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FACULDADE TECSOMA Curso de Administração QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE: um estudo de caso da Paracatu Auto Peças Ltda – Paracatu/MG Eliezer Nicolau Rodrigues Monteiro Paracatu - MG 2011 Eliezer Nicolau Rodrigues Monteiro QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE: um estudo de caso da Paracatu Auto Peças Ltda – Paracatu/MG Monografia apresentada à disciplina de Metodologia do Estágio Supervisionado II, ministrada pelo professor Geraldo Benedito B. de Oliveira, como exigência a obtenção do título de Bacharel em Administração, da Faculdade Tecsoma. Orientador: Alan Kardec Guimarães Junior Paracatu - MG 2011 Monteiro, Eliezer Nicolau Rodrigues Qualidade no atendimento ao cliente: estudo de caso da Paracatu Auto Peças LTDA - Paracatu-MG./ Eliezer Nicolau Rodrigues Monteiro. Paracatu. 2011 101f Orientador: Alan Kardec Guimarães Junior Monografia (Bacharelado)- Faculdade Tecsoma- FATEC, Paracatu- Minas Gerais, Bacharelado em Administração. 1. Qualidade de atendimento. 2. Cliente. 3. Gestão de clientes. 4. Gestão de recursos humanos. I. Guimarães Júnior, Alan Kardec. II. Faculdade Tecsoma de Paracatu, MG. III. Título. CDU: 658.89 Eliezer Nicolau Rodrigues Monteiro QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE: um estudo de caso da Paracatu Auto Peças Ltda – Paracatu/MG Monografia apresentada ao curso de Administração da Faculdade Tecsoma, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Administração. (Fernando Antônio Antunes) (Alan Kardec Guimarães Junior) (Geraldo Benedito B. de Oliveira) (Professor convidado) Paracatu – MG, 10 de junho de 2011. “Dedico esta Monografia a todos da minha família, funcionários e professores, por fazerem parte da minha vida nos momentos de busca do conhecimento e aprimoramento pessoal.” AGRADECIMENTO Agradeço primeiramente a Deus. A todos que direta e indiretamente contribuíram para minha formação, familiares, funcionários, colegas e professores. RESUMO A estratégia empresarial constitui um conjunto de políticas capazes de orientar o comportamento da empresa em longo prazo, em relação ao seu ambiente externo. Toda empresa possui a sua estratégia, podendo ela estar explícita em um plano de negócio, ou implícita na mente do empresário. Esta estratégia é para lidar com as oportunidades e ameaças existentes no ambiente. As empresas podem conquistar clientes e superar a concorrência realizando um melhor trabalho de atendimento e satisfazendo as necessidades do cliente. Assim fazer certo da primeira vez, em todos os requisitos necessários para o cliente, é a maneira mais fácil de moldar a imagem positiva, satisfazê-lo e conservá-lo. O cliente poderá dar valor aos aspectos da empresa, como: na entrega, no produto, na assistência pós-venda, no crédito, no preço, na marca, na imagem corporativa, na responsabilidade socioambiental, os quais devem ser validados e priorizados os atributos. A satisfação dos clientes não é uma opção: é uma questão de sobrevivência para qualquer organização. Sem seus clientes a organização não tem propósito, aliás, nem existirá por muito tempo. Para satisfazer o cliente é necessário ter, primeiro, uma compreensão profunda de suas necessidades e, em seguida, possuir os processos de trabalho que possam, de forma efetiva e consistente, resolver essas necessidades. Para isso a organização deverá traduzir essas necessidades em requisitos e cumprir esses requisitos, sempre, porque o cliente não exigirá menos. Isso exigirá a dedicação de recursos para coletar e analisar dados e informações, sistematicamente, para entender os requisitos e as percepções do cliente. O cliente espera ser atendido em suas expectativas. Ele espera obter confiabilidade através do desempenho da empresa que tem que ser consistente, para que os clientes possam confiar nos serviços oferecidos, tudo deve ser feito corretamente na primeira vez e os prazos estabelecidos cumpridos. Espera ainda a credibilidade, pois a propaganda tem que ser honesta, os produtos seguros, os atendentes dignos de confiança e os problemas solucionados. A relação interpessoal que envolve o funcionário de uma organização e o destinatário de produtos, idéias ou serviços dessa organização constitui o atendimento ao cliente. Em atendimento, portanto, não importa o nível e hierárquico do funcionário dentro da organização. Todos que tiverem contato direto ou indireto com o cliente serão considerados pessoas envolvidas na função de atendimento. Isso independente da duração do contato interpessoal. Palavras- chave: Qualidade. Atendimento. Cliente. ABSTRACT The business strategy is a set of politics that guide the conduct of business in the long term, relative to its external environment. Every company has its strategy, it may be explicit in a business plan, or implied in the mind of the entrepreneur. This strategy is for dealing with the opportunities and threats in the environment. Companies can win customers and beat the competition doing a better job of customer service and satisfying customer needs. So do it right the first time in all the necessary requirements for the customer, is the easiest way to shaping a positive image, appease him and save him. The customer can give value to aspects of the company, such as delivery, the product, after sales service, credit, price on brand image, corporate environmental responsibility, which must be validated and prioritized the attributes. Customer satisfaction is not an option: it is a matter of survival for any organization. Without customers the organization has no purpose, moreover, not there for long. To satisfy the customer is required to have, first, a deep understanding of their needs and then have the work processes that can, effectively and consistently address these needs. For this, the organization must translate these needs into requirements and fulfill these requirements, often because the client does not require less. This will require the dedication of resources to collect and analyze data and information systematically to understand the requirements and customer perceptions. The client expects to be treated in their expectations. He hopes to achieve reliability through the company's performance that has to be consistent, so that customers can rely on the services offered, everything must be done correctly the first time, and deadlines met. It also hopes to credibility, because the propaganda has to be fair, the products safe, dependable attendants and problems solved. The interpersonal relationship that involves the employee of an organization and the recipient of goods, ideas or services of that organization is customer service. In compliance, therefore, no matter the level of the hierarchy and employee within the organization. Anyone with director indirect contact with the customer are considered persons involved in the civil service. This will depend on the length of interpersonal contact. Key-words: Quality. Service. Client. LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1: Nível de satisfação dos funcionários quanto à execução das tarefas, na Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ................................................................................ 68 GRÁFICO 2: Nível de realização profissional dos funcionários ao executar as tarefas na Paracatu Auto Peças, Paracatu, abril 2011 ..................................................... 68 GRÁFICO 3: Identificação dos funcionários da Paracatu Auto Peças com relação às tarefas que realizam, Paracatu, 2011 ................................................................................. 69 GRÁFICO 4: Disposição mental dos funcionários da Paracatu Auto Peças em realizar as tarefas, Paracatu, 2011 ...................................................................................... 69 GRÁFICO 5: Liberdade dos funcionários da Paracatu Auto Peças em dizer o que pensam sobre o trabalho que realizam, Paracatu, 2011 .................................................. 70 GRÁFICO 6: Espaço para discussão entre funcionários da Paracatu Auto Peças sobre as dificuldades no trabalho, Paracatu, 2011 .......................................................... 70 GRÁFICO 7: Liberdade para organizar o trabalho de forma pessoal, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ...................................................... 71 GRÁFICO 8: Aplicação de estilo pessoal no trabalho, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ................................................................................. 71 GRÁFICO 9: Receio em ser demitido ao cometer erros, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 .................................................................................. 72 GRÁFICO 10: Insegurança diante da ameaça de perder, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ................................................................................. 72 GRÁFICO 11: Insegurança ao não corresponder às expectativas da empresa com relação ao trabalho, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 .. 73 GRÁFICO 12: Funcionários da Paracatu Auto Peças, questionados se sentem pressionados em relação ao trabalho, Paracatu, 2011 ...................................................... 