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Direito Penal IV Casos Concretos

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ALUNO: IGHOR CESAR FORTES
MATRÍCULA: 2012 01 722 111
DIREITO PENAL IV - CCJ0034
Título
SEMANA 1
Descrição
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA
CASO CONCRETO
Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões formuladas:
No dia 05 de maio do corrente ano, Jonas B. e Abelardo F, policiais civis, flagraram
Lucas M., Marciano L., vulgo Martelão e sua companheira Neide S., mantendo em
depósito, de forma livre e consciente, cerca de 35 (trinta e cinco) quilos de cocaína, sem
autorização legal ou regulamentar, com vistas à posterior comercialização da citada
droga.
Jonas B. e Abelardo F valendo-se da condição de policiais civis, e sempre atuando em
comunhão de desígnios, exigiram, para si, vantagem indevida consistente no recebimento
da quantia aproximada de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), em troca da liberdade dos
integrantes do grupo criminoso. Para tanto, os policiais civis deixariam de cumprir seu
dever de ofício, qual seja, não dariam voz de prisão em flagrante aos agentes.
Sendo certo que os agentes receberam parte da quantia em bens móveis (veículo
automotor) e a outra em dinheiro, com base nos estudos realizados sobre os crimes contra
a Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada:
Qual a correta tipificação da conduta de Jonas B. e Abelardo F. ?
 R: Incorrem no crime de concussão, previsto no art. 316, do Código Penal, pois os policiais exigiram vantagem indevida em razão de sua função. É importante ressaltar que a vantagem exigida tem que estar de acordo com a função exercida, como no caso concreto, onde os policiais tinham legitimidade para prender os agentes.
 Concussão Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
O recebimento da vantagem indevida é requisito para a consumação do delito?
Não, por se tratar de crime formal, portanto a mera exigência da vantagem indevida, já tipifica a conduta do agente no crime, resultando o recebimento em mero exaurimento do crime.
Diferencie os delitos de concussão e corrupção passiva.
No crime de concussão, o funcionário publica, em razão de sua função, exige de forma explicita ou implícita, receber vantagem indevida para que o sujeito passivo não seja prejudicado por poderes ligado a função do funcionário público ora sujeito ativo.
Concussão Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Na corrupção passiva, o funcionário apenas solicita a vantagem indevida. Portanto, a diferença dos dois crimes está em sua intensidade.
Corrupção passiva Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem.
Questão n.1.
Lucas, funcionário público do Tribunal de Justiça, e Laura, sua noiva, estudante
de direito, resolveram subtrair notebooks de última geração adquiridos pela
serventia onde Lucas exerce suas funções. Assim, para conseguir seu intento,
combinaram dividir a execução do delito. Lucas, em determinado feriado
municipal, valendo-se da facilidade que seu cargo lhe proporcionava, identificouse
na recepção e disse ao segurança que precisava ir até a serventia para buscar
alguns pertences que havia esquecido. O segurança, que já conhecia Lucas de
vista, não desconfiou de nada e permitiu o acesso. Ressalte-se que, além de ser
serventuário, Lucas conhecia detalhadamente o prédio público, razão pela qual se
dirigiu rapidamente ao local desejado, subtraindo todos os notebooks. Após, foi a
uma janela e, dali,os entregou a Laura, que os colocou no carro e saiu. Ao final,
Lucas conseguiu deixar o edifício sem que ninguém suspeitasse de nada. Todavia,
cerca de uma semana após, Laura e Lucas têm uma discussão e terminam o
noivado. Muito enraivecida, Laura procura a polícia e noticia os fatos, ocasião em
que devolve todos os notebooks subtraídos.
Com base nas informações do caso narrado, assinale a afirmativa correta. ( OAB.
Exame de Ordem Unificado. 2013)
a) Laura e Lucas devem responder pelo delito de peculato- furto praticado em
concurso de agentes. (Peculato Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio)
Desenvolvimentítulo
SEMANA 2
Descrição
Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões formuladas:
Joana, Delegada de Polícia, negou-se a registrar ocorrência de estupro de vulnerável
contra o filho de sua empregada doméstica, Marilza, sob o argumento de que conhecia o
jovem e que a suposta vítima, de 13 anos, à época dos fatos, era, como afirmado pela mãe
do suposto autor dos fatos, namorada deste.
Independentemente do dissídio jurisprudencial acerca da configuração do delito de estupro de vulnerável, quando a menor já possui experiência sexual e consente com a relação sexual, analise sob o aspecto jurídico penal a conduta de Joana.
