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AP2 – 2016. 1 GABARITO Observações 1) Leia toda a prova com atenção e com calma, respondendo exatamente o que se solicita em cada questão e não desviando suas respostas para outros assuntos. 2) Revise suas respostas, evitando cometer erros ortográficos, discursivos e/ou gramaticais, pois eles serão considerados na a valiação. QUESTÕES E RESPOSTAS 1) Tomando como exemplos os verbos “sugerir” e “proibir”, explique como se dividem os verbos regulares e irregulares da Língua Portuguesa . (1,5 ponto) Verbo regular é aquele que mantém seu radical invariável e suas desinências modo-temporais e número-pessoais idênticas às do paradigma de sua conjugação em todas as flexões. O verbo “proibir” é regular por satisfazer essas exigências; o verbo “sugerir ”, por outro lado, sofre uma variação logo na primeira pessoa do presente do indicativo (“sugiro”) e , em consequência, em todo o presente do subjuntivo (“sugira”, “sugiras”, “sugira” etc.). 2) Compare e comente o pretérito imperfeito do modo indicativo dos verbos “pagar”, “permanecer” e “conseguir”. (1,5 ponto) A desinência modo-temporal da primeira conjugação é –va /–ve, diferente da desinência modo-temporal da segunda e da terceira conjugações –ia/–ie (ou –a/–e), que são idênticas. 3) Analise morfologicamente as duas palavras a seguir. (1,5 ponto) a) Bebidas – bebid (rad) + a (vt) + s (desinência de número) b) Consultou – consult (radIcal) + o (vogal temática ) + u (desinência número-pessoal) 4) Relacione as colunas e, em seguida, explique cada um dos processos de formação de palavras. (4,0 pontos) ( 1 ) Estrangeirismo ( 6 ) NIDN ( 2 ) Redução ( 1 ) Pizza ( 3 ) Sufixação ( 4/8 ) Hipertensão ( 4 ) Prefixação ( 3 ) Categoricamente ( 5 ) Prefixação e Sufixação ( 7 ) Escolha ( 6 ) Sigla ( 4/1 ) Superlight ( 7 ) Regressão ( 2 ) Moto ( 8 ) Composição ( 5 ) Inconsequentemente ( 3 ) Diabéticas ( 8 ) Telefone EXPLICAR OS PROCESSOS DE FORMAÇÃO (1) Estrangeirismo que é o empréstimo vocabular não integrado na língua portuguesa, revelando-se estrangeiro nos fonemas, na flexão e até na grafia – por exemplo: shopping, show; (2) Redução é a supressão de parte de uma palavra (Ex.: moto (motocicleta), foto (fotografia), Metrô (Metropolitano), Fla (Flamengo), Floripa (Florianópolis ), Terê (Teresópolis), Cachu (Cachoeiras) etc.; (3) Sufixação é o acréscimo de um afixo/sufixo a uma base/radical; (4) Prefixação é o acréscimo de um afixo/prefixo a uma base/radical; (5) Prefixação e Sufixação é o acréscimo de dois afixos/prefixo e um sufixo a uma base/radical; (6) Sigla é uma espécie de abreviatura formada, geralmente, a partir das iniciais de nomes ou títulos – por exemplo: ONU (Organização das Nações Unidas), Mercosul (Mercado Comum do Sul); (7) Regressão (8) Composição - que é a formação de uma palavra pela reunião de outras, cujas significações se complementam para formar uma significação nova. Por exemplo: guarda-chuva, planalto (aglutinação de plano + alto); (9) derivação - que é a estruturação de um novo vocábulo na base de outro, por meio de um morfema que não corresponde a um vocábulo e introduz no radical uma ideia acessória que não muda a significação fundamental. Por exemplo: infeliz, refazer, tristeza. (10) a reduplicação, que é a repetição da sílaba radical de um vocábulo, sendo, em português, uma conotação de carinho nos nomes de parentesco ou apelidos, como em papai, mamãe e titio, por exemplo; (11) a onomatopeia, que é um vocábulo que procura reproduzir determinado ruído, pelo efeito acústico produzido por seus fonemas – por exemplo: tique-taque, pingue-pongue; (12) o neologismo, que consiste na criação de uma palavra ou expressão nova, ou na atribuição de um novo sentido a uma palavra já existente – por exemplo, em 2006, a mídia categorizou a crise aérea brasileira como apagão aéreo. Na época, o