73 GRÁFICO 13: Desgaste no trabalho, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ........................................................................................................... 74 GRÁFICO 14: Sentimento de sobrecarga no trabalho, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ................................................................................. 74 GRÁFICO 15: Funcionários da Paracatu Auto Peças, conforme o trabalho ser cansativo, Paracatu, 2011 ..................................................................................................... 75 GRÁFICO 16: Funcionários da Paracatu Auto Peças, quanto ao desânimo para o trabalho, Paracatu, 2011 ...................................................................................................... 75 GRÁFICO 17: Funcionários da Paracatu Auto Peças, quanto ao trabalho ser gratificante, Paracatu, 2011 ................................................................................................. 76 GRÁFICO 18: Sentimento de orgulho em realizar o trabalho, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ...................................................... 76 GRÁFICO 19: Compatibilidade do trabalho realizado com as aspirações profissionais, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ............. 77 GRÁFICO 20: Admiração pelos demais em relação do tipo de trabalho, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ...................................................... 77 GRÁFICO 21: Sentimento de reconhecimento pela chefia, em relação ao trabalho realizado, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ................... 78 GRÁFICO 22: Sentimento de reconhecimento pelos colegas, em relação ao trabalho realizado, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ................... 78 GRÁFICO 23: Solidariedade entre os colegas de trabalho, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ................................................................................. 79 GRÁFICO 24: Sentimento de ameaça de demissão, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ................................................................................. 79 GRÁFICO 25: Insegurança ao não atendera o ritmo da empresa, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ...................................................... 80 GRÁFICO 26: Receio em não conseguir executar as tarefas no prazo estipulado pela empresa, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 .................... 80 GRÁFICO 27: Trabalho como causador de estresse, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ................................................................................. 81 GRÁFICO 28: Trabalho como causador de tensão emocional, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ...................................................... 81 GRÁFICO 29: Trabalho como causador de ansiedade, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ................................................................................. 82 GRÁFICO 30: Sentimento de frustração em relação ao trabalho, conforme funcionários da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ...................................................... 82 GRÁFICO 31: Demora no atendimento, conforme clientes da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ....................................................................................................................... 83 GRÁFICO 32: Prontidão no atendimento, conforme clientes da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ........................................................................................................... 83 GRÁFICO 33: Atendimento de forma agradável pelo caixa, conforme clientes da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ................................................................................. 84 GRÁFICO 34: Atendimento das necessidades por peças pela equipe, conforme clientes da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 .............................................................. 84 GRÁFICO 35: Disposição do gerente em ajudar, conforme clientes da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 .................................................................................................. 85 GRÁFICO 36: Clientes da Paracatu Auto Peças quanto ao gerente fazer o possível e impossível para atendê-lo, Paracatu, 2011 ......................................................................... 85 GRÁFICO 37: Atendimento das expectativas da qualidade do serviço na visão dos clientes da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 .............................................................. 86 GRÁFICO 38: Clientes da Paracatu Auto Peças questionados quanto à qualidade dos produtos oferecidos, Paracatu, 2011 ............................................................................ 86 GRÁFICO 39: Clientes da Paracatu Auto Peças quanto à confiabilidade transmitida pela empresa, Paracatu, 2011 .............................................................................................. 87 GRÁFICO 40: Clientes da Paracatu Auto Peças quanto aos funcionários possuir conhecimento sobre o trabalho, Paracatu,2011 ................................................................ 87 GRÁFICO 41: Condições de pagamento conforme necessidade do cliente na visão dos clientes da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ....................................................... 88 GRÁFICO 42: Clientes da Paracatu Auto Peças quanto à preocupação da empresa com o pós-venda, Paracatu, 2011 ........................................................................................ 88 GRÁFICO 43: Clientes da Paracatu Auto Peças questionados sobre o atendimento à garantia das peças adquiridas, Paracatu, 2011 ................................................................... 89 GRÁFICO 44: Clientes da Paracatu Auto Peças quanto à demonstração de satisfação por parte da mesma na parceria com os clientes, Paracatu, 2011 .................. 89 GRÁFICO 45: Clientes da Paracatu Auto Peças quanto ao respeito à opinião do mesmo pela empresa, Paracatu, 2011 ................................................................................. 90 GRÁFICO 46: Clientes da Paracatu Auto Peças quanto à existência de um bom canal de comunicação, Paracatu, 2011 ............................................................................... 90 GRÁFICO 47: Clientes da Paracatu Auto Peças quanto à rapidez no atendimento oferecido pela empresa, Paracatu, 2011 ............................................................................. 91 GRÁFICO 48: Respeito ao cliente na visão dos clientes da Paracatu Auto Peças, Paracatu, 2011 ....................................................................................................................... 91 GRÁFICO 49: Clientes da Paracatu Auto Peças quanto ao tratamento diferenciado recebido da empresa, Paracatu, 2011 ................................................................................. 92 GRÁFICO 50: Clientes da Paracatu Auto Peças quanto à empresa encaminhar o mesmo para melhor solução do problema, Paracatu, 2011 .............................................. 92 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1: Organograma da empresa .............................................................................. 18 FIGURA 2: Cronograma de atividades .............................................................................. 22 FIGURA 3: Recursos humanos ........................................................................................... 23 FIGURA 4: Tipos de clientes analítico ............................................................................... 52 FIGURA 5: Tipo de cliente dominante ............................................................................... 52 FIGURA 6: Tipo de cliente expressivo ............................................................................... 53 FIGURA 7: Tipo de cliente observador .............................................................................. 53 FIGURA 8: Tipos de clientes ao contratar a empresa ...................................................... 54 LISTA DE TABELAS TABELA 1: Recursos materiais ........................................................................................... 23 TABELA 2: Recursos financeiros ........................................................................................ 24 TABELA 3: Total de recursos materiais e financeiros ...................................................... 24 LISTA DE SIGLAS ADM: Administrativo ARH: Administração de Recursos Humanos CCQ: Círculos de Controle de Qualidade CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica RH: Recursos Humanos SAC: Serviço atendimento ao consumidor TQC: Total Quality Control (Controle de Qualidade Total) S U M Á R I O 1 PROJETO MONOGRÁFICO ........................................................................................... 16 1.1 Título ................................................................................................................................ 16 1.2 Tema ................................................................................................................................ 16 1.3 Dados da Empresa .......................................................................................................... 