Responda, de forma objetiva e fundamentada, consoante os estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública.
Ainda, caso a Delegada de Polícia deixasse de registrar ocorrência de estupro de
vulnerável a pedido de Marilza, a resposta permaneceria a mesma? Responda de forma
objetiva e fundamentada.
R: Joana ao deixar de registrar a ocorrência, agiu sob influência exclusiva do pessoal que nutria por sua empregada, sem visar qualquer tipo de vantagem indevida e por iniciativa própria, sendo sua conduta típica, nos moldes do artigo 319 CP.
Prevaricação Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
Na hipótese de a delegada deixar de registrar a ocorrência a pedido de sua empregada, sem receber qualquer tipo de vantagem indevida, ela incorrerá na forma privilegiada na forma de corrupção passiva. Expresso no §2°do artigo 317 CP. § 2.º Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
4. No crime de peculato culposo, a reparação do dano anterior à sentença irrecorrívelé causa de redução de pena. § 3.º No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de 1/2 (metade) a pena imposta.
Descrição
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA
CASO CONCRETO
Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões formuladas:
Na Praça Central do Balneário do Cassino, Fiscais da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio de Rio Grande, juntamente com policiais civis, atendendo reclamações de
moradores acerca da venda de produtos clandestinos e drogas, procederam às diligências no comércio da região. Ao chegarem ao Quiosque Alegria, o proprietário, Jacinto Gomes, ameaçou de morte o Chefe da Investigação, Escrivão de Polícia Paulo Rocha, com o objetivo de impedi-lo de fiscalizar seu estabelecimento comercial. Mesmo sob clima tenso e graves ameaças para cessar o ato legal, o mandado de busca e apreensão foi efetivado. Na operação, servidores apreenderam 260 CDs de músicas, cópias de obras intelectuais reproduzidas sem autorização, que estavam expostos à venda, com intuito de lucro direto. Ainda, em cumprimento ao mandado de busca e apreensão, apreenderam 36 trouxinhas de maconha envoltas em filme plástico incolor e fita adesiva parda, escondidas em uma caixa para armazenar CDs, juntamente com uma agenda, dois telefones celulares e R$2.000,00 em notas diversas. Durante a lavratura do auto de prisão em flagrante, Jacinto, arrependido, retratou-se das ameaças feitas ao policial civil. Quanto à droga, referiu que se destinava para consumo próprio, pois dependente dela, edisse desconhecer a ilicitude na venda de CDs piratas.
Dos fatos, Jacinto Gomes restou denunciado pelo pelas condutas de violação de direito
autoral tráfico de drogas. Com base nos estudos realizados sobre os crimes contra a
Administração Pública, qual conduta também deve ser descrita na denúncia? Responda
de forma objetiva e fundamentada. (MPE-RS. Promotor de Justiça. Modificada).
Resposta: Além das condutas descritas, houve o crime de resistência, prevista no artigo 329 CP.
Resistência Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.
Caracterizando a partir da grave ameaça feita pelo o comerciante. É importante ressaltar que o entendimento predominante da jurisprudência é que a ameaça deve ter potencial de incutir medo à pessoa ameaçada para que seja configurado o crime de resistência através da ameaça
O fato de o comerciante estocar trouxas de maconha na sua loja é motivo suficiente para que o oficial pensasse que o mesmo é traficante e tem contato com o crime organizado, tendo, portanto, sua vida em risco.
QUESTÃO OBJETIVA
Sobre os crimes praticados por particular contra a Administração Pública assinale a
alternativa correta:
c) De acordo com o Código Penal, agente que se opõe ou presta auxílio, mediante
violência ou ameaça, a funcionário competente para executar ato legal pratica o crime de resistência. 
Resistência Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.
Descrição
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA
CASO CONCRETO
Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões formuladas:
No dia 10 de março do corrente ano, por volta das 10h30min, Gabriela abordou
Marinalva e indagou à mesma sobre a localização da agência dos Correios, eis que
acabara de achar uma carteira com documentos e desejava entregá-la naquele local.
Neste mesmo momento surgiu Penélope que se identificou como dona da carteira e falou que gostaria de recompensar Gabriela e Marinalva. Ato contínuo, Marinalva, Gabriela e Penélope se dirigiram ao endereço onde supostamente a recompensa iria ser paga, sendo no local, Marinalva induzida a deixar sua bolsa com as duas outras mulheres e ir à loja indicada onde receberia o valor de R$500,00. Ao chegar ao local descobriu que não havia loja alguma e que havia caído num golpe, na medida em que Gabriela e Penélope fugiram com sua bolsa que não foi recuperada, vindo a perder um aparelho de telefone celular, um tablet, documentos pessoais e a quantia de R$70,00.
