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ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM ASSISTÊNCIA AO PACIENTE COM TRAUMA TRAUMA RAQUIMEDULARRAQUIMEDULAR 1 ProfaProfa. Me. Lívia Cintra . Me. Lívia Cintra DefiniçãoDefinição 2 � Toda e qualquer lesão que envolve a coluna vertebral com ou sem lesão medular. EpidemiologiaEpidemiologia 3 � O TRM se associa a outras lesões em 80% dos pacientes e com TCE fechado em 1,7 a 4,8%; � Nos casos de TCE com Escala de Coma de Glasgow� Nos casos de TCE com Escala de Coma de Glasgow < 10 esta associação é de aproximadamente 7,5 a 9%; � Todos os níveis medulares podem ser acometidos, mas em geral 55% dos casos acometem a região cervical, 30% a região torácica e 15% a região lombar. EpidemiologiaEpidemiologia 4 � Incidência: � Sexo: Preferencialmente masculino; � Faixa etária: 15 e 40 anos; � Elevados custos aos serviços de saúde. � Causas principais � Acidentes automobilísticos (45%); �Queda de altura/mergulho (20%); � Acidentes esportivos (15%); � Atos de violência (15%); �Outros (5%). FisiopatologiaFisiopatologia 5 � As lesões raquimedulares podem ser separadas em duas categorias: primárias e secundárias; � Podem variar desde uma concussão, até contusão,� Podem variar desde uma concussão, até contusão, laceração e transecção; � As lesões podem ser ósseas sem comprometimento medular e também medulares sem lesão óssea. FisiopatologiaFisiopatologia 6 A lesão medular sempre tem um grande potencial de ser incapacitante, e por esta característica devemos considerar o pacientecaracterística devemos considerar o paciente politraumatizado como tendo uma lesão medular até que se prove o contrário. FisiopatologiaFisiopatologia 7 � As lesões medulares podem ser completas ou incompletas (déficit neurológico): �Completas: Ausência de função motora ou sensorial abaixo de um determinado nível; � Incompleta: Presença de certo grau de função sensorial ou motora; o prognóstico, quanto à recuperação, é significativamente melhor do que aquele com lesão medular completa. FisiopatologiaFisiopatologia 8 � Lesões medulares podem ser categorizadas quanto a gravidade do déficit neurológico: �Paraplegia incompleta (lesão torácica incompleta);�Paraplegia incompleta (lesão torácica incompleta); �Paraplegia completa (lesão torácica completa); � Tetraplegia incompleta (lesão cervical incompleta); � Tetraplegia completa (lesão cervical completa). FisiopatologiaFisiopatologia 9 � As lesões medulares incompletas são classificadas de acordo com a área de comprometimento raquimedular (central, anterior ou lateral): � Síndrome medulares: �Síndrome central da medula �Síndrome anterior da medula �Síndrome lateral da medula (S. de Brown-Séquard) Síndrome Medular CentralSíndrome Medular Central 10 � É causada pela lesão ou edema da porção central da medula espinhal, comumente na região cervical; � Queda para frente com impacto facial; � Desproporção entre a perda de força motora (déficits motores) nas extremidades/membros superiores (maismotores) nas extremidades/membros superiores (mais acentuada) e inferiores; Podendo haver déficits sensoriais. � Disfunção vesical intestinal variável ou inexistente; � O prognóstico quanto à recuperação costuma ser melhor do que aquele de outras lesões incompletas. Síndrome Medular CentralSíndrome Medular Central 11 Síndrome Medular AnteriorSíndrome Medular Anterior 12 � Pode ser causada por herniação aguda do disco ou lesões por hiperflexão associadas à fratura-luxação de vértebras; � Também pode ocorrer como consequência da lesão/comprometimento da artéria espinhal anterior;lesão/comprometimento da artéria espinhal anterior; � As principais características são perda da sensibilidade à dor e temperatura e da função motora abaixo do nível da lesão (paraplegia); � A função da coluna posterior (sensações