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NOTAS DE AULA: ROTEIRO DE OBRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

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FACULDADE DE ENGENHARIA “CONS. 
ALGACYR MUNHOZ MAEDER” DE P.PPTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSTRUÇÃO CIVIL I 
 
(NOTAS DE AULA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARLINDO ALVES DE SOUSA JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presidente Prudente - SP 
2016 
 
 
 
FACULDADE DE ENGENHARIA “CONS. 
ALGACYR MUNHOZ MAEDER” DE P.PPTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSTRUÇÃO CIVIL I 
 
(NOTAS DE AULA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARLINDO ALVES DE SOUSA JUNIOR 
 
Trabalho Bimestral, apresentado a Faculdade 
Conselheiro Algacyr Munhoz Maeder, Curso 
de Engenharia Civil, Universidade do Oeste 
Paulista, para disciplina Construção Civil I. 
 
 
 
Professor: 
Ivan Salomão Liboni 
 
 
 
 
 
Presidente Prudente - SP 
2016 
RESUMO 
 
 
Construção Civil I 
 
 
 
Estas Notas de Aula, intituladas “Construção Civil I”, têm como objetivo apresentar um 
resumo do conteúdo programático da disciplina de mesmo nome para o Curso de 
Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia Conselheiro Munhoz Maeder de 
Presidente Prudente. 
 
 
Palavras-chave: Engenharia Civil. Construção. Gerenciamento. Obras. Estrutura. 
Fundações. Concreto. Lajes. Contrapiso. Alvenaria. Escoramentos. Canteiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Civil Construction I 
 
 
 
These Class Notes, titled “Civil Construction I”, aim to present a summary of the 
syllabus content of the discipline of the same name for the Civil Engineering Course of 
the Faculty of Engineering Conselheiro Munhoz Maeder, Presidente Prudente, São 
Paulo 
 
 
Keywords: Civil Engineering. Construction. Management. Construction. Structure. 
Foundations. Concrete. Slabs Underfloor. Masonry. Chisels. Construction site. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 6 
2 PROVIDENCIAS INICIAIS ................................................................................................................... 6 
2.1 Providencias para iniciar um projeto executivo. ........................................................................... 7 
2.2 Providencias para iniciar uma obra a partir de um projeto executivo já concluído. .................... 9 
3 DIMENSIONAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS ........................................................................... 10 
4 LOCAÇÃO DA OBRA ........................................................................................................................ 11 
5 FUNDAÇÕES ................................................................................................................................... 12 
6 ESTRUTURAS .................................................................................................................................. 14 
6.1 Formas ......................................................................................................................................... 14 
6.2 Armação ...................................................................................................................................... 16 
6.3 Concreto ...................................................................................................................................... 17 
7 EXECUÇÃO DAS LAJES .................................................................................................................... 18 
8 EXECUÇÃO DE CONTRA-PISO ......................................................................................................... 19 
9 ALVENARIA DE VEDAÇÃO .............................................................................................................. 19 
9.1 Blocos de Concreto ...................................................................................................................... 20 
9.2 Blocos Cerâmicos ......................................................................................................................... 21 
10 ALVENARIA ARMADA: BLOCOS DE CONCRETO .......................................................................... 22 
11 SISTEMA DRY-WALL: CONSTRUÇÃO A SECO ............................................................................... 23 
12 ESCORAMENTO ............................................................................................................................ 24 
13 MOVIMENTAÇÃO DE TERRAS ...................................................................................................... 26 
13.1 Terraplenagem Mecanizada ...................................................................................................... 27 
13.2 Operações básicas de Terraplanagem ....................................................................................... 28 
14 RECEBIMENTO DE MATERIAIS NA OBRA..................................................................................... 28 
14.1 Recebimento de Madeira .......................................................................................................... 29 
14.1.1 Madeiras Folhosas .................................................................................................................. 29 
 
14.1.2 Madeiras Coníferas ................................................................................................................. 30 
14.2 Recebimento de Concreto usinado ........................................................................................... 30 
14.3 Recebimento de Aço ................................................................................................................. 32 
15 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................. 33 
 APÊNDICE A: RELATÓRIO TÉCNICO DE SISTEMA DE RECEBIMENTO DE MATERIAL EM OBRA ..... 35 
 APÊNDICE B: I MARATONA DE PALESTRAS DE ENGENHARIA CIVIL .............................................. 40 
 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 51 
 
 
 
6 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O setor da construção civil é considerado, e reconhecido, como um 
eficaz “termômetro” socioeconômico de uma cidade, de um estado ou mesmo até de 
um país, pois é ele que indica, quando analisado corretamente, o quanto estável 
financeiramente aquela sociedade esteve, está e estará pelos próximos 5 anos, em 
média. Seja em escala municipal, estadual ou nacional, uma sociedade que vive num 
canteiro de obras em crescimento constante, é uma sociedade em constante 
crescimento. 
 Partindo deste pressuposto, destaca-se o perfil dos profissionais da 
Construção civil, desde o estagiário do Auxiliar de limpeza até o mais importante cargo 
de Diretor executivo de uma multinacional, que abrange todas as classes 
socioeconômicas de uma sociedade, subentendendo assim, que talvez seja este o 
motivo pelo qual sua importância se destaca na economia de uma comunidade, afinal 
se uma obra para, todos são prejudicados. 
 Como um titereiro que dá vida aos seus bonecos, ou como um maestro 
que conduz sua orquestra, o Gerente de obra ocupa uma posição de centralizador da 
administração, organização, desenvolvimento e qualidade de toda a obra, assumindo 
para si tal responsabilidade do início ao fim de todo o processo. Este resumo abordará 
informações direcionadas aos egressos no mercado de trabalho que, mesmo sem 
experiência prática adquirida, precisam enfrentar os desafios de umaobra de forma 
prática e eficaz. 
 Devido à complexidade e grande abrangência do tema proposto, este 
trabalho não pretende ter um caráter de manual técnico, mas sim elaborar um guia de 
planejamento baseado, exclusivamente, no conteúdo programático da disciplina 
Construção Civil I, ministrada pelo Professor Ivan Salomão Liboni para o curso de 
Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia Conselheiro Munhoz Maeder de 
Presidente Prudente, São Paulo. 
 
2 PROVIDENCIAS INICIAIS 
 
 Para dar início a qualquer processo construtivo de fato, seja ele 
pequeno, médio ou grande, primeiro o Engenheiro deverá elaborar um Levantamento 
7 
 
de informações técnicas e burocráticas a respeito de tudo que estiver ao seu alcance 
referente ao projeto e ao terreno em questão. 
Estas providencias asseguram que o início da obra ocorra da maneira 
mais objetiva e econômica possivel, evitando assim desperdícios de tempo e de 
dinheiro. 
Tais ações se dividem em dois subgrupos menores de tempo, sendo o 
primeiro deles referente ao período anterior a elaboração do projeto e o segundo entre 
o projeto e o início da obra propriamente dita. 
 
2.1 Providencias para iniciar um projeto executivo. 
 
Para conseguir iniciar qualquer projeto executivo, o Engenheiro 
precisará da planta topográfica do terreno ao qual se pretende realizar a construção 
da obra. Devido a globalização da tecnologia, este tipo de documento é relativamente 
fácil de se obter visto que, hoje em dia, as empresas se beneficiam da utilização de 
Softwares avançados de levantamento planialtimétrico para a elaboração do seu 
trabalho. 
Mesmo se o projeto planialtimétrico já existir, e/ou a contratação de uma 
empresa especializada para a elaboração de um novo desenho for dispensada, é 
preciso que o Engenheiro confira as informações já registradas com as características 
reais do terreno realizando visitas in loco focadas em verificações de medidas e 
proporções. 
As visitas deverão servir para que o Engenheiro registre informações 
como a posição do terreno em relação ao seu entorno físico, verificando as relações 
existentes entre os lotes e prédios vizinhos, vias de acesso, Infraestrutura urbana 
disponível (água, esgoto e energia), parques, praças públicas e qualquer outro 
elemento existente que possa influenciar e/ou intervir nas decisões importantes da 
concepção do projeto executivo. Para entender a importância desta percepção 
espacial, basta imaginar uma piscina projetada sob uma área que não recebe 
incidência solar devido ao prédio vizinho que projeta sua sombra sobre a área ao longo 
de todo o dia. 
A mesma atenção deve acontecer em relação a orientação solar do 
terreno pois questões do tipo: “para onde aponta o Norte?” são extremamente 
importantes, e essenciais, na concepção de qualquer projeto. Um exemplo é a 
8 
 
