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Prof: Alvaro Bastoni Junior Propriedade Intelectual, Direito e Ética UNIDADE I – NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL, PENAL, TRABALHO, CIVIL E CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – como o próprio nome da disciplina consagra, temos uma parte dedicada ao Direito, do qual foram selecionados 5 campos. O estudo do Direito Constitucional é importante pois, além de ser a lei maior, é nela em que aparecem os direitos exclusivos do Autor sobre sua obra, onde também encontramos a proteção e direitos a honra, imagem e o nome (título de uma obra, por exemplo). Já o Direito Penal, dentre outros detalhes, nos dá a noção de Furto ou Roubo, sendo importante tal análise para se consubstanciar a possibilidade ou não do furto de informação; além do Crimes Contra Propriedade Intelectual; Junto ao Direito do Trabalho temos as definições de empregado e empregado; na primeira fazemos a relação entre empregado e, por exemplo, cooperativado, situação bastante comum na contratação de profissionais da área de tecnologia e, hoje, bastante incipiente a questão da utilização do e-mail funcional e a possibilidade de monitoramento pelo empregador, podendo até sua má utilização causar a chamada desídia, uma forma de rompimento do contrato de trabalho por justa causa; No Direito Civil temos como principal tema os contratos, sua formação e validade jurídica. No Código de Defesa do Consumidor duas definições são importantes, a de produto e serviço – até porque, dependendo do tipo de contrato e consequente pactuação e software pode ser produto ou serviço, o que tem grande importância junto as questões referentes a software ditos “proprietários” e “livres” (free). Sem contar a questão de responsabilidade civil. UNIDADE II – LEI DE DIREITOS AUTORAIS –Lei 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 – nesta unidade temos o começo do estudo sobre propriedade intelectual (que é diferente da propriedade industrial); estra lei trata sobre que tipo de obras são protegidas – inclusive determinando que o programa de computador é uma obra protegida como Direito Autoral, com a principal consequência de creditar a quem cria o programa a condição de Autor e, assim, dando a este profissional alguns direitos chamados de morais (que são diferentes dos direitos patrimoniais), suas garantias e formas de registro. Trata-se do direito de sequência ou sequela (droit de suite) que não é conferido a todas as obras e, também, a duração destes direitos – Domínio Público – e a limitação destes direitos. UNIDADE III – PROTEÇÃO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL DE PROGRAMA DE COMPUTADOR,LEI Nº 9.609 , DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 – Esta lei trata dos direitos e deveres para quem cria um programa de computador. Direitos e Deveres em razão da lei conter em seu texto os direitos dos usuários do programa comercializado. Trata, também, dos Direitos do Autor e do Registro – determinando sua obrigatoriedade ou não, dependendo do caso; trata de quando o programa pertence “exclusivamente” ao empregador ou “exclusivamente” ao empregado, as aspas na palavra exclusivamente são propositais pois não se pode interpretar literalmente como o legislador escreveu o texto, pois cabe algumas considerações sobre esta formulação, ligada intimamente sobre os direitos morais e patrimoniais inerentes a obra. E ponto importante as questões relativas aos tipos de Contrato de Licença, Comercialização e Transferência de Tecnologia -com íntima ligação a cessão, ou não, do Código Fonte durante a venda do programa. UNIDADE IV – DIREIRO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL – Lei 9279, DE 14 DE MAIO DE 1996 – Esta unidade tem a importância de demonstrar outras formas de proteção a capacidade intelectual; sendo mais especificamente as relativas a propriedade industrial – Marca, Patente (pois em alguns países o software é protegido como tal), Desenho Industrial (umas das formas de proteção de uma Home-Page, juntamente com a Lei de Direito Autoral , lei 9610e a Lei de Software, lei 9609) e os Crimes contra Concorrência Desleal. UNIDADE V – NOÇÕES DE ÉTICA- Esta unidade é importante pois acaba dando “um norte” a quase todas as outras do programa, pois quer situação mais anti-ética do que cometer uma contrafação; não respeitar a capacidade do outro interferindo no processo e possibilidade de inovação. Tudo isso dentro o suporte Jurídico e Moral, fazendo a diferença em Moral, Ética e Justiça dentro das atividades profissionais. Diferenciando, também, que códigos de Ética não são necessariamente os códigos de Conduta das empresas, pois, muitas vezes estes código são anti-éticos e com valor jurídico discutível. A disciplina Direito, Propriedade Intelectual e Ética envolve praticamente todos os ramos da ciência jurídica. Analisaremos problemas e discussões nos campos da privacidade, direitos autorais, crimes, tributação, documentos, provas, contratos, processo, consumo, eleições, entre outros. Aula 1: Noções de Direito Constitucional Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Identificar a importância do Direito Constitucional na Defesa da Propriedade Intelectual. 