Desesperada pela perda dos objetos pessoais Marinalva dirigiu-se à uma viatura policial
que se encontrava próxima ao local em que foi abordada, narrou os fatos e solicitou
auxílio na recuperação de seus pertences. O policial militar logrou êxito em alcançar
Gabriela e Penélope, uma vez que as mesmas se encontravam a apenas dois quarteirões
de distância abordando, como posteriormente foi demonstrado pelas provas carreadas nosautos, outra vítima ? Analice.
A fim de evitar sua prisão Gabriela e Penélope ofereceram a quantia de R$900,00 para
que o policial militar Augusto Mello não desse prosseguimento à prisão em flagrante
delito, consoante depoimento do mesmo que descreveu toda dinâmica dos fatos,
confirmando a conduta das acusadas.
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes contra o patrimônio e
crimes contra a Administração Pública, sendo certo que Gabriela e Penélope agiram em
comunhão de desígnios e vontade, tipifique suas condutas.
RESPOSTA: Com relação à primeira conduta, trata-se de crime de estelionato expresso no artigo 171 do CP, realizado em concurso de pessoas. Quanto ao oferecimento da vantagem indevida ao policial para que o mesmo deixasse de realizar sua atribuição, trata-se de crime de corrupção ativa cominado com o 69 (concurso material), elencado nos crime contra administração pública, artigo 333 CP. Como policial não aceitou tal vantagem, ele não ocorreu no crime de corrupção passiva.
Importante esclarecer que a criação desses dois tipos é exceção pluralista.
Corrupção ativa Art. 333. Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA
CASO CONCRETO
Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões formuladas:
Chico Bento e Henrique Bom de Papo, em comunhão de vontades e desígnios decidem
roubar o veículo automotor de Ludmila Rica, patroa da namorada de Chico Bento,
quando esta saísse para ir à academia como fazia diariamente no mesmo horário. A
grande dificuldade do plano criminoso estava no local em que seria escondido o veículo
antes de ser desmontado para a venda das peças, haja vista tratar-se de um veículo
utilitário da marca Volvo de alto valor de venda e de fácil reconhecimento.
Desta forma, Chico Bento e Henrique Bom de Papo procuraram Henrique, amigo de
infância de e proprietário de uma oficina mecânica, e perguntaram se ele teria interesse
em guardar o carro no estabelecimento por uma semana. Antônio Faztudo concordou, o
acordo foi sacramentado e, então, o crime de roubo foi praticado.
Ante o exposto com base nos estudos realizados sobre os crimes contra o patrimônio e os
crimes contra a Administração Pública, analise sob o aspecto jurídico-penal as condutas
de Chico Bento, Henrique Bom de Papo, Antônio Faztudo e Rosinha, namorada de Chico
Bento, sendo certo que esta desconhecia a conduta de seu namorado, ainda que tenha
comentado com ele os horários e rotina da patroa - Ludmila Rica.
Ainda, caso Antônio Faz tudo fosse procurado por Chico Bento e Henrique Bom de Papo
apenas após a subtração do veículo e os agentes o pedissem para guardá-lo em sua oficina
narrando o delito de roubo e o mesmo consentisse, a tipificação seria a mesma?
Resposta: 
Chico Bento e Henrique são coautores do crime de furto qualificado (mediante concurso de duas ou mais pessoas, art. 155, § 4º, IV). Rosinha não sofrerá qualquer tipo de pena, pois desconhecia o dolo dos agentes e não agiu com dolo ao informar a rotina de sua empregadora. Com relação à Antônio Faz tudo não seria a mesma tipificação, mas sim favorecimento real, nos moldes do art. 349, do Código Penal.
Art 157 §2º, inciso II—para 2 / Art 157 §2º, inciso II c/c 29 se tudo
QUESTÃO OBJETIVA.No que concerne aos crimes contra a Administração da Justiça, é correto afirmar que:
b) No crime de favorecimento pessoal, algumas pessoas, pela sua qualidade pessoal,
ficam isentas de pena em decorrência do auxílio prestado ao criminoso, como por
exemplo, seu irmão.