disposição dos dormitórios em uma planta residencial. O correto seria dispor estes 
cômodos, caracterizados como áreas de descanso, direcionados a Leste por se tratar 
da orientação onde ocorre o “nascer do sol”. 
Com todas estas informações organizadas e processadas, o Engenheiro 
deverá visitar todos os órgãos públicos que possuírem qualquer tipo de vínculo 
legislativo com o terreno em especifico. O principal, na maioria das cidades, se 
encontra na Prefeitura Municipal e é denominado como Secretaria Municipal de obras. 
Toda cidade possui suas particularidades e, por consequência, uma 
identidade de zoneamento urbano própria. A delimitação dos limites físicos entre uma 
zona urbana para outra se dá através do estudo profundo sobre o urbanismo local e, 
desde 2004 com a criação do Estatuto da Cidade pelo Governo Federal, se apresenta 
como parte integrante do Plano Diretor em formato de Lei, ou seja, o terreno em 
questão, além de possuir influencias do seu entorno e características físicas 
especificas, pertence a uma Zona Urbana que estabelece diretrizes projetuais e 
construtivas que restringem, e controlam, qual uso aquele solo terá e, ainda, qual a 
forma que ele deverá ser ocupado. 
O Engenheiro ter o domínio destas informações é tão essencial quanto 
um padre deve saber rezar a oração do Pai nosso. Um exemplo recente, relacionado 
ao prejuízo que pode acontecer caso um projeto executivo nasça desrespeitando os 
índices urbanísticos estabelecidos pela sua zona urbana, ocorreu na cidade de 
Salvador na Bahia em meados de novembro de 2016. 
O caso teve repercussão nacional e resultou, inclusive, na queda de dois 
políticos, então Ministros, em menos de uma semana. Na ocasião, o ex-Ministro 
Geddel Vieira Lima (Secretaria do governo federal) foi acusado pelo ex-Ministro da 
Cultura, Marcelo Calero, de pressiona-lo a aprovar um empreendimento que havia 
sido embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por 
apresentar irregularidades referentes ao seu coeficiente de aproveitamento do solo. 
Em resumo, o prédio residencial foi projetado em uma área tombada da cidade e sua 
construção poderia gerar sombreamento a um patrimônio que data do século 16 e 17. 
O Iphan justificou que o empreendimento poderia atingir apenas 11 pavimentos dos 
31 que já haviam sido vendidos, sendo o ex-Ministro Geddel proprietário de uma das 
unidades mais altas do edifício. 
Entendida a importância desta primeira etapa, conclui-se que todo e 
qualquer projeto executivo é, na verdade, o resultado obtido a partir do processamento 
9 
 
mutuo dos diversos tipos de variáveis existentes que condicionaram sua criação e que 
garantiram sua mais eficaz versão de qualidade, prazo e investimento de capital. 
 
2.2 Providencias para iniciar uma obra a partir de um projeto executivo já 
concluído. 
 
Com o projeto executivo definido e aprovado, o Engenheiro deverá 
providenciar tudo que for necessário para conseguir iniciar a construção de fato do 
empreendimento. Primeiro de tudo, ele deverá comunicar aos órgãos competentes o 
início da obra através do preenchimento do formulário próprio devidamente assinado 
pelo Responsável Técnico (RT) que deverá apresentar um comprovante de 
pagamento referente ao seu ISS, ou da empresa contratada, uma cópia do alvará de 
construção obtido da aprovação do projeto perante a Prefeitura e, por fim, a anotação 
de responsabilidade técnica junto ao CREA do estado que também é conhecida como 
ART. Feito isso, uma placa (com metragem mínima igual a 1 m²) deverá ser fixada em 
local de destaque no terreno com todas as informações básicas disponíveis, como o 
endereço e o número do CREA do RT. 
Somente os profissionais licenciados pelos CREA’s podem exercer a 
responsabilidade técnica de uma obra, sendo que, qualquer tipo fraude de assinatura, 
ou similar, se caracteriza como crime havendo chance do profissional perder seu 
registro perante o conselho e nunca mais poder atuar como Engenheiro Civil. 
Feito isso, o Engenheiro deverá garantir que o terreno fique limpo e livre 
para a realização da devida implantação prevista. Avaliar se existem construções a 
serem demolidas, arvores indesejadas, movimentações de terra necessárias e 
qualquer outro tipo de condicionante que apresente ser um obstáculo para a 
construção correta do empreendimento almejado. 
Cada item abordado anteriormente possui uma grande quantidade de 
especificações técnicas que estabelecem quais são os métodos corretos de execução 
de cada serviço especifico. Cortar uma árvore sem a autorização da Secretaria 
Municipal e do Meio Ambiente, por exemplo, pode resultar em multa em diversas 
cidades brasileiras. Para conseguir a aprovação para o corte de arvores, basta levar 
o projeto do empreendimento aprovado até a secretaria responsável e solicitar pela 
mesma. O casoserá avaliado e sempre contará com uma solução. 
10 
 
Caso o obstáculo seja uma casa a ser demolida, a ação deverá ser 
executada por um profissional/empresa especializado e que, obrigatoriamente, 
assuma a responsabilidade técnica pela demolição. É necessário elaborar um 
Registro fotográfico da situação anterior a demolição, principalmente nas construções 
vizinhas sujeitas as possíveis trepidações que surgirão, e verificar as condições de 
equilíbrio da estrutura a ser demolida. O objetivo é zerar as possibilidades de 
acidentes de trabalho reunindo o máximo de informação possivel e disponível. 
 Com o terreno limpo, livre, regularizado e devidamente identificado e 
protegido, o Engenheiro conseguirá prosseguir para a próxima etapa do serviço que 
consiste em montar uma instalação provisória segura, eficiente e principalmente 
funcional que servirá como base de apoio operacional para toda a obra. Esta 
instalação provisória é denominada como Canteiro de Obras e seu correto 
dimensionamento é regido por norma técnica estabelecida pelo Ministério do 
Trabalho. 
 
3 DIMENSIONAMENTO DO CANTEIRO DE OBRAS 
 
 Para dimensionar um canteiro de obras, o Engenheiro deverá ter 
domínio pleno das necessidades relacionadas aquela obra e naquele terreno. É o 
porte da obra que especifica, por exemplo, quantos depósitos existirão no canteiro e 
onde eles estarão localizados, quais são as salas necessárias para apoio técnico-
administrativo e onde serão locadas, quantos chuveiros deverão ser instalados, 
quantos metros quadrados deverão ser destinados como refeitório e/ou área de lazer, 
a necessidade de se instalar dormitórios ou lavanderia, enfim, quais seriam as 
instalações mínimas necessárias não apenas para o bom desenvolvimento da obra, 
mas também para garantir o mínimo de segurança e conforto aos seus trabalhadores 
envolvidos? 
 O Ministério do trabalho respondeu a esta pergunta quando elaborou a 
Norma regulamentadora NR18 que apresenta diretrizes relacionadas as medidas de 
controle no meio ambiente da Indústria da construção civil. Nesta norma, é possivel 
encontrar todas as exigências mínimas relacionadas aos mais diversos tipos de Obra. 
 Em obras de médio ou grande porte, por exemplo, deverão ser previstas 
no mínimo três salas de apoio técnico-administrativo, sendo uma para o Engenheiro, 
outra para o Mestre de Obra e a terceira para ser dividida entre os demais 
11 
 
encarregados. Cada sala deverá possuir banheiro privativo e dimensões que 
possibilitem o trabalho corporativo que o espaço requer. 
 Os sanitários devem prever 01 conjunto de lavatório, vaso e mictório 
para cada grupo de 20 trabalhadores e 01 chuveiro para cada grupo de 10. Os 
vestiários devem prever armários com cadeados individuais e bancos para seus 
usuários. Os alojamentos são necessários apenas em regiões onde os trabalhadores 
foram deslocados pela empresa para a realização daquele serviço especifico, e o 
refeitório deve prever cerca de 1 m² por trabalhador para seu local de refeição. 
 É com este nível de detalhamento que a norma regulamentadora NR18 
estabelece diversas outras diretrizes, como por exemplo sobre como deve ser a 
instalação elétrica do canteiro, que mesmo provisória, deve estar protegida contra 
impactos mecânicos e nunca deixar sua fiação desprotegida. 
 Com a finalização do canteiro dentro das diretrizes estabelecidas pela 
norma vigente para a obra em questão, todas as equipes já possuem condições de se 
organizarem para a próxima etapa que consiste em marcar no terreno as primeiras 
projeções do prédio que será construído. 
 
4 LOCAÇÃO DA OBRA 
 
 A expressão “locar a obra” representa o ato de desenhar no terreno as 
primeiras projeções do prédio que será construído a uma escala 1:1, ou seja, em 
tamanho real de implantação. O procedimento é bem simples, porém extremamente 
importante, trata-se da instalação de um contorno em madeira ao redor da 
implantação do prédio que, com a ajuda de pregos e linhas, delimitará todos os eixos 
das futuras paredes. Este elemento é conhecido como gabarito. 
 Para isso, antes o Engenheiro deverá começar representando os eixos 
principais da fundação, sempre com base nos projetos existentes (implantação, 
fundação, arquitetura, etc.), usando como referência qualquer elemento existente no 
local (alinhamento da rua, postes, muro do vizinho, etc.). Através do uso de teodolito 
e piquetes, cavaletes, tabeleiras ou tábuas corridas, os demais pontos deverão ser 
representados da mesma forma. O resultado será uma malha de eixos que servirá de 
base para todo o restante da obra. 
 