16 1.3.1 Razão Social .................................................................................................................. 16 1.3.2 Nome Fantasia .............................................................................................................. 16 1.3.3 Endereço ....................................................................................................................... 17 1.3.4 CNPJ ............................................................................................................................. 17 1.3.5 Inscrição Estadual ........................................................................................................ 17 1.3.6 Quadro Societário ......................................................................................................... 17 1.3.7 Capital Social ................................................................................................................ 17 1.3.8 Organograma ................................................................................................................ 18 1.4 Objetivos .......................................................................................................................... 18 1.4.1 Objetivo Geral ............................................................................................................... 18 1.4.2 Objetivos Específicos .................................................................................................... 19 1.5 Problematização .............................................................................................................. 19 1.5.1 Hipótese ......................................................................................................................... 19 1.6 Justificativa ..................................................................................................................... 20 1.7 Resultados Esperados ..................................................................................................... 20 1.8 Metodologia ..................................................................................................................... 21 1.9 Cronograma .................................................................................................................... 22 1.10 Recursos utilizados no projeto .................................................................................... 23 1.10.1 Recursos Humanos ..................................................................................................... 23 1.10.2 Recursos Materiais ..................................................................................................... 23 1.10.3 Recursos Financeiros ................................................................................................. 24 1.10.4 Total geral das despesas do projeto ............................................................................ 24 2 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 25 3 GESTÃO EMPRESARIAL FOCADA NO CLIENTE .................................................. 28 3.1 Gestão estratégica ........................................................................................................... 28 4 GESTÃO DE PESSOAS PARA RESULTADOS ........................................................... 34 4.1 Gestão de pessoas ............................................................................................................34 4.2 Objetivo de gestão de pessoas ........................................................................................ 34 4.3 Processo de gestão de pessoas ........................................................................................ 35 4.4 A estrutura de gestão de pessoas ................................................................................... 36 4.5 Política de Recursos Humanos e o Controle de Qualidade Total ................................ 36 4.6 Conceito de crescimento do ser humano ...................................................................... 37 4.7 Objetivos da educação e treinamento ........................................................................... 38 4.8 Educação e treinamento conduzido dentro da empresa ............................................. 39 5 SATISFAÇÃO, VALOR E RETENÇÃO DE CLIENTES ............................................ 40 5.1 Definição de valor e de satisfação para o cliente .......................................................... 40 5.2 Valor para o cliente ........................................................................................................ 41 5.3 Satisfação do cliente ....................................................................................................... 41 5.4 Cadeia de valor ............................................................................................................... 43 5.5 Rede de entrega de valor ................................................................................................ 44 6 ATRAÇÃO E RETENÇÃO DE CLIENTES .................................................................. 45 6.1 Atração de clientes .......................................................................................................... 45 6.2 Cálculo do custo de clientes perdidos ........................................................................... 46 6.3 A necessidade de retenção de clientes ........................................................................... 46 6.4 Marketing de relacionamento: a chave ........................................................................ 48 6.5 Estímulos de compra ...................................................................................................... 50 7 IDENTIFICAÇÃO DO CLIENTE .................................................................................. 51 7.1 Tipos de clientes .............................................................................................................. 52 7.2 Pesquisa de satisfação do cliente ................................................................................... 54 8 QUALIDADE NO ATENDIMENTO .............................................................................. 56 8.1 Conceito de qualidade .................................................................................................... 56 8.2 Conceitos de competitividade ........................................................................................ 57 8.3 Os objetivos de uma empresa ........................................................................................ 58 9 ATENDIMENTO AO CLIENTE .................................................................................... 59 9.1 Atendimento e tratamento ............................................................................................. 59 9.2 Percepção e autopercepção ............................................................................................ 60 9.3 Imagem da Empresa ....................................................................................................... 61 9.4 A Empresa e a opinião pública ...................................................................................... 61 10 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR ................................................................ 62 10.1 O processo decisor de compra ..................................................................................... 62 11 PÓS-VENDA .................................................................................................................... 65 12 ESTUDO DE CASO ........................................................................................................ 67 12.1 Questionário interno .................................................................................................... 68 12.2 Questionário sobre o ambiente externo ...................................................................... 83 13 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 93 13.1 Sugestões de melhorias ................................................................................................. 94 REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 96 ANEXOS ............................................................................................................................... 99 16 1 PROJETO MONOGRÁFICO 1.1 Título Qualidade no Atendimento ao Cliente: um estudo de caso da Paracatu Auto Peças Ltda – Paracatu/MG. 1.2 Tema Atendimento ao Cliente como fator de qualidade e de crescimento: uma relação Empresa/Público. 1.3 Dados da Empresa 1.3.1 Razão Social Domingas Oliveira Monteiro – ME. 1.3.2 Nome Fantasia Paracatu Auto Peças. 17 1.3.3 Endereço Rua Urânio nº 4 Amoreiras. 1.3.4 CNPJ CNPJ 07122845/0001-07 1.3.5 Inscrição Estadual Inscrição Estadual 470 350758 0000 1.3.6 Quadro Societário Á empresa Paracatu Auto Peças, não possui um quadro societário, por ela ser uma empresa individual. 