CASO CONCRETO
No dia 10 de janeiro do corrente ano, Anastácia Lima compareceu à XY Delegacia
de Polícia da Comarca da capital acompanhada de sua filha M.L. para informar que havia
flagrado seu namorado Aguinaldo abusando sexualmente de sua filha de apenas nove
anos, oportunidade em que solicitou que fossem tomadas as devidas providências legais
para que Aguinaldo fosse preso. Saliente-se que Anastácia possui parca instrução e
condições financeiras, bem como, após o fato, conduziu de imediato sua filha vítima para
a perícia.
Segue, abaixo, trecho das declarações fornecidas pela vítima M.L reduzidas a termo:
[...] depois disso, o réu disse vamos por ali que vai subir o morro e vamos chegar na casa
do seu tio X ; que era subindo o morro; lá em cima o réu agarrou a vítima e a levou para
um pé de mangueira; começou a abusar da mesma; disse para ela ficar quieta, não gritar e
não falar nada, senão ia lhe bater; o réu empurrou a vítima no chão e tentou beijar sua
boca ... ficou passando a mão em mim, aí começou a abusar, aí tentou botar dedo, aí não
foi direito; machucou e não lembra direito se doeu; o réu abriu a calça que usava; abaixou
sua calcinha [...].
Ante o exposto, responda às questões formuladas:
Qual a correta tipificação da conduta de Aguinaldo?R: Estupro de vulnerável, consoante artigos 217-A a e 226, II do Código Penal, não se enquadra no art 226 CP. O tipo de ação para esses casos é a penal pública incondicionada. É importante comentar que o estupro de vulnerável independe do consentimento do menor de 14 anos para ser tipificado.
 Estupro de vulnerável Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: 
Aumento de pena Art. 226. A pena é aumentada: 
II – de 1/2 (metade), se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela;
b) Caso o fato tivesse sido levado a conhecimento da autoridade pública por vizinhos, a
representação de Anastácia seria imprescindível para a deflagração da ação penal?
R: Não, pois se trata de ação penal pública incondicionada, artigo 225, paragrafo único.
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.
A ação é penal pública incondicionada e o MP pode propor a ação sem representação.
c) Uma vez condenado, a pena definitiva deverá ser cumprida, desde o início
obrigatoriamente, em regime fechado?
R: Não, ele poderá iniciar em regime fechado e progredir posteriormente. Caso isso ocorresse, s seria andar em desencontro ao principio da individualização da pena.
( Embora, o § único do art 2º da nossa lei diga que sim o STF incidentalmente declarou inconstitucional essa obrigatoriedade remetendo o aplicados da lei ao art 33 §2º do CP )
Questão objetiva.
Sobre o tema “Crimes Hediondos”, analise as assertivas abaixo e assinale a opção
correta:
I. O texto legal da Lei n. 8072/1990 não conceituou “crime hediondo”,
tendo o legislador optado pela adoção de um critério taxativo.
II. A lei n.8072/1990 não pode ser considerada nova lei incriminadora,
mas, sim, novatio legis in pejus, na medida em que trouxe uma série de
restrições aos direitos e garantias fundamentais. 
Sim, é uma norma que não cria crimes, Só discorre acerca dos pré-existentes e o tratamento a ser adotado quanto aos mesmos
III. Consoante entendimento do Superior Tribunal de Justiça Os
condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da
vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n.
7.210/1984 (Lei de Execução Penal) paraa progressão de regime prisional.
Súmula 471 do STJ
IV. Em caso de sentença condenatória, o réu não poderá apelar em
liberdade, independentemente de fundamentação do juiz.
a) São corretas as assertivas I, II e III.
esenvolvimento
Título
SEMANA 7
Descrição
CASO CONCRETO
Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões formuladas:
Acusado de matar a pauladas por causa de uma tábua de carne vai a júri na terça-feira
28/7 por BEA — publicado em 27/07/2015 17:35, disponível em:
http://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/noticias/2015.
O Tribunal do Júri do Gama vai julgar na próxima terça-feira, 28/7, Cícero
Rodrigues dos Santos, acusado de matar Ismael Rodrigues da Silva. A sessão de julgamento está prevista para começar às 8h30. Segundo a sentença de pronúncia, o motivo do crime teria sido a insatisfação do acusado com a atitude da vítima de cobrar-lhe a devolução de uma tábua de cortar carne. 
1. Qual a correta tipificação da conduta de Cícero? Incidem sobre a conduta os
institutos repressores da lei de crimes hediondos?
R: Trata-se de homicídio qualificado por motivo fútil, previsto também no rol dos crimes hediondos. 
Art. 121. Matar alguém: II – por motivo fútil;
(parágrafo 2°, ii, hediondo.
