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Tributos no Brasil: Análise da Doutrina de Ricardo Alexandre

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Será objeto de consulta a doutrina do Professor Alexandre, Ricardo (2), Direito tributário esquematizado / Ricardo Alexandre. – 10. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016, CTN (3) - Código Tributário Nacional, e Constituição Federal/88, CF/88 (4), que servirão de base para a analise para o tema proposto.
Os Tributos no Brasil, estão previstas no Art. 145, na CFRB/88 que diz: 
“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. ”4[1: 4 CF/88 (4)]
A matéria Tributos esta regulamentada na Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, que dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Denominado Código Tributário Nacional – CTN. Que em seu Art. 1º traz seu fundamento, a saber:
“Art. 1º Esta Lei regula, com fundamento na Emenda Constitucional nº 18, de 1º de dezembro de 1965, o sistema tributário nacional e estabelece, com fundamento no artigo 5º, inciso XV, alínea b, da Constituição Federal, as normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da respectiva legislação complementar, supletiva ou regulamentar.”3[2: 3 Código Tributário Nacional – CTN.(3)]
A leitura sobre os tributos no CTN, reflete o texto Constitucional do Art 145, da CF/88, dizendo que tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
“Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.”3[3: ]
O CTN, é uma lei ordinária com status de lei complementar, devido à Constituição Federal de 1988 determinar a necessidade de lei complementar para tratar de assuntos tributários, trata-se da “teoria da recepção”, o CTN fora recepcionado com status de lei complementar.
Assim o assunto versado sobre matéria tributária é de Direito Público, tutelado pelo Estado, aplicando força coercitiva vertical sobre o Direito Privado, ou seja, o Estado comparece numa situação de supremacia com prioridade sobre o indivíduo ou administrado.
O CTN traz no “Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”3[4: 3 Código Tributário Nacional – CTN (3)2 Professor Alexandre, Ricardo (2)]
Os princípios do direito privado se baseiam por direitos entre partes, todos na mesmo linha hierárquica ou horizontalizada a regra é a liberdade contratual, a igualdade entre as partes da relação. A regra em direito privado é a disponibilidade dos interesses, podendo os particulares abrir mão de seus direitos, ressalvados aqueles considerados indisponíveis. 
O poder coercitivo do Estado para Tributar, prevista em matéria constitucional, fundamenta-se em dois princípios básicos : “a) supremacia do interesse público sobre o interesse privado, haja vista o fato de a obrigação de pagar tributos decorrer da lei, sem manifestação de vontade autônoma do contribuinte, estando o Estado em uma relação jurídica verticalizada, superior, em relação aos indivíduos; e b) indisponibilidade do interesse público, pois, sempre há uma lei para concessão de quaisquer benefícios fiscais, visto que a lei é ato emanado do Poder Legislativo, cujo contem representantes do povo, eleitos por estes para representar sua vontade, logo, a lei que contiver estes benefícios para indivíduos em geral, presumir-se-á que o povo assim quer.” 2[5: ]
E para finalizar esta sucinta tese fica muito bem expresso o poder coercitivo Estatal no CTN em seu “Art. 200. As autoridades administrativas federais poderão requisitar o auxílio da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção”. 3, que estabelece a natureza policial dos tributos previstos no ordenamento jurídico nacional.

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