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Resumo doutrinario De Processo do Trabalho

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Direito Processual do Trabalho
Conceito: “é o direito que disciplina o processo judicial, determinando a sequencia de atos destinados a obtenção de uma decisão definitiva, pondo fim ao conflito.” (regulamento que estipula a sequência de atos e visa o fim do conflito, através da prestação da tutela jurisdicional, personificada na figura do juiz).
Fases do processo 
Conhecimento 
Execução/cumprimento de sentença (dentro do processo de conhecimento) e execução por título extrajudicial (de acordo com o CPC)
Aplicação subsidiária
Nos casos omissos, o direito processual comum (processo civil) será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste título.
Requisitos para aplicação subsidiária: omissão na CLT + ausência incompatibilidade com o Dir. processual civil. Essa regra tem aplicabilidade para a fase do processo de conhecimento. Para a fase de execução, aplica-se subsidiariamente a Lei de Execução Fiscal e na omissão desta o processo comum (CPC)
Princípios do Direito do Trabalho
Princípio da proteção: a lei protege a parte hipossuficiente, mais fraca da relação processual., criando um equilíbrio de condições. 
Princípio da finalidade social: permite que o juiz tenha uma atuação mais ativa, na medida em que auxilia o trabalhador em busca de uma solução justa, até chegar o momento de proferir a sentença. Ex: O próprio juiz dá andamento no processo de execução, sem que haja a necessidade de uma petição especifica para se iniciar a dar andamento a fase de execução que não é autônoma (separada) da fase de conhecimento. 
Princípio da busca da verdade real: o juiz tem ampla liberdade na direção do processo e deve utilizar dessa ampla liberdade, para trazer ao processo a realidade, a verdade real. Este Princ. deriva do Princ. da primazia da realidade do direito material
Princípio da indisponibilidade: os direitos são indisponíveis, ou seja, o trabalhador não pode abrir mão de seus direitos, mesmo que em determinadas hipótese este queira.
Princípio da conciliação: a ideia do processo do trabalho é buscar a todo tempo a conciliação entre as partes daquela relação de trabalho. Sedo que em apesar da conciliação poder ser proposta a qualquer momento do processo, em dois momentos juiz deve obrigatoriamente propor a tentativa de conciliação entre as partes: art. 486 – no inicio da audiência e art. 850 - após razões finais e antes da sentença.
Princípio da oralidade: o maior número de atos processuais devem ser praticados de forma oral, para dar maior informalidade e celeridade ao processo do trabalho.
Principio da unicidade das audiências: Todos os atos processuais devem ser praticados em uma única audiência, inclusive réplica. Existe a possibilidade do fracionamento em duas audiências, mas a regra geral é que seja única.
Informalidade (instrumentalidade das formas): Os atos processuais não dependem de nenhuma forma rígida, tanto que os recursos podem ser interpostos por simples petição.
*Princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias (art. 893,§1°): as decisões interlocutórias, aquelas que são proferidas pelo juiz antes da sentença, não cabem recurso imediato, podendo somente ser recorridas ao final do processo, quando o juiz proferir a sentença. Somente após a sentença, o indivíduo poderá recorrer, devolvendo ao tribunal não só a sentença proferida, mas bem como todas as decisões interlocutórias ocorridas no processo que forem contrárias ao meu interesse.
Solução dos conflitos trabalhistas
A autotutela ou autodefesa é o meio mais primitivo de resolução de conflitos, em que uma das partes com utilização de força impõe sua vontade sobre a parte mais fraca. Nesta modalidade há uma ausência do Estado na solução do conflito sendo uma espécie de vingança privada.
A auto composição é a modalidade de solução dos conflitos coletivos de trabalho pelas próprias partes interessadas, sem a intervenção de um terceiro que irá ajudá-las ou até propor a solução do conflito. Como exemplo temos a negociação coletiva para os conflitos coletivos e o acordo ou transação para os conflitos individuais.