1.3.7 Capital Social R$ 250.000,000 18 1.3.8 Organograma Figura 1: Organograma da empresa Fonte: O autor 1.4 Objetivos 1.4.1 Objetivo Geral Estabelecer uma possível relação entre gestão, padrão de qualidade de atendimento ao cliente e resultados obtidos pela empresa. Alisson Campos Assistente Administrativo Rita Diarista Mauro Barros Vendedor Balconista II Francisco O. Vilela Vendedor Balconista Eliezer Rodrigues Gerente 19 1.4.2 Objetivos Específicos • Levantar as principais dificuldades na qualidade de atendimento; • Estudar a realidade atual do mercado; • Identificar forma de gestão e controle eficientes. • Conhecer os processos atuais e diagnosticá-los 1.5 Problematização A pesquisa será orientada por três indagações principais, quais sejam: • Qual é o grau de satisfação dos clientes servidos pela Paracatu Auto Peças? • A qualidade no atendimento influencia concretamente na fidelidade do cliente? • Quais são as políticas de gestão adotadas na empresa a fim de garantir essa qualidade? 1.5.1 Hipótese Nos últimos anos a empresa em questão vem se destacando no mercado e ampliando, mesmo que em processo relativamente lento, os clientes que se tornam assíduos. Notou-se no decorrer do tempo uma maior aproximação dos clientes que geralmente criam vínculos mais sólidos e harmônicos nas relações com gestor e funcionários da empresa. Se por um lado exigem maior atenção e tempo no atendimento, por outro, acabam se transformando em consumidores que não se preocupam em comparar os preços da mesma com outras empresas do mercado. Como a ParacatuAuto Peças sempre deu especial atenção ao atendimento presume-se assim que esta forma especial de relacionamento entre empresa e cliente é determinante no crescimento da mesma. 20 1.6 Justificativa A expressão qualidade rotula o grande desafio dos homens que, historicamente, buscam-na por todos os meios e por diferentes caminhos. No segmento empresarial, ela é considerada não só de grande importância, mas como fator de sobrevivência, sobre tudo por aquelas organizações administradas sob uma visão estratégica e que, por conseguinte, desempenham destacados papéis neste mundo competitivo. Porém o desafio de conquistá-la não é uma tarefa tão fácil como pode parecer. As transformações na estratégia mercadológica das empresas nacionais vem acontecendo paralelamente à globalização das economias mundiais, demandando das empresas candidatas à sobrevivência, aumento de produtividade, redução de custos, padronização da qualidade dos produtos e preços mais baixos para o consumidor final, ou seja, uma gestão definitivamente estratégica e ampla. Na concepção de Chiavenato (2000), atualmente, administrar de acordo com a qualidade significa postura de liderança empresarial, diferencial no acirrado mundo dos negócios. A globalização é uma das tendências mais marcadas da economia, no entanto, uma de suas consequências imediatas é a competitividade empresarial, onde diversas organizações disputam o mesmo espaço. 1.7 Resultados Esperados Espera-se que este trabalho, possa mostrar o grau de satisfação dos clientes da Paracatu Auto Peças com os serviços oferecidos pela mesma e a importância da qualidade de atendimento para a organização e o papel do gestor na consolidação dessa qualidade a partir da análise crítica e ética da postura do gestor e funcionários da empresa. Também pretende, a partir dos resultados, constituir-se em fonte de pesquisa acerca dos modelos de gestão da qualidade no atendimento vigentes que demonstram a importância da postura e das práticas profissionais para a qualidade no atendimento, e assim contribuir para uma maior satisfação dos clientes e um posicionamento competitivo aperfeiçoado da empresa no mercado. 21 1.8 Metodologia Para o desenvolvimento do trabalho serão implementadas estratégias de investigação através de levantamento de material bibliográfico e análise dos mesmos. Inicialmente será feita uma pesquisa bibliográfica com o propósito de se investigar sobre a Qualidade no Atendimento e Crescimento da Empresa e aplicado um questionário composto por questões objetivas ao gestor e funcionários da Paracatu Auto Peças. No segundo momento serão analisadas todas as fontes bibliográficas levantadas sobre o assunto e agrupadas as respostas dos questionários para fins de análise e conclusão. Os dados coletados serão de dois tipos: primários e secundários. Os dados primários são aqueles obtidos a partir de informações da própria organização estudada, ao passo que os dados secundários provêm de outras fontes. Os dados primários serão extraídos mediante a realização de entrevistas estruturadas com membros da gerência da firma escolhida, com base num roteiro previamente estabelecido. Nestas entrevistas serão obtidas informações sobre os objetivos estratégicos e as ideias preliminares da empresa. Após as entrevistas, será realizada uma análise da consistência das respostas obtidas, destacando os aspectos importantes para preparar uma relação preliminar de objetivos e medidas. Os dados secundários serão obtidos através de relatórios de atividade e outras publicações, consultas em revistas, jornais e livros especializados, bem como artigos científicos, dissertações e teses. Finalmente os resultados serão sistematizados na forma de gráficos e análise textual mediante comparação com os autores estudados. Os principais autores que fundamentarão o trabalho são Chiavenato (1999, 2000, 2004) Kotler e Keller (2006), Barros (1991), Porter (1986), Costa (2003) Basil e Cook (1999) e Certo e Peter (1993). 22 1.9 Cronograma Mês/Etapas 01/2011 2/02011 03/2011 04/2011 05/2011 06/2011 07/2011 Escolha do tema X Levantamento bibliográfico X Elaboração do projeto X X Apresentação de projeto X Coleta de Dados X X X X X X Análise de Dados X X Organização do roteiro/partes X X X Redação do trabalho X X X X Revisão e redação final X X Entrega da Monografia X X Defesa da Monografia X Figura 2: Cronograma de atividades Fonte: O autor 23 1.10 Recursos utilizados no projeto 1.10.1 Recursos Humanos RECURSOS HUMANOS Aluno Orientador Funcionários • Eliezer Nicolau Rodrigues Monteiro • Alan Kardec Guimarães Avelar • Álisson Pereira Alves campos • Francisco oliveira vilela • Mauro Geraldo de Barros • Rita Aparecida Alves Figura 3: Recursos humanos Fonte: O autor 1.10.2 Recursos Materiais Tabela 1: Recursos materiais Itens Quantidade Custo Total Compra de folhas 1000 0,05 50,00 Livros 06 50,00 300,00 Apostilas 08 3,00 24,00 Pastas 10 4,00 40,00 Lapiseira, grafite, caneta 10 1,00 10,00 TOTAL 424,00 Fonte: O autor 24 1.10.3 Recursos Financeiros Tabela 2: Recursos financeiros Itens Quantidade Custo Total Impressão de materiais 600 0,20 120,00 Recarga de cartucho 02 10,00 20,00 Energia 60 0,70 42,00 Água 20 0,50 10,00 Telefone 30 1,50 45,00 Internet (hs) 200 0,09 18,00 Passagens 0 0,00 0,00 Alimentação 0 0,00 0,00 Combustível 10 2,50 25,00 Aluguel 0 0,00 0,00 TOTAL 270,00 Fonte: O autor 1.10.4 Total geral das despesas do projeto Tabela 3: Total de recursos materiais e financeiros Itens Total Recursos humanos 0,00 Recursos materiais 424,00 Recursos financeiros 270,00 TOTAL 694,00 Fonte: O autor 25 2 INTRODUÇÃO Atualmente a globalização, a ampliação do mercado industrial e financeiro exige das organizações conhecimento e domínio de técnicas eficazes de gestão e atendimento ao cliente. É fundamental compreender que atender cliente com qualidade não se resume a tratá-lo bem. Mais do que isso, é preciso saber ouvir e acrescentar benefícios a produtos e serviços objetivando superar as expectativas dos mesmos. É necessário que haja um canal de comunicação direto entre cliente e empresa, através do qual o primeiro é ouvinte que deve atentar-se para as críticas e sugestões transformando-as em insumos à melhoria contínua e especificações de melhores produtos e serviços. Além disso, estudos demonstram que, para a maioria das pessoas a qualidade do serviço é mais importante do que o valor financeiro cobrado por ele e a maioria dos consumidores estão dispostos a pagar mais por serviços de qualidade. A expressão qualidade rotula o grande desafio dos homens que, historicamente, buscam-na por todos os meios e por diferentes caminhos. No segmento empresarial, ela é considerada não só de grande importância, mas como fator de sobrevivência, sobre tudo por aquelas organizações administradas sob uma visão estratégica e que, por conseguinte, desempenham destacados papéis neste mundo competitivo. Porém o desafio de conquistá-la não é uma tarefa tão fácil como pode parecer. As transformações na estratégia mercadológica das empresas nacionais vêm acontecendo paralelamente à globalização das economias mundiais, demandando das empresas candidatas à sobrevivência, aumento de produtividade, redução de custos, padronização da qualidade dos produtos e preços mais baixos para o consumidor final, ou seja, uma gestão definitivamente estratégicae ampla. Porém, esse mercado global impõe um novo desafio às empresas: o desenvolvimento de uma vantagem competitiva sustentável, ou seja, algo que o cliente perceba como um diferencial entre o produto de uma vantagem competitiva sustentável, ou seja, algo que o cliente perceba como um diferencial entre o produto de uma empresa e o da concorrência. De acordo com Barros (1991) o caminho que a organização percorre rumo ao encontro da qualidade é repleto de continuas mudanças, logo busca estar apta para sobreviver no mercado que se torna cada vez mais competitivo. Garantir a sobrevivência de uma organização é cultivar uma equipe de pessoas que saiba montar e operar um sistema, que seja 26 capaz de projetar um bem ou serviço que conquiste a preferência do consumidor a um custo inferior ao de seu concorrente. O administrador ao optar pela busca da qualidade