2. Compreender os conceitos de legalidade, de dignidade da pessoa humana, de valor social do trabalho e a livre iniciativa de liberdade de expressão e acesso à informação. http://www.youtube.com/watch?v=RTbQRG0rOS4&feature=related Bem-vindo(a) à primeira aula da disciplina Propriedade Intelectual, Direito e Ética. Esta aula apresenta a importância do Direito Constitucional na vida do cidadão, sua relação com a propriedade intelectual e alguns Princípios constitucionais importantes na defesa dos Direitos e Garantias Fundamentais do Homem. Nosso instrumento de estudo será a Constituição, e veremos em específico alguns artigos dos dois primeiros títulos: Dos Princípios Fundamentais Dos Direitos e Garantias Fundamentais Vamos começar abordando noções de Direito Constitucional. Mas o que significa Direito Constitucional? Direito submetido a uma Constituição Referente à Constituição de um Estado Fundamentado na organização e no funcionamento de um Estado Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 TÍTULO I Dos Princípios Fundamentais Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:... No Brasil, a forma de estado adotada é a de uma Federação que significa a coexistência pacífica em um mesmo território de unidades dotadas de autonomia pública, possuindo tipos de competências exclusivas e discriminadas no texto constitucional. FORMA DE ESTADO: FEDERAÇÃO UNIDADES: AUTONOMIA PÚBLICA O Brasil tem como forma de governo a República – forma adotada desde 1889 – e continuou por todas as consequentes Cartas Magnas. Uma das principais características dessa forma de governo é a obrigatoriedade de alternância de poder. Em relação ao regime político, o caput do artigo 1º da Constituição versa: ... “constitui-se um Estado Democrático de Direito...”. A concepção de “Estado Democrático de Direito” é indissociável do conceito de “Estado Democrático”, o que nos leva a concluir que a expressão “Estado Democrático de Direito” vem traduzir a ideia de um Estado em que todas as pessoas e todos os poderes estão sob o manto do império da Lei e do Direito, e no qual os poderes públicos tenham de ser exercidos por representantes do povo, visando à tentativa de assegurar às pessoas uma igualdade em termos materiais, ou seja, as condições materiais mínimas necessárias a uma vida digna. A Carta Magna determina que os alicerces da República Federativa do Brasil são: a. A soberania. b. A cidadania. c. A dignidadeda pessoa humana. d. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. e. O pluralismo político. Para mais informações, leia agora o texto Alicerces da Republica. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 TÍTULO I Dos Princípios Fundamentais Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 TÍTULO I ... Dos Direitos e Garantias Fundamentais Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:... Esse artigo enumera a maior parte dos direitos fundamentais constantes em nosso ordenamento jurídico constitucional – embora, alguns, não sejam somente individuais, mas também coletivos. Para finalizar, vamos assistir mais um vídeo? Direito Constitucional Fonte: www.youtube.com/watch?v=MXxUrL6HbP8 Nesta aula, você verificou os conceitos de: legalidade; dignidade da pessoa humana; valor social do trabalho e da livre iniciativa; liberdade de expressão; acesso à informação. Artigo sobre Direitos Constitucionais fundamentais: Ana Carolina Lobo Gluck Paul mestranda em Direito Civil comparado pela PUC/SP, professora de Direito Civil na Faculdade do Pará, advogada em Belém (PA). Artigo sobre dignidade da pessoa humana: Augusto César Leite de Carvalho desembargador federal do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região, professor assistente da UFS, mestre em Direito Constitucional pela Universidade Federal do Ceará, mestre e doutorando em Direito das Relações Sociais pela Universidad Castilla la Mancha. Artigo sobre liberdade de expressão: Susan Christina Forster advogada formada pela Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP (1980), sócia de Amaral Gurgel Fischer & Forster Advogados em São Paulo, com pós-graduação em Musicoterapia pelas Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU/SP (2008). Artigo sobre direito à vida e células tronco: Ivan Ricardo Garisio Sartori Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. Professor de Direito Civil na Unisanta, Santos (SP). Na próxima aula, continuaremos o estudo do Direito da Propriedade Intelectual e os aspectos constitucionais do direito à intimidade, à vida privada, à honra, à imagem das pessoas, à inviolabilidade de domicílio, de correspondência, direito à propriedade e os direitos autorais de obras artísticas, científicas e literárias. Então, até lá! Aula 2: Noções de direito constitucional – Parte 2 Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Compreender os princípios constitucionais da inviolabilidade da privacidade, da vida privada, da intimidade, da honra e da imagem das pessoas. 