de posição, pressão profunda e vibração) permanece intacta; Síndrome Medular AnteriorSíndrome Medular Anterior 13 � De todas as lesões incompletas, é aquela que tem o pior prognóstico.pior prognóstico. Síndrome de Síndrome de BrownBrown--SéquardSéquard (Lateral(Lateral)) 14 � É causada por uma hemisecção transversal da medula, comumente relacionada com lesões/traumatismos penetrantes, fratura-luxação de um processo articular unilateral ou um disco vertebral agudamente rompido;vertebral agudamente rompido; � Comprometimento motor ipsilateral; � Perda da sensibilidade postural ipsilateral (perda do tato, vibração e pressão); � Perda contralateral da sensibilidade térmica e à dor começando um ou dois níveis abaixo do nível da lesão. 15 Manifestações Clínicas TRMManifestações Clínicas TRM 16 � As manifestações dependem do nível da lesão e do tipo da lesão (extensão da lesão da própria medula espinhal); Manifestações Clínicas TRMManifestações Clínicas TRM 17 � Lesão cervical alta – tetraplegia (C1-T1), paralisia dos pares cranianos baixos, paralisia dos músculos acessórios da respiração e perda do controle diafragmático;perda do controle diafragmático; � Transecção completa de C4 A T8: disreflexia autonômica em 50% dos casos; � Lesão toracolombar (T2-L1): paraplegia. Manifestações Clínicas Cardiovasculares Manifestações Clínicas Cardiovasculares 18 � Lesões Cervicais e Torácicas de C1 a T6 : � Diminuição do débito cardíaco; � Diminuição da resistência vascular sistêmica; � Hipotensão arterial e bradicardia;� Hipotensão arterial e bradicardia; � Diminuição da PVC. Manifestações Clínicas RespiratóriasManifestações Clínicas Respiratórias 19 � Taquipnéia; � Dispnéia; � Cianose; � Uso de musculatura acessória;� Uso de musculatura acessória; � Respiração abdominal. Manifestações Clínicas GeniturináriasManifestações Clínicas Geniturinárias 20 � Atonia vesical; � Dilatação vesical; � Aumento da incidência de infecções; � Perda aguda das funções de ereção e ejaculação.� Perda aguda das funções de ereção e ejaculação. Manifestações Clínicas Gastrintestinais Manifestações Clínicas Gastrintestinais 21 � Distensão abdominal; � Estase gástrica; � Broncoaspiração; � Paresia do peristaltismo visceral;� Paresia do peristaltismo visceral; � Atonia intestinal; � Constipação. Diagnóstico TRMDiagnóstico TRM 22 � Raios X de coluna cervical; � Raios X coluna torácica e lombar; � Raios X de tórax; � Raios X de pelve;� Raios X de pelve; � Tomografia computadorizada. Tratamento TRMTratamento TRM 23 � Tratamento Clínico - Medidas de suporte: • Terapia Respiratória: Ventilação mecânica; • Terapia farmacológica: Drogas vasoativas; • Reposição volêmica;• Reposição volêmica; • Cateterismo vesical de demora/intermitente; • Sonda nasogástrica; • Dieta laxativa; • Protetor gástrico. � Tratamento Cirúrgico: • Redução e Tração de Fratura Esquelética. Atendimento Inicial TRMAtendimento Inicial TRM 24 � O atendimento de emergência é essencial para redução de complicações; � ABCDE – Avaliação primária; � O cuidado inicial inclui exame rápido, imobilização adequada, estabilização das lesões que causam riscoadequada, estabilização das lesões que causam risco de vida e transporte para instituição preparada para atender; � O paciente deve ser imobilizado com prancha longa, colar cervical e protetores de cabeça; � Deve ser mantido na prancha até realização de exames; 25 TRM requer imobilização contínua com colar cervical semirrígido, imobilização lateral da cabeça, prancha longa. Atendimento Inicial TRMAtendimento Inicial TRM 26 � Avaliar função respiratória (comprometimento respiratório: paralisia diafragmática � IOT com pescoço em posição neutra e VM); � Avaliar sinais de obstrução de VAS (VA permeável;� Avaliar sinais de obstruçãode VAS (VA permeável; ventilação e oxigenação