa Filho, In: CEGALLA, 1980, p. 12)
 
O que esse professor deveria pensar e/ou fazer, segundo uma perspectiva que leve em conta as relações equitativas entre brancos e negros?
I- deveria concluir que este poema colabora para reforçar o preconceito gerado pelos estereótipos que consideram negros e pardos como feios.
II- poderia construir uma outra versão do poema, junto com as crianças, que desconstruísse tais estereótipos.
III- deveria ignorar o poema, passando a trabalhar o próximo tópico do livro, para não reforçar os estereótipos raciais com as crianças.
IV- faria um debate sobre o teor preconceituoso do singelo poema, a fim de que as crianças pudessem perceber como são construídos os estereótipos e preconceitos raciais.
V- deveria abandonar o uso daquele livro didático no próximo ano letivo, buscando um material que não apresente nenhuma forma de preconceito ou visão simplificadora ou estereotipada da realidade.
São corretas:
A - III, IV e V. 
B - I, II e III. 
C - I, II e IV. 
D - I, II, IV e V. 
E - I, III, IV e V.  
Exercício 5:
Podemos considerar, segundo inúmeras pesquisas produzidas pelas universidades, que os livros didáticos apresentam os seguintes problemas quando os analisamos segundo uma perspectiva das relações étnico-raciais e da promoção da igualdade racial:
I- A maioria dos livros didáticos traz uma representação muito simplificada dos fatos históricos, acabando por estigmatizar ou caricaturar segmentos sociais como mulheres, negros, idosos e trabalhadores, por exemplo, colaborando no reforço de estereótipos.
II- A invisibilidade desses segmentos sociais desfavorecidos, que aparecem representados no conjunto dos conteúdos didáticos numa relação desproporcional àquela existente na sociedade brasileira.
III- A falta de representatividade negra ou de figuras de pessoas negras desempenhando os mais diversos papéis sociais, por exemplo, faz com a criança afrodescendente não tenha parâmetros de igualdade e diversidade para a construção de sua identidade étnico-racial.
Estão corretas as alternativas:
A - I e II. 
B - I e III. 
C - II e III. 
D - I, II e III. 
E - somente a III. 
Exercício 6:
Segundo material produzido pela Universidade Federal de São Carlos utilizado na formação de professores para uma educação cidadã e a igualdade racial no Brasil, os professores e professoras devem:
A - Incorporar o discurso das diferenças não como um desvio, mas como algo enriquecedor de nossas práticas e das relações entre as crianças. 
B - Colaborar para a constituição de subjetividades outras, livres da clausura causada pelo modelo dito e “ideal". 
C - Promover novas relações interpessoais, mais afetuosas, profundas e significativas. 
D - Recriar novos sentimentos e reconhecimentos, especialmente em relação a si mesmo, num movimento de respeito a toda forma de diversidade. 
E - Todas as alternativas anteriores são estratégias válidas para a promoção da igualdade racial na escola. 
Exercício 7:
Sabemos que a partir da aprovação da Lei 10.639/2003, os professores são confrontados com a necessidade de se trabalhar a perspectiva étnico-racial em suas aulas. Para isso, terão de pensar e elaborar Planos de Ensino e de Aula que contemplem o olhar da pluralidade cultural e da promoção da igualdade racial nas práticas escolares. As alternativas abaixo apresentam algumas das estratégias possíveis ao professor para tal planejamento, exceto:
A - Constituição de subjetividades outras, livres da clausura causada pelo modelo dito, “ideal”, visando buscar outras formas de vida. 
B - Há que se planejar uma racionalidade objetiva que determine a construção de discursos igualitários. 
C - Enfrentamento de toda e qualquer prática ou manifestação de racismo no ambiente escolar. 
D - Luta diária contra as formas de “assujeitamento”, que procuram modelar as pessoas de uma mesma forma. 
E - Trabalho crítico com os livros didáticos e paradidáticos, a fim de detectar e combater os estereótipos neles ainda presentes.

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