A Heterocomposição exterioriza-se pelo ingresso de uma agente externo e desinteressado ao litígio, que irá solucioná-lo e sua decisão será imposta as partes de forma coercitiva como exemplo temos a decisão judicial e a arbitragem
Mediação e Conciliação
A mediação é forma de solução de conflitos, por meio do qual o mediador se insere entre as partes procurando aproximá-las para que elas próprias cheguem a uma solução consensual do conflito.
A conciliação é forma de solução de conflitos trabalhistas, mediante o ingresso do conciliador entre as partes, o qual as aproximará buscando a solução do conflito mediante concessões recíprocas.
O conciliador tem uma intervenção ativa na negociação, na medida em que pode apresentar eventuais soluções para aquele conflito. A conciliação em princípio baseia-se na autonomia privada tanto no que diz respeito à iniciativa, como o processo de negociação.
As comissões de conciliação prévia são órgãos criados no âmbito dos sindicatos ou das empresas, com a finalidade de resolução do conflito individual trabalhista por meio da auto-composição. Trata-se de um meio alternativo e presencial na solução do conflito que tem por finalidade propiciar maior celeridade à resolução da lide, sem burocracia do Poder Judiciário trabalhista. Diante da presença de conciliadores empregados e empregadores poderão consensualmente colocar fim ao conflito. A criação de conciliação prévia é facultativa, de maneira que não é pressuposto para o ingresso da reclamação trabalhista, e estas podem ser criadas no âmbito das empresas e dos sindicatos. O acordo firmado na conciliação prévia é titulo extrajudicial.
Jurisdição:  é o poder que o Estado detém para aplicar o direito a um determinado caso, com o objetivo de solucionar conflitos de interesses e com isso resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei
Arbitragem: as partes devem estabelecer em contrato, através de cláusula arbitral, ou simples acordo, através de compromisso arbitral, que vão utilizar o juízo arbitral para solucionar controvérsia existente ou eventual em vez de procurar o poder judiciário. A sentença arbitral é titulo executivo extrajudicial.
Audiência Trabalhista
Art. 849 CLT - audiência deve ser UNA (princípio da concentração dos atos e da instrumentalidade). Ou seja, no mesmo ato ocorrerá conciliação, instrução e julgamento. Em uma única audiência, o juiz deverá praticar todos os atos (Princípio da concentração dos atos).
Audiência será marcada em dia útil das 8:00 às 18:00 não podemos ultrapassar 5:00 horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente artigo 813 da CLT.
Súmula 122/TST - A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência.
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.
§ 1º Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento.
A conciliação sempre foi o objetivo do processo do trabalho. A tentativa de conciliação é obrigatória em dois momentos como visto anteriormente, no inicio e no final da audiência, contudo é facultada a ocorrer a qualquer momento além dos expostos.
Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.
parágrafo único: no caso de conciliação o termo que for lavrado, valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas
Dos Órgãos da Justiça Trabalhista
Dispõe o art. 111 da Constituição Federal:
São órgãos da Justiça do Trabalho:
I - Tribunal Superior do Trabalho;
II -Tribunal Regional do Trabalho;
III – Tribunal Superior do Trabalho.
A justiça do trabalho integra o Poder Judiciário da União, tendo sua estrutura federalizada. Os órgãos de primeiro grau são juízes do trabalho que atuam nas varas do trabalho. Os órgãos segundo grau de jurisdição são os Tribunais Regionais do Trabalho, compostas pelos juízes dos TRTs. O órgão de terceiro grau de emissão é o Tribunal Superior do Trabalho composto pelos ministros do TST.
Competência
A competência é acima de tudo uma determinação dos poderes judiciais de cada um dos juízes, perguntar qual é a competência de um juiz, equivale, por conseguinte a pergunta quais são os tipos de causas sobre as quais tal o juiz é chamado a prover.