12 
 
5 FUNDAÇÕES 
 
 As fundações são os primeiros elementos de qualquer estrutura e podem 
ser classificadas através de sua profundidade ou de como transfere sua carga para o 
solo. As Fundações diretas são aquelas que transferem a sua carga diretamente da 
sua base para o solo, enquanto nas Fundações indiretas isso se dá pelo atrito lateral 
e não diretamente. As Fundações rasas, ou superficiais, possuem até 2m de altura, 
enquanto as Fundações profundas possuem valores acima de disso. 
 Portanto assim, é possivel fazer combinações e existir Fundações 
Diretas e rasas (que é o caso dos Alicerces, das sapatas e o radier); e também existir 
Fundações Diretas e profundas (que seriam os Tubulões a céu aberto ou mesmo os 
a ar comprimido); porem existe apenas Fundações Indiretas profundas (que seriam 
as Estacas), não existindo indiretas rasas. 
 A escolha do tipo de fundação irá depender do tipo de solo do terreno, 
dos carregamentos (intensidade e se são pequenos ou altos edifícios); da vibração 
causada pelo processo; da “Cultura do local”; dentre outros. Para identificar presença 
de lençol freático no local, uma sondagem deverá ser feita com a construção de poços 
exploratórios com ɸ ≈ 1m. A sondagem também serve para identificar a capacidade 
de suporte do solo, e pode ser do tipo Ensaio de penetração contínua (E.P.C); do tipo 
ensaio de palheta; ou Standard Penetration Test (S.P.T). 
 Para cargas baixas, os tipos mais comuns de fundações são as do tipo 
blocos e alicerces (não armado); sapatas corridas (distribuída); sapatas isoladas 
(concentrada); sapatas associadas; radiers e brocas. Para as cargas médias, os tipos 
mais comuns são as Brocas; as Strauss; o Trado mecânico; e a Pré-moldada. 
Para construir Blocos ou alicerces, ou seja, um dos primeiros exemplos 
para pequenas cargas e que são mais usuais em casas térreas e em terrenos 
resistentes a pequenas quantidades, primeiro deve-se abrir valas no solo que sejam 
mais largas que o próprio bloco; feito isso, deve-se fazer uma inspeção destas valas 
para analisar a existência de poços, fossas ou até mesmo formigueiros que possam 
atrapalhar na execução da fundação. Em seguida é realizado o apiloamento do fundo 
(com soquete ou sapo mecânico); e depositado um lastro de concreto magro seguido 
de outra camada de brita. O Lastro servirá para auxiliar a distribuição dos esforços e 
a brita na drenagem de impermeabilização. 
13 
 
Para construir fundações do tipo Sapatas, primeiro deve-se identificar 
qual a tipologia da mesma, logo que existem Sapatas corridas (cargas lineares), 
Sapatas isoladas (pilares: cargas pontuais) e as Sapatas alavancadas (elementos em 
divisa de terrenos, vigas de equilíbrio). Estabelecido isto, o procedimento permanece 
semelhante ao relacionado a execução de blocos, ou seja, primeiro abre-se rasgos no 
solo, mais conhecidos como valas, que devem possuir largura maior que as sapatas. 
Nestas valas serão montadas formas de madeira onde a armação da fundação será 
instalada e em seguida despejado o concreto. Após sua cura, a sapata deverá serimpermeabilizada antes de receber a fiada de embasamento que também deverá ser 
impermeabilizada sob o mesmo processo (película polimérica) 
 O outro tipo de fundação mencionado foi o Radier e sua construção de 
dá em terrenos nivelados e com capacidade de carga. Trata-se de uma laje sobre o 
solo, portanto, primeiro prepara-se a base com lastro de brita para em seguida colocar 
a armadura e espaçadores. Para se obter uma qualidade satisfatória, recomenda-se 
a utilização de aparelho e régua graduada de nivelamento neste processo. Antes da 
concretagem, fixar todas as instalações elétricas de piso mais as instalações 
Hidrossanitárias. 
 A execução de uma fundação do tipo broca nada mais é do que uma 
estaca escavada com trado manual e preenchida com concreto, é preciso tomar 
cuidado ao preencher a perfuração para não ocorrer mistura do concreto com o solo 
e sempre manter seu nível inferior acima de lençóis freáticos. 
 A execução estaca tipo Strauss ocorre em terrenos de menor 
capacidade e média intensidade de carga. É classificada como fundação profunda, 
podendo atingir até 24 m de profundidade com- ɸ = 30 a 45 cm (usual). Sua 
capacidade é de 30 a 60 toneladas em solos coesos (onde as partículas estão 
juntas/ligadas). Como a anterior, também deve manter seu nível inferior cima do lençol 
freático; e a perfuração se dá por percussão. 
 E por fim as estacas pré-moldadas de concreto que são utilizadas para 
cargas elevadas sendo o único trabalho a perfuração do solo que será feita por bate-
estacas. 
 Os Baldrames são os elementos responsáveis pela interligação entre a 
superestrutura e a infraestrutura do edifício. Sua execução também é feita através de 
formas de madeira e concretagem convencional. 
 
14 
 
6 ESTRUTURAS 
 
 Ao esclarecer alguns métodos de execução no capítulo anterior, ficou 
nítido aos mais atentos que, para executar qualquer tipo de estrutura, o Engenheiro 
deverá passar por 03 processos consecutivos. Primeiro ele deverá construir as fôrmas 
necessárias (1), para em seguida instalar a armação projetada (2); e por fim concretar 
o elemento. 
 
6.1 Formas 
 
As fôrmas são estruturas provisórias, normalmente de madeira, que dão 
forma e suporte aos elementos de concreto até sua solidificação. Também podem ser 
metálicas e mistas, combinando elementos de madeira com peças metálicas, 
plásticos, papelão e pré-moldados. 
Podem ser do tipo convencional (pequenas obras particulares); 
moduladas (obras repetitivas e edifícios altos); trepantes (torres, barragens e silos); 
deslizantes verticais (torres e pilares altos de grande seção); e deslizantes horizontais 
(barreiras, defensas e guias). 
Geralmente são de madeira pois, além da mão-de-obra ser 
relativamente fácil (carpinteiro); o uso de equipamentos é pouco complexo e mais 
barato (serras manuais e mecânicas, furadeiras, martelos, etc.). Sua resistência a 
impactos e manuseio é boa (transporte e armazenagem) e se classifica como material 
reciclado e possível de der reutilizado. 
As restrições ao uso da madeira se refere ao tipo de obra e condições 
de uso, como sua pouca durabilidade; pouca resistência nas ligações e emendas; 
grandes deformações quando submetida a variações bruscas de umidade; e ser 
inflamável. 
 As fôrmas de tábuas podem ser de pinho, cedrinho, jatobá, cambara, 
eucalipto e pinus (não recomendado). Normalmente, as tábuas são utilizadas nas 
fôrmas como painéis e de fundo dos elementos a concretar. As fôrmas de chapas 
compensada normalmente são usadas em substituição às tábuas nos painéis das 
fôrmas dos elementos de concreto armado. São apropriadas para o concreto 
aparente, apresentando acabamento superior do que com painéis de tábuas. 
15 
 
 Em obras correntes é comum usar chapas resinadas por serem mais 
baratas, em obras onde requer melhor acabamento, as recomendadas são as de 
chapas plastificadas (maior custo, porém maior número de reaproveitamento). 
Quando for utilizar painéis de chapas de compensados para moldar paredes, vigas 
altas, pilares de grandes dimensões e lajes, deve-se reforçar as chapas, obtendo um 
melhor rendimento pelo aumento da inércia da chapa. Para isso pode-se utilizar 
reforços de madeira, peça metálica ou mistos dos dois. 
As fôrmas metálicas possuem diversas espessuras, dependendo das 
dimensões e dos esforços e resistir. São indicadas para a fabricação de elementos de 
concreto pré-moldados, com fôrmas permanecendo fixas durante amarração, 
lançamento, adensamento e cura. Os elementos mais usados são as escoras e os 
travamentos. Embora mais caros, são mais duráveis. 
As fôrmas mistas geralmente são compostas de painéis de madeira com 
travamento e escoramento metálicos e têm durabilidade quase infinita, enquanto a de 
madeira se restringe a uma obra, ou aproveitamento em outras. 
As fôrmas de pilares necessitam de maior atenção na transferência dos 
eixos do piso anterior para a laje em execução e do nível (garantir a geometria da 
obra). Já as fôrmas de vigas podem ser lançadas após a concretagem dos pilares ou 
no conjunto de fôrmas pilares, vigas e lajes para serem concretadas ao mesmo tempo. 
O escoramento de madeira (pontaletes) é composto por peças de 
madeira que são colocadas na vertical para sustentar os painéis de lajes e de vigas. 
São muito utilizadas escoras de eucalipto. Possui seção quadrada: (mínimo) de 2x2 
para madeiras duras e 3x3 para madeiras menos duras. 
O escoramento metálico se constitui por escoras metálicas que são 
pontaletes tubulares extensíveis com ajustes a cada 10 cm, com chapas soldadas na 
base para servir como calço. Podem ter no topo também uma chapa soldada ou uma 
chapa em U para servir de apoio as peças de madeira (travessão ou guia). 
 A retirada das fôrmas e do escoramento somente poderá ser feita 
quando o concreto estiver suficientemente endurecido para resistir aos esforços que 
nele atuarem. Sempre utilizar pessoal capacitado para o serviço, e deve ser feita de 
forma progressiva afim de evitar fissuras e trincas. Deve-se evitar o uso de materiais 
que danifiquem as fôrmas ou a superfície do concreto. 
16 
 
 Para saber qual o tempo correto de cura, o Engenheiro poderá se basear 
nas especificações disponíveis na norma vigente e que relacionam o produto com 
suas especificações estruturais. 
 