procura a fidelização dos clientes, enfocando as técnicas destinadas a conservá-los a atraí-los. Aumentar a fidelidade exige detectar as principais causas de insatisfação dos consumidores, e em seguida, corrigir esses pontos e melhorar a qualidade oferecida aos clientes em todas as áreas da organização. Para Barros (1991) a realidade é um mercado competitivo, em que empresas, produtos e tecnologia são muito parecidas aos olhos dos clientes. Assim o grande diferencial estratégico certamente está nas pessoas que processam o atendimento aos clientes. Para conseguir este diferencial o profissional deve ter a habilidade no relacionamento e na comunicação com seus clientes, minimizando o desgaste natural do atendimento. Os produtos e serviços estão cada vez mais semelhantes. O diferencial competitivo está na forma como o cliente poderá adquiri-los, ou seja, através do atendimento. Poucas são as empresas que se destacam no atendimento com qualidade. Muitos setores do mercado ainda não perceberam a importância do cliente para o sucesso do empreendimento. No entanto, a qualidade no atendimento se tornou fator crucial para o desenvolvimento inovador das organizações. O diferencial competitivo de qualquer organização passou a ser produtos e serviços de qualidade. Qualidade de serviços é semelhante à qualidade de produtos, pois um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, segura e no tempo certo às necessidades e desejos dos clientes. Nas concepções de Chiavenato (2000) atualmente, administrar de acordo com a qualidade significa postura de liderança empresarial, diferencial no acirrado mundo dos negócios. A globalização é uma das tendências mais marcadas da economia, no entanto, uma de suas consequências imediatas é a competitividade empresarial, onde diversas organizações disputam o mesmo espaço. Para Chiavenato (2000) no mundo globalizado que estamos vivendo é fundamental para as empresas a qualidade no atendimento ao cliente. Contudo, a qualidade no atendimento ao cliente, “que é o diferencial face à concorrência” apresenta um elevado grau de dificuldade para ser alcançada. Isto ocorre porque a qualidade no atendimento depende da mudança de atitude dos profissionais em todos os níveis. Trata-se de uma mudança cultural na empresa que se caracteriza por ser lenta e complexa. Devido ao ambiente altamente competitivo, em especial no ramo de informática, nota-se a importância de agregar qualidade nos serviços prestados, principalmente no que diz respeito 27 à qualidade no atendimento, para se alcançar um diferencial competitivo em relação aos seus concorrentes, proporcionando a fidelização dos seus clientes. De acordo com Porter (1986) a implantação de um serviço orientado ao cliente necessita de um absoluto comprometimento da empresa inteira, a começar por aqueles que determinam os rumos e as estratégias maiores, ou seja, seus diretores e proprietários. A empresa que pretende diferenciar-se agregando valor precisa, antes de tudo, conhecer o que seus clientes necessitam e quais são os atributos dos produtos e serviços que de fato são determinantes no processo de compra. Para isso é fundamental conhecer profundamente o cliente, suas vontades, seus hábitos e seus valores. A fim de investigar acerca do assunto a metodologia do estudo será orientada pela pesquisa bibliográfica e exploratória centrada nas contribuições teóricas de vários autores referentes à qualidade de atendimento nas organizações e os fatores que a influenciam, em livros, artigos publicados e sites da internet. Esta monografia tem como principal objetivo propiciar aos administradores, gerentes ou qualquer profissional, condições de aperfeiçoar o gerenciamento do seu trabalho do dia-a- dia. Apresenta a importância da qualidade no atendimento destacando a qualidade dos produtos ou serviços oferecidos aos clientes, e a importância dos colaboradores para que a empresa possa alcançar esta qualidade. Também pretende propor um modelo de gestão da qualidade no atendimento que demonstre a importância da postura e das práticas profissionais para a qualidade no atendimento, e assim contribuir para uma maior satisfação dos clientes e um posicionamento competitivo aperfeiçoado da empresa no mercado tendo como embasamento teórico básico autores como Chiavenato (1999, 2000, 2004), Barros (1991), Porter (1986), Costa (2003) e Certo e Peter (1993). 28 3 GESTÃO EMPRESARIAL FOCADA NO CLIENTE 3.1 Gestão estratégica A estratégia empresarial constitui um conjunto de políticas capazes de orientar o comportamento da empresa em longo prazo, em relação ao seu ambiente externo. Toda empresa possui a sua estratégia, podendo ela estar explícita em um plano de negócio, ou implícita na mente do empresário. Esta estratégia é para lidar com as oportunidades e ameaças existentes no ambiente. Segundo Certo e Peter (1993) administração estratégica pode ser definida como uma função do topo da organização, pois ela trata do nível institucional da empresa, que analisa, desenvolve e modifica os processos da organização para torná-la eficiente e eficaz, em constantes mudanças. A definição de administração estratégica conforme Certo e Peter (1993, p. 16) é “um processo contínuo e interativo que visa manter uma organização como um conjunto apropriadamente integrado ao seu ambiente”. De acordo com Maximiano (2002) os principais componentes de uma estratégia empresarial são o ambiente de tarefa, a empresa e seus recursos, potencialidades e limitações da empresa com as condições ambientais, a fim de extrair o máximo das oportunidades externas e expor-se o mínimo às ameaças, coações e contingências ambientais. De acordo com Certo e Peter (1993) o processo de administração estratégica é assegurar que a organização se integre ao seu ambiente em constante mudança. A empresa deve acompanhar estas transformações sem perder a sua identidade e assegurar que as metas e os objetivos pré-estabelecidos sejam alcançados. Enquanto a estratégia especifica o que fazer, o planejamento estratégico mostra como fazer, qual o norte a ser seguido, o planejamento estratégico é elaborado a partir de três ferramentas básicas: a análise ambiental, a análise empresarial e a elaboração de estratégias capazes de compatibilizar as condições internas da empresa com a sua capacidade de competir no mercado. A formulação de estratégia é uma tarefa extremamente complicada em face da diversidade de complexidade das forças ambientais e da multiplicidade de forças internas. O gestor precisa estar apto para reconhecer as mudanças e usar ferramentas apropriadas para tratar o problema dentro de todo o contexto organizacional. Aprimorar 29 conhecimento em todas as áreas da organização unindo o conhecimento analítico à prática, desenvolvendo um entendimento na área administrativa para utilizar este conhecimento na tomada de decisão.Segundo Chiavenato (2004a) a estratégia empresarial deve considerar três problemas específicos: o empresarial, o mercado a ser explorado, campo de atuação e dificuldade de inserir neste meio. A estratégia empresarial pode ser avaliada por um conjunto de critérios, objetivos empresariais, ambientes das empresas, recursos e muitos outros. A estratégia empresarial deve estar direcionada, melhor dizendo, sinalizada para os objetivos gerais da organização. Este planejamento precisa, antes de tudo, estudar quais são os fundamentos da empresa em que ela se apoia, qual a sua missão, visão e objetivos. Em organização pequena, um planejamento estratégico poderá ajudá-la no caminho a ser seguido. E sendo bem estruturado, o planejamento sinaliza com ferramentas apropriadas qual o caminho. Seja qual for a metodologia a ser adotada, a estratégia influencia poderosamente a estrutura organizacional, de quem constitui um meio para operacionalizá-la. Segundo Chiavenato (1999) a administração estratégica exige critérios de eficiência e eficácia e envolve todo o processo administrativo de planejar, organizar, dirigir, e controlar a ação empresarial em todos os níveis da empresa. O núcleo central da administração estratégica é a preparação da empresa para enfrentar o mercado amanhã: ela visa orientar a empresa em relação ao futuro, não no sentido de antever os acontecimentos, mas com finalidade que a empresa possa caminhar sozinha, consciente de seus objetivos, baseando em pontos reais e análise de suas próprias condições operacionais que ela se encontra. Em outras palavras, o futuro da empresa não pode ser previsto, mas pode ser planejado e criado. Em qualquer nível da administração, o planejamento define as ações necessárias para enfrentar cenários futuros e atingir metas. Uma organização pode obter diversos benefícios com o planejamento estratégico. Dentre eles, está o aumento da lucratividade da empresa. Um significativo número de pesquisas recentes sugere que um eficiente sistema de gestão estratégica pode aumentar a lucratividade”. A contribuição da administração estratégica na lucratividade atribui-se a visão do administrador do todo da organização e este nota o problema antes que ele ocorra. Ajuda os administradores a serem mais interessados pela empresa, permitindo ações que levam às mudanças e a uma clara visão do negócio. (CERTO; PETER, 1993, p.11). 