Competência em razão da matéria: natureza da relação jurídica competência em razão da matéria ou objetivo. Nessa espécie é determinante a natureza da relação jurídica controvertida para aferição da competência na Justiça do Trabalho. A competência material vem disciplinar o artigo 114 da Constituição e também no artigo 652 da CLT
Competência em razão da pessoa: é fixada em virtude da qualidade que ostenta a parte numa determinada relação jurídica de direito material. Competências em razão de certas qualidades das pessoas litigantes são levadas em conta pela constituição pela lei muitas vezes na fixação de regras da chamada competência em razão da pessoa (ratione personae).
Competência em razão do lugar (foro): competência territorial onde se deve fixar um juiz entre a pluralidade de outros da mesma espécie ou com o mesmo grau de jurisdição, atribuindo-se a ele uma porção territorial, dentro da qual está sua sede. A competência territorial vem disciplinada no artigo 651 da CLT, sendo a regra geral o local da prestação de serviços e não da contratação.
Competência em razão do valor da causa: a competência em razão do valor, leva em consideração o montante pecuniário da pretensão, ou seja, o valor do pedido. É relativa a luz do Código Processo Civil. No processo do trabalho o valor dos pedidos servem para determinar o rito processual, isto é, se até dois salários mínimos o rito será sumário; de 2 a 40 salários mínimos rito será sumaríssimo; e rito ordinário acima de 40 salários mínimos.
Competência em razão da hierarquia: também denominada de competência interna ou funcional. Esta competência se dá em razão da natureza e exigências especiais das funções exercidas pelo juiz no processo. 
As competências em razão da matéria, funcional e em razão da pessoa são absolutas, portanto juiz poderá conhecer de ofício não havendo preclusão para a parte ou para o juiz. A competência em razão do território é relativa, devendo a parte invoca-la por meio de exceção de incompetências do. Já a competência em razão do valor pode ser relativa e absoluta, se ela determina o rito processual, o sumaríssimo, tem dito a doutrina ser ela absoluta.
Partes e Procuradores no Processo do Trabalho
Partes: são sujeitos do processo, são todas as pessoas que nele atuam (juiz, partes, peritos, servidores da justiça e etc.) Em sentido processual partes são: quem ajuíza uma ação e em face de quem a ação é ajuizada (autor e réu). É quem pede à tutela jurisdicional dizendo uma pretensão em juízo e quem resiste a esta pretensão. O juiz é sujeito do processo e não parte. Para muitos autores o conceito de partes se estende para todos os sujeitos que participam do processo em contraditório e que possam sofrer os efeitos da decisão.
Representação: Há representação processual quando alguém vem a juízo autorizado por lei, a postular em juízo em nome de outrem, defendendo em nome alheio interesse alheio.
Art. 793 CLT - A reclamação trabalhista do menor de 18 anos, será feita por seus pais representantes legais e na falta destes pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público Estadual ou curador nomeado em juízo.
Art. 791 CLT - Jus Postuandi – É o direito das partes de irem a juízo sem advogado, mas o TST entende como exceção as hipóteses em que há a necessidade da constituição de um advogado, como nas ações que limitam-se as varas do Trabalho e Trib. Regionais do Trabalho e referentes a mandado de segurança, ações rescisórias, ação cautelar, e recursos de competência do TST.
Procuração: a procuração deve ser o instrumento firmado com os termos do CPC e do estatuto da OAB, ou seja, no processo do trabalho além da procuração expressa ou formal admite-se também a procuração tácita, ou seja, aquela que não há documento formal que comprove aquela manifestação de vontade, contudo esta se prova pelo comportamento, fatos e circunstâncias da parte com o seu procurador. Está diferença entre a procuração civil e a trabalhista gera uma maior informalidade ao processo do trabalho. Contudo é inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato tácito.
A procuração é o instrumento do mandato. O advogado somente pode postular em juízo se possuir procuração assinada pelo cliente (mandante). Excepcionalmente, o advogado pode postular em juízo sem procuração, assim para evitar o perecimento do direito, comprometendo-se a juntar a procuração no prazo máximo de 15 dias.
