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PRF Direitos Humanos Aula 00 - Policia Rodoviária Federal

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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL (PRF) 
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 00 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
 
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Conteúdo Programático do Curso 
 
Aula Conteúdo Programático do Curso 
00 Apresentação e Introdução. 
01 4 Direitos humanos na Constituição Federal. 
 
02 
1 Teoria geral dos direitos humanos. 
1.1 Conceito, terminologia, estrutura normativa, 
fundamentação. 
2 Afirmação histórica dos direitos humanos. 
3 Direitos humanos e responsabilidade do Estado. 
Aula 00 – Aula Demonstrativa 
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03 
6 Institucionalização dos direitos e garantias 
fundamentais. 7 Política nacional de direitos humanos. 
8 Programas nacionais de direitos humanos. – Parte 1. 
04 
7 Política nacional de direitos humanos. 8 Programas 
nacionais de direitos humanos. – Parte 2. 
05 
9 Globalização e direitos humanos. 
10 As três vertentes da proteção internacional da 
pessoa humana. 
10.1 Direitos humanos, direito humanitário e direito 
dos refugiados. 
11. A Constituição brasileira e os tratados 
internacionais de direitos humanos. 
12 Aplicações da perspectiva sociológica a temas e 
problemas contemporâneos da sociedade brasileira: a 
questão da igualdade jurídica e dos direitos de 
cidadania, o pluralismo jurídico, acesso à justiça. 
06 
13. Práticas judiciárias e policiais no espaço público. 
14 Administração institucional de conflitos no espaço 
público. 
 
 
 
Breve Apresentação 
 
Prezado(as) Concurseiros(as) de Plantão, 
É com muito prazer que inicio o Curso de Teoria e Exercícios de 
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA! 
Para quem ainda não me conhece, segue a minha breve 
apresentação: 
Meu nome é RICARDO GOMES, sou Bacharel em Direito pela 
Universidade Federal da Bahia (UFBA), formado no ano de 2007. Dei o 
primeiro passo na caminhada pelos concursos públicos no mesmo ano, quando 
fui aprovado exatamente no concurso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). nos 
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anos de 2006/2007. Após isso, fui aprovado nos concursos do Tribunal de 
Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), do Tribunal Superior do 
Trabalho (TST) e da Controladoria-Geral da União (CGU), no ano de 2008. Por 
último, logrei êxito no concurso para o cargo de Procurador do Banco Central 
do Brasil (BACEN), em 2009/2010. 
Assim, também sou concurseiro igual a vocês! Atire a primeira 
pedra quem não é ou não foi! Rsrs. 
Trabalhei por mais de 1 ano no TSE. Posteriormente, trabalhei no 
TJDFT e, desde 2008, atuo como Analista de Finanças e Controle da 
Controladoria-Geral da União (CGU). 
Ricardo Gomes 
Por sua aprovação! 
 
 
Metodologia e Conteúdo do Curso 
 
Informações do Edital da PRF e dos Cursos que serão 
ministrados: 
1. Banca: CESPE. 
2. O último Concurso foi Autorizado com 1000 VAGAS! Isso mesmo, 
poderão ser + de 1000 Aprovados e nomeados para PRF!! 
3. Direitos Humanos e Cidadania é uma matéria específica bem 
pequena, de fácil estudo e assimilação. 
 
