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FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO ATIVIDADE ESTRUTURADA PROFESSORA TUTORA MARIZA ALVES BRAGA ISABEL CRIATINA PEREIRA DE OLIVEIRA Assista ao vídeo: Ser ou não ser – Kant. Disponível no site: htt://www.youtube.com/watch?v=1argw1pCM1k&feature=related ou www.yotube.com: Ser ou não ser – Kant. Conhecimento e Educação em Kant através de vídeos e filme O pensamento em meu ponto de vista é positivo, pois para kant, o conhecimento nasce de experiências e que todas as sensações que experimentamos e os pensamentos passam pelo nosso corpo através de uma lente. “Todo conhecimento se inicia com a experiencia” (Kant 1997, p 36), ou seja, para conhecer é preciso tanto a razão com seus instrumentos, quanto, a experiência com os fatos da realidade empírica. Kant dizia, que não podemos conhecer tudo, apenas o que é possível ser capitado em nosso aparelho de perceber, de sentir, ver e ouvir, segunda a fala da reporte do vídeo, (Ser ou não ser-Kant). Em parte, concordo com o pensamento do filosofo Kant, pois o saber advém do interesse exclusive do homem. “Segundo Immanuel Kant, temos Um conhecimento limitado sobre a realidade”. (Retirado do site: www.netmundi.org) Isso ocorre por que nossa estrutura cognitiva delimita e nos dá acesso somente ao mundo dos fenômenos, e o fenômeno é tudo aquilo que podemos perceber através dos sentidos. A sua finalidade com a educação, segundo Kant divide-se em física e pratica, sendo que a Educação Física tem um visto os cuidados desde a infância e a Educação Prática diz a respeito da formação do sujeito e se divide em dias partes, disciplinas e instruções. Com tudo, podemos extrair que o nosso conhecimento é limitado sim, mas não finito, onde a realidade nos é apresentada de diversas formas. “Podemos julgar o coração do homem Pela forma como ele trata os animais”. (Extraído do site: http pensador.vol.org) Reflita sobre a importância do pensamento de Kant em relação à questão do conhecimento e responda: 1. Partindo do vídeo, explique até que ponto Kant nos ajuda a questionar a possibilidade de conhecer a realidade? O que é a realidade? Até que ponto podemos conhecer a realidade em si? Segundo Kant, o indivíduo encontra-se em constante formação e possui um conhecimento limitado sobre a realidade. Isso ocorre, porque a estrutura cognitiva do ser humano delimita seu entendimento e lhe oferece acesso tão somente ao mundo fenomenológico. É fenômeno tudo o que se apreende através dos sentidos e se organiza através da estrutura racional. A partir dessa reflexão, Kant afirma que não se tem conhecimento da real estrutura do mundo, pois o que se conhece do mundo é o que o mundo parece ser. O vídeo vem ao encontro do pensamento de Kant, de que a realidade se forma a partir do olhar diferenciado de cada indivíduo. 2. O ponto de partida de Kant é a crítica tanto ao Racionalismo de Descartes quanto ao empirismo de Locke. Explique o significado do Racionalismo inatista de Descartes e do empirismo de Locke. Qual é a crítica de Kant a estas duas teorias? Racionalismo inatista de Descartes René Descartes estabeleceu um arquétipo intrigante para a filosofia da sua época, tendo como ponto de partida o desafio cético. Em Descartes distinguem-se três tipos de ideias: inatas, adventícias e factícias. As primeiras nascem com o indivíduo, as segundas chegam-lhe através dos sentidos e as terceiras são originárias da sua imaginação. A respeito das ideias inatas, afirma Kant que não são inventadas pelo indivíduo, mas produzidas pelo entendimento sem recurso à experiência. Permanecem no ser, em algum lugar profundo da sua mente, sendo-lhe concedida a liberdade de pensá-las ou não. Essas ideias são as marcas do Criador e representam as essências verdadeiras, imutáveis e eternas e, por tal razão, fundamentam todo o saber científico. Descartes ressalta que ao descobrir tais ideias pressente não aprender nada de novo, mas tão somente recordar o que já sabia. No intuito de atingir o conhecimento, Descartes expôs o seu próprio método fundado especialmente na dúvida, alicerce do ceticismo. Mas, a dúvida em Descartes é metódica, colocando-se sempre no deflagrar do processo epistemológico e jamais no fim. Na reflexão de Descartes (2001, p. 23), para chegar ao conhecimento através desse método são necessárias quatro etapas distintas: a) recusar tudo aquilo que não seja claro, evidente e incontestável; b) decompor uma questão em quantas partes forem necessárias, para analisá-las individualmente; c) dirigir o pensamento ordenadamente, dos objetos mais simples para os mais complexos; d) analisar detalhadamente as conclusões, de tal modo, que nada se perca. Percebe-se, assim, o principal método de Descartes: o questionamento de toda a verdade que lhe era oferecida, passando-a primeiro pela triagem da razão e desconsiderando tudo o que a razão não aceitasse. É preciso negar “como absolutamente falso” tudo aquilo que expresse a mínima dúvida (2001, p. 37). A partir dessa estratégia, inicia-se pelos mais simples pensamentos, ascendendo pouco a pouco, até alcançar os pensamentos mais complexos. Por meio desse método, Descartes alcança três relevantes conclusões: a existência do ser humano, a existência de Deus e o conhecimento do mundo (2001, p. 40 et seq.). Descartes assegura que tudo o que