A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular, assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, mas não lhe confere amplos poderes, assim fica vedado de receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se Funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência Econômica, que devem constar de cláusula específica, ou seja, tal procuração somente transfere ao advogado os poderes simples para praticar os atos processuais necessários. 
A procuração passada ao advogado com cláusula AD judicia, confere-lhe amplos poderes para postular em juízo, não necessitando reconhecimento de firma do outorgante não. Obstante para receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir desistir renunciar ao direito sobre que se Funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso, os poderes devem estar expressos na procuração, ou seja, há a transferência de poderes especiais a pessoa do advogado.
Substabelecimento: A procuração pode ser substabelecida a outro advogado, ou seja, transferida para que outro advogado possa atuar no feito. O substabelecimento pode se dar com reserva de poderes, continuando o advogado inicial a atuar no processo, ou sem reserva de poderes, deixando o advogado inicial de atuar no processo. 
Da sucessão das partes: A sucessão processual consiste na substituição das partes no processo podendo decorrer por ato inter vivos ou causa mortis. A sucessão processual nos confunde com substituição processual, uma vez que na sucessão uma pessoa sucede a outra na relação processual assumindo a titularidade da ação, seja no polo passivo ou ativo, enquanto na substituição processual o substituto pleiteia em nome próprio direito alheio.
Da substituição processual (legitimidade extraordinária): a substituição processual também chamada de legitimidade extraordinária ou anômala, consiste na possibilidade de alguém vir a juízo postular em nome próprio direito alheio. O instituto não se confunde com a representação processual, pois o substituto age em nome próprio.
Diz-se legitimidade ordinária quando há coincidência entre a legitimação de direito material e a legitimidade para estar em juízo, ou seja, quando o indivíduo é parte da relação jurídica de direito material e parte da relação jurídica direito processual. Já na legitimidade extraordinária, aquele que tem legitimidade para estar no processo como parte não é o que se afirma titular do direito material pleiteado em juízo, ou seja, o indivíduo é parte da relação jurídica direito processual, mas não parte da relação jurídica de direito material.
Legitimidade Sindical extraordinária para a substituição processual: A atual jurisprudência trabalhista vem no sentido de queo art. 8°, III da Constituição Federal, consagrou a substituição processual pelo Sindicato de forma ampla no processo do trabalho, de maneira que este terá legitimidade extraordinária para propor ações trabalhistas em nome próprio pleiteando direito dos trabalhadores associados ou não daquela categoria.
Litisconsórcio no Processo do Trabalho: o litisconsórcio consiste na autorização legal para que mais de uma pessoa figure no polo passivo, no polo ativo ou em ambos os polos da relação jurídica processual. Desse modo teremos nos polos ativo, passivo ou nos dois mais de um autor e/ou mais de um réu.
Art. 842 - Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria (pedido e causa de pedir), poderão ser acumuladas num só processo se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento.
Aplicam-se ao litisconsórcio do processo do trabalho as regras do CPC.
Quanto à formação: 
Inicial: quando é formado já na propositura da ação.
Ulterior: forma-se quando já instaurado processo, por exemplo: na intervenção de terceiros espontânea ou provocada 
Quanto à obrigatoriedade: 
Facultativo: quando a formação do litisconsórcio se dá por opção das partes.
Obrigatório: quando a formação do litisconsórcio se dá por virtude de lei ou em razão da incindibilidade da relação jurídica de direito material
Quanto aos polos
Ativo: mais de um litigante no polo ativo
Passivo: mais de um litigante no polo passivo 
Misto: mais de um litigante nos dois polos do processo
Quanto aos efeitos:
Simples: a decisão pode ser diferente para cada litisconsorte
Unitário: a decisão deve ser uniforme para todos os litisconsortes
Litisconsortes com Procuradores distintos: não tem prazo em dobro como no processo civil. Não é aplicado no processo do trabalho em razão de sua incompatibilidade com o princípio da celeridade inerente ao processo do trabalho
Dos Ritos Processuais
Atualmente existem três ritos no processo do trabalho, que serão determinados pelo valor da causa. Procedimento comum, sumário e sumaríssimo. Ambos os procedimentos sumários tem como fundamentos o princípio da celeridade, da simplicidade e da informalidade dos atos processuais, propiciando o rito processual mais ágil para as causas e menor valor econômico.