Registro que nos Cursos de Legislação Específica de concursos 
pretéritos (TJDFT, CNJ, STJ, TST, TSE, MP/RJ, MP/PI, TREs, TRTs e TJs 
Estaduais) nós abarcamos, em todos eles, 100% das questões cobradas 
na prova! A nossa intenção é repetir a mesma experiência nesse concurso da 
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PRF-2013! Portanto, aos estudos! 
Com o estudo desse material, você, Aluno, não precisará 
preocupar-se com a aquisição de outros materiais adicionais ou Livros de 
Direitos Humanos e Cidadania. A dica é estudar as Aulas Teóricas, fazer os 
Exercícios Comentados, ler a lei seca e repetir os exercícios com gabarito. 
Aconselho a ler o material pelo menos 3 VEZES, deixando 1 delas 
para a última semana antes da prova. 
Uma das grandes vantagens dos Cursos do Ponto dos Concursos 
elaborados para determinados concursos (ex: PRF) é a abordagem específica 
de CADA PONTO DO EDITAL, fechando todas as lacunas possíveis de 
matérias e questões a serem cobradas pelo examinador. 
Os livros (doutrina), a despeito de trazerem uma maior vastidão de 
assuntos, são muito pouco específicos, objetivos e direcionados para a sua 
prova. Por outro lado, os Cursos do Ponto, de uma maneira geral, tentam levar 
ao aluno os principais tópicos a serem cobrados na prova, com base em cada 
item do edital, com comentários teóricos e por meio de exercícios de fixação 
dos assuntos especificamente estudados nas aulas. 
Seguindo a linha de nossos Cursos ministrados no Ponto dos 
Concursos, este Curso para terá um CARÁTER PRÁTICO, voltado para o que, 
efetivamente, vem sendo cobrado nas últimas provas de concursos. 
Além do conhecimento e embasamento teórico que o aluno tem 
que dominar, é fundamental na preparação para concursos que o aluno faça e 
refaça quantos exercícios puder das matérias a ser estudadas, para que os 
conhecimentos apreendidos sejam verdadeiramente solidificados, 
aperfeiçoados e lapidados. 
Prova disso é que, mesmo após ser realizada uma leitura atenta e 
debruçada sobre determinado material, quando vamos responder às questões 
ficamos com um “montão” de dúvidas. Parece até que não aprendemos direito, 
e ai dizemos: “mas eu estudei isto? como não sei responder à questão?” 
Nestes casos, o aluno aprende, mas às vezes a sua visão e 
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entendimento não foi pontual, não memorizou os pontos mais relevantes, 
correndo o risco de errar questões relativamente fáceis pela ausência de 
prática e por não ter visto o assunto com “outros olhos”, outro viés. 
Desse modo, os exercícios propiciam exatamente isto aos alunos: 
lapidarem seus conhecimentos teóricos para atentarem facetas não 
percebidas ao longo do estudo teórico, além também de revisarem e 
rememorarem a teoria. 
A maioria dos exercícios serão por mim elaborados ou adaptados 
das bancas mais relevantes, sendo realizados na forma de ITENS Certos ou 
Errados. 
Desse modo, teremos uma parte teórica, com destaques e dicas 
dos pontos altos, e uma lista de várias questões comentadas! 
Abarcaremos, ademais, os aspectos mais relevantes da legislação, 
da Constituição Federal e da atual jurisprudência dos Tribunais Superiores, na 
trilha do que tem cobrado as organizadoras, evitando-se as indesejáveis 
discussões teórico-doutrinárias (ineficientes para provas!), pouco frutíferas 
para o resultado almejado pelos concursandos, que é saber o necessário para 
gabaritar as questões de Direitos Humanos e Cidadania. 
Predisponho-me a ser um orientador dos estudos de cada umde 
vocês, e não um Professor que passa o conhecimento eminentemente técnico. 
Ao final de cada aula, farei um RESUMO do assunto abordado, 
destacando os pontos mais relevantes. 
Creio que, com a exaustiva resolução de questões e com uma metodologia 
mais prática e didática, conseguiremos fechar a matéria de Direitos 
Humanos e Cidadania! Até porque comentaremos exaustivamente todos os 
pontos do Edital listados abaixo, sem qualquer lacuna. 
 
Gente, é assunto “pra caramba”!! Portanto, aos estudos! 
Conteúdo do Curso: 
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DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA: 
1 Teoria geral dos direitos humanos. 
1.1 Conceito, terminologia,estrutura normativa, fundamentação. 
2 Afirmação histórica dos direitos humanos. 
3 Direitos humanos eresponsabilidade do Estado. 
4 Direitos humanos na Constituição Federal. 
6 Institucionalização dos direitos egarantias fundamentais. 
7 Política nacional de direitos humanos. 
8 Programas nacionais de direitoshumanos. 
9 Globalização e direitos humanos. 
10 As três vertentes da proteção internacional da pessoa humana. 
10.1 Direitos humanos, direito humanitário e direito dos refugiados. 
11. A Constituição brasileira e os tratados internacionais de direitos humanos. 
12 Aplicações da perspectiva sociológica a temas e problemas contemporâneos da sociedade 
brasileira: a questão da igualdade jurídica e dos direitos de cidadania, o pluralismo jurídico, 
acesso à justiça. 
13. Práticas judiciárias e policiais no espaço público. 
14Administração institucional de conflitos no espaço público. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AULA DEMONSTRATIVA 
 
 
Foquem suas mentes e estudos para esse concurso da PRF! Vocês 
trabalharão, em breve, em uma das unidades da PRF espalhadas pelo país! Tenham 
fé e preparem-se com antecedência... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUADRO SINÓPTICO DA AULA: 
 
1. Direitos Humanos. Noções Gerais. 
 
 
Evolução histórica dos Direitos Humanos: Fundamentos; 
Características; Princípios. 
 
Caros colegas, espero que estejam focados e animados no 
propósito de alcançar o tão almejado cargo público! Assim sendo, não 
percamos mais tempo, em nossa aula demonstrativa abordarei temas muito 
interessantes, são eles: Evolução histórica dos Direitos Humanos: 
Fundamentos; Características; Princípios. 
Para tanto, nesta Aula Demonstrativa apenas iniciaremos os 
referidos pontos. 
Gente, o assunto “Direitos Humanos” é muito controverso e, 
grande parte do público já possui conceitos ou até mesmo pré-conceitos sobre 
o tema. Quem nunca questionou, em algum momento, as ações de 
representantes dos direito humanos? “Só protegem marginal!” “Nunca se 
levantam para beneficiar o cidadão de bem!”. Em contrapartida, quase 
ninguém consegue definir o que realmente é, e como surgiram os conceitos 
inerentes aos Direitos Humanos. 
Então vejamos: humano é o indivíduo que pertence à espécie 
homo-sapiens (ou seja, homens, mulheres e crianças) e direito é tudo aquilo 
que se garante a determinado grupo, uma prerrogativa. Então, pode-se 
concluir que “Direitos Humanos” são todas as garantias e ações conferidas 
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às pessoas pelo simples fato de pertencerem à espécie humana. 
Em síntese, os Direitos Humanos abarcam a maneira pela qual 
cada um de nós gostaria de ser tratados pelos nossos pares, com respeito e 
igualdade. Além disso, trata-se do direito de ser respeitado por suas ideias e 
atitudes., engloba o direito de falar o que se pensa (liberdade de 
pensamento) e o de professar a sua fé (liberdade religiosa). 
 
