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P.I caso 6

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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO PERTENCENTE À VARA CÍVEL DA COMARCA DE DOURADOS/MS
	BERNARDO, brasileiro, portador de documento de identidade nº..., inscrito no CPF sob o nº..., tendo como endereço eletrônico..., domiciliado e residente em Dourados/MS, por meio de sua advogada que esta subscreve, com endereço profissional à rua..., CEP..., tendo como endereço eletrônico...,desta comarca, onde recebe intimações, para fins do Art. 77, V, do CPC, vem respeitosamente perante a Vossa Excelência, propor a presente 
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO DE PERDAS E DANOS PELO PROCEDIMENTO COMUM
	Em face de SAMUEL, brasileiro, casado, portador de documento de identidade de Nº..., inscrito no CPF sob o Nº..., tendo como endereço eletrônico..., domiciliado e residente em Campo Grande/MS, pelos fatos e fundamentos a seguir:
I – DOS FATOS 
O presente caso versa sobre o estabelecimento do contrato de comodato escrito pelo Autor em favor do Réu, sendo objeto da avença o cavalo de espécie mangalarga, que tinha como nome “Tufão”.
O cavalo era avaliado em R$ 10.000,00 (dez mil reais), o contrato escrito tinha como prazo final o dia 02 do mês de outubro do ano de 2016. Samuel, ora réu, não havia restituído o objeto do contrato no prazo determinado por pura desídia.
Acorre que até o mês de janeiro de 2017, o réu não havia restituído o autor, até que uma forte chuva causou a morte do referido animal, em decorrência da altura atingida pela água, bem como à sua força, enquanto ainda estava em posse do réu. Assim, se finda o relato dos fatos, passa-se agora à exposição dos fundamentos do direito material.
II – DOS FUNDAMENTOS
Como demonstrado no feito, o caso em tela versa sobre um contrato escrito de comodato gratuito, sendo que o objeto de acordo firmado fora um equino de raça maga-larga, cujo nome o dono deu-lhe de “Tufão”, o animal era avaliado em expressiva quantia, cerca de dez mil reais, tinha utilidade para o Autor, constatando a relevante importância do animal para o Autor.
Fora estabelecido que o animal deveria ser devolvido até o dia 02 de outubro de 2016, no entanto, até a ocorrência do evento tágico, em que o animal veio a falecer, como já referido, até o mês de janeiro de 2017, o cavalo não foi devolvido por pura desídia do Sr. Samuel, ora réu. Com isso, vislumbra-se uma inequívoca mora de mais de dois meses, fato notório e originário da culpabilidade na causa da morte do animal. Afasta-se desde logo, qualquer argumento de ocorrência de caso fortuito, impassível de modificação.
O código civilo, trás de modo esclarecedor, a responsabilidade do devedor que se encontra em demora em sua obrigação. Nos termos dos Arts. 394, 395, 397 e 399 do aludido regramento, aquele que estiver em atraso com a obrigação em que se estabeleceu, responde pelos prejuízos a que sua mora der causa, acrescidos de juros, correção monetários e honorários advocatícios. Nesse sentido: 
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. 
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado 
Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor 
Art. 399. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação, embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a obrigação fosse oportunamente desempenhada. 
Não há dúvidas de que se o réu tivesse restituído o animal a tempo, o evento fatal não se efetivaria.
Nesse sentido, vem decidindo nossos tribunais: 
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. ATRASO NA ENTREGA DO IMÓVEL. EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE. CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR. SÚMULA 7 DO STJ. LUCROS CESSANTES CONFIGURADOS. SÚMULA 83 DO STJ. ENTREGA DAS CHAVES. ENCARGOS CONDOMINIAIS. RESPONSABILIDADE DO PROMITENTE Documento: 76353290 - Despacho / Decisão - Site certificado - DJe: 19/09/2017 Página 4 de 7 Superior Tribunal de Justiça COMPRADOR A PARTIR DA POSSE. PRECEDENTES. SÚMULA 83 DO STJ. DANO MORAL. VALOR. SÚMULA 7 DO STJ. (...) 2. Nos termos da jurisprudência do STJ, o atraso na entrega do imóvel enseja pagamento de indenização por lucros cessantes durante o período de mora do promitente vendedor, sendo presumido o prejuízo do promitente comprador. (...) 5. Agravo interno a que se nega provimento. 
III – DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto requer o Autor a V. Exa. que se digne a determinar:
	Designação da audiência de mediação e conciliação e intimações dos Réus para seu comparecimento.
	A citação dos Réus para se manifestar quanto à audiência de conciliação e mediação.
	Citação dos Réus para integrar a relação processual.
	Que seja julgado procedente o pedido de indenização de reparação de perdas e danos.
	Que seja julgada procedente o pedido para reparação do dano sofrido acrescido de indenização por perdas e danos, juros e correção monetária em decorrência da mora do devedor, e honorários advocatícios.
	Que seja julgado procedente o pedido para condenar o réu ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.
IV – DAS PROVAS
Requer que sejam produzidas todos os meios de provas em direito admitidas, em especial documental e depoimento pessoal, previstas nos Arts.369 e seguintes do Código de Processo Civil.
V – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 
Termos em que pede deferimento.
Rio de Janeiro, Data.
Advogada
OAB/RJ nº
Aluna : Evelyn Caroline Domingues de Oliveira
Matricula: 201502615126

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