2. Reconhecer os princípios de inviolabilidade de domicílio e de correspondência. 3. Compreender o Direito de Propriedade e os Direitos Autorais Constitucionais. Vídeo: Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=oklaB1DPhcI em-vindo(a) à segunda aula da disciplina Propriedade Intelectual, Direito e Ética. Nesta aula, abordaremos os princípios jurídicos constitucionais da inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra, da imagem das pessoas, bem como da inviolabilidade domiciliar e de correspondência. Trataremos também do Direito de Propriedade e do Direito Autoral Constitucional. Continuaremos nossa sequência a partir do título 2 da Constituição, onde paramos na aula 01. Dos Direitos e Garantias Fundamentais Artigo 5º, X - Inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas Artigo 5º, XI - Inviolabilidade domiciliar Artigo 5º, XII - Inviolabilidade de correspondência Artigo 5º, XXII e XXXI - Direito à propriedade Artigo 5º, XXVII e XXVIII - Direitos Autorais Constitucionais Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 TÍTULO II ... Dos Direitos e Garantias Fundamentais Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:... Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais Art. 5º ... X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º ... XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial. É importante ressaltar que esta inviolabilidade não alcança somente a “casa” (residência do indivíduo). Ela compreende, também, qualquer outro recinto fechado, não aberto ao público, ainda que de natureza profissional, como escritório de advocacia, consultório médico, dependências privadas de empresas e etc. EM TEMPO! Esse dispositivo colocou por terra a possibilidade de determinações administrativas de busca e apreensão de documentos, prática, hoje, absolutamente inconstitucional. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º ... XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal (Vide Lei nº 9.296, de 1996). Artigo 5º, XXII e XXXI - Direito à propriedade Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 TÍTULO II Dos Direitos e Garantias Fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social. Nesta aula, você verificou os conceitos e princípios constitucionais da(o): inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra, da imagem das pessoas; inviolabilidade domiciliar; inviolabilidade de correspondência; direito à propriedade; direito autoral constitucional. Na próxima aula, estudaremos o Decreto-lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940, bem como o Código Penal, e faremos uma análise sobre os tipos de crimes e suas relações com o universo da informática. Então, até lá! Aula 3: Noções de Direito Penal Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Definir crime e diferenciar os tipos de crime (doloso e culposo). 2. Compreenderos tipos de ação penal. 3. Identificar os crimes contra inviolabilidade de segredo e inviolabilidade de segredo profissional. 4. Reconhecer os crimes contra propriedade intelectual. http://www.youtube.com/watch?v=gYdmJeMJ46w Bem-vindo(a) à terceira aula da disciplina Propriedade Intelectual, Direito e Ética. Nesta aula, abordaremos as questões referentes ao Direito Penal e ao Direito Penal de Informática, fazendo com que você compreenda sua importância em relação aos dados e às informações e sua inviolabilidade. Durante toda a aula, estudaremos o Decreto Lei nº 2848, de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal. Continuaremos nossa sequência a partir do título 2 da Constituição, onde paramos na aula 01. Decreto Lei nº 2848, de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal Artigo 18 - I (crime doloso) e II (crime culposo) Artigo 100, §1º e §2º - Da ação penal Artigos 138, 139 e 140 - Dos crimes contra a honra Artigo 153, §1º, §1º-A - Dos crimes contra a inviolabilidade de segredo Artigo 155, §3º e Artigo 157 - Dos crimes contra o patrimônio Artigo 184 - Dos crimes contra a propriedade intelectual CÓDIGO PENAL Art. 18 Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Crime doloso (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Toda ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido. Em nossa Constituição Federal encontramos mandamento que diz competir privativamente ao Ministério Público promover a ação penal pública – Artigo 129, I[1], CF, mediante denúncia. As ações penais de iniciativa privada são aquelas promovidas mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. Artigo 153, §1º, §1º-A - Dos crimes contra a inviolabilidade de segredo Divulgação de segredo Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. § 1º Somente se procede mediante representação. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 9.983, de 2000) § 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Artigo 154 - Dos crimes contra a inviolabilidade de segredo Violação do segredo profissional Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. Artigo 155, §3º e Artigo 157 - Dos crimes contra o patrimônio Furto Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. Roubo Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. Violação de direito autoral Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) § 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) § 2o Na mesma pena do § 1o incorre quem, com o intuito de lucro direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem os represente. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) § 3o Se a violação consistir no oferecimento ao público, mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra ou produção para recebê-la em um tempo e lugar previamente determinados por quem formula a demanda, com intuito de lucro, direto ou indireto, sem autorização expressa, conforme o caso, do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor de fonograma, ou de quem os represente: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003) A partir do conteúdo desta aula, vamos realizar pequenos debates. Escolha um dos temas abaixo e procure refletir sobre ele, registrando sua opinião. TEMA 1: Calúnia, Difamação e Injúria VERSUS Sites de relacionamento TEMA 2: Propriedade Intelectual VERSUS Desemprego TEMA 3: Pirataria VERSUS Cultura Social Nesta aula, você verificou os conceitos e princípios constitucionais da(o): O que é crime – doloso e culposo, roubo e furto; Quais são os crimes contra a honra; O que é crime contra inviolabilidade de segredo e segredo profissional; O que é crime contra a Propriedade Intelectual; Na próxima aula, estudaremos o Decreto-Lei 5.452 de 1º de maio de 1943, Consolidação das leis do trabalho – CLT – com ênfase na definição de empregado e empregador, questões relativas ao e-mail funcional e à Lei nº 10.406, de 10 de Janeiro de 2002, o Código Civil – com ênfase nos Contratos em Geral. Então, até lá! Aula 4: Noções de Direito do Trabalho e Direito Civil Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Definir empregado e empregador. 2. Compreender o instituto jurídico da desídia na relação de trabalho. 3. Reconhecer os tipos de contrato em geral – especialmente o contrato de adesão. 4. Reconhecer os crimes contra propriedade intelectual. DECRETO-LEI N.º 5.452 - Definição de empregador Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. - O direito social ampara apenas o trabalho humano pessoal. Os serviços prestados por pessoa jurídica não podem ser objeto de um contrato de trabalho. - Para que se inicie a aplicação de todas as consequências jurídicas previstas, não é suficiente a celebração do contrato de trabalho (verbal ou escrito). É necessário o efetivo trabalho. - Nas relações de trabalho, temos a subordinação do empregado a ordens do empregador, colocando à disposição deste sua força de trabalho. Direito do Trabalho DESÍDEA - Questões relativas ao e-mail funcional DESÍDIA, ARTIGO 482, ALÍNEA “E” E “G”. Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: e) desídia no desempenho das respectivas funções; g) violação de segredo da empresa;. NÚMERO ÚNICO PROC: AIRR - 1542/2005-055-02-40 PUBLICAÇÃO: DJ - 06/06/2008 A C Ó R D Ã O 7ª TURMA IGM/lag/ss PRELIMINAR DE NULIDADE DO JULGADO POR CERCEAMENTO DE DEFESA. PROVA ILÍCITA. ACESSO PELO EMPREGADOR À CAIXA DE E-MAIL CORPORATIVO FORNECIDA AO EMPREGADO. ÓBICE DA SÚMULA 126 DO TST. 6. A concessão, por parte do empregador, de caixa de e-mail a seus empregados em suas dependências tem por finalidade potencializar a agilização e eficiência de suas funções para o alcance do objeto social da empresa, o qual justifica a sua própria existência e deve estar no centro do interesse de todos aqueles que dela fazem parte, inclusive por meio do contrato de trabalho. 