6.2 Armação 
 
A fase da armação das estruturas, ou colocação das ferragens, é uma 
das mais importantes, devendo o Engenheiro-supervisionar com muita atenção a sua 
execução do início ao fim. Em paralelo, deve-se instalar os embutidos elétricos e 
hidrossanitários (tubulação de água, eletrodutos, etc.). 
Nem toda obra exige um projeto estrutural, portanto pode ser que fique 
na responsabilidade do engenheiro fazer o dimensionamento dos elementos 
estruturais, inclusive as definições de projetos de armadura. Projetos estruturais 
referentes a armaduras devem ser bem detalhados, para evitar qualquer problema 
posterior (o que pode trazer consequências desastrosas). O projeto deve fornecer 
informações como: 
a. Seções e comprimentos dos elementos de concreto armado (fôrmas e armaduras); 
b. Desenho detalhado das peças estruturais; 
c. Definição das bitolas do aço; 
d. Espaçamentos entre as barras de aço; 
e. Definição de cobrimentos, esperas, emendas ou transpasse; 
f. Pranchas contendo: planta de locação de estacas; planta de fôrma dos blocos e vigas 
de fundação; planta de fôrmas dos pavimentos; detalhamento das vigas, lajes, pilares, 
escadas etc. 
g. Volume de concreto e área de fôrmas; 
h. Tabela do aço (posição do aço, comprimentos e pesos parciais e global). 
Os procedimentos preliminares na execução das armaduras se dividem 
em Aquisição doaço; Fiscalização do produto; Preparação da área para o manuseio 
do aço; e Contratação da mão-de-obra para os trabalhos de armação. 
O aço é utilizado na construção civil de acordo com suas características 
mecânicas e seu processo de fabricação (laminação a quente, encruamento por 
deformação a frio ou trefilação fio-máquina). De acordo com a norma NR 7480/96, as 
barras de aço de todos os tipos, com diâmetro de 10mm ou mais, deverão apresentar 
17 
 
marcas de laminação em relevo identificando a marca do fabricante, a categoria do 
material e seu diâmetro. 
O corte dos ferros, que já foi feito de diversas maneiras, atualmente é 
feito com serra de corte (disco de corte) e sua dobra é feita por meio de maquinas 
especializadas no serviço. A armação é realizada depois do corte e dobra do aço e 
em seguida levados para as fôrmas para a montagem final. No caso de armaduras de 
pilares e vigas, deve-se instalar na fôrma já com as pastilhas para evitar dificuldades 
posteriores. 
 
6.3 Concreto 
 
 A concretagem é a etapa mais importante do ciclo de execução, portanto 
é essencial a presença constante do Engenheiro na obra, pois a necessidade de 
correção das patologias ocorridas nas estruturas provocadas por falta de cuidados 
nesta fase de concretagem pode implicar em perda de reputação, dinheiro, etc. 
A liberação da concretagem se dá após verificar as condições da obra e 
se todos os serviços já executados estão dentro dos planos e prontos para receber o 
concreto. Se o concreto for usinado, deve-se exigir a nota fiscal contendo todas as 
informações sobre o concreto e seus componentes; se for misturado manualmente, 
estar ciente de que sua qualidade é considerada razoável e sem garantia alguma de 
resistência; 
A Mistura do concreto com betoneira deve ser de no mínimo 3 minutos 
e a disposição dos componentes deve seguir a seguinte ordem: Primeiro adicionar a 
água, depois o agregado graúdo (brita), depois o cimento e por último o agregado 
miúdo (areia). 
O concreto usinado é obtido em concreteiras, sendo que a mistura é feita 
no próprio caminhão durante o trajeto até a obra. Se a obra for de grande porte, a 
central pode fazer a mistura e depois transportar o material. O transporte desse 
concreto é feito por bombas (empurra o concreto através de uma tubulação metálica) 
podendo vencer grandes alturas e distâncias, além de transportar mais volume em 
menos tempo. 
O adensamento do concreto (feito logo após seu lançamento nas 
fôrmas) serve para retirar o ar do material tornando-o mais compacto. Em geral, são 
18 
 
usados vibradores de imersão e de superfície (que devem ser aplicados sempre na 
vertical) e réguas vibratórias para o acabamento final. 
Quanto a sua cura, para evitar a secagem muito rápida do concreto e 
consequentemente o aparecimento de fissuras e redução de resistência, é necessário 
iniciar a cura úmida do concreto. Os pilares e vigas deverão ser molhados 
continuamente durante 7 dias; nas lajes e nos pisos sempre manter uma lamina de 
água sobre a superfície concretada e espalhar areia, serragem ou sacos sobre a 
superfície mantê-los umedecidos. 
A desfôrma do concreto deve ser planejada para evitar o aparecimento 
de tensões. As falhas ocorridas na concretagem aparecem depois da desfôrma e 
mostra a falta de cuidados durante as outras fases. 
 
7 EXECUÇÃO DAS LAJES 
 
Assim como em todas as etapas de uma obra, nesta fase o engenheiro 
deve ter em mãos todas os documentos e projetos referentes à obra, as normas da 
NR 18 e nota fiscal de fornecimento do concreto. Para iniciar o serviço de concretagem 
das lajes, as taliscas deverão estar devidamente posicionadas nos locais definidos no 
projeto de detalhamento da laje (espaçamento mínimo de 2m entre elas), os gabaritos 
posicionados, e o planejamento deve ser feito de forma que o lançamento do concreto 
termine na caixa de escada ou no acesso de saída da laje. 
No lançamento do concreto deve-se remover as taliscas, sarrafear o 
concreto entre as mestras e desempenar com madeira. Em seguida, verificar o 
nivelamento da laje a cada 50cm de superfície. Após o desempeno com madeira, 
aguardar cerca de uma hora para proceder o alisamento da superfície com o rodo-
float. 
Quando iniciada a cura do concreto, proceder com acabamento final e 
remover os gabaritos para reaproveitamento em outras lajes. O adensamento e a cura 
do concreto seguem as mesmas condições citadas no capítulo anterior, adicionando 
que, na cura, deve-se evitar o transito de pessoas ou impactos fortes sobre a laje nas 
primeiras 12 horas. 
 
 
19 
 
8 EXECUÇÃO DE CONTRA-PISO 
 
O contra-piso é uma camada de argamassa executada sobre uma base, 
que pode ser a laje de um pavimento ou um lastro de concreto (quando aplicado sobre 
o solo), e sua principal função é regularizar a superfície para receber o piso de 
acabamento final. Nas áreas molhadas (banheiros, cozinhas, áreas de serviço) deve 
apresentar caimento referente a inclinação necessária para o devido escoamento da 
água. Sua argamassa deve ser seca, com consistência de “farofa”, ou seja, a 
consistência de quando se aperta um punhado de argamassa na mão formando um 
“bolo” sem escapar pelos dedos. 
 A base deve estar completamente limpa e lavada, devendo ser 
removidos todos os restos e crostas de argamassa ou concreto eventualmente 
existentes. 
Após a regularização e limpeza da superfície, inicia-se o taliscamento 
que é o processo onde as taliscas são fixadas nos cantos do ambiente, deixando-as 
niveladas, com espessura entre sua superfície e a base de aproximadamente 2,5 cm 
no ponto mais baixo, usando para isso a mangueira ou o aparelho de nível. 
Em seguida, fixar as taliscas intermediárias, com distâncias entre 1,50 e 
2,00 m entre elas para depois fazer as guias, de forma semelhante ao feito para o 
emboço. O polvilhamento com cimento da base deve ocorrer antes de preencher as 
guias, a quantidade é de 0,5 kg de cimento por m2. 
Na execução das guias, primeiro deve-se preencher com argamassa o 
espaço entre duas ou mais taliscas que estiverem na mesma direção, deixando as 
guias com o mesmo nível das taliscas. Após o preenchimento, compactar as guias 
com compactador de madeira. O enchimento do piso ocorre após a execução das 
guias, e consiste em espalhar a argamassa na área entre duas guias e em seguida 
compactá-la. Após a compactação sarrafear a área com régua, deixando o piso com 
o mesmo nível das guias para então polvilhar e desempenar do contrapiso final. 
 
9 ALVENARIA DE VEDAÇÃO 
 
Para alvenaria de vedação, os blocos podem ser cerâmicos ou de 
concreto; para assentamento, com utilização de argamassa, que pode ser 
industrializada ou não. No caso de não ser industrializada, são usadas padiolas de 
20 
 
madeira para dosagem; para fabricação de vergas e contra-vergas utiliza-se concreto; 
escova de aço; vassoura; prumo de face; nível de bolha; trena metálica; metro 
articulado; colher de pedreiro; bisnaga para aplicação de argamassa; régua de 
alumínio; esquadro de alumínio; desempenadeira; cimento; areia média peneirada; 
água; resina PVA; broxa; linha de náilon; eletrodutos de PVC, etc. 
 
9.1 Blocos de Concreto 
 
Conforme já mencionado anteriormente, para iniciar esta fase o 
Engenheiro deverá ter em mãos todos os projetos relacionados à obra, tais como 
projeto de arquitetura, de estrutura, de instalações elétricas, de impermeabilização, 
de esquadrias, de alvenaria e ainda a NR-18, onde constam normas a serem seguidas 
na construção. 
O primeiro passo é limpar o local (remoção de resíduos); lavar com água 
e escovar com escova de aço as superfícies de concreto a serem chapiscadas; 
executaro chapisco sobre a estrutura de concreto que ficará em contado com a 
alvenaria com antecedência de 72 horas. Esse chapisco pode ser feito com rolo ou 
desempenadeira; deve-se também varrer cuidadosamente e borrifar água com o 
auxílio de uma broxa; distribuir os blocos da 1º fiada de marcação, sem argamassa, 
para verificar e corrigir possíveis falhas de posicionamento. 
Feito isso, os blocos deverão ser dispostos um em cada extremidade, 
aplicando argamassa entre a face dos blocos e a face dos pilares e interligados por 
uma linha de náilon entre as galgas do vão; as juntas horizontais devem ter espessura 
de 8 a 14 mm e recomenda-se que a alvenaria seja fixada com bisnaga utilizando a 
argamassa com o mesmo traço utilizado no assentamento (espessura do vão: 1,5 a 
3,5 cm); 
A alvenaria também pode ser fixada através de encunhamento, feito com 
tijolos maciços inclinados ou argamassa expansivas; a execução da fixação deve ser 
retardada o máximo possível, iniciando o serviço pela alvenaria dos pavimentos 
superiores em direção aos inferiores. 
 