Ainda, de acordo com Napoleão Casado Filho: 
 
“Direitos Humanos são um conjunto de direitos, positivados ou não, 
cuja finalidade é assegurar o respeito à dignidade da pessoa humana, por 
meio da limitação do arbítrio estatal e do estabelecimento da 
igualdade nos pontos de partida dos indivíduos, em um dado momento 
histórico.” 
Nesse sentido, os Direitos Humanos abarcam os seguintes 
conceitos fundamentais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direitos Humanos 
Conjunto de Direitos 
Respeito à Dignidade 
da pessoa humana. 
Limite ao arbítrio estatal 
e o estabelecimento de 
igualdade dos pontos de 
partida. 
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Consoante Erivaldo da Silva Oliveira, os direitos humanos 
correspondem à somatória de valores, de atos e de normas que possibilitam 
a todos uma vida digna. 
De outro lado, André Carvalho Ramos ensina que Direitos 
Humanos podem ser conceituados como o conjunto mínimo de direitos 
necessário para assegurar uma vida ao ser humano baseada na liberdade e 
na dignidade (Direitos Humanos em juízo). 
Agora, atenção, é de relevo ressaltar que as várias fontes de 
produção e criação dos direitos humanos concorrem para um conceito em 
comum: a imperiosa necessidade de limitação e controle do Estado e a 
conseqüente consagração do primado da legalidade e da igualdade. 
Em complemento, pode-se verificar que existem diversos tipos de 
direitos e leis aplicáveis a determinados grupos de indivíduos ou segmentos 
sociais. Por exemplo, a Lei 8.112/90 é aplicável somente aos servidores 
públicos civis da União (Estatuto dos servidores federais); a Lei 8.666/90 é 
aplicável nos casos de licitações públicas. 
No entanto, os Direitos Humanos são aplicáveis igualitariamente 
a todos aqueles pertencentes à espécie humana em qualquer lugar, 
independentemente de cor, etnia, país, governo, classe social, idade etc. 
TODOS TÊM, EXATAMENTE, OS MESMOS DIREITOS!! Não há castas, 
separação e diferenciação entre os humanos (todos são iguais perante a lei). 
Com base nessas premissas, as Nações Unidas elencaram os 
direitos inerentes à condição humana. Tais direitos foram insertos em um 
documento chamado Declaração Universal dos Direitos Humanos, 
transcrita a seguir: 
 
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS 
Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia 
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Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948 
Preâmbulo 
Nenhumadisposição da presente Declaração pode ser interpretada 
como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do 
direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato 
destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui 
estabelecidos. 
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos 
os membros da família humana e de seus direitos iguais e 
inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no 
mundo, 
Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos 
humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a 
consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que 
os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da 
liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi 
proclamado como a mais alta aspiração do homem comum, 
Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos 
pelo Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, 
como último recurso, à rebelião contra tirania e a opressão, 
Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações 
amistosas entre as nações, 
Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na 
Carta, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e 
no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos dos homens 
e das mulheres, e que decidiram promover o progresso social e 
melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, 
Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a 
desenvolver, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito 
universal aos direitos humanos e liberdades fundamentais e a 
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observância desses direitos e liberdades, 
Considerando que uma compreensão comum desses direitos e 
liberdades é da mis alta importância para o pleno cumprimento 
desse compromisso, 
A Assembléia Geral proclama 
A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal 
comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o 
objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo 
sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e 
da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, 
e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e 
internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua 
observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos 
próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios 
sob sua jurisdição. 
Artigo I 
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. 
São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas 
às outras com espírito de fraternidade. 
Artigo II 
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades 
estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, 
seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra 
natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou 
qualquer outra condição. 
Artigo III 
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. 
Artigo IV 
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o 
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tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas. 
Artigo V 
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo 
cruel, desumano ou degradante. 
Artigo VI 
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida 
como pessoa perante a lei. 
Artigo VII 
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer 
distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual 
proteção contra qualquer discriminação que viole a presente 
Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. 
Artigo VIII 
Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais 
competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos 
fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela 
lei. 
Artigo IX 
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado. 
Artigo X 
Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência 
justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial, 
para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de 
qualquer acusação criminal contra ele. 
Artigo XI 
1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser 
presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada 
de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham 
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sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. 
2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, 
no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou 
internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que 
aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso. 
Artigo XII 
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua 
família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua 
honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei 
contra tais interferências ou ataques. 
Artigo XIII 
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência 
dentro das fronteiras de cada Estado. 
2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o 
próprio, e a este regressar. 
Artigo XIV 
1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e 
de gozar asilo em outros países. 
2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição 
legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos 
contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas. 
Artigo XV 
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, 
nem do direito de mudar de nacionalidade. 
Artigo XVI 
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer retrição de 
raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair 
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matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em 
relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. 
2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno 
consentimento dos nubentes. 
Artigo XVII 
1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com 
outros. 
2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade. 
Artigo XVIII 
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e 
religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou 
crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo 
ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou 
coletivamente, em público ou em particular. 
Artigo XIX 
Toda pessoa tem direito à liberdadede opinião e expressão; este 
direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de 
procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer 
meios e independentemente de fronteiras. 
Artigo XX 
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação 
pacíficas. 
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. 
Artigo XXI 
1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de seu 
país, diretamente ou por intermédio de representantes livremente 
escolhidos. 
2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do 
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seu país. 
3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta 
vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por 
sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que 
assegure a liberdade de voto. 
Artigo XXII 
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança 
social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação 
internacional e de acordo com a organização e recursos de cada 
Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis 
à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade. 
Artigo XXIII 
1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, 
a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o 
desemprego. 
2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual 
remuneração por igual trabalho. 
3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa 
e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma 
existência compatível com a dignidade humana, e a que se 
acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 
4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar 
para proteção de seus interesses. 
Artigo XXIV 
Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação 
razoável das horas de trabalho e férias periódicas remuneradas. 
Artigo XXV 
1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de 
assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive 
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alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços 
sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de 
desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de 
perda dos meios de subsistência fora de seu controle. 
2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência 
especiais. Todas as crianças nascidas dentro ou fora do 
matrimônio, gozarão da mesma proteção social. 
Artigo XXVI 
1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, 
pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução 
elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será 
acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no 
mérito. 
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento 
da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos 
direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução 
promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as 
nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades 
das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 
3. Os pais têm prioridade de direito n escolha do gênero de 
instrução que será ministrada a seus filhos. 
Artigo XXVII 
1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida 
cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do 
processo científico e de seus benefícios. 
2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e 
materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou 
artística da qual seja autor. 
Artigo XVIII 
Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em 
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que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração 
possam ser plenamente realizados. 
Artigo XXIX 
1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o 
livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível. 
2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará 
sujeita apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente 
com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos 
direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências 
da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade 
democrática. 
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser 
exercidos contrariamente aos propósitos e princípios das Nações 
Unidas. 
Artigo XXX 
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada 
como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do 
direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato 
destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui 
estabelecidos. 
 