adequada); � Realizar aspiração VA quando necessário; � Uso de agentes sedativos ou bloqueadores neuromusculares, assegurando-se o controle e proteção da via aérea e garantindo a ventilação. Atendimento Inicial TRMAtendimento Inicial TRM 27 � Monitorização hemodinâmica e estabilizar funções vitais comprometidas; � Monitorização invasiva: avaliar as condições volêmicas; � Pesquisar sinais de choque hipovolêmico (taquicardia) e/ou neurogênico (bradicardia); � Expansão volêmica ou uso de droga vasoativa (Hipotensão); �A administração excessiva de líquidos em pacientes com choque neurogênico� EAP. Atendimento Inicial TRMAtendimento Inicial TRM 28 � CVD (monitorar o débito urinário e evitar a distensão da bexiga); � Estimar o nível da lesão através de exame neurológico (presença/ausência ou perda de funçãoneurológico (presença/ausência ou perda de função motora, sensorial e reflexos); � Avaliar traumas associados; � Transferência para tratamento definitivo; � Retirar o paciente da prancha rígida (lesão por pressão): movimentação segura e rolamento em bloco com participação de 4 ou mais indivíduos. Complicações TRMComplicações TRM 29 � Insuficiência respiratória; � Pneumonia; � Trombose venosa profunda; � Lesões por pressão;� Lesões por pressão; � Choque neurogênico. � Disreflexia autonômica; Choque NeurogênicoChoque Neurogênico 30 � TRM na altura de T6 ou acima; � Interrupção do sistema nervoso simpático e perda da resposta vasoconstrictora abaixo do nível da lesão; Débito cardíaco diminuído Retorno venoso diminuído Volume sistólico diminuído Redução da RVP, Hipotensão e Bradicardia DisreflexiaDisreflexia AutonômicaAutonômica 31 � É uma emergência aguda que acontece em consequência das resposta simpática exacerbadas/exageradas aos estímulos que são inócuas nas pessoas normais; � Estímulo nociceptivo (enchimento bexiga, inserção cateter central, impacto fecal); Vários estímulos podem deflagrar esse reflexo; � Ocorre em pacientes com lesões acima de T6; 32 DisreflexiaDisreflexia AutonômicaAutonômica 33 � Manifestações Clínicas: � Bradicardia; � Hipertensão; � Rubor facial; Intervenção imediata � Rubor facial; � Cefaléia pulsátil; � Sudorese profunda; � Piloereção; � Congestão nasal. Intervenção imediata para prevenir hemorragia cerebral, convulsão e EAP. Tratamento (reduzir estímulos nociceptivos) DisreflexiaDisreflexia Autonômica Autonômica -- TratamentoTratamento 34 � Deite o paciente e monitorize SSVV (5 min); � Pesquise causas (sistema urinário/intestinal); � Sem sonda vesical, realize cateterismo vesical; � Se SVD, verifique torções e obstruções, ou realize� Se SVD, verifique torções e obstruções, ou realize novo CVD; � Se PAS > 150 mmHg (administração de anti- hipertensivos); � Se os sintomas persistirem� impactação fecal; � Realize toque retal para checar a presença de fezes (remoção); na ausência de fezes, laxantes. ASSISTÊNCIA DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO ENFERMAGEM NO TRAUMATISMO TRAUMATISMO TORÁCICOTORÁCICOTORÁCICOTORÁCICO ProfaProfa. Me. Lívia Cintra . Me. Lívia Cintra ASPECTOS GERAIS DO ASPECTOS GERAIS DO TRAUMA TORÁCICOTRAUMA TORÁCICO � O trauma torácico é frequente em pacientes traumatizados e apresenta risco à vida se não identificado rapidamente na avaliação inicial (ABCDE); � Responsável por 25% das mortes por trauma;� Responsável por 25% das mortes por trauma; � 85 a 90% dos traumatismos torácicos contusos são tratados por medidas simples (drenagem torácica e intubação); � 15 a 30% dos ferimentos penetrantes de tórax necessitam de intervenção cirúrgica (toracotomia). AVALIAÇÃO PRIMÁRIA: TRAUMA AVALIAÇÃO PRIMÁRIA: TRAUMA TORÁCICOTORÁCICO • Permeabilidade VA e troca gasosa; • Obstrução/corpos estranhos VA.Via aérea • Características dos movimentos• Características dos movimentos respiratórios (FR, padrão respiratório) e