 
 
21 
 
9.2 Blocos Cerâmicos 
 
As alvenarias de vedação destinam-se apenas para preenchimento de 
espaços entre componentes da estrutura e não resistem a esforços verticais além de 
seu peso próprio. São utilizadas tanto para áreas internas como externas e sua função 
não é apenas de divisão de espaços, tem também a característica de desempenho de 
durabilidade, resistência à ação do fogo e comportamento termo acústica, entre 
outros. 
O cálculo para as dimensões tanto para altura quanto para largura, será 
imposta por elementos de contraventamentos, sendo que estes estão em razão de 
cargas provenientes da ação do vento, ou de impactos acidentais. Os principais 
elementos contraventantes são comprimento (pilares, enrijecedores e paredes 
transversais) e altura da parede (vigas, lajes e contas de amarração). 
Os trechos contínuos de paredes muito extensas devem ser limitados, 
principalmente paredes de fachadas. Para evitar riscos de fissuração, em função de 
contrações ou dilatações, utiliza-se juntas de controle na alvenaria que podem ser 
calafetadas com material deformável, recebendo selante flexível a base de silicone ou 
poliuretano, com altura de 10 a 15mm. Se houver junta de movimentação na estrutura, 
deverá haver na parede uma junta correspondente, não havendo junta de 
movimentação, a junta de controle deverá ser executada com largura de 
aproximadamente 20mm. 
Para possibilitar a movimentação da junta e assegurar a vinculação nos 
trechos separados pela junta de controle, são instalados ferros com 5mm de diâmetro 
a cada duas fiadas de altura e 40 cm de comprimento. 
Recomenda-se utilizar 3 fiadas de tijolo maciço na base da parede para 
facilitar a fixação de rodapés de madeira, ou no topo da parede para facilitar a fixação 
de cortineiros. Nas extremidades, encontro com pilares ou marco de portas e janelas, 
poderá utilizar ½ bloco cerâmico ou tijolos maciços de barro cozido. 
Os blocos cerâmicos, conhecidos como “tijolo baiano”, são fabricados 
com argilas e conformados por extrusão, suas dimensões são padronizadas, e 
geralmente possuem furos retangulares ou circulares. 
Os blocos com furos retangulares têm resistência a compressão igual ou 
maior que 25kgf/cm², já os blocos com furos circulares em torno de 10kgf/cm². Para a 
22 
 
execução de fachadas de edifícios altos, sujeitos á ação de ventos fortes, recomenda-
se o emprego de blocos com furos retangulares. 
A argamassa empregada no assentamento de blocos cerâmicos deverá 
ser plástica (gorda) e ter consistência para suportar o peso dos blocos, ter boa 
capacidade de retenção de água, além de promover forte aderência com os blocos 
cerâmicos. Sua areia deve ser de rio lavada, de granulometria média, utilizar água de 
amassamento potável e cal virgem ou hidratada. Pode empregar-se saibro na 
preparação da argamassa, sendo a dosagem dessa argamassa relaciona-se a 
qualidade do saibro, o que resulta geralmente em 1:4:4 (cimento, saibro e areia). 
O cimento empregado na argamassa deverá ser Portland comum CP 
250, na falta deste, pode-se utilizar CP 350, POZ 250 ou POZ 320 (Cimento Portland 
Pozolânico, ou ainda o AF 320 (Cimento Portland de Alto Forno). Pode-se empregar 
também o cimento AL (para alvenaria) com um traço de volume 1:5 (cimento Al e 
areia). 
As paredes em contato com a fundação deverão ter suas bases 
impermeabilizadas com argamassa impermeável ou emulsão asfáltica. A alvenaria 
ainda receberá revestimento com a mesma argamassa até 60cm de altura em relação 
ao piso externo e 15cm em relação ao piso interno. 
 
10 ALVENARIA ARMADA: BLOCOS DE CONCRETO 
 
Até o advento das estruturas de aço e do concreto armado, a alvenaria 
reinou soberana como solução estrutural na construção civil. Hoje podemos usar esse 
sistema em que as paredes são feitas por blocos de concreto que, além de vedar a 
casa, formam a estrutura da construção e suportam a carga do peso das próprias 
paredes, da laje, da cobertura e da ocupação (pessoas, móveis, objetos da casa). 
Dentre as várias vantagens destaca-se a diminuição do uso de formas, de aço, de 
entulho, e evita rasgos na alvenaria. 
Um dos princípios básicos está em entender que o espaço será 
concebido por meio de painéis laminares (paredes portantes) e não pórticos de barras 
(vigas e pilares – estrutura convencional). Para prédios baixos, esta opção tem uma 
grande capacidade portante em transmitir a carga para o solo, otimizando sua 
distribuição. Para prédios altos, os elementos que transportam as cargas verticais são 
23 
 
as peças de concreto armado ou de aço, diferente das convencionais que o elemento 
alvenaria serve unicamente como elemento de vedação. 
Os encontros de paredes são pontos de grande importância no sistema 
da alvenaria estrutural, pois se ali que se concentram as tensões verticais (Pilares) e 
também a transferência entre uma parede e com a outra. Adota-se muitas vezes um 
estribo deitado a cada 1 ou 3 fiadas para melhorar sua eficiência, visto que, umas das 
patologias mais comuns na alvenaria armada é a fissuração por variação no 
caminhamento das cargas, por recalque e cargas concentradas. 
 
11 SISTEMA DRY-WALL: CONSTRUÇÃO A SECO 
 
Muito comum em construções novas ou reformas, o sistema dry wall 
racionaliza e otimiza montagem de paredes, forros e revestimento a seco, nas áreas 
internas da construção atendendo todas as exigências dos códigos de obras e normas 
quanto à resistência ao fogo, pois 20% do peso das placas de gesso são de água e 
pode ser melhorado com o uso da placa RF especifica para este fim. 
Seu isolamento térmico e acústico é favorável devido ao fato de permitir 
a instalação interna de materiais para reforçar seu isolamento, como lã de vidro, lã de 
rocha, lã mineral, assim como sua resistência mecânica, visto que seu comportamento 
atende aos critérios do impacto de corpo mole e corpo duro, além das solicitações 
transmitidas por portas. 
Os processos de produção são as guilhotinas, uma vez formado e 
endurecido, é cortado em placas nos comprimentos programados, depois para 
eliminação da água é utilizado um secador de doze estágios, ao deixar o secador, as 
placas são levadas para o acabamento, onde são esquadrejadas, identificadas e 
paletizadas. 
As placas de gesso (matéria prima gipsita) são parafusadas em uma ou 
mais camadas apoiadas sobre uma estrutura metálica leve. Sua estrutura é composta 
por perfis leves zincados com parafusos autoperfurantes e autoatarrachantes, 
zincados ou fosfatizados aplicados com parafusadeira. 
O sistema não apresenta fissuras no conjunto, pois os movimentos 
normais das estruturas sãoabsorvidos pelos sistemas de perfis e juntas. Pode ser 
montado em conjunto com estruturas de concreto, metálica ou de madeira e para seu 
24 
 
uso interno podem ser caracterizados por planos lisos sem juntas aparentes, em 
situações retas ou curvas, horizontas ou inclinadas, e não exposta a intempéries. 
Aceitam qualquer tipo de acabamento como pintura, azulejos, 
revestimento melamínico, mármores, e dentre suas vantagens está a diminuição do 
volume do material transportado vertical e horizontal na obra, a facilidade de suas 
instalações, a flexibilidade para diferentes layouts, a economia com mão de obra, 
ganho de área útil interna por apresentar menor espessura e redução do peso. 
Os forros internos podem ser monolíticos, retos ou curvos, horizontais 
ou inclinados, não estruturais e não expostos a intempéries. Sua estrutura de aço 
zincado perfilado, é suspensa por tirantes rígidos reguláveis e fixados sob laje de 
concreto. 
 