uso representou um neologismo, haja vista que o termo apagão era utilizado exclusivamente na referência à falta de energia elétrica. O que são verbos irregulares? O verbo deve ser considerado irregular quando apresenta variação no radical ao longo da flexão verbal ou quando não obedece ao paradigma de flexão verbal dos verbos regulares Como são divididos os verbos irregulares? Os verbos irregulares podem também ser divididos em fracos e fortes. Fracos são aqueles cujo radical do infinitivo não se modifica no pretérito (por exemplo, perder à perdi); fortes são aqueles cujo radical do infinitivo se modifica no pretérito (por exemplo, caber à coube). O que são Verbos anômalos? Anômalos são os verbos irregulares que apresentam, na sua conjugação, radicais primários diferentes. Em nosso idioma, os principais anômalos são os verbos ser e ir. Explique porque para Cunha e Cintra (2001) argumentam que, além dos verbos de alternância vocálica, verbos com alternância de timbre também deveriam compor a lista dos verbos irregulares, partindo do exemplo leve e levamos? Na perspectiva dos autores, leve e levamos seriam formas irregulares, uma vez que apresentam mudança de timbre nas vogais do radical. O som aberto [é] em leve e fechado [ê] em levamos representam uma oposição vocálica do mesmo modo que ocorre nas formas verbais fere e firo, por exemplo. Por esse motivo, no ponto de vista dos autores, o conceito de irregularidade não deveria estar pautada apenas em um aspecto grá- fico, como já não o é considerado nos casos em que a mudança gráfica dá manutenção ao sistema sonoro da língua, como em cheguei do verbo chegar, considerada uma forma regular da língua. Explique o que são verbos impessoais: Os verbos impessoais são empregados, invariavelmente, na 3ª pessoa do singular, uma vez que não possuem sujeito. Explique o que são Verbos unipessoais São unipessoais os verbos que, pelo sentido, só admitem um sujeito da 3ª pessoa do singular ou do plural Explique o que são Verbos defectivos São considerados verbos defectivos os verbos que não se flexionam em todos os tempos, modos ou pessoas, porque, por motivos variados, tais flexões caíram em desuso. São dividido em 2 grupos: 1º grupo - Verbos que não possuem a 1ª pessoa do presente do indicativo Ex: Abolir 2º grupo - Verbos que, no presente do indicativo, só se conjugam nas formas arrizotônicas e não possuem nenhuma das pessoas do presente do subjuntivo nem do imperativo negativo. a) Complete as lacunas com flexões do verbo precaver sempre que possível. É bom que você se ___________ contra assaltos (precavenha, previna) É bom que eu me ___________. Essa gente é falsa. (acautele, precava) Pedi-lhe que se __________ contra o perigo dos tóxicos. (precavesse, prevenisse) Abra os olhos! __________! (Precavenha-se,Cuide-se) b) Marque (V) para verdadeiro e (F) para falso, conforme a adequação dos verbos destacados nas frases a seguir: ( ) É necessário que se demola o prédio. ( ) Eu sempre contribuo com as tarefas de casa. ( ) Não bana as pessoas de sua casa. ( ) Infelizmente, ele faliu. ( ) Eu reavi o dinheiro. c) Marque (I), (U) e (D), conforme os verbos destacados sejam impessoais, unipessoais ou defectivos. ( ) Antes da chuva, ventou e trovejou muito. ( ) O gato miava sobre o telhado. ( ) Os vestidos assentaram-lhe bem. ( ) Agora, deixaque eu coloro. ( ) Há muitas coisas a fazer hoje. ( ) O ouro fulgia, resplandecente. a) É bom que você se previna contra assaltos. (precavenha, previna) É bom que eu me acautele. Essa gente é falsa. (acautele, precave) Pedi-lhe que se precavesse contra o perigo dos tóxicos. (precavesse, prevenisse) Abra os olhos! Cuide-se! (precavenha-se, cuide-se) Justificativa O verbo precaver é defectivo. Não se flexiona nas formas rizotônicas, assim como não se flexiona nas formas derivadas de formas rizotônicas. Por esse motivo, não