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Direitos e deveres fundamentais

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Prévia do material em texto

Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos 
termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida 
a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
 
CONCURSO: INSS 
CARGO: Técnico do Seguro Social 
PROFESSOR: Tiago Zanolla 
Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, 
atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. 
Rateio é crime!!! Valorize o trabalho do professor e adquira o curso de forma honesta, realizando sua 
matrícula individualmente no site concurseiro24horas.com.br 
 - CPF:
 1 / 53
INSTITUTO NACIONAL DA SEGURIDADE SOCIAL 
DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questões Comentadas 
Professor Daniel Arêa 
Aula DEMONSTRATIVA 
 
 Prof. Tiago Zanolla www.concurseiro24horas.com.br 2|53 
 
AULA DEMONSTRATIVA 
1. APRESENTAÇÃO INICIAL ...................................................................................... 3 
2. DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ...................................................... 7 
2.1. ASPECTOS GERAIS DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ................................... 7 
2.2. CARACTERÍSTICAS .............................................................................................. 9 
2.3. EFICÁCIA VERTICAL E HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS .............................. 10 
2.4. DIMENSÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS ............................................................ 11 
2.5. TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS ........................... 13 
2.6. TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL ........................................................................ 14 
3. DOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS .......................................................... 20 
3.1. DIREITO À VIDA ............................................................................................... 21 
3.2. DIREITO À LIBERDADE ....................................................................................... 21 
3.3. PRINCÍPIO DA IGUALDADE (ART.5º, I) ................................................................... 22 
3.4. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (ART.5º, II) ................................................................. 22 
3.5. DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA ......................................................................... 23 
3.6. LIBERDADE DE EXPRESSÃO (ART.5º, IV, V, IX, XIV) ............................................... 24 
3.7. LIBERDADE DE CRENÇA RELIGIOSA E CONVICÇÃO POLÍTICA E FILOSÓFICA (ART. 5º, VI, VII, 
VIII) ................................................................................................................... 26 
3.8. INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE, DA VIDA PRIVADA, DA HONRA, E DA IMAGEM DAS PESSOAS 
(ART. 5º, X) ............................................................................................................... 26 
3.9. INVIOLABILIDADE DOMICILIAR (ART. 5º, XI) ........................................................... 29 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 41 
5. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS ......................................................................... 42 
 
 
 
 
 
NOTA: Neste material, usaremos a fonte ecológica. Durante a impressão, a fonte faz 
buracos nas letras que escreveu! Isso é fascinante por si só, e ainda mais quando nós 
percebemos que isso não afeta a legibilidade e geralmente permite poupar 33% de 
tinta ou toner. 
 
 
 - CPF:
 2 / 53
INSTITUTO NACIONAL DA SEGURIDADE SOCIAL 
DIREITO CONSTITUCIONAL - Teoria e Questões Comentadas 
Professor Daniel Arêa 
Aula DEMONSTRATIVA 
 
 Prof. Tiago Zanolla www.concurseiro24horas.com.br 3|53 
1. Apresentação Inicial 
Olá, amigos concurseiros 24 horas! 
 
Primeiramente, vou fazer uma rápida apresentação para que vocês me conheçam 
um pouco melhor. Meu nome é Daniel Arêa, sou Auditor-Fiscal do Trabalho 
aprovado o concurso de 2013. Tenho graduação em Ciências Atuariais (2010) e 
em Direito (conclusão em 2014.1). Antes de ingressar no atual cargo que estou 
de Auditor, estive na Assessoria Jurídica da Controladoria Geral de Disciplina do 
Ceará (CGD-CE). 
 
Todo mundo já deve ter ouvido uma história de que Fulano passou em um 
concurso público sem estudar. Não caiam nesse cilada. O caminho para 
aprovação em um concurso, qualquer que seja o cargo, é necessário muito 
esforço. Além disso, a concorrência aumenta a cada dia, ou seja, não existe a 
chance de um candidato cair de paraquedas dentro do serviço público por meio 
do concurso público. A minha experiência foi árdua para passar para Auditor-
Fiscal do Trabalho: 
 Noites sem dormir. 
 Fadiga mental 
 Distanciamento de amigos e familiares. 
 Abdicação de algumas atividades, hobby, entre outros. 
 Momentos de desânimo. 
 
Dessa forma, para conseguir logra êxito no tão sonhado cargo público, o primeiro 
passo é acreditar que todos nós somos capazes de passar em qualquer concurso. 
Basta acreditar, o poder da mente é a ferramenta mais poderosa do universo. Se 
você não acredita que pode fazer algo, então não pode. Então acredite em si 
mesmo. Tudo é possível. 
 