 
Aspectos Históricos iniciais dos Direitos Humanos. 
É bom destacar que, para os direitos humanos consolidarem-se e 
serem aceitos atualmente como universais a toda espécie humana, foram 
necessários muitos séculos até o estágio atual. Aliás, a construção desses 
conceitos sofreu alterações durante a formação e reconstrução das instituições 
humanas. Esses aspectos serão devidamente abordados no tópico 2 desta 
aula. 
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No início da conformação de nossas sociedades, os direitos 
humanos não existiam. Diversas cidades guerreavam entre si, sendo que os 
ganhadores vendiam os vencidos como escravos e praticavam as mais 
variadas barbaridades. Nesse sentido, caso você estivesse do lado vitorioso 
“Tava tudo dominado” era só “Festa”. Mas, meu amigo, caso você tivesse o 
azar de estar do lado do perdedor “Tava lascado”. 
Até que, um homem Ciro “o grande” decidiu mudar aquele estado 
de coisas. Depois de conquistar a Babilônia, ele fez algo completamente 
impensável na época: libertou todos os escravos. Também anunciou que todas 
as pessoas eram livres para professar sua própria religião. Então, suas 
palavras foram registradas em um tablete de barro denominado cilindro de 
Ciro. Assim nasceram os direitos humanos. 
Com o tempo, os conceitos criados no momento explicitado no 
parágrafo anterior disseminaram-se em várias outras culturas. Além disso, foi 
percebido que as pessoas seguiam determinadas leis que não necessariamente 
eram expressas, identificando-se dessa forma uma maneira de agir peculiar a 
todos. Definiu-se esse modo de comportar-se em sociedade como “Lei 
Natural”. É bom frisar que, com o tempo, o conceito de “Lei Natural” 
transmutou para “Direito Natural”. No entanto, essas leis, não raramente, 
eram ignoradas por aqueles que detinham o poder. 
Todavia, na Inglaterra, no anode 1215 d.c, o Rei João sem 
terra foi obrigado a assinar a “Magna Carta” documento que, 
basicamente, limitou o poder monárquico. Esse é o primeiro instrumento1 de 
defesa dos indivíduos que pode ser considerado referência para os futuros 
tratados sobre direitos humanos. 
Assim, com a instituição da Magna Carta, o rei reconhecia e era 
compelido a não violar determinados direitos dos seus súditos. Foi um passo 
importante, mas não o decisivo porquanto não consolidou o direito a todos os 
indivíduos. Tanto é assim que, com a descoberta das Américas, os nativos não 
 