apresenta algumas flexões do presente do indicativo e nenhuma do presente do subjuntivo. Desse modo, a única opção em que o verbo precaver é possível é na terceira, precavesse. Vale ressaltar que a flexão é precavesse, na medida em que o verbo se conjuga regularmente nas demais flexões. b) (F) É necessário que se demola o prédio. (V) Eu sempre contribuo com as tarefas de casa. (F) Não bana as pessoas de sua casa. (V) Infelizmente, ele faliu. (F) Eu reavi o dinheiro. Justificativas Os verbos demolir e banir não se conjugam na 1ª pessoa do presente do indicativo e em nenhuma das pessoas do presente do subjuntivo. Em relação a falir, tal verbo só não se conjuga nas formas rizotônicas. Como a acentuação tônica recai fora do radical, a forma faliu é possível. No que se refere à forma reaver, tal verbo flexiona-se como o verbo haver, ocorrendo apenas nas flexões em que há o “v” no radical. Desse modo, sabendo-se que o pretérito perfeito do indicativo de haver é houve, concluímos que a flexão correta para o exemplo seria reouve. Em relação ao verbo contribuir, trata-se de um verbo regular, e não defectivo. (c) (I) Antes da chuva, ventou e trovejou muito. (U) O gato miava sobre o telhado. (U) Os vestidos assentaram-lhe bem. (D) Agora, deixa que eu coloro. (I) Há muitas coisas a fazer hoje. (D) O ouro fulgia, resplandecente. Justificativas Os verbos ventar, trovejar e haver (no sentido de “existir”) são impessoais, na medida em que não admitem sujeito. Os verbos miar e assentar, embora apresentem sujeito, pelo sentido, são empregados apenas na 3ª pessoa do singular ou do plural e, por isso, são unipessoais. Os verbos colorir e fulgir são defectivos, na medida em que não se flexionam em alguns tempos e pessoas verbais O que são formas livres e presas? Formas livres são formas que não precisam de nenhuma outra forma pra viver. Já as presas, precisam de outras palavras pra sobreviver Ex: Feliz - Livre Infeliz – presa e livre Infelizmente – presa livre e presa Elementos mórficos significativos - Os elementos mórficos significativos são assim chamados porque, de fato, trazem uma carga semântica definida adjungida à forma. Raiz A raiz de uma palavra é conhecida como o elemento que nunca se altera. Radical O radical é o elemento mórfico principal de uma palavra. É, portanto, o elemento que está presente em todas as formas do vocábulo. Vogal temática É um segmento fônico que se acrescenta ao radical (primário ou não) para agrupar vocábulos (nomes e verbos) em categorias Tema Vogal temática É, portanto, o elemento mórfico que está pronto para receber os morfemas próprios das categorias gramaticais, ou seja, as desinências. Podem ser divididos em: Verbal e Nominal. VT Nominal findam quase sempre com as vogais átonas –a, -o, -e. VT Nominal Atemática Nome que findam sem uma vogal temática (Mulher) VT Nominal por Elisão OU Crase findam quase sempre com as vogais átonas –a, -o, -e. e, em contato com o sufixo que começa com vogal, (casa + ebre = Casebre) VT Nominal Vogal tônica o Nasal Com os nomes terminados por vogal tônica ou nasal, deixará de haver elisão (Pará + Ense = Paraense VT Nominal excepcional Só em casos excepcionais, a vogal tônica desaparece. (Ceará + ense = cearaense) VT Verbal cujas vogais temáticas podem ser tônicas, mas sempre terminam em –a, -e, -i Afixo são segmentos fônicos acrescidos antes, no meio, ou depois do radical (primário ou não), constituindo, respectivamente, prefixos, infixos ou sufixos. São, pois, morfemas aditivos, representados por formas presas” PREFIXO Acrescenta-se antes de um vocábulo existente: grato → ingrato. Caracterize os Prefixos: Aparecem antes da raiz, modificando o significado do vocábulo primitivo. São menos integrados à base, sendo possível destacá-los. Não servem para indicar as funções gramaticais dos vocábulos. Em geral, não mudam a classe gramatical