7. Dessa forma, como instrumento de alcance desses objetivos, a caixa do e-mail corporativo não se equipara às hipóteses previstas nos incisos X e XII do art. 5º da CF, tratando-se, pois, de ferramenta de trabalho que deve ser utilizada com a mesma diligência emprestada a qualquer outra de natureza diversa. Deve o empregado zelar pela sua manutenção, utilizando-a de forma segura e adequada e respeitando os fins para que se destinam. Mesmo porque, como assinante do provedor de acesso à Internet , a empresa é responsável pela sua utilização com observância da lei. 8. Assim, se o empregado eventualmente se utiliza da caixa de e-mail corporativo para assuntos particulares, deve fazê-lo consciente de que o seu acesso pelo empregador não representa violação de suas correspondências pessoais, tampouco violação de sua privacidade ou intimidade, porque se trata de equipamento e tecnologia fornecidos pelo empregador para utilização no trabalho e para alcance das finalidades da empresa. Direito Civil LEI nº 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. - Dos contratos em geral LEI No 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002. Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato. Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé. Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente. Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio. Art. 425. É lícito às partes estipular contratos atípicos, observadas as normas gerais fixadas neste Código. Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso. Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta: I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante; II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente; III - se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado; Contratos: A “função social do contrato” acentua a diretriz de “sociedade de direito” e por identificação dialética guarda intimidade com o princípio da “função social da propriedade”, prevista na Constituição. Princípio da propriedade: conjunto de deveres, exigidos nas relações jurídicas. Princípio da boa-fé: reflete uma regra de conduta e consubstancia a eticidade orientadora da construção do Código Civil. A referência a contrato de adesão sugere, por conceituação legal, espécie e não gênero. Não existe um contrato de adesão, existem contratos celebrados por adesão. O ofertante não pode privar o aderente de direito resultante da natureza do negócio ao qual este aderiu. As partes podem ajustar os contratos, verificando, para esse fim, as normas que disciplinam os contratos típicos. A lei proíbe a estipulação de pacto sucessório, não se permitindo cogitar de sucessão futura. É uma declaração unilateral de vontade. Assume caráter de obrigatoriedade, salvo cláusula expressa. É a força que vai determinar uma série de movimentos por parte do solicitado. A partir do conteúdo desta aula, vamos realizar pequenos debates. Escolha um dos temas abaixo e procure refletir sobre ele, registrando sua opinião. TEMA 1: E-mail funcional VERSUS ambiente de trabalho TEMA 2: E-mail funcional VERSUS princípio constitucional de privacidade TEMA 3: Contratos de adesão VERSUS cláusulas abusivas Nesta aula, você verificou os conceitos e princípios constitucionais da(o): Quais são as principais características da definição de empregado; Quais são as principais características da definição de empregador; Qual é a consequência de desídia em relação ao e-mail funcional; Qual é a importância dos contratos. Na próxima aula, analisaremos a Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990, o Código de defesa do Consumidor, com ênfase na definição de consumidor, fornecedor, produto e serviço (quando o software é produto ou serviço). Falaremos também sobre a definição de defeito e de vício, sobre publicidade enganosa ou abusiva e sobre proteção contratual. Aula 5: Noções de Direito do Consumidor Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Definir consumidor e fornecedor. 2. Definir produto, material e imaterial. 3. Definir serviço. 4. Compreender os conceitos de vício e defeito do produto ou do serviço. 5. Compreender os conceitos de vício e defeito do produto ou do serviço. 6. Compreender o instituto jurídico da proteção contratual. Video de 51 minutos (saberdireito) Direito do Consumidor http://http://www.youtube.com/watch?v=DyvY3XgSw6o Bem-vindo(a) à quinta aula da disciplina Propriedade Intelectual, Direito e Ética. Nesta aula, abordaremos as principais características do Direito do Consumidor, definindo consumidor, fornecedor, produto ou bem (material e imaterial), serviço, vício e defeito, publicidade enganosa e abusiva. Falaremos também sobre proteção contratual (direito de arrependimento ou reflexão). Artigo 3º § 2º Definição de Serviço A amostra grátis diz respeito não só ao produto mas também ao serviço, que trataremos a seguir. Há uma única referência à amostra grátis no CDC, constante do parágrafo único doArtigo 39 que libera o consumidor de qualquer tipo de pagamento. É