30 O planejamento fornece uma estrutura de revisão, minimiza os efeitos indesejados, ajuda o administrador a relatar as principais decisões de forma eficiente, melhora o sistema de comunicação interna entre as pessoas que são peças fundamentais para o sucesso de qualquer empreendimento. O administrador é de suma importância em qualquer organização, pois é ele quem vai coordenar e direcionar a empresa, colocando-a com seu perfil. Na administração estratégica será decidido a respeito da conduta da empresa. É de responsabilidade do gestor, formular a missão da empresa, para decidir a respeito do negócio que irá caracterizar o crescimento contínuo da organização. (CERTO; PETER, 1993, p.11) É de responsabilidade também do administrador, formular a filosofia da empresa, estabelecendo valores para formular como devem ser desenvolvidos os trabalhos, estabelecer a política da empresa, desenvolver estratégias, planejar a estrutura organizacional, recrutar, selecionar e desenvolver o pessoal; fornecer instalações e equipamentos para a realização dos negócios, assegurar que o negócio tenha dinheiro e crédito, fornecer organização, controle e planos operacionais; fornecer informações inerentes ao plano a ser executado e, finalmente, manter o pessoal produtivo, motivando as pessoas a agir de acordo com a filosofia e política da empresa. O administrador é articulador que faz as coisas acontecerem. Por isso é importante que ele esteja, juntamente com a equipe, imbuídos com os objetivos da organização, formando uma sinergia em prol do sucesso da instituição. As etapas da administração estratégica são definidas como um processo ou uma série de etapas. De acordo com Certo e Peter (1993), estas etapas são importantes para a gestão estratégica. Estas etapas são: análise do ambiente, estabelecer diretriz organizacional, formulação da estratégia, implementando a estratégia organizacional, controle estratégico: a análise do ambiente é o início, de todo o processo. É nele que se analisa o negócio, as oportunidade, os concorrentes, a demanda de mercado. Segundo Certo e Peter (1993) fazer uso desta ferramenta eficientemente irá auxiliar na análise da viabilidade de um negócio e a sua lucratividade. Para Certo e Peter (1993), a diretriz organizacional é o processo de determinar metas para organização: Há dois indicadores principais de direção para os quais uma organização é levada e estes indicadores: são a missão e os objetivos organizacionais. É importante ter diretriz claramente definida pela missão organizacional. Como afirma o autor, é a 31 missão organizacional que irá definir os rumos que a organização seguirá. (CERTO; PETER, 1993, p 32). Estratégia é o curso de ação com vistas a garantir que a organização atinja seus objetivos. Segundo Certo e Peter (1993) formulação da estratégia lida basicamente com a concorrência, e é importante que o administrador compreenda as diversas abordagens de formulação da estratégia, tais como análise dos pontos fortes e pontos fracos, as oportunidades e outras mais. Implementar etapa que envolve colocar em ação as estratégias desenvolvidas anteriormente, pelas etapas anteriores. Para se implementar com sucesso a estratégia, o administrador deve ter claro quais as mudanças necessárias dentro da organização, qual a melhor forma de lidar com a cultura organizacional e articular que a estratégia seja implementada da forma mais tranquila possível. O controle organizacional se concentra na monitoração e avaliação do processo administrativo. Este processo é para assegurar o desenvolvimento das etapas anteriores e para realimentar o sistema. O ambiente operacional é o nível do ambiente externo da organização, composto por setores que normalmente têm implicações específicas e relativamente mais imediatas na administração da organização. De acordo com Certo e Peter (1993) os principais componentes do ambiente operacional são os clientes, a concorrência, a mão-de-obra, os fornecedores e as questões internas da empresa. Neste nível, o administrador já tem uma clara visão do nível de mudança estratégica que deve ser implementado. Ele já sabe quais os fatores, dentro da organização, contribuirão ou impedirão a implementação da estratégia. É importante ressaltar que, segundo Certo e Peter (1993) para que a implementação estratégica seja bem sucedida, exigem-se quatro tipos básicos de experiência de habilidades de execução. A habilidade em interação é expressa pelo gerenciamento de seu comportamento e do comportamento de terceiros. É a capacidade que o administrador tem de influenciar outras pessoas, tanto dentro como fora, da organização. Os administradores que mostram empatia, capacidade de entender como os outros se sentem, e têm boa experiência de barganha são os melhores implementadores. A habilidade de alocação é a habilidade do administrador de planejar tarefas, recursos e outros valores do orçamento de forma eficiente. A habilidade de monitoração envolve o uso eficiente de informação para monitorar, corrigir quaisquer problemas que surjam no processo de implementação. Um bom 32 implementador possui um processo rápido de realimentação, para corrigir rapidamente erros que possam ocorrer durante o processo. A habilidade de organização é a capacidade de criar redes informais para detectar o problema quando ele ocorrer. Em suma, a implementação necessita de bonsadministradores, com habilidades particulares, para assegurar que a execução das tarefas seja concluída sem que haja obstáculos, e tudo corra no curso mais eficiente possível. O controle estratégico é a principal parte do processo de administração estratégica. O exercício do controle estratégico enfatiza a necessidade da alta administração comprometer-se firmemente com o sucesso do processo de controle estratégico. Controlar é assegurar que os resultados saiam da forma que foi planejado. Exercer controle é uma parte muito importante do trabalho de cada administrador. Para controlar, o administrador precisa entender os resultados de cada ação. Somente, então, poderá determinar se os resultados previstos estão ocorrendo e garantir o seu resultado final. A característica geral do processo de controle é ajudar a alta administração a atingir as metas organizacionais através da monitoração e avaliação do processo de administração estratégica. Os sistemas tradicionais de avaliação e controle de resultados das organizações tem a tendência de enfatizar resultado financeiro final. Segundo Certo e Peter (1993) o que conta nos sistemas tradicionais é a última linha dos demonstrativos de resultados financeiros, que mostra lucro ou prejuízo. Quando a última linha mostra resultado positivo, a situação da empresa é favorável. Mas há casos em que a empresa mostra situação favorável em um período e desconfortável, em outro período seguinte. É preocupação dos administradores de entidade de todo o tipo, privada ou pública, nacionais ou internacionais, comercial ou de serviços, obter informações objetivas e precisas para a tomada de decisão adequada. Com o advento da tecnologia, os sistemas de informações conseguiram aumentar a velocidade no processo do sistema de informação. Toda e qualquer organização depende do desempenho humano para alcançar os objetivos estratégicos, principalmente quando se trata do cliente, responsável final pelo sucesso do empreendimento, sendo necessário desenvolver programas de gestão de pessoas, voltados à satisfação, fidelização e parceria percebida dos clientes. Entende-se por modelo de gestão de pessoas a maneira pelo qual uma empresa se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho para os seus fins. Para isso, a empresa se estrutura definindo princípios, estratégias, políticas e práticas ou 33 processos de gestão. Através destes mecanismos, implementa diretrizes e orienta os estilos de atuação dos gestores em sua relação com aqueles que nela trabalham. 34 4 GESTÃO DE PESSOAS PARA RESULTADOS 4.1 Gestão de pessoas Segundo Chiavenato (2004b), cada administrador seja diretor gerente ou chefe ou supervisor desempenha quatro funções administrativas que constituem o processo administrativo, a saber: • Planejar; • Controlar; • Organizar; • Dirigir. De Acordo Chiavenato (2004b, p.6): A Gestão de pessoas é uma área muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações. Ela é contingencial e situacional, pois depende de vários aspectos, como a cultura que existe em cada organização, da estrutura organizacional adotada, das características do contexto ambiental, do negócio da organização, da tecnologia utilizada, dos processos internos e de outras variáveis importantes. 4.2 Objetivo de gestão de pessoas De acordo com Chiavenato (2004b), conforme a atuação da Administração de Recursos Humanos (ARH), às pessoas podem aumentar ou reduzir as forças e fraquezas de uma organização dependendo da maneira como elas são tratadas. Elas podem ser a fonte de sucesso como podem ser a fonte de problemas. É melhor tratá-las como fonte de sucesso. Para que o objetivo da gestão de pessoas seja alcançado, é necessário que as pessoas sejam tratadas como elemento básico para a eficácia organizacional. Os objetivos da gestão de pessoas são variados. A ARH deve contribuir para eficácia organizacional através dos seguintes meios; • Ajudar a organização a alcançar a alcançar seus objetivos e realizar suas missão. O salto para a eficácia veio com a preocupação em atingir objetivo e resultados. 