das palavras SUFIXO Vem após o radical ou tema de uma palavra: grato → gratidão . Caracterize os Prefixos: Não se destacam sempre com facilidade, pois são bem mais integrados que os prefixos. Depois do destaque, resta geralmente só um pedaço de palavra, e não uma forma livre. Não podem ser empregados como formas livres ou dependentes. Não alteram fundamentalmente o significado do radical. Muitos sufixos servem para mudar a classe ou função da palavra. INTERFIXO É um morfe vazio e átono que une uma raiz a um sufixo ou dois radicais de um composto Característica dos interfixos: Aparece entre a base e o sufixo ou terminação verbal. Há autores que os incorporam ao sufixo, considerando-se o produto um alomorfe. Em alguns contextos, os interfixos podem ter status de morfema Ex: vend-á-vel (que se vende com facilidade) × vend-í-vel (que pode ser vendido); INFIXO insere-se dentro de outro morfe, normalmente a raiz. os casos de infixo no português são raríssimos. Há autores que admitem a existência de infixos em alguns diminutivos CIRCUNFIXO – aplica-se a uma base no início e no fim, caracterizando-se como um afixo descontínuo. Alguns autores admitem que a parassíntese é um caso de circunfixação, mas esse é um tópico muito polêmico, ainda sob discussão. Por exemplo, noite → anoitecer; pobre → empobrecer. TRANSFIXO – insere-se, de forma descontínua, em mais de um ponto da raiz, dividindo-a: em árabe, r-s-m (desenhar) → r-a-s-i-m (que desenha). CONFIXO – combina-se com outro elemento; ambos nunca empregados isoladamente como formas livres: poliedro → poli-edro, polí-gono. Envolve prefixos gregos e latinos, além de radicais dessas mesmas línguas Desinência As desinências são elementos mórficos de significação interna da palavra, que se pospõem a radicais ou a temas, acrescentando uma noção gramatical à palavra. As desinências podem ser nominais (quando se referem a nomes, acrescentando-lhes as noções de gênero e número) ou verbais (quando se referem aos verbos, acrescentando-lhes uma noção modo-temporal ou número-pessoal). Identifique a raiz e o radical das palavras a seguir: a) sapo b) pedreiro c) louvarei d) sapatinho e) corrida f) amássemos g) empobrecimento h) pagamento i) terminalidade j) caríssimos Resposta comentada a) A raiz e o radical da palavra coincidem: sap b) A raiz da palavra é pedr-, e o radical é pedreir c) A raiz e o radical da palavra coincidem: louv d) A raiz da palavra é sapat-, e o radical é sapatinho e) A raiz da palavra é corr-, e o radical é corrid f) A raiz e o radical da palavra coincidem: am g) A raiz da palavra é pobr-, e o radical é empobrecimento h) A raiz da palavra é pag-, e o radical é pagament i) A raiz da palavra é termin-, e o radical é terminalidad j) A raiz da palavra é car-, e o radical é caríssim Identifique a vogal temática das palavras e classifique-a em vogal temática nominal (N) ou vogal temática verbal (V): perderíamos estudaram calamos corrêsseis sapato mesa café pó celular livro macieira maçã Resposta comentada Como falamos anteriormente, as vogais temáticas verbais são as seguintes: -a, -e, -i. As vogais temáticas nominais são: -a, -e, -o. Os nomes terminados em vogais tônicas e em consoantes são atemáticos, ou seja, não possuem vogal temática. Veja as respostas e confira: Vocábulo Vogal temática Nominal (N) ou verbal (V) perderíamos E V estudaram A Vcalamos A V corrêsseis E V sapato O N mesa A N café - - pó - - celular - - livro O N macieira A N maçã - - Qual é a diferença entre vogal temática e tema? Vogal temática é um segmento fônico que se acrescenta ao radical (primário ou não) para agrupar vocábulos (nomes e verbos) em categorias. O tema é justamente a união do radical mais a vogal temática. Assim, no caso do verbo acender, por exemplo, a vogal temática é -e (o que indica que esse verbo é da segunda conjugação). Unindo-se o radical (acend-) à vogal temática (-e), chegamos ao tema do verbo: acende Escreva (P) se a característica em destaque faz referência ao prefixo ou (S) se a referência é feita ao sufixo. ( ) Aparece antes da raiz do vocábulo. ( ) Quase sempre altera o significado da base. ( ) Não pode ser empregado como forma livre ou dependente. ( ) Não serve para indicar as funções gramaticais do vocábulo. ( ) Não se destacam com facilidade. ( ) Alguns mudam a classe da palavra Resposta comentada A resposta correta é a seguinte: P – P – S – P – S – S. • De fato, os prefixos aparecem antes da raiz do vocábulo (Exemplo: infeliz). Os que aparecem depois são os sufixos (exemplo: felizmente). • Os prefixos também quase sempre alteram o significado da base (exemplo: incapaz é justamente o contrário de capaz). • Os sufixos não podem ser empregados como forma livre ou dependente (exemplo: em rapidez, o sufixo será sempre uma forma presa; já em contrapor o prefixo contra pode até mesmo funcionar na língua como uma forma livre). • O prefixo não serve para indicar a função gramatical do vocábulo. Já com os sufixos é diferente (exemplo: feliz é adjetivo; felizmente é advérbio). • Os sufixos não se destacam com facilidade. Já com os prefixos, isso ocorre mais facilmente (exemplo: vide contrapor, já apontado anteriormente). • Por fim, os sufixos fazem com que muitas palavras mudem de classe (exemplo: vide felizmente, também já apontado anteriormente). Da mesma forma como há vogais temáticas nominais e verbais, também há desinências verbais e nominais. As desinências verbais expressam as noções de modo-tempo e número-pessoa. As desinências nominais, por sua vez, expressam as noções de número e gênero. Analise as desinências destacadas e indique se são desinências verbais ou nominais. a) pontes b) meninas c) devêssemos d) partiremos e) meninos Resposta comentada Em a, b e e temos exemplos de desinências nominais. Já em c e d temos exemplos de desinências verbais. Em a e e, temos desinências nominais de número plural. Em b, temos desinência nominal de gênero feminino. Em c, temos desinência verbal modo-temporal. Em d, temos desinência verbal número-pessoal. Elementos mórficos não significativos Destacamos a vogal e a consoante de ligação entre os chamados elementos mórficos não significativos Identifique as consoantes e vogais de ligação das palavras, circulando-as. a) frutífero b) boquiaberto c) pontiagudo d) paulada e) chaleira f) cafeteira g) cafezal h) friorento i) pezinho j) sonolento k) padeiro Respostas: a) frut-Í-fero b) boqu-I-aberto c) pont-I-agudo d) pau-L-ada e) cha-L-eira f) café-T-eira g) café-Z-al h) frio-R-ento i) pe-Z-inho j) sono-L-ento k) pa-D-eiro por que alguns autores não consideram a vogal e a consoante de ligação como morfemas? A vogal e a consoante de ligação não são consideradas morfemas por muitos autores, porque, de fato, são elementos vazios de significado. Assim sendo, os autores buscam alternativas para a descrição desses elementos. Câmara Jr., por exemplo, propõe que o sufixo ligado a esses elementos seja considerado alomórfico. Qual a importância dos processos de formação de palavras para o léxico? Os processos de formação de palavras, ao permitirem a expansão do léxico a partir de material já existente, tornam o sistema linguístico mais dinâmico e funcional, na medida em que garantem a eficiência máxima do sistema. Por meio de fórmulas padronizadas de construção de novas palavras, podemos formar ou captar a estrutura de palavras e, portanto, adquirir palavras que já existiam mas que não conhecíamos anteriormente. Estabeleça a diferença entre substantivo, adjetivo e advérbio utilizando os critérios morfológico, sintático e semântico. Uma distinção utilizando-se basicamente o critério sintático. Substantivo diferencia-se do adjetivo por ser termo determinado (núcleo), e o adjetivo ser termo