existe provém de causa inteligível, ainda que não possa ser elucidada de fato, como ocorre com as divagações em torno da origem do Universo. Para o filósofo, a dedução é o método por excelência da investigação filosófica e é a corrente central no pensamento liberal que se ocupa em procurar, estabelecer e propor caminhos para alcançar determinados fins. Descartes complementa seu pensamento ao expor que o racionalismo é baseado nos princípios da busca da certeza e da demonstração, esteados por um conhecimento a priori - aqueles que não passam pela experiência e são formulados pela razão. Portanto, para o Racionalismo, a razão é o único órgão adequado e completo do saber, de modo que todo conhecimento verdadeiro é de origem racional. Descartes expõe o resultado das suas reflexões, sobrepondo-as aos múltiplos campos da ciência. Concebe o universo como um maquinismo desmesurado e os organismos vivos como autônomos complexos. Empirismo de John Locke A teoria de René Descartes sobre a existência de ideias inatas gravadas na essência do ser humano, não agradou aos filósofos empiristas, para os quais o conhecimento humano origina-se da experimentação. Entre esses, destaca-se, neste trabalho, as reflexões filosóficas de John Locke, que além de filósofo era médico. Conforme o empirismo de Locke, o conhecimento decorre da experiência, portanto, dos sentidos. Busca compreender qual a função e os limites do conhecimento humano. Para o filósofo, a mente é como uma folha de papel em branco na qual as impressões sensíveis se depositam pouco a pouco. Através de processos mentais, essas impressões sensíveis transformam-se em ideias. Portanto, o saber humano é determinado pelas sensações vividas e não por um fundamento inato. Crítica de Immanuel Kant às teorias anteriormente referidas Immanuel Kant foi um dos mais ardorosos críticos do modelo metafísico clássico. Em sua obra “Crítica a Razão Pura” faz uma das maiores crítica ao racionalismo vigente na sua época, que tem suas bases no platonismo e no cartesianismo. Logo na Introdução da sua obra expõe Kant (2015, p. 3): Não se pode duvidar de que todos os nossos conhecimentos começam com a experiência, porque, com efeito, como haveria de exercitar-se a faculdade de se conhecer, se não fosse pelos objetos que, excitando os nossos sentidos, de uma parte, produzempor si mesmos representações, e de outra parte, impulsionam a nossa inteligência a compará-los entre si, a reuni-los ou separá-los, e deste modo à elaboração da matéria informe das impressões sensíveis para esse conhecimento das coisas que se denomina experiência? Segundo o autor: “No tempo, pois, nenhum conhecimento precede a experiência, todos começam por ela” (KANT, 2015, p. 3). Kant explana que a metafísica clássica especulava somente sobre a provável existência de conceitos que são frutos simplesmente do trabalho racional e, sendo assim, fogem da competência da objetividade. Para o filósofo, não existe possibilidade de conhecer objetivamente os conceitos especulativos da razão: as ideias de Deus, Alma, Mundo, que não podem ser apreendidas e computadas pela razão, porque não passam pelo crivo da sensação e não têm sua existência evidenciada através de uma constatação empírica. Kant não nega a possibilidade de que a razão é o melhor caminho para se obter o conhecimento, mas ao contrário de Descartes, vê limites para a razão, que não pode conhecer tudo. Kant pensava que tanto os sentidos quanto a razão eram relevantes para a experiência de mundo, mas considerava exagerada a importância que os racionalistas davam à razão, enquanto os empíricos eram por demais cuidadosos ao defenderem a experiência centrada nos sentidos. Tudo o que se vê é parte do mundo, mas o MODO como se vê tudo isso depende de cada indivíduo. A consciência humana não é, pois, uma placa que só registra as impressões vindas de fora. É criativa e formadora. Para Kant existem dois elementos que contribuem para o conhecimento do mundo: a experiência dos sentidos e a razão. Sendo assim, os racionalistas haviam esquecido a importância da experiência dos sentidos, enquanto os empiristas não queriam ver que a razão determina a percepção do mundo. REFERÊNCIAS www.yotube.com: Ser ou não ser – Kant. Alonso Bezerra de Carvalho, intitulado “A Filosofia da Educação Kantiana: Educar para a Liberdade”, disponível em http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/128/3/01d07t03.pdf Solange de Moraes. A fundamentação da moral no limite da razão em Kant. Dissertação- (Doutorado) -Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2008. 144 f. Disponível em: Acesso em 28 out. 2015. DESCARTES, René. Discurso do método. Tradução por Maria Ermantina Galvão. Revisão da tradução: Mônica Stahel. Título original: Le discours de la méthode. 2. ed. 3. tir. São Paulo: Martins Fontes, 2001. KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Versão eletrônica. Disponível em: Acesso em: 31 out. 2015. KANT, Immanuel. Sobre a pedagogia. Tradução: Francisco Cock Fontanella. 3.ed. Piracicaba: UNIMEP, 2002. KELSEN e Kant: limites e possibilidades da razão. Disponível em: .Acesso em 2 nov. 2015. O EMPIRISMO – John Locke. Disponível em: Acesso em: 30 out. 2015. http://andreasilvaarantes.blogspot.com.br/2012/05/nova-forma-de-pensar-da-filosofia.html
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