12 ESCORAMENTO 
 
As escoras são elementos verticais isolados e fáceis de montar, 
necessitando apenas de elementos que os deixem em pé durante a montagem, 
normalmente conhecidos como tripés. Sua área de abrangência varia normalmente 
de 1,5 a 4,5 metros de altura, sendo contraventados a cada 3 e 4,5 metros entre si. 
Sua capacidade de carga, a precisão do nivelamento e durabilidade dão às escoras 
metálicas larga vantagem em relação às de madeira. 
As madeiras para escoramento são usadas como peças que sustentam 
e dão serviço de assistência a um elemento construtivo quando este não suporta a 
carga a ele exigida. Como apresenta características como resistência e leveza, 
regularmente ela é empregada para fins estruturais e de sustentação de construções, 
destacando ainda seu uso estético e de isolante térmico-acústico natural. 
Já as metálicas possuem maior estabilidade dimensional o que 
possibilitada vantagem em obras com requisitos de qualidade rígidos (caso da “laje 
zero”). Outra vantagem das escoras metálicas é que determinados sistemas possuem 
"cabeças descendentes" (drop heads), que possibilitam a desforma de todo o sistema 
de distribuição de cargas sem que a escora seja removida, não havendo a perda de 
contato da escora com a laje. Isto confere segurança contra deformações impostas 
em idades baixas do concreto e a possibilidade do reaproveitamento das fôrmas e do 
vigamento de suporte. 
25 
 
Para tanto, são utilizadas tiras de sacrifício, ou reescoramento, que ficam 
presas até a retirada da escora. Já para as escoras de madeira são normalmente 
utilizados pontaletes. Sua capacidade de carga é baixa dependendo do tipo de 
madeira, gerando grande concentração de peças sob a laje escorada e dificultando o 
trânsito. 
O nivelamento é feito através de sistemas de cunhas de madeira, que 
não é recomendável quando se buscam atender requisitos da qualidade muito rígidos, 
já que ela sofre deformações até em função das condições atmosféricas e são de 
difícil ajuste quando há variação no pé direito. 
As torres metálicas são elementos verticais múltiplos que, ligadas entre 
si (ou seja, contraventados), formam quadrados com maior capacidade de carga com 
menos pontos de apoio. Sua área de abrangência é praticamente ilimitada, iniciando 
normalmente em 1,0 metro de altura até dezenas de metros. Para grandes alturas as 
torres são contraventadas entre si e são encontradas sob várias formas, diferindo no 
tipo de ajuste, encaixe das peças, diagonais, tamanhos e diâmetro dos tubos 
metálicos. 
O princípio de seu funcionamento é, sempre, sistemas tubulares em que 
as peças são interligadas formando quadros estruturais. Normalmente suportam mais 
carga que os sistemas pontuais, vencem alturas maiores, são mais estáveis, 
apresentando um peso maior e um número maior de elementos. Sua utilização nas 
edificações é feita normalmente em trechos de pé-direito maior, em que as escoras 
não têm aplicação e também em vigas de periferia, onde podem ser produzidas 
plataformas de trabalho com guarda corpo acoplado, garantindo segurança ao 
operário 
Em contraponto existe o reescoramento da madeira que é elaborado 
através da instalação de Troncos, apresentando caráter extremamente rudimentar e 
desaconselhável. Geralmente de eucalipto, esses troncos têm um diâmetro de 
aproximadamente 10 cm. O material é heterogêneo, as peças são disformes e 
diferentes entre si e a capacidade de carga, limitada. O ajuste de altura é 
extremamente difícil e o reaproveitamento é baixo. 
Os pontaletes de pinho são utilizados em grande escala na construção 
e sua seção é quadrada com 3 x 3 polegadas (7,5 x 7,5 cm). Trata-se de um material 
mais homogêneo que o anterior, com peças retilíneas porem ainda com capacidade 
de carga limitada. É instável no manuseio e não possui ajuste de altura. Dependendo 
26 
 
da laje e viga a serem reescorados, há necessidade de uma grande quantidade de 
elementos. 
Os Garfos consistem na estruturação pontalete-sarrafo e são muito 
utilizados para vigas. Sua capacidade de carga e estabilidade são um pouco melhores 
porem seu ajuste de altura ainda é precário. 
Para identificar qual o melhor tipo de cimbramento e reescoramento a 
ser adotado a um determinado projeto, o Engenheiro deverá considerar uma série de 
variáveis, desde a fase do planejamento da obra. O projeto de fôrmas fornece 
subsídios para a escolha do melhor sistema ao mesmo tempo em que leva em 
consideração o tipo de cimbramento. 
Para a paginação das chapas de lajes, por exemplo, considera a posição 
das escoras, longarinas e barrotes, e também do reescoramento. O Projeto estrutural 
fornece elementos tais como o volume e consequentemente o peso das peças a 
serem concretadas. É fundamental que o projetista estrutural participe da análise das 
deformações admitidas e pontos de apoio descartando alternativas não compatíveis 
de cimbramento e reescoramento. Além disso, as exigências relativas ao acabamento 
da laje: se vão ou não receber contra piso para seu nivelamento, também devem ser 
consideradas. 
O planejamento determina o ritmo de execução da estrutura, bem como 
a sequência dos trabalhos. Os sistemas considerados devem ser compatíveis com 
estas exigências, principalmente no que se refere aos equipamentos de 
movimentação necessários. O custo do material (compra ou locação) não pode ser 
avaliado isoladamente. Esse será definido pela composição de materiais e horas 
trabalhadas para a montagem e desmontagem. 
Quanto a sua durabilidade, cada sistema está dimensionado para uma 
vida útil e um número de utilizações. Isto deve ser levado em conta principalmente 
quando a opção for a compra do equipamento. Quando alugado, devemos nos 
certificar de que os equipamentos suportarão o uso, evitando interrupções não 
previstas para troca de peças. 
 
13 MOVIMENTAÇÃO DE TERRAS 
 
De forma genérica, a terraplenagem, ou movimentação de terras, pode 
ser entendida como o conjunto de operações necessárias para remover a terra dos 
27 
 
locais em que se encontra em excesso para aqueles em que há falta, tendo em vista 
um determinado projeto a ser implantado. 
Pode-se afirmar, portanto, que todas as obras de Engenharia Civil de 
grande ou pequeno porte, exigem a realização de trabalhos prévios de movimentação 
de terras. Por esta razão a terraplenagem teve o enorme desenvolvimento verificado 
no último século. 
Destaca-se aqui que a melhor a opção sempre será a preservação das 
características naturais do terreno pois assim se reduz agressões ao meio ambiente, 
aumenta preservação da flora, a economia nos processos construtivos, a prevenção 
da erosão, e a preservação da drenagem natural. Portanto, o movimento da terra só 
seráefetuado quando existir a real necessidade do procedimento. 
Antigamente a movimentação das terras era feita diretamente pelo 
homem, que se utilizava apenas de ferramentas tradicionais como pá e picareta para 
o corte, carroças ou vagonetas com tração animal para o transporte. Com o 
desenvolvimento tecnológico e social a mão-de-obra foi se tornando cada vez mais 
escassa e, por consequência, mais cara. 
Para se ter uma ideia do número de operários necessários para a 
execução braçal do movimento de terra, estima-se que para a produção de 50 m³/h 
de escavação, seriam necessários pelo menos 100 homens. A mesma tarefa pode ser 
executada por uma única escavadeira, operada apenas por um homem. Todavia, a 
terraplenagem manual não significava excessiva lentidão dos trabalhos. Desde que a 
mão-de-obra fosse numerosa, os prazos de execução da movimentação de terras em 
grandes volumes eram razoáveis, se comparados com os atuais. 
 
13.1 Terraplenagem Mecanizada 
 
Os equipamentos mecanizados surgiram em consequência do 
desenvolvimento tecnológico e, apesar de apresentarem elevado custo de aquisição, 
tornaram o mercado mais competitivo em razão de sua alta produtividade. Conforme 
exemplificado anteriormente, percebe-se a notável economia de mão-de-obra 
introduzida pela mecanização, o que vinha de encontro à escassez cada vez maior do 
trabalhador braçal, decorrente sobretudo da industrialização. Em suma, entende-se 
que a mecanização surgiu em consequência da escassez da mão-de-obra, causada 
sobretudo pela industrialização que apresentou uma elevada eficiência mecânica dos 
28 
 
equipamentos, traduzindo-se em grande produtividade, resultando preços mais baixos 
se comparados com os obtidos manualmente. 
Os equipamentos mecanizados (apesar do alto custo de aquisição) 
tornaram competitivo o preço do movimento de terras, em razão de sua alta 
produtividade. 
 
13.2 Operações básicas de Terraplanagem 
 
Examinando-se a execução de quaisquer serviços de terraplenagem, 
podem-se distinguir quatro operações básicas que ocorrem em sequência, ou, às 
vezes, com simultaneidade. Trata-se da Escavação; da Carga do material escavado; 
do Transporte e da Descarga e espalhamento do material. Todas estas operações 
básicas podem ser executadas por uma única máquina ou também através de 
equipamentos diversos disponíveis atualmente do mercado. 
a. Máquinas Motrizes - São aquelas que produzem a energia para a execução do 
trabalho. Ex.: tratores de rodas ou de esteira, compressores, etc., quando 
convenientemente equipados podem realizar os serviços. 
b. Máquinas Operatrizes - São aquelas que acionadas pelas máquinas motrizes realizam 
diretamente o trabalho. Ex.: scraper, escarifica dores, compactadores. 
Alguns exemplos dos equipamentos disponíveis são as 
Retroescavadeiras, as Pás Carregadeiras, as escavadeiras, as motoniveladoras, os 
tratores de esteira e os compactadores de solo. 
 
14 RECEBIMENTO DE MATERIAIS NA OBRA 
 
 A aquisição de materiais em uma obra apresenta uma importância vital 
para a qualidade do produto final entregue pelo Engenheiro e pela Empresa 
contratada. É na aquisição que se determina diversos fatores que influenciarão todos 
os mecanismos de funcionamento e equilíbrio da obra como um todo. 
 Seu conteúdo se inicia na concepção do projeto, onde o Engenheiro já 
terá previsto quais serão os tipos de materiais que serão empregados para aquela 
proposta estrutural especifica. As compras devem ocorrer depois de uma seleção 
entre os melhores fornecedores em qualidade e preço e; o material adquirido deverá 
obedecer um recebimento apropriado ao Canteiro, assim como deverá ser controlado, 
29 
 
transportado, armazenado e consumido dentro das exigências estipuladas para o 
mesmo. 
 Os 3 principais materiais, são os que, geralmente, consomem maior 
capital em relação ao investimento total da obra, é por este motivo que seu controle 
se torna ainda mais importante, visto que desperdícios podem acarretar grandes 
prejuízos aos envolvidos. 
 
