Buscar

Artigo Ouvidores de Vozes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

OUVIDORES DE VOZES
UMA ANÁLISE SOBRE O DOCUMENTÁRIO DE BRUNO TARPANI E GIOVANA ARDUINO.
Ariane Carvalho
Comunicação Comunitária: Professora Márcia Soares
Resumo
Este artigo tem por finalidade uma reflexão sobre o documentário ‘Ouvindo Vozes’ que acompanha a realidade vivida por pacientes que ouvem vozes e estão em tratamento psiquiátrico no sistema de saúde. Além do longa, de aproximadamente cinquenta e dois minutos, foram realizadas pesquisas bibliográficas sobre o tema. Este filme é fruto de uma parceria do Canal Futura e da produtora L4Filmes, de Ribeirão Preto, dirigido por Bruno Tarpani e Giovana Arduino. Esse documentário foi premiado no 7º Pitching DOC Futura e lançado em junho deste ano (2017).
Palavras-Chave: Saúde Mental, Esquizofrenia, Ouvidores de Vozes.
1 INTRODUÇÃO
O documentário foi baseado no movimento “Ouvidores de Vozes”, que acontece há dois anos em um Centro de Atenção Psicossocial – o CAPS, que tem como estrutura o Sanatório Espírita na cidade de Ribeirão Preto. Os ouvidores se reúnem a cada quinze dias para ouvir e debater sobre essas vozes, assim como aprender a conviver com elas.
A reunião é conduzida por um psicólogo e um psiquiatra que almejam como resultado a troca de experiências entre os pacientes e oportunizando a eles uma forma de como lidar com o fenômeno. A equipe de filmagens acompanhou o dia a dia de Isabel, Reginaldo, Daniel e Marlene. Para cada paciente, exceto Daniel, foi deixado um gravador para relatarem a rotina social, tratamento médico e principalmente o que dizem as vozes.
O psicólogo Eduardo Leão, um dos profissionais que acompanham os pacientes e mediador das reuniões, fala que há todo tipo de voz, algumas pessoas diagnosticadas com alguma patologia mental chegam a ouvirem várias vozes, enquanto outras ouvem apenas uma. Leão diz também que é preciso ter um equilíbrio entre participação do ouvinte e a medicação, juntas são fundamentais para o tratamento, mas é preciso precaução nas duas ações para não cometer exageros.
1.1 Voz de Isabel
Isabel é filha adotiva e criada na igreja evangélica. A mãe conta que luta pela saúde mental da filha, mas lamenta o quão é difícil saber se realmente está fazendo certo. Sua convicção é sobre a medicação que a filha recebe, ela reforça dizendo que prefere a filha medicada a vê-la na rua sem juízo. Observando o filme percebe-se que as duas buscam o porquê e quem são essas vozes e a conclusão é um paralelo entre realidade, anjos e demônios. Isabel diz que tem dias que as vozes são mais intensas e malvadas, pedindo para que faça algo que ela julgue errado. A rotina de Isabel é fazer tratamento no CAPS e receber a medicação e orientações de uma equipe profissional.
1.2 Voz do Reginaldo
Reginaldo faz tratamento no CAPS há quatro anos. Ele vem de uma família grande que sempre se reúne para tentar ajuda-lo, assim como os outros procuram por respostas. Até para alguns, essas vozes são de espíritos malignos e acabam sugerindo a igreja à Reginaldo. Na gravação, o paciente conta sobre a dificuldade e sofrimento em controlar as vozes que, por muitas vezes falam que ele não presta e que é inútil. Relata ainda que ele chega a se mutilar para não tentar suicídio. Em época dessas crises agudas, Reginaldo fica no quarto sem contato social, em um quadro depressivo. Daniel aparece em uma das conversas com o Reginaldo. Para Daniel a fé e as atividades é um modo de enfrentar a doença e por certo até um alívio. Todos têm acesso as atividades como: plantio na horta e trabalhos manuais oferecidos pelo sanatório. Há uma participação do pai de Reginaldo contando no documentário que também ouve vozes, porém, sabe administra-las.
Voz da Marlene
A primeira aparição de Marlene na obra é na reunião com outros ouvintes. É uma fala dela em desacordo com um colega. Ele dizia de que as vozes são malignas e ligadas a religião. Marlene dar seu parecer de que nem sempre a voz faz parte de alguma crença religiosa. Sua história é marcada pela morte da mãe, logo após, com apenas sete anos, ela foi diagnosticada com esquizofrenia aguda e bipolaridade. Ela trabalhou há alguns anos no escritório de contabilidade do Hospital das Clínicas – Campus, em Ribeirão Preto, porém, as crises foram se agravando e hoje ela realiza o tratamento com medicamentos e terapia assim como os demais.
Saúde Mental e seus transtornos
De acordo com a jornalista Giovana Sanchez, em sua matéria no site G1, a Associação Brasileira de Psiquiatria, aponta que os transtornos mentais são a segunda causa dos atendimentos de urgência. Apesar de alguns transtornos serem comuns, pouco se é discutido e claro a sociedade. 
2.1 Tabela que demonstra os transtornos mais comuns vivido pela sociedade.
Fonte: G1.com.br
No caso do documentário as pessoas acompanhadas tinham como perfis como quadro psicossocial, a esquizofrenia e até recentemente, por parte alguns profissionais, a internação destes diagnosticados era a primeira opção. Segundo o coordenador e psicólogo do CAPS de Ribeirão Preto, Marcus dos Santos, é preciso discutir a possibilidade de se tentar o tratamento medicamentosa e a psicoterapêutica, pois essa intervenção é invasiva. O psicólogo reconhece que há casos em que o ideal seria essa internação, para àqueles que correm riscos a si mesmo ou para a sociedade. 
O Centro de Atenção Psicossocial, o CAPS surgiu com a reforma política do sistema psiquiátrico, no ano de 1987, uma época em que a opção que se tinha para quem sofria de doenças mentais era a internação em manicômios. Segundo o Manual do CAPS, disponibilizado no site da Secretaria da Saúde, o Centro foi criado em caráter aberto e comunitário, constituídos por equipe multiprofissional prioritário às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aqueles que são dependentes do crack, álcool e outras drogas, sejam em situações de crises ou processos de reabilitação social e psicossocial.
CONCLUSÃO
A partir da reflexão e interpretações de pesquisas realizadas sobre o tema que o documentário expõe, conclui-se que há muito o que se discutir sobre as políticas públicas da saúde mental.
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/04/conheca-doencas-mentais-mais-comuns-e-saiba-onde-procurar-ajuda.html

Outros materiais