1
 Embora com um forte viés econômico porquanto focava na proibição de arbitrariedades na cobrança 
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recebiam o tratamento humanitário devido. Muitos povos foram exterminados. 
Além disso, a escravidão ainda continuou sendo prática aceitável, oficialmente, 
em nosso país até o ano de 1888. 
Seguindo a ordem de acontecimentos no tempo, acerca da 
evolução dos Direitos Humanos na História, Norberto Bobbio, em sua obra 
Dicionário de Política, esclarece que a Inglaterra e a França tiveram papel 
importante na vitória do cidadão sobre o poder, assim: 
“O constitucionalismo moderno tem, na promulgação de um texto 
escrito contendo uma declaração dos Direitos Humanos e de 
cidadania, um dos seus momentos centrais de desenvolvimento e 
de conquista, que consagra as vitórias do cidadão sobre o 
poder. 
Usualmente, para determinar a origem da declaração no plano 
histórico, é costume remontar à Déclaration des droits de l`homme 
et du citoyen, votada pela Assembléia Nacional francesa em 1789, 
na qual se proclamava a liberdade e a igualdade nos direitos de 
todos os homens, reivindicavam-se os seus direitos naturais e 
imprescritíveis (a liberdade, a propriedade, a segurança, a 
resistência à opressão), em vista dos quais se constitui toda a 
associação política legítima. Na realidade, a Déclaration tinha dois 
grandes precedentes: os Bills of rights de muitas colônias 
americanas que se rebelaram em 1776 contra o domínio da 
Inglaterra e o Bill of rights inglês, que consagrava a gloriosa 
revolução de 1689. 
(...) 
Durante a Revolução Francesa foram proclamadas outras 
Déclarations (1793,1795): interessante a de 1793 pelo seu caráter 
menos individualista e mais social em nome da fraternidade, e a de 
1795, porque ao lado dos “direitos” são precisados também os 
 
de impostos por parte do monarca. 
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“deveres”, antecipando assim uma tendência que tomará corpo no 
século XIX (podemos pensar nos Doveri dell`uomo, de Mazzini); a 
própria Constituição italiana tem como título da primeira parte 
“Direitos e deveres do cidadão”. 
 
Nesse ponto, podemos citar um grande marco histórico, 
importantíssimo para os Direitos Humanos, o ILUMINISMO. As ideias que 
permeavam os iluministas robusteceram o que veio a ser outro marco, a 
REVOLUÇÃO FRANCESA, que pode ser considerada mais abrangente e 
importante que a REVOLUÇÃO AMERICANA, porquanto seu caráter 
UNIVERSAL. 
Ou seja, a Revolução Francesa teve um caráter universal, pois 
não houve restrições de qualquer natureza porque os direitos eram extendidos 
a todos. Nesse sentido, a 1ª Carta redigida nesse momento histórico atribuía a 
todos o direito à LIBERDADE, à IGUALDADE e à FRATERNIDADE. O 
objetivo era proteger o indivíduo da arbitrariedade do Estado. Outro marco da 
escalada dos Direitos Humanos será o fim da 2ª Guerra mundial a ser 
comentado mais adiante. 
Outro ponto fundamental para o nosso estudo é a instituição, em 
07 de junho de 1628, na Inglaterra, do documento “Petition of Rights”. 
Esse documento impunha ao soberano restrições, como a cobrança e/ou 
aumento de impostos sem a autorização parlamentar, a prisão de indivíduos 
sem julgamento justo e à lei marcial. Portanto, os pontos insertos na “Petition 
of Rights” submetiam e condicionavam a autoridade do Rei ao controle e 
autorização do Parlamento Inglês. Aqui, mais uma vez, fica patente a ideia de 
proteger o indivíduo de ações arbitrárias do Estado e das autoridades. 
Portanto, pode-se considerar o documento “Petition of Rights” 
como sendo o embrião do sistema de freios e contrapesos, ou seja, a 
existência de Poderes autônomos que, ao mesmo tempo, harmonizam-se. 
Nessa direção, é importante que abordemos também a criação do 
“Habeas Corpus Act” em 1679. Esse documento visava proteger a liberdade 
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de locomoção encontrando-se presente no ordenamento jurídico de diversos 
países até os dias atuais. Nesse sentido, conforme o disposto no “Habeas 
Corpus Act” de 1679, a reclamação ou requerimento escrito de determinado 
indivíduo - ou a favor de algum súdito preso (ou acusado da autoria de algum 
crime) - era submetida à apreciação do magistrado. 
Ademais, é de grande relevo destacar o documento denominado 
“Bill of Rights”. Essa carta de diretios – instituída em 16 de dezembro de 
1689 – garantia, na Inglaterra, a supremacia do Parlamento sobre a vontade 
do soberano. Nesse sentido, objetivava-se diminuir os abusos cometidos pela 
nobreza com relação aos súditos. Dessa maneira, o Bill of Rights, em sua 
essência, procurava blindar a liberdade, a vida, a propriedade privada e o 
poder parlamentar. 
Amigos, mas a história, às vezes dá uma pequena virada de 
tempos em tempos. Um jovem oficial francês, de nome Napoleão, não 
concordava muito com os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Na 
realidade, ele tinha em mente um plano para derrubar a democracia francesa, 
coroar-se imperador e “dominar o mundo”. 
Quase conseguiu, mas a Europa juntou forças e o derrotou. Só um 
comentário nesse ponto, os planos napoleônicos, salvo melhor juízo, até que 
não foram ruins para os brasileiros tendo em vista que a expansão de 
Napoleão no continente europeu forçou a família portuguesa a exilar-se (com 
toda sua côrte, no Brasil). Esse fato ajudou sobremaneira o desenvolvimento 
de nosso país2. Vamos prosseguir com nossa matéria. 
Após a derrota de Napoleão, os Direitos Humanos voltaram a ser 
um tema importante na pauta mundial. Houve a assinatura de muitos acordos 
internacionais que consolidaram os direitos humanos na Europa. No entanto, 
como já foi colocado, só na Europa. O restante do mundo era consumido em 
suas riquezas (tanto materiais como culturais). Os habitantes das Colônias, 
principalmente os nativos das Américas e África, em sua maioria eram mortos 
ou escravizados pelos impérios europeus em crescimento. 
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Como tempo, várias colônias europeias nas Américas se 
revoltaram conseguindo sua independência, quase sempre de maneira 
violenta. Nesse ambiente conturbado, um homem se destacou na luta a favor 
dos direitos humanos: Mahatma Gandhi, que liderou o povo indiano em uma 
revolução pacífica contra a opressão do império Britânico. Nesse sentido, 
insistiu que todos os povos do mundo tinha o direito de serem respeitados, não 
só os europeus. Por fim, mesmo os europeus começaram a concordar com 
essa ideia. 
Todavia, mais uma vez, as coisas não transcorreriam de forma 
tranquila, 2 Guerras eclodiram. Na 2ª grande guerra, o nazismo tomou força. 
O conceito de superioridade entre “raças” (?!) cresceu na Alemanha nazista. 
Esse julgamento equivocado levou ao extermínio de milhões de judeus e 
pessoas de diversas nações. O flagelo humano extendeu-se à toda a Europa. O 
mundo nunca havia presenciado destruição de tamanha magnitude. 
Com o fim da guerra e derrota da Alemanha nazista e de seus 
aliados, as nações vencedoras pensaram em vários mecanismos que evitassem 
uma catástrofe da mesma natureza no futuro e mantivessem a paz no mundo. 
Um deles foi a criação das Nações Unidas (ONU), que primava pelo 
fortalecimento dos Direitos Humanos. Portanto, podemos considerar o fim da 
2ª grande guerra e a criação das Nações Unidas o 3º Marco histórico na 
evolução dos Direitos Humanos juntamente com o Iluminismo e a Revolução 
Francesa. 
É importante destacar que a criação das Nações Unidas teve como 
foco não apenas a manutenção da paz internacional, mas também desenvolver 
a igualdade entre os povos. Isso porque a redução das desigualdades é fator 
sine qua non para a paz entre os Estados. 
Apesar de todo esse histórico de ações que corroboraram para a 
afirmação de valores de respeito à vida e à liberdade, os documentos até 
então convencionados conceituavam os direitos humanos, não raramente, de 
pespectivas diferentes. Com o intuito de consolidar os conceitos, em 10 de 
 
