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ESCOLA SUPERIOR DE CRICIÚMA – ESUCRI CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: RESISTÊNCIA DOS MATERIAS II ALUNOS(AS): JÚLIA LARA; VITÓRIA SENA O USO DO PVC PARA DIVISÓRIAS DE UMA CASA PADRÃO MÉDIO E POSSÍVEL SUBSTITUINTE DO MATERIAL Criciúma, novembro de 2017 2 JÚLIA LARA, VITÓRIA SENA O USO DE PVC PARA DIVISÓRIAS DE UMA CASA PADRÃO MÉDIO E POSSÍVEL SUBSTITUINTE DO MATERIAL Esta pesquisa tem como propósito o cumprimento parcial da disciplina de Resistência dos Materiais II do curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Superior de Criciúma, solicitado pela Prof.: Fabiana Magagnin. Prof. Fabiana Magagnin 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 4 1.1 Objetivos .......................................................................................... 5 1.1.1 Objetivo geral ............................................................................. 5 1.1.2 Objetivo específico .................................................................... 5 2 FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS .......................................................... 6 2.1 Principais tipos de esforços: ............................................................. 6 2.1.1 Propriedades mecânicas dos materiais: .................................... 7 3 - Qual a importância da resistência dos materiais para a Arquitetura: .... 7 3.1 Escolha do MDF no lugar do PVC. ................................................... 8 4 TEMA:DIVISÓRIAS DE PVC PARA UMA CASA DE PORTE MÉDIO .... 8 4.1 Substituição do material PVC (policloreto de vinila) por MDF ........ 11 4.1.1 Características do MDF ........................................................... 12 4.1.2 Resistência .............................................................................. 12 4.1.3 Preço ....................................................................................... 12 4.2 Condicionantes que afetam a qualidade dos painéis em MDF ....... 12 4.2.1 Ação de densidade nos painéis ................................................... 13 4.2.3 Módulo de elasticidade ............................................................ 14 4.2.4 Tensão de Escoamento ........................................................... 15 4.2.5 Tensão última .......................................................................... 15 5 CONCLUSÕES ..................................................................................... 15 6 REFERÊNCIAS .................................................................................... 16 4 1 INTRODUÇÃO Os materiais estão presentes em nosso meio em grande abundância de maneiras muito diversificada, seja na produção de alimentos, na indústria têxtil ou de automação entre outras categorias. É historicamente comprovado que a evolução de uma sociedade está ligada diretamente com a habilidade que seus membros têm de manipular materiais para melhor satisfazer as necessidades existentes. Ainda nos primórdios da civilização, os habitantes tinham contato apenas com os materiais naturais como peles de animais, madeiras, pedras e assim por diante. Com o passar dos anos e o aperfeiçoamento das técnicas foi descoberto que era possível alterar as propriedades dos materiais através de tratamentos térmicos ou ainda com adição de outras substâncias. Desse modo, hoje temos uma infinidade de novos materiais, sejam eles naturais ou sintéticos, com base nisso foi possível dividi-los em quatro grupos principais de acordo com as propriedades de cada material: metais, polímeros, cerâmicas e compósitos. Os metais são compostos basicamente por um ou mais elementos metálicos e também com elementos não metálicos em baixa quantidade, os materiais presentes nesse grupo são claramente evidenciados quando comparados a outras categorias como a cerâmica e os polímeros por serem mais densos, outra forte característica é a rigidez e a resistência, mas ainda assim continuam sendo dúcteis, isto é, são capazes de aguentar a grandes quantidades de deformação sem sofrerem fratura. Além de outras propriedades. Como exemplo de materiais tem-se os utensílios domésticos como talheres, as moedas, joias entre outros. As cerâmicas, formadas por elementos metálicos e não metálicos, são relativamente rígidas e resistentes (valores comparados ao dos metais), no entanto são extremamente frágeis e suscetíveis a fratura. Possuem ainda outras propriedades mecânicas. Fazem parte destes grupos os vidros, tijolos de construção, as porcelanas e os pisos cerâmicos, além de muitos outros materiais. 