Sumário: tem objetivo o presente rito imprimir maior celeridade processual e efetividade da jurisdição trabalhista para as causas cujo valor não exceda 2 salários mínimos simplificando o procedimento e eliminando os recursos, ou seja, este procedimento somente poderá ser proposto no primeiro grau de jurisdição.
Sumaríssimo: o presente rito se aplica para as causas cujo valor seja de 2 a 40 salários mínimos 
Comum: o presente rito se aplica as causas que tenham valor acima de 40 salários mínimos.
Dos Atos e Fatos Processuais
O processo como vimos, é uma relação jurídica complexa, que envolve atos das partes, do juiz e atos de impulso processual (praticado de ofício pelo juiz ou pelos auxiliares da Justiça), a fim de que a relação jurídica processual possa ter início, meio e fim.
Os atos processuais são praticados pelas partes ou pelo juiz, pois decorrem da vontade humana visando determinado efeito processual, por exemplo, a petição inicial, o recurso, a sentença etc. Não diferem dos atos jurídicos em geral, pois enquanto estes tem por objetivo criar, extinguir ou modificar direitos, os atos processuais tem por objetivo o efeito processual.
Os fatos processuais são acontecimentos naturais, não decorrentes da vontade humana, mas que produzem efeitos processuais, como exemplos temos, a morte de uma das partes, a revelia a perempção.
Principio dos Atos Processuais
Publicidade: Os atos processuais serão públicos, salvo quando o contrário determinar o interesse social e realizar-se-ão nos dias úteis das 6:00 às 20:00. Tal princípio, visa as garantias de ordem pública, pois tem a finalidade de permitir a fiscalização da opinião pública nos serviços da Justiça. A publicidade contudo não é absoluta, pois quando a causa tiver discutindo questões que envolve a intimidade das partes, juiz poderá restringir a publicidade da audiência. 
Preclusão: é perda do direito de se praticar uma faculdade processual, seja pelo seu não exercício no prazo previsto pela lei (temporal), seja por já ter exercido o ato (consumativa) ou por ter praticado um ato incompatível com o ato que já se praticou (lógica). É um vício insanável, cuja a sua concretização acarreta a extinção do processo ema resolução do mérito.
Forma: os atos processuais trabalhistas não dependem de forma determinada, exceto quando a lei exigir – art. 188, CPC (da forma dos atos processuais)
Atos das pares: consistem em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzindo imediatamente efeitos quanto a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais. As partes se manifestam no processo por meio de petições ou peças.
Atos do Juiz: O juiz se manifesta no processo por meio de pronunciamentos, dentre quais sejam, despacho, decisão interlocutória e sentença.
Sentença: é o ato pelo qual o juiz, efetuando a entrega da prestação jurisdicional, põe termo ao processo, decidindo ou não sobre o mérito da causa.
Decisão interlocutória: é o ato pelo qual o juiz, decide questão incidente. No processo trabalhista as decisões interlocutórias são irrecorríveis – art. 203, § 2°, CPC – prazo de 10 dias – art. 226, inc. II, de 10 dias
Despacho: são todos os demais atos que o juiz pratica no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito à lei não estabelece outra forma – art. 203, § 3°, CPC - prazo – art. 226, inc. I, CPC 3 - não necessitam de fundamentação, pois só impulsionam o processo
Termos processuais:: termo é a redução a escrito de certos atos processuais praticados em um processo. É a documentação de um ato, instrumento pelo qual o ato processual será retratado aos autos, como consequência do princípio da oralidade no processo trabalhista, as manifestações de vontade são registradas nos autos por meio de termos – art. 771, CLT e art. 208, CPC
Prazos Processuais 
Prazo é o tempo no qual deve ser praticado o ato processual. A fixação de prazo é necessária como condição de desenvolvimento do processo. Sem rígida determinação dos prazos, o processo poderia ser comprometido pela inércia das pessoas que nele figuram. Assim, os prazos resultam da exigência da própria do processo, que é um movimento traçado para o futuro. A inexistência de prazo traria como consequência a impossibilidade de andamento do processo.
