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QUALIDADE DA ÁGUA Parâmetros de Qualidade da água Físicos: • Cor; • Turbidez; • Sabor e odor; • Temperatura. Requisitos e padrões de qualidade Químicos: • pH; • Alcalinidade; • Acidez; • Dureza; • Ferro e manganês; • Cloretos; • Nitrogênio; • Fósforo; • Oxigênio dissolvido; • Matéria orgânica; • Micropoluentes inorgânicos; •Micropoluentes orgânicos. Biológicos: • Reações de conversão da matéria orgânica e inorgânica; • Patógenos. Parâmetros de Qualidade da água – Forma física preponderante Requisitos e padrões de qualidade Principais parâmetros em análises de águas Requisitos e padrões de qualidade Requisitos e padrões de qualidade Principais parâmetros em análises de águas Requisitos e padrões de qualidade Principais parâmetros em análises de águas Exemplos de potenciais direcionadores dos patógenos emergentes e reemergentes na água: - Novos ambientes (mudanças no clima) - Mudanças no comportamento e vulnerabilidade - Novas tecnologias (barragens, irrigação, condicionamento de ar) - Avanços científicos (inseticidas) Natureza Biológica Natureza Biológica Cianotoxinas e cianobactérias � Floração excessiva de fitoplanctons � cianobactérias: qualquer processo que provoque lise das células libera as toxinas no corpo hídrico. � Cianotoxinas: risco considerável para pacientes renais crônicos, quando expostos a diálise. Efeitos hepatotóxicos, neurotóxicos, dermatóxicos e de inibição de síntese de proteínas. � Toxicidade variável ao longo do tempo. Um trágico acontecimento no Instituto de Doenças Renais (IDR), em Caruaru, PE, durante o mês de fevereiro de 1996 transformou a história e a prática clínica da hemodiálise no Brasil. Tragédia de Caruaru: Exposição intravenosa à microcistina (toxina de cianotoxinas) Resultado: 65 mortes Natureza Biológica Características dos organismos indicadores de contaminação: � Densidades que se relacionam com o grau de poluição; � Presente em maiores quantidades que os patógenos; � Não proliferação no ambiente aquático; � Sobrevivência maior que a dos patógenos; � Ausente em águas limpas; � Fácil detecção; Natureza Biológica Características dos organismos indicadores de contaminação - Coliformes totais: aeróbios ou anaeróbios facultativos, fermentam lactose com produção de gás a 35 ± 0,5°C. Ser humano: 200 bilhões (2x 10 11 ) / dia; nas fezes (10 9 – 10 10 /g ; nos esgotos: 10 6 – 10 7 /100 mL Limitações: não indica o quão recente ocorreu a poluição; vírus podem interferir na presença de coliformes (falso negativo) ou bactérias podem produzir gases em ausência do grupo coliforme (falso positivo). Principais gêneros: Escherichia, Klebsiella, Citrobacter, Enterobacter, Aerobacter. - Coliformes fecais (termotolerantes): subgrupo dos coliformes totais, temp. ótima de crescimento: 44,5 ± 0,2°C. Principais gêneros: Escherichia coli (indicador de detecção preferencial de acordo com a Portaria 518/2004), Klebsiella, Citrobacter, Enterobacter. Natureza Biológica Parâmetro 1977 (56/BSB) 1990 (36/GM) 2004 (Portaria 518/2004) Turbidez 5 uT 1 uT 1 uT* Cor 20 uH 5 uH 15 uH THM Não constava 0,1 mg/L 0,1 mg/L Arsênio 0,1 mg/L 0,05 mg/L 0,01 mg/L Toxina de algas Não constava Não costava 1 µg/L (microcistina) Fonte: Heller e Pádua (2006). Evolução dos Padrões de Potabilidade pH - representa a concentração de íons hidrogênio, H+, indicando as condições de acidez, neutralidade e basicidade da água. Origem natural e antropogênica Importância: - Etapas do tratamento de água: coagulação, desinfecção, controle de corrosividade, remoção da dureza. - diferentes valores de pH estão associados a diferentes faixas de atuação ótima de coagulantes - frequentemente o pH necessita ser corrigido antes e/ou depois da adição de produtos químicos no tratamento - valores elevados de pH podem estar associados à proliferação de algas Natureza Química Acidez capacidade da água em resistir às mudanças de pH causadas pelas bases. Se deve, principalmente, à presença de CO2 e H2S (processos naturais) e de processos industriais . - tem pouco significado sanitário mas é responsável pela corrosão de tubulações; - águas com acidez mineral são desagradáveis ao paladar. Agressividade Natural é uma característica relativa à presença de gases em solução na água (oxigênio, o gás carbônico e o gás sulfídrico). A água agressiva pode causar a corrosão