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IMPOSTOS A disciplina normativa dos impostos encontra amparo geral no art. 145, I, da Constituição da República e no art. 16 do CTN, que assim dispõe: Art.16. “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. Assim, podemos dizer que o imposto é um tributo, por excelência, de finalidade meramente fiscal, ou seja, de cunho meramente arrecadatório. É uma espécie tributária cujo fato gerador não está vinculado a nenhuma atividade estatal diretamente relacionada com o contribuinte. Serve principalmente para cumprir as despesas genéricas, podendo, excepcionalmente, ser usado para uma destinação específica. Na forma do art. 167, IV, da CRFB (alterado pelas EC n. 27/2000 e n. 42/2003), a receita arrecadada advinda de impostos não pode ser afetada, salvo em determinadas situações previstas pela própria Constituição, como, por exemplo, para as ações e os serviços públicos de saúde, para a manutenção e desenvolvimento do ensino e para a realização de atividades da administração tributária, dentre outras. Isso porque é principalmente através dos impostos que se constitui a receita pública, e é através dessa receita que o Estado mantém hospitais públicos, cumpre com a folha de pagamento de servidores e realiza obras públicas, dentre outras funções relevantes. Os impostos justificam o seu fato gerador pela simples exteriorização da riqueza decorrente da capacidade econômica do contribuinte. Derivam do poder de império do Estado em obter receita para a realização das suas despesas. Os impostos apresentam algumas características importantes: a) Os fatos geradores dos impostos são, em regra, constitucionalmente previstos. Embora o fato gerador do imposto venha previsto na lei, também é nominado na norma constitucional que outorga a competência tributária. Destaca-se que, por questões óbvias, no exercício da competência residual, a Constituição não denominou o seu fato típico. b) A existência do elemento causal. Como os impostos não são vinculados a uma atuação específica do Estado, a lei prevê o fato gerador em razão de uma atividade, uma situação do contribuinte, sendo que essa situação deve, segundo a lei, ser geradora de riquezas. c) Elemento finalístico: O produto da arrecadação dos impostos é destinado às funções gerais e indivisíveis do Estado, ou seja, às despesas públicas. Por isso, se diz que a finalidade do imposto é a utilização prevista nos orçamentos e nos documentos que trazem planejamento orçamentária (PPA, LDO, LOA). Já vimos que trata do Direito financeiro que a receita obtida com a arrecadação dos impostos não pode ser vinculado a órgão, fundo ou despesa, conforme o art. 167, inciso IV, da CF (Princípio da não vinculação da receita dos impostos ou da não afetação). Classificação dos impostos: a) Real ou Pessoal; b) Direto (renda) ou Indireto (consumo) c) Fixo ou Proporcional d) Progressivo (renda) ou Regressivo (consumo) e) Ordinário e Extraordinário f) Principal e Adicional g) Monofásico e Plurifásico h) Não Cumulativo e Cumulativo i) Quanto à base econômico de incidência.
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