ventilação. Ventilação • Avaliação do pulso; Coloração e temperatura da pele; PA; • Monitorização cardíaca e oximetria de pulso. Circulação TRAUMA TORÁCICO PENETRANTETRAUMA TORÁCICO PENETRANTE � Mais frequente que perfurações abdominais; � Sobrevida depende do tipo de arma, local da lesão e o pronto reconhecimento de lesões graves e encaminhamento aos centros de trauma;encaminhamento aos centros de trauma; � Se a perfuração atingir a pleura parietal, 90% terá lesão pulmonar e 50-60% terá hemopneumotórax; � A princípio não se deve explorar o ferimento. RESULTADOS FREQUENTES DO RESULTADOS FREQUENTES DO TRAUMA TORÁCICOTRAUMA TORÁCICO Hipóxia tecidual Hipovolemia� oferta inadequada Acidose Hipoperfusão Hipercapnia Acidose oferta inadequada de O2 aos tecidos Alterações na relação ventilação/perfusão pulmonar Alterações na pressões intratorácicas (pneumotórax) Hipoperfusão dos tecidos Acidose respiratória Ventilação inadequada Rebaixamento do nível de consciência COMPLICAÇÕES DO TRAUMA COMPLICAÇÕES DO TRAUMA TORÁCICOTORÁCICO Pneumotórax hipertensivo Pneumotórax aberto Tórax instável Hemotórax maciço Tamponamento cardíaco PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVOPNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO � Escape/vazamento de ar do pulmão ou pela parede torácica para o espaço/cavidade pleural por um sistema de válvula unidirecional (sem possibilidade de saída) causando colapso pulmonar; � Deslocamento do mediastino para o lado oposto, diminuindo o retorno venoso e débito cardíaco e causando compressão pulmonar contralateral. PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVOPNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO � Causas � Lesões traumáticas da parede torácica; � Trauma penetrante ou fechado do tórax;do tórax; � Fraturas da coluna torácica (T1-T12). � VM com pressão positiva em doentes com lesão pleural; � Inserção de cateter venoso central (via subclávia ou jugular interna); PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVOPNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO � Quadro clínico: �Dor torácica �Dispnéia intensa/desconforto respiratório �Ausência de MV unilateral �Desvio da traquéia (lado contrário à lesão) � Taquicardia �Hipotensão �Distensão veias do pescoço �Cianose (tardia) PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVOPNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO � Pela semelhança dos sinais e sintomas, o pneumotórax hipertensivo pode, inicialmente, ser confundido com tamponamento cardíaco. � Diferenciação: Timpanismo à percussãoDiferenciação: Pneumotórax hipertensivo percussão Desvio da traquéia Ausência de MV no hemitórax afetado PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVOPNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO � Tratamento inicial �Descompressão imediata do tórax (Toracocentese) � Inserção de um jelco (grosso calibre) no segundo� Inserção de um jelco (grosso calibre) no segundo espaço intercostal, na linha hemiclavicular do hemitórax afetado; PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVOPNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO � Tratamento definitivo �Drenagem de tórax � Inserção de um dreno tubular torácico; PNEUMOTÓRAX ABERTOPNEUMOTÓRAX ABERTO � Ferimentos extensos de parede torácica (≥ 2/3 do diâmetro da traquéia) que permanecem abertos (ferida torácica aspirativa); � Trauma penetrante no tórax; o ar entra preferencialmente pela lesão na parede torácica (local de menor resistência) para o espaço pleural (troca gasosa); � Ventilação ineficiente ⇒ hipóxia e hipercapnia ⇒ IRpA ; PNEUMOTÓRAX ABERTOPNEUMOTÓRAX ABERTO Ferida aspirativa no tórax PNEUMOTÓRAX ABERTOPNEUMOTÓRAX ABERTO � Tratamento inicial � Fechamento imediato da lesão com um curativo estéril �O curativo deve ser grande (cobrir