2
 Para os curiosos sobre o tema, recomendo a leitura do livro 1808 de autoria do escritor Laurentino Gomes. 
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dezembro de 1948, foi Adotada e proclamada, pela resolução 217 A (III) da 
Assembléia Geral das Nações Unidas, a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos. 
Pessoal, é bom deixar claro que, apesar de toda essa evolução 
conceitual, muitos desses direitos não são respeitados. O fato é que a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos NÃO TEM força de lei, 
portanto tem caráter apenas enunciativo e principiológico! Entretanto, a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos RECOMENDA que todos os países 
integrantes da ONU sigam seus preceitos. 
Além de ser uma RECOMENDAÇÃO, a Declaração Universal dos 
Direitos do Homem de 1948 também se afigura como um CERTIFICADO DE 
PRINCÍPIOS HUMANITÁRIOS que devem ser seguidos. Apesar de não 
possuir caráter vinculante e com força de lei, a Declaração de 1948 é hoje o 
principal instituto de proteção do indivíduo. 
Em resumo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos não é 
vinculante, não tem força de lei, mas guarda apenas um caráter 
enunciativo, de recomendação e princípios gerais a serem aplicáveis por 
cada Estado. 
Por fim, cabem os seguintes comentários acerca dos fundamentos 
dos direitos humanos. Primeiro, é ponto pacífico nessa conversa que os 
direitos humanos estão fudamentados na DIGNIDADE DA PESSOA 
HUMANA. Também, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, 
decorrem 3 princípios fundamentais: 
1) Inviolabilidade da pessoa humana; 
2) Autonomia da pessoa humana; 
3) Dignidade da pessoa humana. 
No entanto, diversos teóricos que se debruçaram sobre o tema 
formaram dois grupos com pensamentos opostos. Uns abraçaram o 
POSITIVISMO e outros o JUSNATURALISMO, como fundamentos dos 
Direitos Humanos. 
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Fundamentos dos Direitos Humanos: 
• Positivistas; 
• Jusnaturalistas. 
Na defesa do Positivismo temos dois renomados autores: Hans 
Kelsen e Norberto Bobbio. Suas obras defendem a historicidade do 
direito, ou seja, o direito não tem caráter absoluto, ele é mutável (de acordo 
com a evolução das sociedades e seus pontos de vista) no que concerne à 
cultura, à moral, à economia etc. Portanto, na visão desses autores, é inócuo 
atribuir um caráter imutável, ou até mesmo eterno no tempo e no espaço aos 
regramentos que orientam as diversas sociedades. De acordo com Norberto 
Bobbio, os direitos humanos não nascem todos de uma vez, nem de uma vez 
por todas. 
Além disso, o Positivismo defende o caráter coercivo das normas. 
Para os positivistas, não há que se falar de eficácia de um dispositivo caso o 
não possa ser imposto aos indivíduos. Ora, se uma norma não é obrigatória, 
não passa de mera expectativa de conduta, tornando o futuro desse 
regramento bastante incerto. Nesse sentido, os positivistas defendem a 
inserção dos dispositivos relacionados aos direitos humanos na Lei máxima de 
cada Estado (nas Constituições). Além disso, os mesmo dispositivos devem 
ser insertos em tratados e convenções internacionais de direitos humanos para 
solidificar seus preceitos. 
Nesse sentido, Norberto Bobbio aventa que, tendo em vista a 
superação da fase de positivação dos direitos humanos, o foco deva ser 
demovido da fundamentação para a efetividade dos mesmos. Ou seja, devem 
ser pensados mecanismos para a real aplicação dos direitos humanos. 
Já o JUSNATURALISMO, defendido por autores como Dalmo de 
Abreu Dallari e Fábio Konder Comparato, apontam o indivíduo como 
centro e fundamento absoluto dos direitos humanos. Assim, nem o tempo, 
nem a diversidade de culturas, nem a localização geográfica podem extirpar do 
ser humano seus direitos. Nesse sentido, a dignidade do ser humano é 
alçada a princípio intangível que deve ser resguardado por todos. 
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Essa linha de pensamento mostra-se bastante coerente, porquanto 
toda prática que mutila, diminui ou exclui indivíduos colabora para o flagelo 
humano, para a dor das pessoas. Então, tudo que implicar em dor aos 
indivíduos deve ser totalmente condenado pela humanidade. Seguindo esse 
raciocínio, os direitos humanos não foram criados pelos homens ou mesmo 
pelos Estados, eles já existiam como pressupostos inerentes à pessoa humana. 
Dessa forma, os direitos humanos deveriam ser um conjunto de 
normas asseguradoras do bem-estar humano primando por sua dignidade 
(junção dos 2 fundamentos dos Direitos Humanos: Positivista e 
Jusnaturalista). 
Ainda com relação aos fundamentos dos direitos humanos é 
importante conhecer dois pensamentos (divergentes também) acerca do 
assunto: o UNIVERSALISMO e o RELATIVISMO. Em uma breve síntese 
pode-se dizer que o UNIVERSALISMO adere ao JUSNATURALISMO e o 
RELATIVISMO ao POSITIVISMO. 
Assim, no pensamento Universalista, os direitos humanos estão 
em patamar acima das Leis, dacultura, do Estado. Também é plausível a 
aplicação da coercitividade para obrigar um Estado soberano a seguir os 
ditames insertos na Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
O Relativismo opõe-se às conclusões externalizadas pelo 
pensamento Universalista. Segundo a linha do Relativismo, o Direito é uma 
produção cultural dependente do desenvolvimento dos povos na história. 
Nesse sentido, há que se respeitar o multiculturalismo e a soberania dos 
povos. Universalizar os direitos humanos seria impor uma lógica cristã e 
ocidental ao restante do globo. 
 