35 • Proporcionar competitividade à organização. A função da ARH é fazer com que as forças das pessoas sejam mais produtivas para beneficiar clientes, parceiros e empregados. • Proporcionar à organização pessoas bem treinadas e bem motivadas. O primeiro passo prepara e capacitar continuamente às pessoas, segundo passo é dar reconhecimento às pessoas e não apenas dinheiro, pois o reconhecimento leva a satisfação mutua. • Aumentar a auto-atualização e a satisfação das pessoas no trabalho. A felicidade na organização e a satisfação no trabalho são fortes determinantes do sucesso organizacional. • Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho. Esta ligada no conceito experiência do trabalho, como estilo de gestão, liberdade e autonomia para tomar decisões, ambiente de trabalho agradável, segurança no emprego, horas tarefas no emprego adequado e agradável. • Administra e impulsionar a mudança. Essas mudanças e tendências trazem novas abordagens, mais flexíveis e ágeis que garantem a sobrevivência da organização. O profissional da ARH devem saber lidar com mudanças para ajudar á organização em busca do seu sucesso. • Manter políticas éticas e comportamentos socialmente responsáveis. O principio ético devem ser aplicados a todas as atividades da ARH. Tanto as pessoas as organizações devem seguir padrões éticos e de responsabilidade social. 4.3 Processo de gestão de pessoas A moderna Gestão de pessoas para Chiavenato (2004b), consiste de varias atividades integradas, como descrição e análise de cargos, planejamento de RH, recrutamento de seleção, orientação e motivação das pessoas, avaliação do desempenho, remuneração, treinamento e desenvolvimento, relações sindicais, segurança, saúde e bem estar. 36 4.4 A estrutura de gestão de pessoas De acordo com Chiavenato (2004b) a estrutura funcional que privilegiada especialização de cada órgão e a cooperação intradepartamental, mas produz duas conseqüências indesejáveis: • A subjetivação (os objetivos departamentais, objetivo globais e organizacionais) que é uma força centrifuga. • A enorme dificuldade de cooperação interdepartamental (os conflitos dos departamentos e não se cooperam entre si) impede a visão sistêmica e a obtenção de sinergia entre os órgãos. 4.5 Política de Recursos Humanos e o Controle de Qualidade Total A excelente competitividade (alta qualidade e baixos custos) das empresas japonesas em todo mundo deflagrou uma verdadeira corrida por programas de qualidade e produtividade. Hoje já não existe empresário desavisado da necessidade urgente de mudanças neste sentido, para assegurar a sobrevivência de sua empresa. No entanto, percebe-se que, não só no Brasil, mas em todo o mundo ocidental, os empresários não se aprofundam o suficiente para atender o que realmente básico e fundamental para mudar o curso de sua empresa em direção à competitividade. Os seguintes aspectos são básicos e fundamentais: (CAMPOS, 1999; MARTINS, 2001). • O TQC, na abordagem japonesa, é a conjugação de métodos gerencias que são difundidos a todas as pessoas da empresa com o desenvolvimento de um clima que conduza à emoção pelo trabalho. O resultado do trabalho de cada ser humano deve significar muito para sua vida. O controle de qualidade total (TQC) é baseado essencialmente num programa de educação e treinamento por meio do qual todas as pessoas da empresa devem mudar a sua maneira de pensar. Por exemplo: operador de máquina - “Eu era um operador de máquina. Hoje gerencio a máquina”. 37 • O TQC é um programa gerencial centrado nas pessoas e, portanto,é importante aprimorar o recrutamento e seleção, no sentido de se ter um quadro mínimo mas ótimo. • Educar e treinar as pessoas de tal formar e transformá-las nos “melhores do mundo” naquilo que fazem. • Reter estas pessoas nos quadro da empresa de tal forma que a empresa faça parte do projeto de vida de cada um. • Criar condições para que cada empregado tenha orgulho de sua empresa e um forte desejo de lutar pelo seu futuro diante de quaisquer dificuldades. No Japão, a tradição da estabilidade da empresa não é estabelecida por lei nem por acordo sindical, mas por simples opção gerencial. (PALADINI, 2000). A compreensão destes princípios é o requisito mínimo para se entender o sistema de crescimento do ser humano dentro do TQC no estilo Japonês. Não se pode falar em competitividade sem que haja pessoas competentes e dedicadas à tarefa de fazer de sua empresa a melhor do mundo. Portanto, todo programa de crescimento do ser humano deve ser baseado em política de recursos humanos que levem em consideração não só estes aspectos, mas também os formulados no primeiro e atual capítulo. 4.6 Conceito de crescimento do ser humano O conceito de crescimento do ser humano esta baseado na intenção de que as pessoas devem fazer sempre serviços de valor agregado cada vez mais alto. Maior valor agregado para pessoas significa trabalho no qual se escreve, fala, ordena, mostra, instrui, etc, ao invés de mover, copiar, seguir, obedecer, etc. Crescimento do ser humano significa utilizar cada vez mais a mente do individuo e não somente a força braçal. Para isto o individuo deve ser preparado durante toda sua vida. Numa empresa voltada para o “melhoramento continuo”, as pessoas são sempre desafiadas ao utilizar suas mentes, ninguém fica ocioso. É interessante observar que nas empresas japonesas existe um esforço contínuo de “reduzir a necessidade de mão-de-obra.”, 38 não de “reduzir pessoas”. Existe sempre trabalho criativo de melhoria contínua no qual as mente pode ser utilizadas. (CAMPOS, 1999). No caso de um atendedor, por exemplo, o crescimento segue as seguintes etapas básicas: • Somente opera o atendimento. • Inspeciona seu próprio trabalho quando ajudado pelo supervisor. • Inspeciona seu próprio trabalho mas é necessário que o supervisor reavalie mais tarde. • Inspeciona seu próprio trabalho. • Inspeciona seu próprio trabalho e ensina outros atendedores. • A alegria pelo trabalho (motivação), a educação e o treinamento são a base do crescimento do ser humano e do seu reconhecimento perante os atendidos. 4.7 Objetivos da educação e treinamento A educação e treinamento são um meio para o crescimento do ser humano e deve se utilizado tendo como grande objetivo à sobrevivência da empresa, por meio do desenvolvimento das habilidades e desejo de trabalhar. (CAMPOS, 1994). A educação e treinamento têm os seguintes objetivos imediatos: • Desenvolver o raciocínio das pessoas – Este treinamento e baseado no desenvolvimento da “consciência pelos problemas” (resultados indesejáveis de um trabalho) e pela busca das suas causas, de tal forma que nunca voltem a ocorrer. É essencial a prática da separação dos fins de seus meios pelas práticas da pergunta: Por quê? • Desenvolver a sensibilidade e a tenacidade para mudanças. Este treinamento visa a levar ao empregado uma visão crítica do mundo e uma percepção de que nada é perfeito e tudo pode ser mudado para melhor. Estão incluídos neste programa o treinamento para o programa de sugestões e para o Círculo de controle de qualidade (CCQ). 39 • Desenvolver a consciência que a empresa e sua. Este treinamento visa a mostra que a empresa não é meramente num lugar para trabalhar e ser pago. A empresa deve ser vista como uma oportunidade de se realizar uma “visão do futuro”. • Desenvolver as pessoas para o entendimento e cumprimento da missão, objetivos e metas organizacionais, e como atuar para atendê-los internamente e repassá-los externamente aos clientes. (CAMPOS, 1994). 4.8 Educação e treinamento conduzido dentro da empresa A base para educação e treinamento é a motivação do empregado da empresa, obtida pelo gerenciamento do item de controle MORAL por todas as chefias da empresa. A educação é conduzida de três formas: • Treinamento no trabalho - são a educação e treinamento conduzidos pelos superiores hierárquicos, no local de trabalho. Por meio do trabalho da rotina do dia-a- dia, tendo como objetivo colocar a experiência e conhecimento no uso prático. O “Treinamento no trabalho” é a base da educação e treinamento na empresa melhora os resultados do trabalho, torna o trabalho mais interessante e motiva as pessoas a se desenvolverem. O chefe de seção é o responsável por estabelecer o “Plano Anual de Treinamento no Trabalho” para todos os membros de sua equipe. • Auto desenvolvimento - este tipo de educação e treinamento é conduzido no nível individual por meio de esforço do próprio empregado. Para isto ele deve ser desafiado a resolver problemas. • Treinamento em grupo – É o tipo de educação e treinamento conduzidos no nível de toda empresa. Este tipo de educação e treinamento e planejado pelo departamento de treinamento ou por áreas especializadas: por exemplo, o treinamento de atendimento ao cliente e de vendas. (KAPLAN; NORTON, 1997). 40 5 SATISFAÇÃO, VALOR E RETENÇÃO DE CLIENTES Segundo Kotler (2000) atualmente as empresas estão enfrentando um grande aumento da concorrência. Contudo as empresas podem ter melhor desempenho do que as da concorrência se forem capazes de passar de uma orientação de vendas para uma orientação de marketing. As empresas podem conquistar clientes e superar a concorrência realizando um melhor trabalho de atendimento e satisfazendo as necessidades do cliente. Assim fazer certo da primeira vez, em todos os requisitos necessários para o cliente, é a maneira mais fácil de moldar a imagem positiva, satisfazê-lo e conservá-lo. Somente empresas centradas nos clientes são verdadeiramente capazes de construir clientes, e não apenas produtos, e são hábeis em engenharia de mercados, não apenas em engenharia de produtos. (KOTLER, 2000, p. 56). Há empresas que acreditam que buscar clientes é obrigação do departamento de marketing ou de vendas. Mas na verdade o marketing é apenas um dos fatores envolvidos na atração e retenção de clientes. O departamento de marketing só pode ser eficaz em empresas onde os vários departamentos e funcionários tenham projetado e implementado um sistema de entrega de valor ao cliente superior ao da concorrência. 