toda a lesão)�O curativo deve ser grande (cobrir toda a lesão) e fixado três de seus lados(efeito de válvula unidirecional); �Na inspiração, o curativo oclui o ferimento, bloqueando a entrada de ar. Na expiração, o lado que não está fixado permite o escape de ar de dentro da cavidade pleural. PNEUMOTÓRAX ABERTOPNEUMOTÓRAX ABERTO � A fixação dos quatro lados do curativo pode causar acúmulo do ar no espaço pleural, resultando emresultando em pneumotórax hipertensivo; � Um dreno de tórax deve ser inserido longe do ferimento assim que possível. Curativo de três pontas PNEUMOTÓRAX ABERTOPNEUMOTÓRAX ABERTO � Tratamento definitivo TÓRAX INSTÁVELTÓRAX INSTÁVEL � O tórax instável (retalho costal móvel) ocorre quando um segmento da parede torácica não tem mais continuidade óssea com a caixa torácica; � Geralmente é consequente de múltiplas fraturas de� Geralmente é consequente de múltiplas fraturas de arcos costais, ou seja, duas ou mais fraturas em dois ou mais locais distintos; � Mais grave das lesões torácicas (Mortalidade 30- 50%); Ocorre em 5% dos traumatismos torácicos e em 10 a 15% das lesões contusas graves; � Aumenta incidência com a idade; TÓRAX INSTÁVELTÓRAX INSTÁVEL � Grave prejuízo dos movimentos normais da parede torácica (dor torácica, dispneia, restrição dos movimentos respiratórios, expansão torácica assimétrica, crepitações); �Lesão pulmonar subjacente (contusão pulmonar). TÓRAX INSTÁVELTÓRAX INSTÁVEL � Medidas terapêuticas �Observar padrão respiratório, FR, Sat O2, gasometria arterial (PaO2; PaCO2); �Correção da hipoventilação e melhorar oxigenação;oxigenação; �Suporte ventilatório (O2 umidificado/TOT + VM); �Reposição volêmica (administração intravenosa cuidadosa de soluções cristalóides); �Analgesia (depressão respiratória); � Fisioterapia / broncoscopia; TÓRAX INSTÁVELTÓRAX INSTÁVEL � Medidas terapêuticas � IOT e VM �Escala de Coma de Glasgow ≤ 8 FR > 30-35 irpm�FR > 30-35 irpm �PaCO2 > 45 mmHg �PaO2 < 60-70 mmHg (O2 100%) �Acidose metabólica descompensada com deterioração clínica HEMOTÓRAX MACIÇOHEMOTÓRAX MACIÇO � Acúmulo rápido de sangue e líquidos na cavidade torácica (em um hemitórax); � Causa: Ferimentos penetrantes (mais comum) ou trauma contuso com lesão de grandes vasostrauma contuso com lesão de grandes vasos (intercostais ou pulmonares); � Prejuízo significativo no esforço respiratório (compressão do pulmão e pela limitação da ventilação); � O acúmulo maciço de sangue pode resultar em hipotensão e choque (perda sanguínea). HEMOTÓRAX MACIÇOHEMOTÓRAX MACIÇO HEMOTÓRAX MACIÇOHEMOTÓRAX MACIÇO � As veias do pescoço podem estar colabadas devido à grave hipovolemia ou distendidas quando existir um pneumotórax hipertensivo concomitante.hipertensivo concomitante. � Em casos raros, os efeitos mecânicos de um hemotórax maciço podem deslocar o mediastino a ponto de causar a distensão das veias cervicais. HEMOTÓRAX MACIÇOHEMOTÓRAX MACIÇO � Diagnóstico clínico: �Choque (hipovolêmico); �Ausência de murmúrio vesicular e/ou macicez à percussão de um dos hemitórax.percussão de um dos hemitórax. HEMOTÓRAX MACIÇOHEMOTÓRAX MACIÇO � Tratamento inicial: �Reposição do volume sanguíneo: �Acesso venoso calibroso, infusão de cristalóide e, assim que possível hemotransfusão;assim que possível hemotransfusão; �Reposição de fluídos Volume de sangue perdido; �Descompressão da cavidade torácica: � Inserção de dreno de tórax (nº 36 ou 40 French), no 5-6º espaço intercostal, imediatamente anterior à linha axilar média. �Autotransfusão. HEMOTÓRAX MACIÇOHEMOTÓRAX MACIÇO Drenagem de tórax HEMOTÓRAX MACIÇOHEMOTÓRAX MACIÇO Reinfusão transoperatória HEMOTÓRAX MACIÇOHEMOTÓRAX MACIÇO Drenagem inicial >1.500 ml Drenagem continuada de 200 a 300 ml/h por 2 a 4 horas Instabilidade Hemodinâmica a 300 ml/h por 2 a 4 horas Toracotomia de urgência TAMPONAMENTO CARDÍACOTAMPONAMENTO