de metais ou de outros materiais, tais como o cimento Natureza Química Alcalinidade capacidade de resistir às mudanças de pH: capacidade tampão. Os principais constituintes da alcalinidade são os bicarbonatos (HCO3-), os carbonatos (CO3-) e os hidróxidos (OH-) e distribuição na água é função do pH. - Sem significado sanitário para a água potável, mas em elevadas concentrações confere um gosto amargo a água -é uma determinação importante no controle do tratamento da água: coagulação, redução de dureza e prevenção da corrosão em tubulações A Dureza resulta da presença de cálcio e magnésio na água, causa sabor desagradável e efeitos laxativos; reduz a formação da espuma do sabão; provoca incrustações nas tubulações e caldeiras. Menor que 50 mg/1 CaC03 - mole Entre 50 e 150 mg/1 CaC03 - dureza moderada Entre 150 e 300 mg/1 CaC03 - dura Maior que 300 mg/1 CaC03 - muito dura Natureza Química Salinidade/ Cloretos: provenientes da dissolução de minerais ou da intrusão de águas do mar, de esgotos domésticos ou industriais. Em altas concentrações, conferem sabor salgado à água ou propriedades laxativas. Ferro e manganês: provenientes da dissolução de compostos do solo ou de despejos industriais; causam coloração avermelhada à água, provocando manchas em roupas e pias; conferem sabor metálico à água; águas ferruginosas favorecem o desenvolvimento das ferrobactérias (maus odores, coloração à água e obstrução das canalizações). Natureza Química Nitrogênio e Fósforo: indispensáveis ao crescimento de algas e diretamente ligado à eutrofização. Fluoretos são utilizados na prevenção da cárie dentária; em concentrações mais elevadas, podem provocar alterações da estrutura óssea ou a fluorose dentária. Matéria Orgânica: A matéria orgânica da água é necessária aos seres heterótrofos, na sua nutrição, e aos autótrofos, como fonte de sais nutrientes e gás carbônico; em grandes quantidades cor, odor, turbidez, oxigênio dissolvido. Natureza Química Componentes Inorgânicos: Alguns componentes inorgânicos da água, entre eles os metais pesados, são tóxicos ao homem: arsênio, cádmio, cromo, chumbo, mercúrio, prata, cobre e zinco; além dos metais, pode-se citar os cianetos; esses componentes, geralmente, são incorporados à água através de despejos industriais ou a partir das atividades agrícolas, de garimpo e de mineração. Componentes orgânicos: Alguns componentes orgânicos da água são resistentes á degradação biológica, acumulando-se na cadeia alimentar; origem natural (substâncias húmicas, microrganismos) e antrópica (óleos minerais, produtos de petróleo, fenóis, pesticidas, bifenil policlorados e surfactantes) entre esses, citam-se os agrotóxicos, alguns tipos de detergentes e outros produtos químicos, os quais são tóxicos. Natureza Química DDT: Na água, encontra-se firmemente ligada a partículas e assim, permanece, indo depositar-se no leito de rios e mares. Os principais efeitos do DDT são: neurotoxicidade, hepatoxicidade, efeitos metabólicos e efeitos reprodutivos e câncer. Potencial de Formação de Trihalometanos (THMs): Para se evitar a formação de compostos organoclorados ou trihalometanos, durante o processode cloração, torna-se necessária uma avaliação do manancial em relação à quantidade de precursores destes compostos. Natureza Química Temperatura: influi em algumas propriedades da água (densidade, viscosidade, oxigênio dissolvido), com reflexos sobre a vida aquática. Pode variar em função de fontes naturais (energia solar) e fontes antropogênicas. Sabor e odor: causas naturais (algas; vegetação em decomposição; bactérias; fungos; compostos orgânicos: H2S, sulfatos e cloretos) e artificiais (esgotos domésticos e industriais). Cor: Resulta da existência, na água, de substâncias em solução; pode ser causada pelo ferro ou manganês, pela decomposição da matéria orgânica da água (principalmente vegetais), pelas algas ou pela introdução de esgotos industriais e domésticos. Padrão de potabilidade: intensidade de cor inferior a 5 unidades. Natureza Física Turbidez: Presença de matéria em suspensão na água, como argila, silte, substâncias orgânicas finamente divididas, organismos microscópicos e outras partículas. O padrão de potabilidade: turbidez inferior a 1 unidade. Sólidos em suspensão: Podem ser divididos em: Sólidos sedimentáveis: sedimentam após um período t de repouso da amostra Sólidos