5 Já os polímeros incluem os conhecidos materiais plásticos e de borracha. Apresentam baixa massa específica, enquanto suas propriedades mecânicas, em comparação com os outros dois grupos já mencionados, são fortemente marcadas pela pouca resistência e rigidez, porém em virtude de suas densidades reduzidas, na grande maioria das vezes a rigidez e a resistência em relação a massa pode ser comparadas aos dos metais e das cerâmicas. Muitos polímeros são extremamente flexíveis e dúcteis. Exemplos de materiais desta categoria são: o policloreto de vinila (PVC), o náilon, materiais emborrachados além de muitos outros. Por fim, mas não menos importante, tem-se os compósitos, grupo formado pela junção de dois ou mais elementos individuais dos três grupos citados anteriormente com o intuito de mesclar as propriedades características de cada grupo afim de criar um novo material que apresente em sua estrutura quase todas as propriedades ideais de que um material precisa, como exemplo de materiais temos os compósitos de fibras de vidro, que é são resistentes, rígidos e flexíveis, além de terem baixa massa específica. 1.1 Objetivos 1.1.1 Objetivo geral O Objetivo deste presente trabalho é visar a troca de divisórias de PVC por MDF, destacando suas características e focando no tema. Visando também a importância de resistência dos materiais para a Arquitetura bem como explicar o porquê de divisórias de MDF no lugar de PVC. 1.1.2 Objetivo específico Explicar as principais propriedades mecânicas, aplicação e curva de tensão-deformação, tanto para PVC quanto para o MDF. Por meio da curva tensão-deformação retirar as principais informações do material como módulo da elasticidade, se é frágil ou dúctil, tensão de escoamento, tensão última. 6 2 FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS A resistência dos materiais é o ramo da mecânica que estuda as relações entre cargas externas aplicadas a um corpo deformável e a intensidade das forças internas que atuam dentro do corpo, abrangendo também o cálculo das deformações do corpo e o estudo da sua estabilidade, quando submetido a solicitações externas. (HIBBELER, 2004). Segundo HIBBELER, a origem da resistência dos materiais vem desde o início do século XVII, tempo onde Galileu efetuou experiências com objetivo de estudar os efeitos de cargas em hastes e vigas feitas de vários materiais. Porém, para uma apropriada dos fenômenos envolvidos foi necessário arquitetar descrições experimentais precisas das características mecânicas dos materiais. Estes métodos visando as descrições foram especialmente melhorados no início do século XVIII. Naquela época, muitos estudos sobre o assunto foram feitos, especialmente na França, baseados em aplicações da mecânica a corpos materiais, sendo assim se denomina o estudo de Resistência dos Materiais. Hoje emdia, esses estudos referem-se à Mecânica dos Corpos Deformáveis ou simplesmente Mecânica dos Materiais. 2.1 Principais tipos de esforços: A Figura 01 mostra os tipos mais comuns de esforços no qual são submetidos os elementos construtivos. Figura 01 - Tipos de esforços. 7 (a) Tração: É caracterizado pela tendência de alongamento do elemento na direção da força ativa. (b) Compressão: A tendência é uma redução do elemento na direção da força de compressão. (c) Flexão: Ocorre uma deformação na direção perpendicular à da força atuante. (d) Torção: forças atuam em um plano perpendicular ao eixo e cada seção transversal tende a girar em relação às demais. (e) Cisalhamento: A tensão de cisalhamento ocorre comumente em parafusos, rebites e pinos que ligam as diversas partes da máquina e estruturas. 