CARDÍACO � Derrame pericárdico de sangue proveniente do coração, dos grandes vasos ou dos vasos pericárdicos; � Causa: Ferimentos penetrantes (mais comum) ou trauma contuso;trauma contuso; � O saco pericárdico é uma estrutura fibrosa inelástica; uma pequena quantidade de sangue já é suficiente para restringir a atividade cardíaca e interferir no enchimento cardíaco; � Diferenciar de pneumotórax hipertensivo; TAMPONAMENTO CARDÍACO � Identificação e diagnóstico clínico: � Tríade diagnóstica de Beck �Turgência jugular (aumento da pressão venosa – Sinal de Kussmaul); Hipotensão;�Hipotensão; �Abafamento de bulhas cardíacas. � Raramente a manifestação é completa. � As bulhas cardíacas abafadas são difíceis de serem auscultadas no serviço de emergência; � A distensão das veias do pescoço pode estar ausente devido à hipovolemia. TAMPONAMENTO CARDÍACOTAMPONAMENTO CARDÍACO � Sintomatologia: � Taquicardia � Taquipnéia �Queda do nível de consciência�Queda do nível de consciência � Extremidades frias TAMPONAMENTO CARDÍACOTAMPONAMENTO CARDÍACO � Rx de tórax �Alargamento da área cardíaca; � ECG � Alterações nas ondas P, complexos QRS (baixa voltagem) e ondas T. TAMPONAMENTO CARDÍACOTAMPONAMENTO CARDÍACO � Métodos diagnósticos � Ecocardiograma; � Tomografia; �Avaliação ultrassonográfica direcionada para o�Avaliação ultrassonográfica direcionada para o trauma (FAST): �US do saco pericárdico à procura de líquido; �Método rápido e preciso para avaliar o coração e o pericárdio; �Apresenta acurácia de 90 a 95% para presença de líquido no pericárdio. TAMPONAMENTO CARDÍACOTAMPONAMENTO CARDÍACO � Tratamento inicial �Reposição de fluidos endovenosos aumenta a pressão venosa e melhora transitoriamente o débito cardíaco enquanto se fazem os preparativos para a cirurgia. � Evacuação imediata de sangue no saco pericárdico: �Pericardiocentese subxifoídea �Manobra temporária; � Inserção cateter flexível; �Técnica de Seldinger. TAMPONAMENTO CARDÍACOTAMPONAMENTO CARDÍACO � Tratamento inicial �Pericardiocentese subxifoídea �Simples aspiração do sangue do saco pericárdico pode aliviar temporariamente ospericárdico pode aliviar temporariamente os sintomas de tamponamento; �No entanto, todos os doentes com tamponamento agudo e com pericardiocentese positiva necessitarão de uma cirurgia para a inspeção do coração e o reparo da lesão (Tratamento definitivo); �Toracotomia TORACOTOMIA DE EMERGÊNCIATORACOTOMIA DE EMERGÊNCIA � Indicação: �Pacientes que chegam com ferimento torácico penetrante e sem pulso, porém com atividade elétrica miocárdica (ou apresentam parada cardíaca logo após a chegada);cardíaca logo após a chegada); � Restauração do volume intravascular; IOT + VM; TORACOTOMIA DE EMERGÊNCIATORACOTOMIA DE EMERGÊNCIA � Manobras terapêuticas que podem ser efetuadas durante a toracotomia de reanimação: � Evacuação de sangue contido no saco pericárdico e que está causando tamponamento; �Controle direto da hemorragia intratorácica exsanguinante; �Massagem cardíaca aberta; �Clampeamento da aorta descendente para reduzir as perdas sanguíneas abaixo do diafragma e para aumentar a perfusão do cérebro e do coração. TORACOTOMIA DE EMERGÊNCIATORACOTOMIA DE EMERGÊNCIA � Os resultados são variáveis: �Sobrevida de 1% em trabalhos sem critérios específicos em hospitais gerais; �Sobrevida de até 30% para pacientes vítimas de FAF em centros de trauma com equipesFAF em centros de trauma com equipes experientes; �Benefício desprezível em trauma contuso. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRAUMATISMO NO TRAUMATISMO ABDOMINALABDOMINAL ProfaProfa. Me. Lívia Cintra . Me. Lívia Cintra Trauma abdominal Trauma abdominal �O abdome é frequentemente lesado tanto após traumatismos fechados como abertos,25% das vítimas vão necessitar de exploração abdominal. � Principal causa de morte nas primeiras horas pós- trauma: choque hipovolêmico. Segunda causa: sepse.trauma: choque hipovolêmico. Segunda causa: sepse. � Paciente com traumatismo abdominal: deve ser considerado politraumatizado grave ou potencialmente grave. � Lesões não diagnosticadas: causa de mortes previsíveis. � Exame comprometido por: ◦ Álcool, drogas ilícitas; ◦ Lesões cerebrais, medula espinhal; ◦ Lesões de costelas, coluna e pelve. Trauma abdominalTrauma abdominal � É dividido em trauma fechado e aberto; �� TraumaTrauma FechadoFechado �Mecanismo indireto de lesão; �Um impacto direto, como o contato do abdome com o volante em uma colisão de veículoscom o volante em uma colisão de veículos automotores, motocicletas (atropelamento, quedas, agressões) pode causar compressão ou esmagamento de vísceras abdominais e da pelve. �Deformação dos órgãos sólidos e vísceras ocas, podendo causar sua ruptura, acarretando hemorragia secundária, contaminação pelo conteúdo intestinal e, consequentemente, peritonite. Trauma abdominalTrauma abdominal �� TraumaTrauma FechadoFechado �Lesão pode ser de víscera oca, maciça, isolada, múltiplas, e de outras estruturas como vasos sanguíneos, nervos, músculos, e ossos. �Principais mecanismos: � Compressão; �Cisalhamento; � Forças de desaceleração. Trauma abdominalTrauma abdominal �� TraumaTrauma FechadoFechado �Cisalhamento �Lesão por esmagamento; uso do cinto de segurança);segurança); Trauma abdominalTrauma abdominal �� TraumaTrauma FechadoFechado �Forças de desaceleração �Acidentes automobilísticos; estruturas fixas (ligamentos) eestruturas fixas (ligamentos) e não fixas do corpo (fígado e do baço) sofrem movimentos em sentidos opostos; � Exemplos: Lacerações fígado e baço; Lesões extensas do mesentério do intestino delgado. Trauma abdominalTrauma abdominal �� TraumaTrauma FechadoFechado �Nos doentes vítimas de trauma fechado, os órgãos mais frequentemente acometidos são o baço (40 a 55%), o fígado (35 a 45%) e o intestino delgado (5 a10%).intestino delgado (5 a10%). �Embora os dispositivos de contenção previnam ferimentos mais graves, eles podem acarretar padrões específicos de lesões. Trauma abdominalTrauma abdominal � Trauma aberto/penetrante: �Tem solução de continuidade da pele, secundários a arma de fogo ou arma branca. �Corte e laceração;Corte e laceração; �Com ou sem lesão interna (peritônio); �Ferimentos por arma branca atravessam as estruturas abdominais adjacentes e geralmente envolvem o fígado (40%), o intestino delgado (30%), o diafragma (20%) e o cólon (15%). Trauma abdominalTrauma abdominal � Trauma aberto/penetrante: �Ferimentos por arma de fogo podem causar lesões intra-abdominais adicionais em decorrência de sua trajetória, do efeito de cavitação e da possível fragmentação docavitação e da possível fragmentação do projétil; �Ferimentos por arma de fogo frequentemente acometem mais o intestino delgado (50%), o cólon (40%), o fígado (30%) e as estruturas vasculares abdominais (25%); �Calibre da arma e distância do disparo. Trauma abdominal Trauma abdominal -- Exame FísicoExame Físico Inspeção abdominal, tórax inferior e períneo � Distúrbios respiratórios; � Marcas do trauma (cinto de segurança); � Feridas por projétil ou por arma branca; � Lacerações; Corpos estranhos empalados; Lacerações; � Corpos estranhos empalados; � Edema, hematomas, escoriações; � Distensão abdominal; � Evisceração; � Deformidade pélvicas; � Alterações no períneo e genitália; � Gravidez. Trauma abdominal Trauma abdominal -- Exame FísicoExame Físico Ausculta abdominal � Detectar diminuição ou ausência de ruídos hidroaéreos (analisar com outros dados clínicos do paciente); � Sangue intraperitoneal livre ou conteúdo gastrointestinal podem produzir um íleo com perda dos ruídos hidroaéreos; entretanto, esse achado não é específico (lesões extraabdominais); Trauma