Entendemos por prazo o limite temporal estabelecido pela lei, pelas partes ou pelo juiz para prática de um ato processual sobre consequência da preclusão temporal. Não obstante, há prazos preclusivos também denominados peremptórios ou fatais, e outros não, também denominado de dilatórios.
dilatório ou prazos prorrogáveis que decorrem das normas dispositivas, devem ser requeridos antes do término do prazo, ou seja, prazos que postergam os atos não extinguindo-os.
peremptórios ou prazos fatais são os que decorrem de normas cogentes imperativas ou de ordem pública, não se prorrogam, extinguindo a possibilidade de se praticar determinado ato.
Legais: são os fixados na lei processual, como o prazo de 20 minutos para apresentação de contestação em audiência.
Judiciais: são fixados pelo juiz quando a lei for omissa.
Convencionais: são os prazos fixados pelas próprias partes de comum acordo, somente os prazos dilatórios podem ser fixados pelas partes.
Os prazos podem ser ainda divididos em: 
(a) próprios são os prazos das partes ( autor e réu), aqueles cuja inobservância causam efeitos de natureza processual, como a preclusão etc. 
(b) impróprios são os que dizem respeito ao juiz e seus auxiliares, os quais, uma vez descumpridos, podem acarretar consequências de ordem disciplinar – Ex.: sentença não proferida em 30 dias (art. 226, CPC e arts.
Da Contagem dos Prazos Processuais
Os prazos processuais são contados como regra geral, excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento.Se o dia do vencimento for feriado ou dia não último útil e término prorrogar-se-á para o primeiro dia útil subsequente. Caso o dia do início seja feriado ou dia não útil, o prazo somente se iniciará no primeiro dia útil subsequente. Assim por exemplo se o prazo começar a fluir na sexta-feira como o sábado e domingo não são considerados dias úteis a contagem somente se iniciará na segunda-feira subsequente. Somente serão considerado dia úteis na contagem dos prazos processuais.
Os prazos processuais são contínuos entretanto, há a possibilidade de suspensão e interrupção dos prazos. Suspensão e interrupção, são eventos que provocam a paralisação do curso do prazo processual.
Suspensão a contagem do paralisa-se pelo tempo correspondente ao fato determinante, ou seja, pelo tempo em que aquele fato que suspendeu o prazo cesse, aproveitando-lhe o tempo já fruído, assim, voltando a fruir de onde foi suspenso. Pode ocorrer varias vezes no curso do processo.
Interrupção a contagem é inutilizada recomeçando a ser feita quando cessar a causa determinante da paralisação, assim, o prazo começa desde o zero não se aproveitando nada. Somente pode ocorrer uma única vez no processo.
Privilégios de Prazo: o Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar nos autos que terá início a partir da sua intimação pessoal ou Vista pessoa
Da Comunicação dos Atos Processuais
A comunicação dos atos processuais é levada a efeito por dois institutos principais, a citação e a intimação.
Citação é o ato pelo qual se da ciência a alguém (réu, executado, interessados) de que contar si há uma ação em curso, para que, querendo, venha se defender ou para integrar a relação processual.
Intimação é o ato pelo qual se da ciência as partes dos atos e termos do processo.
No processo no trabalho a notificação inicial (citação), é realizada pela secretaria da vara, pelo diretor da secretaria, e ao contrário no processo civil, não necessita ser pessoal.