2.1.1 - Propriedades mecânicas dos materiais: Tenacidade: Capacidade do material de receber impacto e não se romper. Resiliência: Capacidade do material de receber impacto e não se deformar. Endurecimento por deformação: Quanto mais o corpo de prova é deformado mais endurecido ele se torna. Escoamento: É o ponto onde começa a deformação irrecuperável (ou plástica) do material. A partir deste ponto o material só recuperará a parte elástica de sua deformação, o material ficará com uma deformação permanente e irreversível. Ductilidade: É a capacidade que alguns materiais possuem de se deformarem antes da ruptura, quando sujeito a tensões muito elevadas. Quanto mais dúctil o material maior é a redução de área ou alongamento antes da ruptura, formando “empescoçamento”. 3 - Qual a importância da resistência dos materiais para a Arquitetura: A Resistência dos Materiais é muito importante para a formação dos arquitetos, pois é necessário neste ramo para projetos de pontes, edifícios, 8 estruturas de casas, cabe também aos engenheiros mecânicos e químicos para o projeto de mecanismos e de reservatórios sob pressão, aos metalúrgicos, aos eletricistas entre muitos profissionais. O principal objetivo do estudo da resistência dos materiais se da na limitação de esforços, das tensões e das deformações a que estão sujeitos os corpos sólidos por motivos de uma ação dos carregamentos ativos. 3.1 – Escolha do MDF no lugar do PVC. A escolha se deu perante as diversas vantagens do MDF, tanto em características, preço, durabilidade, etc. Estudos mostram que o crescimento dos painéis em madeira aumentou consideravelmente no Brasil, Segundo BNDES (2014) Os painéis de madeira hoje são uma das principais mercadorias fabricadas a partir das florestas, onde apenas em 2012, foi arrecadado um valor Bruto de madeira industrializada de R$ 6,5 bilhões, ao mesmo tempo que o de madeira processada mecanicamente, de R$ 5,8 bilhões (Figura 02) Figura 02- Estimativa do valor bruto da produção florestal dos principais segmentos associados ao setor de florestas plantadas, em 2012. FONTE: BNDES, 2014. Diante seu baixo custo e seus diversos usos tanto em móveis, forro, portas, divisórias, entre outras, também sendo um material ecologicamente correto facilita a troca do material PVC pelo MDF. 4 - TEMA: “DIVISÓRIAS DE PVC PARA UMA CASA DE PORTE MÉDIO” 9 O policloreto de vinila, mais conhecido como PVC, foi descoberto em 1835, por Liebig através do monômero cloreto de vinila (MCV), um gás à temperatura ambiente, que tem seu ponto de ebulição a -13,8ºC. A descoberta se deu por meio da reação do dicloroetileno de potássio em solução alcoólica. No entanto, a primeira publicação do material só foi realizada em 1839 pelo Victor Regnaut, aluno de Liebig, que relatava a observação da presença de um pó branco após a exposição a ampolas seladas preenchidas com o MVC à luz solar. Regnaut pensou que o pó se tratava de PVC, mas estudos comprovaram tratar-se de poli (cloreto de vinilideno). O primeiro relato de polimerização autêntica de um haleto de vinila foi feita por Hoffman, em 1860, que observou mudança no brometo de vinila para uma massa de coloração branca sem alteração composicional. O primeiro registro de polimerização do MVC e obtenção do PVC ocorreu em 1872. De acordo com Nunes (2006): O PVC é o segundo termoplástico mais consumido em todo o mundo, com uma demanda mundial de resina superior a 35 milhões de toneladas no ano de 2005, sendo a capacidade mundial de produção de resinas de PVC estimada em cerca de 36 milhões de toneladas ao ano. Conforme uma tabela fornecida pela CMAI (2005), no ano de 2004 o Brasil ficou em 10º lugar num ranking de 18 países, com um consumo per capita de 4,0 (kg/hab/ano), sendo que a média mundial foi de 4,6 (kg/hab/ano). Dentre todos os polímeros existentes, o PVC é o mais versátil. Devido à necessidade de a resina ser formulada mediante a incorporação de aditivos, o PVC pode ter suas características alteradas dentro de um amplo espectro de propriedades em função da aplicação final, variando desde o rígido ao extremamente flexível, passando por aplicações que vão desde tubos e perfis rígidos para uso na Construção Civil até brinquedos e laminados flexíveis para acondicionamento de sangue e plasma, além de que a resina do PVC é inerte e atóxica, o uso e aditivos com as mesmas propriedades possibilita o uso do PVC até mesmo na área hospitalar. A figura 03 exemplifica os principais mercados que o PVC tem atuação no Brasil. 