 
 
Na próxima Aula daremos continuidade ao nosso estudo de Direitos 
Humanos. 
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Pessoal, este foi apenas um aperitivo. Na próxima Aula 
continuaremos nosso estudo! 
De todo modo, curtam alguns exercícios!!!! 
Abaixo 2 listas de Exercícios: a 1ª com comentários e a 2ª apenas 
com gabarito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS COMENTADOS 
 
QUESTÃO 1 (Delegado de Polícia/2003/SP): Assinale o documento que 
não se relaciona aos antecedentes formais das declarações de direito: 
a) Magna Carta (1215) 
b) “Petition of Rights” (1628) 
c) “Habeas Corpus Act” (1679) 
d) “Chart of Liberties” (1732) 
 
COMENTÁRIOS: 
Essa é tranquila, como visto “Chart of Liberties” é o único documento que 
não é considerado um antecedente formal das declarações de direito. 
 
RESPOSTA CERTA: D 
 
QUESTÃO 2 (Delegado de Polícia/2000/SP): 
Tecnicamente a Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) constitui: 
a) um acordo internacional; 
b) uma recomendação 
c) um tratado internacional; 
d) um pacto. 
 
COMENTÁRIOS: 
Na aula vimos que a Declaração Universal dos Direitos do Homem não tem 
força de lei. Assim sendo, é opcional a aderência do Estado as suas regras. No 
entanto, é RECOMENDADO que as nações integrantes da ONU respeitem esse 
regramento. A Declaração Universal dos Direitos do Homem é, portanto, uma 
RECOMENDAÇÃO. 
 
RESPOSTA CERTA: B 
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EXERCÍCIOS com GABARITO 
 
QUESTÃO 1 (Delegado de Polícia/2003/SP): Assinale o documento que 
não se relaciona aos antecedentes formais das declarações de direito: 
a) Magna Carta (1215) 
b) “Petition of Rights” (1628) 
c) “Habeas Corpus Act” (1679) 
d) “Chart of Liberties” (1732) 
 
QUESTÃO 2 (Delegado de Polícia/2000/SP): Tecnicamente a Declaração 
Universal dos Direitos do Homem (1948) constitui: 
e) um acordo internacional; 
f) uma recomendação 
g) um tratado internacional; 
h) um pacto. 
 