5.1 Definição de valor e de satisfação para o cliente Há mais de 35 anos, Peter Drucker, citado por Kotler (2000, p. 56), observou que: A primeira tarefa de uma empresa é criar clientes. Acredita-se que os clientes avaliam qual oferta proporciona maior valor. Para atingir a satisfação do cliente é necessário conhecer, avaliar os valores que contam mais para o seu cliente em relação ao produto que você oferece. Os valores mais importantes para seu cliente são aqueles que lhe proporcionam maior satisfação. 41 5.2 Valor para o cliente Os clientes comprarão da empresa que segundo a percepção deles, oferecer maior valor. O cliente poderá dar valor aos aspectos da empresa, como: na entrega, no produto, na assistência pós-venda, no crédito, no preço, na marca, na imagem corporativa, na responsabilidade socioambiental, os quais devem ser validados e priorizados os atributos. O valor entregue ao cliente é a diferença entre o valor total para o cliente e o custo total para o cliente. O valor total para o cliente é o conjunto de benefícios que os clientes esperam de um determinado produtoou serviço. O custo total para o cliente é o conjunto de custos em que os consumidores esperam incorrer para avaliar, obter, utilizar e descartar um produto ou serviço. (Kotler, 2000, p. 56). “O cliente em primeiro lugar”; “O cliente é o rei”. Apesar de serem frases batidas, elas exprimem uma postura indispensável para que qualquer organização alcance o êxito. O objetivo comum a todas as empresas é de fornecer soluções para as necessidades de seus clientes, e seu sucesso resultará de fazê-lo de modo a satisfazer os seus clientes. Os clientes operam sob diversas limitações e ocasionalmente fazem escolhas que pesam mais para seu benefício pessoal do que para o benefício da empresa. Entretanto, a maximização do valor entregue é fundamento útil que se aplica a muitas situações e resulta em percepções muito importantes, que requerem o fortalecimento e aumento dos benefícios e a redução dos custos. 5.3 Satisfação do cliente A satisfação dos clientes não é uma opção: é uma questão de sobrevivência para qualquer organização. O objetivo principal de qualquer organização é a satisfação de seus clientes. Sem seus clientes a organização não tem propósito, alias, nem existirá por muito tempo. Para satisfazer o cliente é necessário ter, primeiro, uma compreensão profunda de suas necessidades e, em seguida, possuir os processos de trabalho que possam, de forma efetiva e consistente, resolver essas necessidades. Para isso a organização deverá traduzir essas 42 necessidades em requisitos e cumprir esses requisitos, sempre, porque o cliente não exigirá menos. Isso exigirá a dedicação de recursos para coletar e analisar dados e informações, sistematicamente, para entender os requisitos e as percepções do cliente. (DEMING, 1990). A maneira mais comum de se abordar o relacionamento com o cliente é, primeiro averiguar o que ele quer, e depois, agir a partir disso. Na prática, porém, despende-se muito mais energia averiguando do que agindo. É preciso saber propiciar a tomada de medidas corretas. Os dados de pesquisas devem ser transformados em poderosas informações para a tomada de decisão. As necessidades dos clientes mudam e evoluem constantemente. A organização necessita antecipar-se a essas mudanças para ter vantagens competitivas. Os investimentos nessas atividades produzirão retornos substanciais, mas é importante que a Administração entenda que os retornos mais importantes virão, quase sempre, no meio e no longo prazo. (CROSBY, 2001). As empresas precisam inovar suas ideias e conceitos em busca de sua sobrevivência no mercado competitivo, fornecendo produtos e serviços de qualidade cada vez melhores, antecipando a concorrência. Permanecerá competitiva aquela empresa que valorizar seus clientes, pois necessitam de suporte aos produtos e serviços que utilizam, envolvendo assistência técnica e serviços associados a pós-venda. No entanto, a garantia da qualidade dará aos clientes maior segurança, evitando que pensem nos concorrentes além de oferecer oportunidade de diferenciação na empresa. Relacionar-se com o cliente é uma habilidade estratégica das organizações. Infelizmente poucos executivos nascem bem aparelhados nesse sentido. As diferenças em estilos pessoais, exacerbadas pelas condições estressantes de trabalho, normalmente causam conflitos também pessoais. (LEVITT, 1994). O contato direto com o cliente permite a organização alcançar a excelência no atendimento, pois poderá através de suas informações, prever suas necessidades e superar expectativas. A satisfação dos clientes e a habilidade da empresa de obter lucros são variáveis interdependentes. Os lucros são vitais. Ao mesmo tempo os lucros são os resultados da eficiência com que a organização atende os requisitos e expectativas de seus clientes. O cliente forma sua percepção de uma organização em base a diversidade de impressões que recebe em seus contatos com as pessoas e os produtos e serviços dessa 43 organização. Todas as pessoas que integram a organização fazem alguma coisa para cumprir com os requisitos dos clientes, e por tanto influenciam sua satisfação. Quando todos estejam conscientizados, então a organização poderá ter a certeza de possuir uma cultura orientada ao cliente. Nesse momento, a organização conseguirá o máximo retorno dos recursos investidos nos esforços de medir e analisar a satisfação do cliente e estará pronta a entregar valor e satisfação para o cliente. (CROSBY, 2001). 5.4 Cadeia de valor A cadeia de valor é um instrumento analítico para avaliar processos internos de uma empresa. Além de avaliar cada processo interno, têm também que se preocupar em identificar e avaliar os elos entre as atividades que compõe a empresa. (PORTER, 1986). As principais atividades são: • Logística Interna - As atividades relacionadas com o recebimento dos insumos, armazenagem, estocagem e transporte. • Operações - Manipulação da matéria-prima para transformação dela em produtos e serviços por meio dos processos internos da organização. • Logística Externa - O canal de distribuição do produto. • Marketing e Vendas - Oferecimento do produto aos compradores. • Serviços - Agregações de valor ao produto oferecido. Todo o tipo de serviço de pós- vendas (assistência técnica, garantia ou manutenção, por exemplo). Atividades de Apoio: • Infra-estrutura da Empresa - Inclui a gerência geral e a rede de relacionamentos da empresa, até mesmo com o governo, além de abranger a questão da qualidade do produto. • Gerência de recursos humanos (RH) - Afeta a vantagem competitiva em qualquer empresa, mediante seu papel na determinação das qualificações e da motivação dos empregados e do custo de contratação e treinamento. (PORTER, 1989). • Desenvolvimento de Tecnologia - todo o investimento realizado em tecnologia que estará diretamente associado à otimização do processo de produção e, ao final da cadeia de valores, ao próprio bem ou serviço. 44 • Aquisição - diz respeito a toda compra de matéria-prima ou insumos para a produção do bem que será vendido. (PORTER, 1989). É importante compreender que a gestão de uma cadeia de valor assente na lógica colaborativa funciona com o sistema de dados existente na empresa. Não é necessário, portanto, investir na aquisição de um novo conjunto de dados. Trata-se simplesmente de retirar o maior valor possível da informação que já está presente na base, ou nas várias bases, de dados com as quais a empresa já trabalha. O primeiro objetivo de uma empresa é obter vantagem competitiva. Que é o valor que uma empresa consegue criar para seus compradores o qual ultrapassa o custo de fabricação da empresa. A vantagem competitiva resulta do posicionamento da empresa, delineado no planejamento estratégico, com o objetivo de gerar o maior valor possível. 5.5 Rede de entrega de valor Apresentada atualmente como fundamental para a vantagem competitiva das empresas, a desintegração vertical de processos é uma ação geral que, uma vez adotada, leva a novas formas de relacionamento com fornecedores. Estas novas formas de relacionamento de empresas com fornecedores fazem com que as redes de entrega de valor passem a ser estruturadas por meio de vínculos de cooperação contratual, em contraposição à estruturação vertical por meio de vínculos de cooperação hegemônica. (ABRAMCZUKL, 2001). O sucesso das empresas relaciona-se à sua habilidade de operar em rede de entrega de valor dinâmica e virtualmente conectada, e não pela atuação isolada e estática. É preciso aumentar a eficiência para reduzir custos e melhorar o serviço para alavancar as vendas. É necessário desenvolver uma rede de entrega de valor visível para colaborar com fornecedores e clientes. Para ter sucesso, a empresa também deve buscar
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