não sedimentáveis: somente podem ser removidos por processos de coagulação, floculação e decantação. Sólidos dissolvidos: Material que passa através do filtro. Representam a matéria em solução ou em estado coloidal presente na amostra de efluente. Natureza Física A radiação ambiental origina-se de fontes naturais ou produzidas pelo homem (Urânio e Césio). Estudos comprovam a relação da exposição prolongada a doses baixas e moderadas à incidência de câncer e à elevação nas taxas de mal formação congênita. A exposição a altas doses pode levar à morte. Efeitos da interação da radiação com a água: séries ionizáveis e radicais livres. Natureza Radiológica Padrão de potabilidade de água Portaria n º 2.914, de 12 de dezembro de 2011 Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Substitui a Portaria 518 / 2004 Requisitos e padrões de qualidade �Art. 5° Para os fins desta Portaria, são adotadas as seguintes definições: I - água para consumo humano: água potável destinada à ingestão, preparação e produção de alimentos e à higiene pessoal, independentemente da sua origem; II - água potável: água que atenda ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde; Portaria n º 2.914, de 12 de dezembro de 2011 Requisitos e padrões de qualidade �Art. 5° Para os fins desta Portaria, são adotadas as seguintes definições: XV - controle da qualidade da água para consumo humano: conjunto de atividades exercidas regularmente pelo responsável pelo sistema ou por solução alternativa coletiva de abastecimento de água, destinado a verificar se a água fornecida à população é potável, de forma a assegurar a manutenção desta condição; XVI - vigilância da qualidade da água para consumo humano: conjunto de ações adotadas regularmente pela autoridade de saúde pública para verificar o atendimento a esta Portaria, considerados os aspectos socioambientais e a realidade local, para avaliar se a água consumida pela população apresenta risco à saúde humana; Portaria n º 2.914, de 12 de dezembro de 2011 Requisitos e padrões de qualidade Competências Compete ao Ministério da Saúde, por intermédio: Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS): •Promover e acompanhar a vigilância da qualidade da água para consumo humano, em articulação com as Secretarias de Saúde e responsáveis pelo abastecimento de água ; •Estabelecer diretrizes de vigilância da qualidade da água para consumo humano Portaria n º 2.914, de 12 de dezembro de 2011 Requisitos e padrões de qualidade Compete ao Ministério da Saúde, por intermédio: da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai): executar as ações de vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano nos sistemas e soluções alternativas de água das aldeias indígenas; da Fundação Nacional de Saúde (Funasa): apoiar as ações de controle da qualidade da água para consumo humano proveniente de sistemas ou solução alternativa de água; da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): exercer a vigilância da qualidade da água nas áreas de Portos, Aeroportos e passagens de fronteiras terrestres, conforme os critérios e parâmetros estabelecidos nesta Portaria, bem como diretrizes específicas pertinentes. Portaria n º 2.914, de 12 de dezembro de 2011 Requisitos e padrões de qualidade Art. 12° Compete às Secretarias Municipais de Saúde: III- inspecionar o controle da qualidade da água produzida e distribuída e as práticas operacionais adotadas no sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água, notificando seus respectivos responsáveis para sanar a(s) irregularidade(s) identificada(s); IV - Manter articulação com as entidades de regulação quando detectadas falhas relativas à qualidade dos serviços de abastecimento de água, a fim de que as mesmas adotem as providências concernentes a sua área de competência. VI. encaminhar ao responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano informações sobre surtos e agravos à saúde relacionados à qualidade da água para consumo humano; Portaria n º 2.914, de 12 de dezembro de 2011 Requisitos e padrões de qualidade Art. 12° Compete às Secretarias Municipais de Saúde: X. cadastrar e autorizar o fornecimento de água tratada, por meio de solução alternativa coletiva (SAC), mediante análise e aprovação dos documentos exigidos no art.14 desta Portaria; Artigo 14. O responsável pela SAC deve requerer, junto