10 Figura 03- PVC no Brasil. FONTE: Braskem, 2005. O PVC se adequa aos mais variados processos de moldagem, podendo ser injetado, extrudado, calandrado, espalmado, entre outros processos (Figura 04), fato esse que explica o porquê do material ser tão versátil. Figura 04- PVC no Brasil. FONTE: Braskem, 2005. O PVC ainda possui como principais características a ampla gama de propriedades; versatilidade (flexível ao rígido); alta resistência química; atóxico e inerte; resistente à ação de fungos, bactérias, insetos e roedores; bom isolante térmico, elétrico e acústico; impermeável a gases e líquidos; longa vida útil e por fim, não propaga chamas. A densidade aparente de resinas de PVC comerciais variam entre 0,45 (resinas porosas para produtos flexíveis) a 0,60 g/cm³ (resinas para aplicação de produtos rígidos transformados diretamente do pó). Referente as 11 propriedades mêcanicas do PVC, estas podem ser compreendidas através do gráfico tensão-deformação do PVC rígido (Figura 05). Figura 05- Curvas tensão em função da deformação sob tração para as diversas amostras: DOP; PVC Rígido; A;B;C. FONTE: Programa de Pós-Graduação em Ciências de Materiais, UFSCar. O módulo de elasticidade obtido através da relação entre deformação sobre tensão é de 1,10.109 GPa, o limite de escoamento fica de 46 MPa e o limite último de 49 MPa. O policloreto de vinila é um material frágil, mas com o aumento considerável da temperatura em sua produção este passa a ser dúctil. Porém há uma redução no módulo de elasticidade e redução no limite de resistência à tração. 4.1 Substituição do material PVC (policloreto de vinila) por MDF Medium Density Fiberboard — mais conhecido como MDF, vem se tornando, cada vez mais popular em substituição de madeira, mas ainda assim que seu nome seja bastante complicado, sua estrutura é bem simples, consistindo em apenas uma chapa de média densidade produzida a partir de fibras de madeira reflorestada unidas com resinas. O resultado é um material uniforme que permite diferentes tipos de uso. As vantagens em ter divisórias em MDF são diversas. Inicialmente, por ser ecologicamente correto, seu uso não agride a natureza, são utilizadas12 madeiras de cultivo florestal, ao invés de partículas são utilizadas fibras de madeira e são unidas com uma resina sintética através de pressão e calor. Além disso, a resistência, a durabilidade e a variabilidade do MDF faz desse esse material a melhor opção na utilização de divisórias. A tábua adquirida no final do processo é bastante utilizada na produção de móveis residenciais e comerciais. As divisórias obtêm qualquer tipo de revestimento, se danificar a sua forma e se comportam parecido com a madeira. O MDF é um material sensível à umidade portanto sua superfície e seu topo devem ser protegidos adequadamente. 4.1.1 Características do MDF O MDF aceita aplicação de pinturas e possui algumas propriedades, como sua resistência e durabilidade. Por esse motivo é muito utilizado em acabamentos de móveis, artesanatos, molduras, colunas, forros, divisórias, piso-teto. 4.1.2 Resistência O MDF é muito resistente a alterações bruscas de temperatura, lidando também com a abrasão. Além do mais, os móveis e as divisórias em MDF não aparentam riscos de serem produzidos com madeira úmida, levando a prejudicar a união das peças, rachando, envergando ou empenando, considerando estas afirmações podemos identificar o porquê o MDF dura tanto tempo. 4.1.3 Preço Em comparação aos móveis que são produzidos em madeira maciça, as peças em MDF possuem um valor bem baixo. Isso se justifica porque as chapas são produzidas por meio do acúmulo de fibras de madeiras de reflorestamento (geralmente pinus e eucaliptos). Permitindo sua comercialização por um preço mais baixo no mercado. 4.2 Condicionantes que afetam a qualidade dos painéis em MDF Alguns aspectos afetam a qualidade final do MDF, em relação à matéria- prima, ao processo e aos aditivos acrescentados nos painéis. Além destas, 13 existe a possibilidade de interação entre os diferentes fatores sendo assim formando variadas “redes” de interações. 