2. Caso o motivo do crime tivesse sido o domínio da violenta emoção logo em
seguida à injusta provocação da vítima, ainda que praticado mediante pauladas, a
resposta seria a mesma?
R: Não, neste caso seria homicídio qualificado privilegiado, também conhecido como homicídio hibrida.
3. Uma vez condenado, qual o prazo mínimo de cumprimento de pena para fins de
progressão de regimes?
R: Como se trata de homicídio qualificado privilegiado, não há do se falar em prazo mínimo de cumprimento de pena.
(Mas...Réu primário 2/5 -Réu reincidente 3/5)
Questão objetiva.
Sobre crimes hediondos analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
1. Os delitos de extorsão qualificado pela restrição de liberdade da vítima com
resultado morte (art.158, §3º, CP) e extorsão mediante sequestro (art.159, CP) são
tipificados como delitos hediondos.
2. Com o advento da Lei n.12015/2009, a figura típica prevista no art.214, CP
(atentado violento ao pudor) foi revogada, sem, contudo, ter ocorrido abolitio
criminis, mas, apenas, a denominada continuidade normativa.
3. O delito de latrocínio, configura-se como delito hediondo, entretanto, não admite
tentativa. (Admite Tentativa – Tentar matar e tentar roubar. Latrocínio Tentado)
4. O delito de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual
de criança ou adolescente ou de vulnerável somente é considerado delito
hediondo se a vítima for menor de 14 anos.
(Art. 288 – A) – (Lei 8.072, MENOR DE 18 anos, art. 1- (218-B)
m Questão 1.
Cecília Aguiar, jovem de 25 anos, registrou ocorrência policial imputando ao seu ex-companheiro, Geraldo Mendes, com quem convivia em união estável e tem uma filha de 3 anos, Jaqueline Mendes, a prática da conduta descrita no art.65, do Dec.Lei n. 3688/1941- perturbação da tranqüilidade, tendo sido o feito distribuído ao Juizado da Violência Doméstica e Familiar. O eminente juiz em exercício no Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, determinou a redistribuição da contravenção penal, declinando da competência para o Juizado Especial Criminal, sob o argumento de que a contravenção penal configura infração penal de menor potencial ofensivo, sendo, portanto, a competência para processo e julgamento do Juizado Especial Criminal. Entretanto, o juiz em exercício no Juizado Especial Criminal, suscitou conflito negativo de competência. Ante o exposto, com base nos estudos realizados, responda às questões propostas:
a)Sob qual fundamento o juiz em exercício no Juizado Especial Criminal, suscitou o referido conflito negativo de competência?
R: No que concerne ao conflito de competência, o juiz em exercício no Juizado Especial Criminal, teve por fundamento o disposto no art.41, da Lei n.11340/2006, que veda expressamente, a competência do JECrim para processo e julgamento das infrações penais perpetradas contra a mulher.
b) O conflito de competência deve ser julgado procedente?
R: O conflito deve ser julgado procedente no sentido de declarar competente o Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a mulher, ora suscitado, com base no art. 33 da Lei n. 11.340/06 
Questão 2.
Com base na Lei Maria da Penha, assinale a opção correta. (Exame OAB/CESPE ?UnB. 2008.3)
b) x É desnecessário, para que se aplique a Lei Maria da Penha, que o agressor coabite ou tenha coabitado com a ofendida, desde que comprovado que houve a violência doméstica e familiar e que havia entre eles relação íntima de afeto.
 Questão 3.
De acordo com a Lei n.º 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, o juiz poderá aplicar ao agressor, de imediato, a seguinte medida protetiva de urgência: (Exame OAB/CESPE ?UnB. 2008.2)
b) x proibição de aproximar-se da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando limite mínimo de distância entre estes e o agressor.
.
Questão 1.
Anderson, em 20 de maio de 2006, por volta das 17h, ao trafegar na BR 040 ? Avenida Washington Luís, sentido Rio de Janeiro, na condução do veículo fiesta, placa LPD XXXX, ao efetuar uma manobra para desviar de veículo que se encontrava parado no acostamento, perdeu o controle da direção de seu veículo, ingressou na pista contrária e colidiu frontalmente com a motocicleta Honda XLR, placaKLM-XXXX, conduzida por Roberto e que trafegava pela referida via, em sentido oposto. Nervoso com a situação, Anderson, prestou imediato socorro a Roberto, todavia este faleceu a caminho do hospital. Segundo laudo pericial, Anderson trafegava em velocidade excessiva para as condições da pista e para a neblina, comum neste horário. Ante o exposto, analise sob o aspecto jurídico-penal a conduta de Anderson, bem como a tese defensiva apresentada para fins de exclusão da responsabilidade penal, haja vista o fato de Roberto, no momento da colisão, pilotar a moto na contra-mão de direção.