14.1 Recebimento de Madeira 
 
 O recebimento da Madeira se baseia na separação deste material em 
dois subgrupos menores, sendo que o primeiro engloba as madeiras folhosas e o 
segundo as madeiras coníferas, ambas para o uso de pontaletes sarrafos, tábuas e 
vigas. 
 
14.1.1 Madeiras Folhosas 
 
 As peças adquiridas não podem apresentar desvios dimensionais, 
encanoamento, encurvamento, arqueamento, falhas, rachas, fendas, fissuras, 
quebras ou falta de homogeneidade em peças avulsas. As verificações deverão seguir 
o Manual de identificação de Madeiras do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas 
do Estado de São Paulo) ou por meio de análise comparativa com amostras. 
Os defeitos tais como falhas, rachas, fendas e fissuras devem ser conferidos 
visualmente em 100% do lote. As peças que forem consideradas suspeitas devem 
ser separadas para verificação individual detalhada. A incidência excessiva de nós 
deve ser observada visualmente, levando em conta, sempre, o uso que se dará à 
madeira. 
Os critérios de aceitação se relacionam com a quantidade solicitada 
(eventuais diferenças de quantidade deverão ser informadas ao fornecedor para 
reposição ou desconto no pagamento); a espécie da madeira (havendo alteração da 
espécie da madeira, o lote inteiro deve ser rejeitado); sendo que apenas as peças 
liberadas na inspeção visual sejam aceitas. Caso o lote apresentar 05 (cinco) ou mais 
peças defeituosas entre as 13 verificadas, o pedido deverá ser rejeitado. Aceitar o lote 
(por tipo de peça) caso seja encontrada até duas peças defeituosas na amostra. 
30 
 
O estoque deverá ser tabicado por bitola e tipo de madeira, em local 
fechado e apropriado para evitar ação da água, extravio ou roubo, preferencialmente, 
deve situar-se em local próximo ao de uso ou de transporte vertical, sendo 
recomendável que a data de entrega e o local de estocagem sejam planejados com 
antecedência. Com isso, evita-se a pré-estocagem em locais inadequados, a 
interferência com outros serviços da obra ou a necessidade de transporte horizontal 
interno. 
 
14.1.2 Madeiras Coníferas 
 
 As peças de madeira serrada de coníferas em forma de pontaletes, 
sarrafos, tábuas e vigas, devem atender às prescrições desta especificação, não 
apresentando defeitos como desvios dimensionais, encanoamento, encurvamento, 
arqueamento, nós (aderidos ou soltos), rachas, fendas, furos de insetos ou podridão, 
além dos limites tolerados para cada classe que são de primeira industrial, segunda 
industrial e terceira industrial. 
 As demais especificações seguem as mesmas orientações das 
Folhosas sendo que o pedido de compra deve constar as seguintes informações: 
a. A espécie da madeira; 
b. A classe da madeira; 
c. O tipo e bitola das peças; 
d. O comprimento mínimo ou exato de peças avulsas, quando necessário; 
e. Colocar aviso esclarecendo que as peças serão verificadas em obra com base nesta 
especificação e que as peças defeituosas serão rejeitadas e devolvidas ao fornecedor 
para reposição ou desconto no pagamento, conforme critério da obra; 
f. Outras observações consideradas necessárias. 
 
14.2 Recebimento de Concreto usinado 
 
 O concreto dosado, executado em Central, deve estar de acordo 
com as prescrições das normas vigentes NBR 7212 “Execução de concreto dosado 
em central - Especificação” e NBR 12655 - “Preparo, controle e recebimento de 
concreto - Procedimento”. 
31 
 
Quando possível, recomenda-se que se retirem corpos de prova de 
todos os caminhões recebidos, visando facilitar eventuais ações de rastreamento de 
concretos com desempenho inadequado. É também necessário verificarse as 
características constantes na nota fiscal estão de acordo com o prescrito na 
especificação, conferindo a resistência característica do concreto à compressão aos 
28 dias ou outras idades consideradas críticas; o módulo de elasticidade: a 
consistência expressa pelo abatimento do tronco de cone; a dimensão máxima 
característica do agregado graúdo; o teor de argamassa do concreto; para cada 
caminhão entregue deve ser verificado o abatimento do tronco de cone, a fim de 
controlar a trabalhabilidade e a quantidade de água do concreto. 
Para efetuar esta verificação, deve-se proceder da seguinte maneira: 
coletar um volume de aproximadamente de 30 litros de concreto, após a descarga de 
cerca de 0,5 m3 de material; colocar o cone sobre a placa metálica bem nivelada e 
apoiar os pés sobre as abas inferiores do cone; preencher o cone em 03 camadas 
iguais, aplicando 25 golpes uniformemente distribuídos em cada camada. Adensar a 
camada junto à base, fazendo com que a haste de socamento penetre em toda a sua 
espessura. 
No adensamento das camadas restantes, a haste deve penetrar até ser 
atingida a camada inferior adjacente; após a compactação da última camada, retirar o 
excesso de concreto e alisar a superfície com uma régua metálica; Retirar o cone 
içando-o com cuidado na direção vertical; A moldagem de corpos de prova cilíndricos 
constituintes dos exemplares pode ser feita pelo laboratório ou por pessoal da própria 
obra, conforme o planejamento da coleta de amostras estabelecido previamente. Tais 
amostras devem ser coletadas do terço médio do caminhão, procedendo-se à 
moldagem de dois corpos de prova para cada exemplar e para cada idade. 
O Cálculo para amostragem parcial (recomendação da NBR-12655) 
deve seguir a expressão: 
 
 
Onde: m = metade do número de n exemplares. f1  f2  f3 ...  fm ...  fn são as 
resistências dos exemplares. 
O pedido de compra devem constar: a resistência característica do 
concreto à compressão na idade estabelecida (por exemplo, 28 dias); a consistência 
expressa pelo abatimento de tronco de cone; o traço acordado com a usina; outras 
f
f f f f
m
fckest
m
m
   



2
1
1 2 3 1
.
...
32 
 
características estabelecidas pelo engenheiro; aviso esclarecendo que no 
recebimento do concreto será exigida a nota fiscal com as informações relacionadas 
abaixo; aviso esclarecendo que o concreto será avaliado conforme as normas 
brasileiras e terá seu traço verificado na própria usina, se necessário. A nota fiscal 
deve descrever: A resistência característica do concreto à compressão aos 28 dias ou 
outras idades consideradas críticas; dentre outros. 
 
14.3 Recebimento de Aço 
 
As barras e fios (produtos trefilados) de aço para armaduras de concreto 
devem seguir as disposições da norma NBR-7480 - “Barras e fios de aço destinados 
a armaduras para concreto armado - Especificação”. A verificação da qualidade do 
aço, segundo a NBR-7480, deve ser feita por intermédio de um laboratório 
especializado. 
Os fios e as barras, além de homogeneidade geométrica, devem atender 
às condições estabelecidas pela norma quanto à resistência à tração, ao dobramento 
e aderência ao concreto, de acordo com a sua categoria e classe. Existem quatro 
categorias, CA-25, CA-40, CA-50 e CA-60, em função da resistência característica de 
escoamento, respectivamente 250, 400, 500 e 600 MPa e duas classes, A e B. 
A classe A as barras simplesmente laminadas e a classe B as 
barras encruadas (não apresentam patamar de escoamento quando tracionadas).
 Os lotes devem ser separados, de preferência, no próprio fornecedor pelo 
laboratório contratado, conforme os critérios estabelecidos no item 3.1 da NBR-7480. 
Caso o aço seja recebido cortado e dobrado, o laboratório deve ser acionado para 
retirar as amostras na obra. 
O laboratório deve verificar os lotes em relação às seguintes 
características: massa linear, resistência característica de escoamento (fyk), 
resistência convencional à ruptura (fst), alongamento percentual em dez diâmetros e, 
dobramento a 180º. 
Quando possível, recomenda-se a retirada de amostras nas instalações 
do fornecedor. Nesse caso, o resultado da inspeção deve ser informado à obra, por 
telefone, no dia seguinte ao da coleta das amostras. Havendo aprovação, a obra deve 
entrar em contato com o fornecedor e marcar a data de entrega. 
33 
 
As barras devem ser entregues limpas (ausência de materiais estranhos 
ou corrosão excessiva aderidos à superfície das barras), abertas (não dobradas) e 
com comprimento mínimo de 11,0m (pode ser aceito, no máximo, 2% de barras 
menores, mas nunca medindo menos que 6,0m). Para diâmetros maiores que 10mm, 
deve ser exigido que o nome do fabricante esteja estampado em relevo em todas as 
barras 
As eventuais diferenças de quantidades deverão ser informadas ao 
fornecedor para reposição ou desconto no pagamento. O lote deve ser aceito 
conforme critério e nível de exigência da obra. As barras e fios de aço devem, sempre 
que possível, ser armazenadas em baias separadas por diâmetro, em ambiente 
protegido de intempéries, coberto, sem contato direto com o solo e próximo ao local 
de trabalho. 
Também é recomendável que a data de entrega e o local de estocagem 
sejam planejados com antecedência de forma a evitar a pré-estocagem em calçadas 
públicas, a interferência com outros serviços de obra ou a necessidade de transporte 
horizontal interno. Do pedido de compra devem constar o número da norma brasileira 
aplicável (NBR-7480); aviso esclarecendo que o material será ensaiado por 
laboratório especializado; aviso esclarecendo que as barras devem ter comprimento 
mínimo de 11,0m e aviso esclarecendo que o material será pesado em balança neutra. 
 