abdominal Trauma abdominal -- Exame FísicoExame Físico Percussão abdominal � Macicez (presença de líquido intraperitoneal); � Desaparecimento da macicez hepática; Palpação abdominal � Dor difusa (Ex: líquido extravasado e irritante na cavidade); � Dor localizada é menos comum (Ex: hematoma hepático). Trauma abdominalTrauma abdominal � Manifestações Clínicas: ◦ Dor Abdominal no local do trauma ou difusa (peritonismo); ◦ Choque Hipovolêmico; ◦ Rigidez de parede – abdome em tábua; ◦ Irritação Peritoneal; ◦ Sangramento Digestivo; ◦ Fraturas de costelas inferiores; ◦ Equimose de parede abdominal; ◦ Ferimentos na parede abdominal, dorso e tórax; ◦ Sangramento pela uretra,vagina ou reto. Trauma abdominalTrauma abdominal � Situações Especiais: � Evisceração �Não tentar recolocar os órgãos de volta na cavidade abdominal,cavidade abdominal, manter como encontrado; �Cobri-los com compressas estéreis umedecidas com SF. Trauma abdominalTrauma abdominal � Situações Especiais: �Objetos Encravados Trauma abdominalTrauma abdominal � Situações Especiais: �Objetos Encravados ou empalados �Não devem ser movidos ou removidos no APH; �Devem ser fixados e imobilizados para evitar�Devem ser fixados e imobilizados para evitar movimentação durante o transporte; Trauma abdominalTrauma abdominal � Situações Especiais: �Objetos Encravados ou empalados �Se ocorrer sangramento ao redor do objeto, fazer pressão direta sobre o ferimento ao redorfazer pressão direta sobre o ferimento ao redor do objeto (com a própria mão e/ou compressas); �Não palpar o abdome para evitar maior laceração de vísceras. Traumas abdominais mais Traumas abdominais mais importantesimportantes �� FraturasFraturas dede pelvepelve: devem ser identificados por possibilidade de lesões associadas principalmente a reto, bexiga e uretra. Hematomas retroperitoneais secundários à lesões ósseas podem sequestrar até 4 litros de sangue.litros de sangue. �� TraumatismoTraumatismo hepáticohepático:: podem levar a quadros de hipovolemia e choque hipovolêmico grave se não tratado adequadamente. O tratamento é conservador. Traumas abdominais mais Traumas abdominais mais importantesimportantes �� TraumatismoTraumatismo esplênicoesplênico: Também podendo levar a quadro de hipovolemia importante. Seu tratamento é conservador através de reposição de volume e jejum por 48 a 72h. A indicação de esplenectomia ou LE só ocorre se houver necessidade de hemotransfusão nas primeiras 24h ou em caso de sangramento que ameace a vida. São24h ou em caso de sangramento que ameace a vida. São de difícil diagnóstico. �� TraumatismoTraumatismo pancreáticopancreático: de difícil diagnóstico, com altos índices de morbidade e mortalidade. Pode levar a fístulas pancreáticas, pancreatites persistentes, diabetes, hemorragia e sepse em função de diagnósticos retardados. Assistência de EnfermagemAssistência de Enfermagem � Desobstrução de vias aéreas; � Administração de oxigênio em alto fluxo; � Elevação de MMII (posição de choque); � Aquecer vítima, evitando hipotermia;� Aquecer vítima, evitando hipotermia; � Controle de hemorragias externas; � Puncionar dois acessos venosos de grosso calibre (Jelco 14 ou 16); � Infundir líquido aquecido (Ringer Lactato ou SF); � Realizar SVD se não for contra-indicado; Assistência de EnfermagemAssistência de Enfermagem � Realizar SNG aberta; � Preparar material e paciente para punção abdominal (procedimento médico): Paracentese � A punção abdominal ajuda a detectar hemorragias� A punção abdominal ajuda a detectar hemorragias intra-abdominais. � O líquido peritoneal normal é de aspecto amarelo claro. Sangue, bile, urina ou material fecalindicam lesão com necessidade de cirurgia. � Cobrir as vísceras com compressas estéreis e úmidas, e mantê-las umedecidas.
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