R: A conduta de Anderson encontra-se tipificada no art.302, da Lei n.9503/1997, pois, ao imprimir velocidade incompatível com o local e condições da estrada, ao constatar a falta de visibilidade decorrente da neblina, infringiu o dever objetivo de cuidado na direção de veículo automotor. No que concerne à prestação de socorro poderá o discente afastar a aplicação de prisão em flagrante delito consoante o disposto no art. 301, da referida lei. Por fim, cabe salientar que, as culpas não se compensam no âmbito do Direito Penal, razão pela qual o ofensor responde por sua conduta, sendo irrelevante o fato de Roberto, no momento da colisão, pilotar a moto na contramão de direção.
Questão n.1)
Leia o caso concreto abaixo, veiculado pela mídia e, consoante os estudos realizados sobre os delitos hediondos, responda, justificadamente, consoante os entendimentos doutrinários e jurisprudenciais dominantes, às questões propostas: 
Motorista embriagado causa a morte de uma jovem em Goiás
Um ano e seis meses após a aprovação da lei seca, ainda tem muita gente que bebe antes de pegar no volante. Neste feriado em Goiás, o número de embriagados flagrados dirigindo triplicou.
Fonte: Jornal o Globo on-line; disponível em: http://g1.globo.com; acesso em: 29/12/09
Um jovem bêbado na direção acabou com as festas de fim de ano de uma família inteira. ?Não é fácil, é uma pessoa jovem, com um futuro promissor, a vida toda pela frente?, diz Alonso Cândido de Resende, tio de Natalie. Natalie Roitman, de 18 anos, voltava de um bar com amigos em Goiânia em um carro lotado. De acordo com testemunhas, o carro subiu o canteiro central em alta velocidade e capotou várias vezes. Natalie foi arremessada pelo vidro traseiro e morreu na hora. Wilmar Nunes Junior, de 23 anos, foi preso em flagrante, mas pagou fiança e foi liberado em seguida O teste do bafômetro comprovou que ele estava embriagado. Agora, ele vai responder, em liberdade, por embriaguez ao volante e homicídio culposo.  ?Tantas famílias por aí, e hoje nós sentimos na carne o quanto é doído?, comenta Divino Candido de Resende, tio de Natalie.  Sabendo que o número de pessoas que bebe e pega o volante nesta época festas aumenta, a Polícia Rodoviária Federal reforçou a fiscalização em todo o país. Só em Goiás os flagrantes de motoristas embriagados triplicaram em relação ao fim do ano passado. De acordo com os policiais, os beberrões costumam pegar a estrada à noite, foram quase 70% dos casos registrados. ?Muitos entendem que as leis foram feitos para os outros e não para eles. A lei vale para cidade, para a estrada e é importante também que as pessoas denunciem também?, declara Newton Moraes, policial rodoviário federal.
a) A tipificação da conduta apresentada está em consonância com os entendimentos doutrinários e jurisprudenciais acerca do tema? Responda de forma justificada e exponha, objetivamente, o critério a ser adotado para fins de tipificação da conduta como incursa no delito de homicídio culposo, previsto no Código de Trânsito Brasileiro ou, no delito de homicídio doloso, previsto no Código Penal.
R Conforme a nova lei 12871/14 a tipificação esta incorreta (embriagues ao volante e homicídio culposo), pois o estado de embriaguez é qualificadora do homicídio culposo na direção de veículo automotor.
b) No caso relatado poderá o condutor do veículo ser beneficiado pelo perdão judicial? Responda de forma justificada e exponha, objetivamente, as controvérsias acerca da natureza jurídica da sentença concessiva do perdão judicial.
R: Não, pois a consequência do crime não atingiu o agente de forma grave. 
Por analogia ao CP, 121 Par 5, só há a possibilidade extinção da pena com perdão judicial, se a consequência do crime atingir o agente de forma tão grave que a sanção penal seja desnecessária (morte filho) ou por reconhecida nobreza. 
A Natureza jurídica da sentença de extinção da Punibilidade será Declaratória com o perdão judicial e não subsistirá os efeitos condenatórios na ficha do agente. Sumula 18 STJ.
A controvérsia esta no fato da impossibilidade de análise de reincidências. 
ento

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