15 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A realização deste trabalho, que visou reunir de forma despretensiosa e 
resumida o conteúdo programático da disciplina Construção Civil I, ministrada pelo 
Professor Ivan Salomão Liboni para o curso de Engenharia civil da Faculdade de 
Engenharia Conselheiro Munhoz Maeder de Presidente Prudente, São Paulo, 
evidenciou a importância que este Setor possui e destacou o quanto complexo este 
ramo da Engenharia pode ser. O desenvolvimento de pesquisas e incentivos 
acadêmicos favoráveis a literatura devem ser a cada dia mais estimulados pelos 
Docentes, pois só assim conseguiremos desenvolver uma evolução desta área no 
campo profissional brasileiro. 
 
 
 
34 
 
 
 
 
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL 
 “CONS. ALGACYR MUNHOZ MAEDER” 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE A: 
RELATÓRIO TÉCNICO DE SISTEMA DE RECEBIMENTO DE MATERIAL EM 
OBRA 
 
 
 
 
 
ARLINDO ALVES DE SOUSA JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presidente Prudente - SP 
2016 
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FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL 
 “CONS. ALGACYR MUNHOZ MAEDER” 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE A: 
RELATÓRIO TÉCNICO DE SISTEMA DE RECEBIMENTO DE MATERIAL EM 
OBRA 
 
 
 
 
 
ARLINDO ALVES DE SOUSA JUNIOR 
 
Trabalho Bimestral, apresentado a Faculdade 
Conselheiro Algacyr Munhoz Maeder, Curso 
de Engenharia Civil, Universidade do Oeste 
Paulista, para disciplina Construção Civil I. 
 
Professor: 
Ivan Salomão Liboni 
 
 
 
 
 
 
Presidente Prudente - SP 
2016 
36 
 
RESUMO 
 
 
APÊNDICE A: RELATÓRIO TÉCNICO DE SISTEMA DE RECEBIMENTO DE 
MATERIAL EM OBRA 
 
 
 
O presente relatório, intitulado – “Apêndice A: Relatório técnico de sistema de 
recebimento de material em obra” – teve como objetivo registrar o sistema de 
recebimentode material adotado pela empresa responsável pela obra visitada em 16 
de novembro de 2016. 
 
Palavras-chave: Visita técnica e Canteiro de Obras. Unidades de Educação infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
ABSTRACT 
 
 
APPENDIX A: TECHNICAL REPORT ON THE RECEIPT OF ON-SITE MATERIAL 
 
 
 
The purpose of this report, entitled "Appendix A: Technical Report on the Receipt of 
On-Site Material", was to record the system for receiving material adopted by the 
company responsible for the work visited on November 16, 2016. 
 
Keywords: Technical visit and Constrution Site. Early chilhood education units. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A obra visitada se refere a Unidade de educação infantil localizada na 
Rua David Fiorante, 185, Vale Verde, Humberto Salvador, Presidente Prudente, São 
Paulo. A obra se classifica como institucional e de caráter público, provindo de licitação 
e regido por padrões e diretrizes estabelecidos FNDE (Fundo Nacional de 
Desenvolvimento da Educação), gerenciado pela Prefeitura Municipal do Município.A 
visita teve como objetivo verificar qual seria o sistema adotado pela empresa 
gerenciadora em recebimento e controle de materiais. 
 
2 ESPECIFICAÇÕES DAS OBRAS 
 
A empresa responsável, vencedora das licitações, é a Construtora 
Tucano’s localizada na Rua Plácido de Castro, 325 – Jardim Estoril, Presidente 
Prudente/SP. Uma das suas obrigações especificadas em contrato de vinculo 
comercial, é providenciar para que os materiais, mão-de-obra e demais suprimentos 
estejam em tempo hábil nos locais de execução, de modo a satisfazer as 
necessidades previstas no cronograma e plano de execução dos serviços e obras 
objeto do contrato. 
O controle referente ao recebimento e consumo dos materiais é um dos 
mais importantes perante as demais operações, visto que, a empresa contratada 
ganhou uma licitação por apresentar uma planilha orçamentária elaborada sobre os 
materiais e os serviços que seriam disponibilizados e por um determinado valor. O 
controle é vital logo que este orçamento aprovado deverá ser respeitado, assim como, 
a qualidade dos itens nele descritos. 
O padrão de qualidade exigido pelo FNDE é tão rigoroso que, as 
empresas interessadas em participar da licitação recebem a Planilha de material 
pronta elaborada pelo próprio FNDE, que determina exatamente o tipo de material e 
a quantidade que ele deverá utilizar. Esta planilha é entregue em branco e os 
interessados devem devolve-la com os valores respectivos preenchidos, a mais barata 
vence. 
Portanto fica fácil perceber porque o controle de recebimento de material 
é tão importante quanto mencionado anteriormente, é através dele que empresa 
contratada consegue manter seu vincula comercial com a empresa contrante. 
39 
 
 
 
 
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL 
 “CONS. ALGACYR MUNHOZ MAEDER” 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE B: 
I MARATONA DE PALESTRAS DE ENGENHARIA CIVIL 
RCC, GERENCIAMENTO DE PROJETOS E VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL 
 
 
 
 
 
 
ARLINDO ALVES DE SOUSA JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Presidente Prudente - SP 
2016 
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FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL 
 “CONS. ALGACYR MUNHOZ MAEDER” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE B: 
I MARATONA DE PALESTRAS DE ENGENHARIA CIVIL 
RCC, GERENCIAMENTO DE PROJETOS E VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL 
 
 
 
 
 
 
ARLINDO ALVES DE SOUSA JUNIOR 
 
Trabalho Bimestral, apresentado a Faculdade 
Conselheiro Algacyr Munhoz Maeder, Curso 
de Engenharia Civil, Universidade do Oeste 
Paulista, para disciplina Construção Civil I. 
 
 
Professor: 
Ivan Salomão Liboni 
 
 
 
Presidente Prudente - SP 
2016 
41 
 
RESUMO 
APÊNDICE B: I Maratona de palestras de engenharia civil; RCC, gerenciamento 
de projetos e valorização profissional 
 
 
 
O presente relatório, intitulado – “Relatório técnico: I Maratona de palestras de 
engenharia civil; RCC, gerenciamento de projetos e valorização profissional” – teve 
como objetivo registrar as palestras realizadas para a Maratona, com o intuito de 
proporcionar maior participação e aprendizado aos alunos. 
 
Palavras-chave: Palestras. Engenharia Civil. Maratona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
ABSTRACT 
 
APPENDIX B: I Marathon of civil engineering lectures; RCC, project 
management and professional enhancement 
 
 
 
 
This report, titled " Appendix B: I Marathon of Civil Engineering Lectures; RCC, project 
management and professional valorization "- aimed to register the lectures held for the 
Marathon, with the purpose of providing greater participation and learning to the 
students. 
 
Keywords: Lectures. Civil Engineering. Marathon. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Em meio um turbilhão de devaneios e opiniões gerados com a globalização da internet 
mais uma grave crise político-econômica em curso no pais, vive o estudante de 
Engenharia Civil que se sente despreparado e sem oportunidades ao cair no temido 
mercado de trabalho. É com base neste contexto que surge a I Maratona de Palestras 
de Engenharia Civil que buscou reunir profissionais especialistas em soluções de 
RCC, Gerenciamento de projetos e valorização pós-formação profissional. 
A I Maratona aconteceu na Faculdade de Engenharia Civil “Conselheiro Algacyr 
Munhoz Maeder”, Universidade do Oeste Paulista, entre os dias 16 e 18 de novembro 
de 2016, e contou com ampla participação dos alunos e professores envolvidos. 
 
2 PALESTRAS 
 
As palestras realizadas na I Maratona de Engenharia civil tiveram como ênfase 
destacar requisitos referentes a RCC, Gerenciamento de Projetos e Ética e 
valorização profissional no mercado de trabalho, como mostra o cronograma a seguir: 
 
FIGURA 01 – Cronograma da I Maratona de Palestras de Engenharia Civil 
 
Fonte: Organização do evento 
 
 
 
44 
 
2.1 Valorização Profissional e Ética – Prof. Esp. Erickson L. Arving 
 
Em 16 de novembro, o Engenheiro Civil e Especialista em Gerenciamento de Projetos, 
Professor Erickson L. Arving, ministrou a Palestra “Valorização Profissional e ética” 
onde tratou de questões sobre a importância do Profissional Engenheiro Civil perante 
a construção da sociedade e seu funcionamento. 
Desde as grandes construções até as menores, as obras de engenharia são parte de 
um conjunto essencial para a qualidade do desenvolvimento social e devem ser 
vinculadas com responsabilidades do Profissional como a Responsabilidade ética 
Profissional, técnica administrativa, civil e Penal. A Palestra também abordou itens 
referentes aos direitos profissionais, bem como a justa remuneração proporcional e 
condições de trabalhos dignos com devida proteção da propriedade intelectual. 
 
2.2 Palestra de convidado – Eng. Ahmed Ibrahim Salem 
 
Em 16 de novembro, o Engenheiro Civil Ahmed Ibraim Salem, ministrou uma Palestra 
como convidado especial, onde teve a oportunidade de dividir com os participantes 
suas experiências vinculadas aos seus sucessos e as suas derrotas profissionais. 
A fala do Engenheiro, que teve uma abordagem motivacional e descontraída, 
apresentou um caráter de exposição de seu currículo profissional e acadêmico, 
sempre voltado

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