determinante. O adjetivo, por sua vez, diferencia-se do advérbio por ser determinante de um substantivo, enquanto o advérbio é determinante do verbo. Do ponto de vista semântico, pode-se dizer que nomeiam coisas diferentes: o substantivo, seres, qualidades, ações; o adjetivo, características; e o advérbio, circunstâncias. Morfologicamente, o substantivo e o adjetivo se aproximam, já que ambos variam, sendo a obrigatoriedade de variação do segundo; distinguindo-se do advérbio, que é invariável. Substantivos Semanticamente: designam os seres. Morfologicamente: podem ser objetivados por um artigo; são, em sua maioria, passíveis de variação em número, sendo apenas uma parte passível de variação em gênero. Sintaticamente: funcionam como termos-núcleo, termos determinados ou subordinantes. Adjetivos Semanticamente: atribuem característica ao substantivo. Morfologicamente: podem variar em gênero e número, concordando com o substantivo a que se refere. Sintaticamente: são termos modificadores, determinantes ou subordinados Advérbios Semanticamente: apresentam circunstâncias (tempo, lugar, negação, causa, consequência, modo, intensidade etc.). Morfologicamente: são invariáveis, ou seja, não são passíveis de flexões. Sintaticamente: modificam verbos, adjetivos ou outros advérbios, ou ainda orações inteiras... Pronomes pessoais retos Semanticamente: indicam as pessoas do discurso (1ª, 2ª ou 3ª). Morfologicamente: apenas a 3ª pessoa se flexiona em gênero e número, se consideradas as formas tradicionalmente apresentadas nas gramáticas e nos livros didáticos: eu, tu, ele, nós, vós e eles. Sintaticamente: funcionam como núcleos do sujeito. Pronomes pessoais oblíquos Semanticamente: indicam as pessoas do discurso. Morfologicamente: apenas a 3ª pessoa se flexiona em gênero e número. Sintaticamente: funcionam como núcleo de complementos verbais ou nominais. Pronomes possessivos Semanticamente: indicam posse. Morfologicamente: flexionam-se em gênero e número. Sintaticamente: funcionam como termos determinantes ou termos-núcleo. Pronomes demonstrativos Semanticamente: situamos seres no tempo, no espaço ou no discurso. Morfologicamente: apresentam formas variáveis e formas invariáveis. Sintaticamente: funcionam como termos determinantes ou termos-núcleo. Pronomes Indefinidos Semanticamente: indicam indeterminação da pessoa do discurso. Morfologicamente: apresentam formas variáveis e formas invariáveis. Sintaticamente: funcionam como termos determinantes ou termos-núcleo. Pronomes interrogativos Semanticamente: formulam perguntas. Morfologicamente: apresentam formas variáveis e formas invariáveis. Sintaticamente: funcionam como termos determinantes ou termos-núcleo. Pronomes relativos Semanticamente: referem-se a termos normalmente antecedentes. Morfologicamente: apresentam formas variáveis e formas invariáveis. Sintaticamente: funcionam como termos determinantes ou termos-núcleo. Artigos Semanticamente: definem ou indefinem um substantivo. Morfologicamente: variam em gênero e número. Sintaticamente: funcionam como termos determinantes. Numerais Semanticamente: indicam quantidade ou ordem. Morfologicamente: sofrem flexão de gênero e número em alguns casos. Sintaticamente: podem ser núcleos ou determinantes. Preposições Semanticamente: designam relações de subordinação. Morfologicamente: são invariáveis. Sintaticamente: desempenham o papel de conectar termos de funções sintáticas diferentes.Conjunções Semanticamente: designam relações de coordenação e de subordinação. Morfologicamente: são invariáveis. Sintaticamente: estabelecem, entre os termos que ligam, igualdade ou dependência sintática. Interjeições Semanticamente: expressam estados emotivos, apelos e onomatopeias. Morfologicamente: são invariáveis. Sintaticamente: não exercem funções sintáticas.
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