importante enfatizar que o produto entregue como amostra grátis está submetido a todas as exigências legais ligadas à qualidade, à garantia, à durabilidade, à proteção contra vícios e defeitos. LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. A partir do conteúdo desta aula, vamos realizar pequenos debates. Escolha um dos temas abaixo e procure refletir sobre ele, registrando sua opinião. TEMA 1: Produto com vício VERSUS Software pode ter vício? TEMA 2: Contratos a distância VERSUS Proteção pelo CDC TEMA 3: Direito de arrependimento VERSUS Software já instalado Acesse o Fórum de Discussão e poste sua resposta no tópico Tema para discussão – Aula 3. Aproveite para comentar as respostas dos seus colegas. Nesta aula, você identificou: quem são consumidores e fornecedores; o que é produto e serviço; o que é publicidade enganosa e abusiva; o que significa proteção contratual do consumidor; o que é vício e defeito. Na próxima aula, estudaremos a Lei 9610, Lei de Direitos Autorais, com ênfase nos direitos de autor e o que lhe são conexos, bens móveis, interpretação restritiva, publicação da obra, das obras protegidas, da autoria das obras, do registro das obras, dos direitos morais do autor, obras coletivas e de coautoria. Aula 6: Noções de Direitos Autorais Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Definir Direito de Autor e Direitos Conexos. 2. Reconhecer os Direitos Autorais como bens móveis. 3. Compreender as restrições aos contratos em Direito Autoral. 4. Definir Contrafação. 5. Definir obras artísticas, científicas e literárias; coletivas e de coautoria. 6. Identificar as formas de registros das obras. 7. Definir direitos patrimoniais e direitos morais sobre a obra. Nesta aula, abordaremos as questões relativas ao Direito de Autor, suas características e peculiaridades em relação a outros campos do Direito. Definiremos autor e os direitos conexos, os tipos de obra (artísticas, científicas e literárias), os direitos patrimoniais e morais das obras intelectualmente protegidas e contrafação. Conexos . Nesta aula, você aprendeu: o que significa Direito de Autor e os que lhe são conexos; o que é Direito Moral do Autor; quais são os tipos de obra intelectualmente protegidas; o que significa ser autor de uma obra intelectualmente protegida; quais são os tipos de registro de obra intelectualmente protegida. Aula 7: Noções de Direitos Autorais Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Definir os direitos patrimoniais do autor. 2. Identificar os prazos de proteção dos direitos patrimoniais do autor. 3. Reconhecer as limitações dos direitos autorais. Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=6IIUa089seE Bem-vindo(a) à sétima aula da disciplina Propriedade Intelectual, Direito e Ética. Nesta aula, abordaremos as questões relativas aos direitos patrimoniais do autor. Estudaremos o prazo de duração e as limitações dos direitos de autor. Nesta aula, falamos sobre: as formas de utilização, fruição e disponibilidade das obras intelectualmente protegidas; os tipos de autorização para utilização da obra pelo autor; os prazos de proteção das obras intelectualmente protegidas; os prazos de proteção dos Direitos Patrimoniais; as limitações dos Direitos de Proteção dos Direitos Autorais; paráfrases e paródias; a proteção às obras em logradouros públicos. Na próxima aula, estudaremos a lei 9609, de 19 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre a Proteção da Propriedade Intelectual de Programas de Computador. Falaremos sobre a proteção ao Direito de Autor e de Registro nos seguintes casos: quando o programa de computador pertence ao empregador; quando o programa de computador pertence ao empregado. Além disso, abordaremos as garantias do usuário do programa de computador, bem como o contrato de licença de uso e transferência de tecnologia e as infrações e penalidades. Então, até lá! Aula 8: Noções da Proteção Intelectual de Programa de Computador Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Definir o que é programa de computador. 2. Compreender a proteção do programa de computador e do registro. 3. Identificar quando o programa de computador pertence ao empregado e quando este pertence ao empregador. 4. Compreender os prazos de garantia e validade técnica e os direitos do usuário de programa de computador e dos contratos de licença de uso, transferência de tecnologia e código fonte. 5. Enumerar as infrações e penalidades na contrafação de software. Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=_wyb_iKvlPo Bem-vindo(a) à sétima aula da disciplina Propriedade Intelectual, Direito e Ética. Nesta aula, falaremos sobre programas de computador, identificando seus tipos de proteção e definindo quando o programa de computador pertence ao empregado e quando pertence ao empregador. Além disso, abordaremos os prazos de garantia e de validade técnica, licença de uso, transferência de tecnologia, código fonte e as penalidades e infrações. Atenção: A tentativa do legislador em definir “programa de computador” deixou bastante a desejar e poderia ter causado grande dificuldade para o enquadramento de sua proteção, visto que tem a característica de estar sempre em constante mutação, ou seja, sofrendo atualizações constantes. No tocante ao artigo 1º, passamos a nos concentrar em algumas considerações. Quando o legislador definiu que o programa de computador é um conjunto de instruções que faz uma máquina trabalhar para fins determinados, correu o risco de tornar a definição inexata. O mesmo ocorre quando explicita que as instruções podem ser em linguagem natural ou codificada, ou ainda, que as instruções deverão conter um suporte físico de qualquer natureza. A característica relacionada a meio físico ou suporte físico nos reporta à Lei de Direitos Autorais – Lei 9610/98 – que tem relação com o “corpus mechanicus”, em analogia às pinturas, às fotografias, às obras literárias, musicais, filmes etc. Atenção: O fato de deter o documento fiscal não significa que o consumidor conheça as regras de utilização, nem prova que ele concordou com elas. Ou seja, o documento fiscal comprova o direito de uso, mas não a aceitação dos termos que podem ser específicos, como, por exemplo, vetar o uso de aplicações diferenciadas ou em conjunto com outros programas. Isso evita que o consumidor compre um programa e depois se depare com situação típica de que é necessária a compra de outro software para sua instalação. Assim, de nada adianta ter o documento fiscal, pois este não estabelece certas diretrizes e isso poderá ser um grande problemapara quem comercializou o produto, pois o suporte técnico complementar deve permanecer enquanto perdurar a validade técnica da versão comercializada. É imprescindível que quem for comercializar o software tenha o máximo de informação acerca de suas obrigações. Nesta aula, você aprendeu: o que é programa de computador; quando o programa de computador pertence ao empregador; quando o programa de computador pertence ao empregado; sobre a proteção dos usuários de programa de computador; o que é prazo de validade técnica e a diferença em relação ao prazo de garantia; o que é contrato de licença de uso e contrato de transferência de tecnologia com entrega do código-fonte. quais as infrações e penalidades quando da contrafação de software. Na próxima aula, analisaremos a Lei 9279, de 14 de maio de 1996, que regula os direitos e obrigações relativos à Propriedade Industrial, definindo o que é Patente e Desenho Industrial. Aula 9: Direito da Propriedade Industrial Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Definir Propriedade Industrial. 2. Definir Patente. 3. Definir Desenho Industrial. Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=uuayJEdbNyc Propriedade industrial, é o direito que mais cresce. LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996 Art. 6º Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade, nas condições estabelecidas nesta Lei. Art. 6º Ao autor de invenção ou modelo de utilidade será assegurado o direito de obter a patente que lhe garanta a propriedade, nas condições estabelecidas nesta Lei. Art. 8º É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. Art. 61. O titular de patente ou o depositante poderá celebrar contrato de licença para exploração. Art. 68. O titular ficará sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os direitos dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder econômico, comprovado nos termos da lei, por decisão administrativa ou judicial. § 1º Ensejam, igualmente, licença compulsória: I - a não exploração do objeto da patente no território brasileiro por falta de fabricação ou fabricação incompleta do produto, ou, ainda, a falta de uso integral do processo patenteado, ressalvados os casos de inviabilidade econômica, quando será admitida a importação; ou II - a comercialização que não satisfizer às necessidades do mercado. O QUE É UMA PATENTE A Patente é um título de propriedade temporário concedido pelo Estado, com base na Lei de Propriedade Industrial, às pessoas que inventam novos produtos ou processos, ou fazem aperfeiçoamentos destinados a aplicação industrial. É importante saber que a concessão deste direito é temporária e apenas válida no país no qual a proteção foi concedida. QUAIS O TIPOS DE PATENTE: - Patente de Invenção Refere-se a produtos ou processos absolutamente novos e originais, que não decorram da melhora daqueles já existentes. O prazo máximo de proteção é de 20 anos a contar da data do depósito do pedido. PATENTES O artigo 7º estabelece o