 
GABARITOS OFICIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 2 
D B 
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RESUMO DA AULA 
 
Os Direitos Humanos abarcam a maneira pela qual cada um de 
nós gostaria de ser tratados pelos nossos pares, com respeito e igualdade. 
Além disso, trata-se do direito de ser respeitado por suas ideias e atitudes., 
engloba o direito de falar o que se pensa (liberdade de pensamento) e o de 
professar a sua fé (liberdade religiosa), fundamentando-se na dignidade da 
pessoa humana. 
Nesse sentido, os Direitos Humanos abarcam os seguintes 
conceitos fundamentais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os Direitos Humanos são aplicáveis igualitariamente a todos 
Direitos Humanos 
Conjunto de Direitos 
Respeito à Dignidade 
da pessoa humana. 
Limite ao arbítrio estatal 
e o estabelecimento de 
igualdade dos pontos de 
partida. 
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aqueles pertencentes à espécie humana em qualquer lugar, 
independentemente de cor, etnia, país, governo, classe social, idade etc. 
TODOS TÊM, EXATAMENTE, OS MESMOS DIREITOS!! Não há castas, 
separação e diferenciação entre os humanos (todos são iguais perante a lei). 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é o documento 
que elenca os direitos inerentes à condição humana. Não tem força de lei, 
mas com caráter de recomendação a todos os países integrantes da 
Organização das Nações Unidas – ONU. 
No início da conformação de nossas sociedades, os direitos 
humanos não existiam. Diversas cidades guerreavam entre si, sendo que os 
ganhadores vendiam os vencidos como escravos e praticavam as mais 
variadas barbaridades. 
A Magna Carta de 1215 limitou o poder monárquico. Este 
documento é considerado o 1º instrumento de defesa dos indivíduos e 
referência para os futuros tratados sobre direitos humanos. 
Os ideais ILUMINISTAS fundamentaram revoltas populares 
dentre as quais se destacam a REVOLUÇÃO FRANCESA, de caráter 
UNIVERSAL (LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE) e a REVOLUÇÃO 
AMERICANA. 
O Petition of Rights (07 de junho de 1628 na Inglaterra) foi o 
documento que impôs ao soberano restrições, como a cobrança e/ou aumento 
de impostos sem a autorização parlamentar, a prisão de indivíduos sem 
julgamento justo e à lei marcial. Portanto, os pontos insertos no “Petition of 
Rights” submetiam e condicionavam a autoridade do Rei ao controle e 
autorização do Parlamento Inglês. 
O Habeas Corpus Act de 1679 protegeu a liberdade de 
locomoção sendo que se encontra presente no ordenamento jurídico de 
diversos países até os dias atuais. 
O Bill of Rights foi o documento que buscava blindar a liberdade, 
a vida, a propriedade privada e o poder parlamentar. 
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O fim da 2ª grande guerra e a criação das Nações Unidas 
foram o 3º marco histórico na evolução dos Direitos Humanos, juntamente 
com o Iluminismo e a Revolução Francesa. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos não é vinculante, 
não tem força de lei, mas guarda apenas um caráter enunciativo, de 
recomendação e princípios gerais a serem aplicáveis por cada Estado. 
Da Declaração Universal dos Direitos Humanos, decorrem 3 
princípios fundamentais: 
1) Inviolabilidade da pessoa humana; 
2) Autonomia da pessoa humana; 
3) Dignidade da pessoa humana. 
Fundamentos dos Direitos Humanos: 
• Positivistas; 
• Jusnaturalistas. 
 
 
POSITIVISMO: 
a) Mutável; 
b) Caráter coercitivo das normas; 
c) Foco na efetividade dos direitos humanos 
 
JUSNATURALISMO:a) Indivíduo como centro e fundamento absoluto dos direitos 
humanos; 
b) Foco na dignidade do ser humano; 
c) Os direitos humanos independem da cultura e da história específica 
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de cada povo; 
d) Os direitos humanos já existiam antes mesmo da positivação das 
normas. 
 
O UNIVERSALISMO adere ao JUSNATURALISMO e o 
RELATIVISMO ao POSITIVISMO. 
 
UNIVERSALISMO: 
a) Direitos humanos acima da Lei, da cultura e do Estado; 
b) Considera plausível a aplicação da coercitividade para obrigar um Estado 
soberano a seguir os ditames insertos na Declaração Universal dos 
Direitos Humanos. 
RELATIVISMO: 
a) O Direito é uma produção cultural dependente do desenvolvimento dos 
povos na história; 
b) Considera necessário respeitar o multiculturalismo e a soberania dos 
povos; 
c) Contra a universalização dos direitos humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL (PRF) 
DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA – TEORIA E EXERCÍCIOS 
POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
AULA 00 - DEMONSTRATIVA 
PROF: RICARDO GOMES 
 
 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Ricardo Gomes 34 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 
5 de outubro de 1988. 33. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
Nestor Sampaio Penteado Filho. Direitos Humanos – Doutrina – Legislação: 
quarta edição; 
Napoleão Casado Filho. Direitos Humanos Fundamentais. 2012 
Erival da Silva Oliveira. Direito Constitucional - Direitos Humanos – terceira 
edição revisada e atualizada. 
Norberto Bobbio, Nicola Matteucci, Gianfranco Pasquino. Dicionário de Política 
– Volume 1 – décima terceira edição. 
Site: www.humanrights.com

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