4.2.1 Ação de densidade nos painéis A densidade pode afetar bruscamente as características dos painéis em MDF. Segundo Maloney (1989): A densificação dos painéis é um método fácil de melhorar as suas propriedades e em alguns casos, um volume adicional de resina não é necessário, tendo em vista o uso mais eficiente desta, como resultado do incremento na densidade do painel. São os principais fatores que modificam as características físicas e mecânicas dos painéis MDF: A massa específica ou densidade. A massa específica dos painéis MDF possui atuação positiva sobre os módulos de elasticidade (MOE) e de ruptura (MOR), não havendo consenso em relação ao seu efeito sobre o inchamento, absorção de água e adesão interna (NELSON, 1973, CHOW, 1976 e MALONEY, 1989). Figura 06 - Exemplo de perfil de densidade do painel em MDF. FONTE: Propriedades físicas e mecânicas de painéis MDF de diferentes densidades e teores de resina, 2000. A (Figura 06) apresenta um tipo de densidade ilustrativo de um painel MDF, este ensaio foi obtido por radiação gama, onde foi feito uma fotomicrografia da camada externa e da camada interna. 14 4.2.3 Módulo de elasticidade Adquirimos um exemplo na internet e aplicamos um gráfico com as informações fornecidas no site da Eucatex. O material seria painel de MDF com acabamento cru, como mostrado no gráfico (Figura 07). O maior módulo de elasticidade apresentado é de 2700 (N/mm²) para uma espessura de 6 a 9 (mm). Figura 07 - Propriedades Físico-Mecânicas, FONTE: Eucatex As empresas brasileiras fabricantes de painéis em MDF adotam a norma europeia EN 622-5:2006 para avaliação das características dos painéis utilizados em ambiente seco. Na tabela a seguir serão mostrados os condicionantes mínimos para as principais propriedades físico-mecânicas de painéis MDF conforme estabelecido pela norma EN 622-5:2006. Propriedade Método de ensaios Unidad es Requisitos mínimos (Espessura 12 a 19 mm) Inchamento em espessura 24 h EN 317 (%) > 12 Ligação interna EN 319 Mpa > 0,55 Resistência a flexão (MOR) EN 310 Mpa > 20 Módulo de elasticidade (MOE) EN 310 Mpa > 2.200 Tabela 1 - Requisitos mínimos da norma EN 622-5:2006. 2000 2100 2200 2300 2400 2500 2600 2700 2800 6,0 a 9,0 9,0 a 12,0 12,0 a 19,0 (N /m m ²) Espessura (mm) Módulo de Elasticidade 15 4.2.4 Tensão de Escoamento Todos os materiais se rompem quando são submetidos a uma carga na qual a tensão é maior que a sua resistência. Portanto, podem ser classificados em dois importantes grupos: os frágeis no qual fraturam sem ‘ceder’ e os dúcteis que ‘cedem’ nitidamente antes de fraturar. O MDF se encaixa nos frágeis, pois seu material não é resistente o suficiente para aguentar grandes cargas. 4.2.5 Tensão última A tensão última se aplica a máxima tensão que pode se atingir, Bao et al. (1996), estudou a resistência à fadiga de painéis MDF, observou que esse material pode suportar ciclos de cargas muito altos cerca de (>10⁶), quando o nível da tensão no qual é aplicada é equivalente à 30% do módulo de ruptura (MOR). As deformações em painéis MDF surgem quando os níveis de tensão alcançaram 40% do MOR. 5 Conclusões É de muita importância o estudo de resistência dos materiais para a arquitetura, pois a área abrange construções de prédios, pontes, casas e sem a resistência seria impossível os cálculos necessários. A troca de PVC por MDF foi de uma escolha inteligente, pois o MDF além de ser ecologicamente correto ele tem múltiplas funções, sendo também um material de baixo custo podendo agregando no conforto e no bolso. 16 6 REFERÊNCIAS CALLISTER, Willian D.; RETHWISCH, David G. Ciência e engenharia dos materiais: uma introdução. 8ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. NUNES, Luciano Rodrigues. et al. Tecnologia do PVC: revista e ampliada. 2ed. São Paulo: ProEditores / Braskem, 2006. RODA, Daniel Tietz. Tudo sobre plásticos. Disponível em < http://www.tudosobreplasticos.com/materiais/pvc.asp> Acessado em 15 out 2017. BELINI, Ugo Leandro; FILHO, Mario Tomazello. Avaliação tecnológica de painéis MDF de madeira de eucalyptus grandis confeccionados em laboratório e em linha de produção industrial. UFSM, Rio Grande do Sul, 2009. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/cienciaflorestal/article/download/2063/1242> Acesso em 13 Nov. 2017. BELINI, Ugo Leandro. 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