à autoridade municipal de saúde pública, autorização para o fornecimento de água tratada, mediante a apresentação dos seguintes documentos: I - nomeação do responsável técnico habilitado pela operação da solução alternativa coletiva; II - outorga de uso da água, emitida por órgão competente; e III - laudo de análise dos parâmetros de qualidade da água previstos nesta Portaria. Portaria n º 2.914, de 12 de dezembro de 2011 Requisitos e padrões de qualidade Art. 12° Compete às Secretarias Municipais de Saúde: Parágrafo Único: A autoridade municipal de saúde pública não autorizará o fornecimento de água para consumo humano, por meio de solução alternativa coletiva, quando houver rede de distribuição de água, exceto em situação de emergência e intermitência Portaria n º 2.914, de 12 de dezembro de 2011 Requisitos e padrões de qualidade Art. 13 Compete ao responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano: •exercer o controle da qualidade da água; • encaminhar à autoridade de saúde pública relatórios das análises dos parâmetros mensais, trimestrais e semestrais; Art. 16 A água proveniente de solução alternativa coletiva ou individual, para fins de consumo humano, não poderá ser misturada com a água da rede de distribuição. Portaria n º 2.914, de 12 de dezembro de 2011 Requisitos e padrões de qualidade Art. 15. Ao responsável pelo fornecimento de água para consumo humano por meio de veículo transportador, compete: •garantir que tanques, válvulas e equipamentos dos veículos transportadores sejam apropriados e de uso exclusivo para o armazenamento e transporte de água potável; •manter registro com dados atualizados sobre o fornecedor e a fonte de água; •garantir que o veículo utilizado para fornecimento de água contenha, de forma visível, a inscrição: "ÁGUA POTÁVEL" e os dados de endereço e telefone para contato. Portarian º 2.914, de 12 de dezembro de 2011 Requisitos e padrões de qualidade Dos laboratórios de controle e vigilância Art. 20. Compete aos responsáveis pelo fornecimento de água para consumo humano estruturar laboratórios próprios e, quando necessário, identificar outros para realização das análises dos parâmetros estabelecidos nesta Portaria. Art. 21. As análises laboratoriais para controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano podem ser realizadas em laboratório próprio, conveniado ou subcontratado, desde que se comprove a existência de sistema de gestão da qualidade, conforme os requisitos especificados na NBR ISO/IEC 17025:2005. - Manual de gestão de qualidade - POPs Portaria n º 2.914, de 12 de dezembro de 2011 Requisitos e padrões de qualidade Padrão de potabilidade de água Portaria n º 2.914, de 12 de dezembro de 2011 � Padrão microbiológico �Padrão de turbidez para água pós-filtração ou pré- desinfecção �Substâncias químicas que representam risco à saúde (inorgânicas, orgânicas, agrotóxicos, cianotoxinas, desinfetantes e produtos secundários da desinfecção) �Padrão de radioatividade para água potável �Padrão de aceitação para consumo humano Requisitos e padrões de qualidade � Turbidez �VMP para a água entrando no sistema de distribuição (1,0 uT) �VMP para pontos da rede de distribuição/desinfecção não comprometida (5,0 uT) �Concentração de oocistos de Cryptosporidium for maior que 3,0 oocistos/L a turbidez deve ser menor que 0,3 uT para assegurar eficiência de remoção de cistos de Giardia e oocistos de Cryptosporidium ou desinfecção eficaz; �VMP para a filtração lenta (1,0 uT) Padrão de potabilidade de água Portaria n º 2.914, de 12 de dezembro de 2011 Requisitos e padrões de qualidade Padrão de potabilidade de água Portaria n º 2.914, de 12 de dezembro de 2011 � Cianotoxina e cianobactérias � análise semanal de cianotoxinas na água de saída do tratamento e nas entradas (hidrômetro) das clínicas de hemodiálise se exceder a 20.000 cél/mL na água bruta; � análise mensal se o número se o número de células/mL na água bruta for inferior a 10.000 � vedado o uso de algicidas Requisitos e padrões de qualidade Evolução dos Padrões de Potabilidade Parâmetro 1977 (56/BSB) 1990 (36/GM) 2004 (Portaria 518/2004) Turbidez 5 uT 1 uT 1 uT* Cor 20 uH 5 uH 15 uH THM Não constava 0,1 mg/L 0,1 mg/L Arsênio 0,1 mg/L 0,05 mg/L 0,01 mg/L Toxina de algas Não constava Não costava 1 µg/L (microcistina)
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