princípio do first-to-file (primeiro a depositar), já consagrado no direito brasileiro nas legislações anteriores e na grande maioria dos países, em oposição ao sistema norte-americano de first-to-invent (primeiro a inventar), segundo o qual o direito à patente, em caso de conflito, cabe ao autor que primeiro realizou a invenção, independente da data do registro. Já o artigo 8º estabelece que as invenções devem atender aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. LEI Nº 9.279, DE 14 DE MAIO DE 1996 Desenho Industrial Art. 94. Ao autor será assegurado o direito de obter registro de desenho industrial que lhe confira a propriedade, nas condições estabelecidas nesta Lei. Art. 95. Considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial. DESENHO INDUSTRIAL – NATUREZA DA PROTEÇÃO O Desenho Industrial é a forma plástica de um objeto ou conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicada a um produto, propiciando resultado visual novo e original. O registro do Desenho Industrial protege a configuração externa do objeto e não o funcionamento do mesmo. O registro do Desenho Industrial vigora por 10 (dez) anos contados da data do depósito, prorrogáveis por mais 3 (três) períodos sucessíveis de 5 anos, até atingir o prazo máximo de 25 (vinte e cinco anos). Artigo 97, da lei 9279 – determina que... “o desenho industrial é considerado original quando dele resulta uma configuração visual distinta, em relação a outros objetos”... sendo considerados ORIGINAIS quando dele resulte configuração usual distinta em relação a um objeto anterior. Obs.: Desenho Industrial não se confunde com Desenho Artístico. O desenho Industrial refere-se ao desenho de um produto de fabricação replicável, enquanto o desenho artístico, é a expressão artística não aplicável a fins industriais. Os registros de Desenho Industrial são concedidos sem exame prévio quanto à novidade e originalidade. Por isso, é importante que o interessado efetue uma busca prévia. Art. 96. O desenho industrial é considerado novo quando não compreendido no estado da técnica. § 1º O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido, no Brasil ou no exterior, por uso ou qualquer outro meio, ressalvado o disposto no § 3º deste artigo e no art. 99. Art. 97. O desenho industrial é considerado original quando dele resulte uma configuração visual distintiva, em relação a outros objetos anteriores. Art. 100. Não é registrável como desenho industrial: I - o que for contrário à moral e aos bons costumes ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas, ou atente contra liberdade de consciência, crença, culto religioso ou ideia e sentimentos dignos de respeito e veneração; II - a forma necessária comum ou vulgar do objeto ou, ainda, aquela determinada essencialmente por considerações técnicas ou funcionais. NOVO O desenho industrial deve preencher o requisito “novidade”, sendo diferente daquele que se encontra no estado da técnica. ORIGINAL Sua configuração usual deve ser percebida como distintiva. O desenho proposto não pode ser confundido com objetos conhecidos, quando colocados lado a lado. Nesta aula, você aprendeu: o que é uma patente; como funciona o direito de obtenção e garantia de propriedade; quais são os critérios de patenteabilidade; o que não é passível de patenteabilidade; o que é licença compulsória de uma patente; o que é desenho industrial; quais são as questões relativas ao estado da técnica e originalidade; o que não é passível de registro como desenho industrial. Na próxima aula, analisaremos questões relativas a crimes de concorrência desleal e abordaremos noções de comportamento ético dentro das corporações. Aula 10: Noções de Proteção a Propriedade Industrial das Marcas, Dos Crimes Contra Concorrência Desleal e Ética. Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Definir marca. 2. Identificar o que é passível de registro como marca. 3. Compreender as proibições quanto ao registro de marca. 4. Reconhecer os crimes contra concorrência desleal. 5. Compreender noções de Ética. Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=CIYBHG2qqP0Nesta aula, vamos analisar a definição de marca, identificando o que é possível e passível de registro como marca. Além disso, abordaremos os crimes contra concorrência desleal e os conceitos básicos de ética em visitas a sites relacionados a esse tema. Assim como na aula 9, estudaremos a Lei 9279, de 14 de maio de 1996. Artigos 122 e 123, I, II, III - Das marcas Artigo 195 I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX - Dos Crimes Contra Concorrência Desleal Nesta aula, você aprendeu: quais são os tipos de marca; o que não é passível de registro como marca; quais são os crimes contra concorrência desleal.
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