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Aula 08 Prática II Contestação

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 15º VARA DO TRABALHO DO DE RECIFE – PE
Processo nº 1234
TRANSPORTE RÁPIDO LTDA., sociedade empresária, incrita no CNPJ sob nº xxx, com endereço eletrônico xxx, com sede na rua xxx, nº xxx, CEP: xxx, (cidade), (estado), nesse ato representada por seu sócio xxx, brasileiro, estado civil xxx, empresário, com identidade nº xxx, inscrito no CPF sob nº xxx, vem a presença de Vossa Excelência, por meio de seu advogado infra-assinado, com endereço eletrônico xxx, com endereço profissional sito à rua Maurício de Abreu, nº 105, CEP: 25086-296, onde recebe intimações, com fulcro no art. 840, §1o, da CLT c/c art. 77, V e 319 do CPC, tempestivamente, apresentar sua 
CONTESTAÇÃO
às alegações formuladas por GILSON REIS, já qualificado nos autos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA acima, baseada nos motivos e fundamentos a seguir expostos
1 – DO MÉRITO
1.1 – DA PREJUDICIAL DE MÉRITO
Requer a aplicação do marco prescricional aos pedidos anteriores a 25/10/2012, conforme preceitua o art. 7º, XXIX, CF/88 c/c art. 11, I, CLT e Súmula 308, I do TST.
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;”
“Art. 11 - O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve:
I - em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato;”
“SUM-308 PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
I. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato. 
II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988.”
1.2 – DA REINTEGRAÇÃO DO OBREIRO
Não merece prosperar tal pedido, uma vez que a candidatura ocorreu no decorrer do aviso prévio laborado, conforme preceitua a Súmula 369, V do TST.
“SUM-369 DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA
(...)
V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.”
1.3 – DAS HORAS EXTRAS
Não merece prosperar o pedido da Reclamante, uma vez que jamais laborou em horário extraordinário, conforme preceitua o art. 58, CLT e art. 7º, XIII da CF/88.
“Art. 58 - A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.”
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;”
1.4 – DO ADICIONAL NOTURNO
Não há que se falar em pagamento de adicional noturno, por não haver trabalho entre 22:00hs e 05:00hs, conforme preceitua o artigo 73, §2º da CLT. Portanto, improcede o pedido.
“Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte.”
1.5 – DO INTERVALO INTERJORNADA
Improcede o pagamento de horas extras, pois o intervalo de 11:00hs era devidamente respeitado, conforme preceitua o art. 66, CLT.
 “Art. 66 - Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.”
1.6 – DOS JUROS DE MORA
Caso a Reclamada seja condenada a alguma parcela, requer que os juros moratórios incidam a partir da data do ajuizamento da ação, conforme art. 883 da CLT.
“Art. 883 - Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial.”
1.7 – DAS DEDUÇÕES E COMPENSAÇÕES
Requer a Reclamada, em caso de eventual condenação, seja deferida a dedução das parcelas sob idêntico título, para que se evite o enriquecimento ilícito, conforme art. 767 da CLT e Súmulas 18 e 48 do TST.
“Art. 767 - A compensação, ou retenção, só poderá ser argüida como matéria de defesa.”
“SUM-18 COMPENSAÇÃO 
A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita a dívidas de natureza trabalhista.”
“SUM-48 COMPENSAÇÃO 
A compensação só poderá ser argüida com a contestação.”
2 – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial documental, testemunhal e depoimento pessoal do Reclamante.
3 – DO REQUERIMENTO FINAL
Requer a improcedência total dos pedidos elencados na exordial.
Termos em que.
Pede deferimento.
Rio de Janeiro - RJ, em 05 de novembro de 2017.
Edrai de Freitas
OAB/RJ
MAT: 2015.0917.6497

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