Como regra geral, a citação será encaminhada pelo correio com aviso de recebimento. Nos lugares em que não houver circulação de Correios, a notificação será feita por meio de oficial de justiça, se o reclamado estiver em local incerto e não sabido, ou seja, se forem frustradas as tentativas de citação pelo oficial justiça a notificação será feita por Edital (ultima ratio). O réu deverá comparecer à audiência de julgamento que será a primeira desimpedida, depois de 5 dias a partir da citação positiva.
Súmula 16 do TST - Presume-se recebida a notificação 48 horas depois de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do empregador
A intimação Ministério Público do Trabalho, quando atuar como parte ou fiscal da Lei no processo do trabalho, far-se-á pessoalmente, por intermédio de oficial de justiça.
Das Condições da Ação
Interesse processual: Há o interesse de agir quando, o provimento jurisdicional postulado for capaz de efetivamente em ser útil ao demandante, operando uma melhora em sua situação na vida comum, ou seja, quando for capaz de trazer ele uma verdadeira tutela, a tutela jurisdicional. Consiste no interesse de obter o provimento solicitado.
Legitimidade: 
Exclusiva uma só pessoa tem legitimidade para atuar em determinada causa. 
Concorrente caracteriza-se quando a lei faculta a mais de uma pessoa defender o mesmo direito.
Extraordinária caracteriza-se quando alguém autorizado por lei pode vir a juízo postular em nome próprio direito alheio.
Possiblidade Jurídica do Pedido: O pedido é juridicamente possível quando a lei, em tese é tutelado pelo ordenamento jurídico, não havendo vedação pare que o judiciário aprecie a pretensão posta em juízo. O pedido juridicamente possível deve ser entendido como “causa de pedir e pedido” que ensejem licitamente, àquela pretensão.
Dos Pressupostos Processuais
Pressupostos processuais são requisitos de existência, validade e eficácia da relação jurídica processual, enquanto as condições da ação são requisitos para a viabilidade do julgamento de mérito. Os pressupostos processuais estão atrelados a validade da relação jurídica Processual, por isso a avaliação dos pressupostos processuais deve anteceder as condições da ação.
Existência:
Demanda Regularmente formulada: Petição Inicial apta. A demanda está regularmente formulada quando contém: partes, causa de pedir e pedido, e quando é apresentada em juízo atendendo aos requisitos legais do artigo 319 CPC artigo 840 da CLT.
Investidura: O juiz que irá julgar o processo tem de estar previamente investido na jurisdição, vale dizer, a pessoa que preenche os requisitos previstos na lei constitucional e infraconstitucional para o exercício da magistratura.
Validade:
Competência (material): somente poderá julgar o processo o órgão jurisdicional que seja competente em razão da matéria, se juiz não tiver competência material para atuar no processo e ele será nulo, logo, o juízo competente para julgar a matéria, é o juízo do trabalho.
Capacidade das Partes: as partes devem ter capacidade para ser parte e para estar em juízo. A capacidade de ser parte é adquirida como nascimento com vida, (capacidade de direito). E a capacidade para estar em juízo (capacidade de fato) somente os absolutamente capazes a possuem nos termos da Lei civil, podendo estar em juízo por si só, os absolutamente incapazes serão representados em juízo por seus pais, tutores ou curadores e os relativamente incapazes, serão assistidos em juízo. 
A capacidade de postular em juízo é atribuída aos advogados regularmente habilitados na Ordem dos Advogados do Brasil.
Citação: a parte que ocupará o polo passivo deve estar devidamente notificada para integrar o processo para que possa exercer a sua defesa, bem como todas as suas pretensões quanto ao ajuizamento daquela ação. O vício da citação é insanável tornando todos os atos praticados posteriores à citação nulos. Tal vício poderá ser sanado com o comparecimento espontâneo dentro do prazo ao respectivo cartório.
Imparcialidade do juiz: Juiz deve ser imparcial para garantir ao máximo que tal sentença o seja justa, a fim de preservar o equilíbrio de condições entre as partes e não fazer um julgamento descolado com a realidade.

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