Segundo, aprenda a gostar do que você faz, do que você estuda. Em tudo na 
nossa vida, vai ter tarefas que, a priori, não gostamos de fazer. Portanto, 
apaixonar-se pelo que você quer da vida e pelo que você faz é essencial para 
uma carreira promissora, independente de qual concurso você vá prestar. 
 
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Por fim, todo esforço e suor realizado para estudar e conseguir lograr êxito no 
almejado sonho vai valer a pena. É verdade esses estudos nos maltratam, nos 
deixam frágeis fisicamente e emocionalmente, mas o resultado de aprovado é 
uma sensação de dever cumprido que vale mais do que ganhar na mega-sena. 
Nada melhor na vida do que conquistar seus sonhos com seu próprio esforço. 
Portanto, quando vocês alcançarem essa sensação de realização pessoal, vocês 
vão sentir exatamente o mesmo o que estou sentindo agora. 
 
O curso 
Nosso curso é baseado no edital do último concurso que foi realizado pela fcc em 
2012. Trabalharemos o seguinte conteúdo: 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL: 1 Direitos e deveres 
fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos; direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade; direitos sociais; 
nacionalidade; cidadania; garantias constitucionais individuais; garantias 
dos direitos coletivos, sociais e políticos. 2 Da Administração Pública 
(artigos de 37 a 41, capítulo VII, Constituição Federal). 
 
 
Concurso INSS 
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deverá receber autorização para a 
realização de um novo concurso ainda este ano. Segundo fonte do setor de 
Gestão de Pessoas, a autarquia solicitou ao Ministério do Planejamento 
a contratação de 3.080 novos servidores, sendo 2 mil técnicos e 1.080 peritos 
médicos previdenciários, mas o deputado Amauri Teixeira (PT/BA), que se reuniu 
com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, em conjunto com os deputados 
André Figueiredo (PDT/CE) e Roberto Santiago (PSD/SP), alega que o aval 
somente será dado para a carreira de nível médio. 
 
O cargo de técnico exige o nível médio e tem remuneraçãoinicial de R$ 
5.200,00 (já contando com a gratificação de atividade Executiva e de 
desempenho de atividades do Seguro Social – 80 pontos). Já a função de perito 
médico requer graduação em Medicina e inscrição no Conselho Regional de 
classe. Os rendimentos são de R$10.056,80 (considerando 80 pontos de 
gratificação de desempenho de atividade de Perícia Médica Previdenciária). Em 
ambos os casos, aos valores estão acrescidos R$304 de auxílio-alimentação. 
 
E por que não aguardar a publicação do Edital para começar a estudar? 
 
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Se tens isso em mente, a dica é para não perder tempo e dinheiro. Os concursos 
para o INSS são altamente competitivos e a imensa maioria dos aprovados 
estuda, em média, de 6 a 12 meses. 
 
Em 2008, para 1400 vagas de técnico, foram 499.322 inscritos ou 356,66 
candidatos por vaga. Já em 2012, foram 909.337 inscritos para 1,5 mil vagas de 
técnico do seguro social, ou 602,22 candidatos por vaga. 
 
O Portal Concurseiro24horas, em 2013, teve como aluno, 19% do total de 
aprovados no concurso para Auditor-Fiscal do Trabalho, um dos mais altos cargos 
para o executivo federal. É esta metodologia de ensino que irá fazer de você 
também um servidor público federal. 
 
Fundação Carlos Chagas (FCC) 
Antes de apresentar o curso de Direito Constitucional do C24H, é muito 
importante destacar que a banca organizadora do concurso em questão é a 
Fundação Carlos Chagas (FCC). Por isso, vou pontuar, agora, a maneira de como 
se preparar para as provas dessa banca organizadora: 
a) A FCC tem preferência por questões literais, “letras da lei”, com isso, a 
prova favorece mais a boa memória do que a capacidade de raciocínio. Em 
vista disso, busque doutrina e jurisprudência somente para sanar dúvidas. 
Priorize a leitura das leis. 
b) Distribui as questões por todos os itens do Edital na medida do possível. 
c) Cobra conteúdo que todo mundo espera que não será cobrado por 
pensarmos que é um assunto “irrelevante”. Portanto, estudem todo o 
conteúdo do Edital, pois não há itens que não tenham chances de serem 
cobrados. 
d) Resolva bastante exercícios de concursos anteriores, preferencialmente da 
banca FCC. Além de ajudar a decorar as leis, as questões costumam ser 
parecidas de um concurso para o outro. 
e) Fique atento ao enunciado das questões. A FCC costuma pedir para que 
seja assinalado o item INCORRETO. Ler atentamente todo o enunciado é de 
extrema importância para não cairmos em uma casca de banana. Grifem a 
prova de caneta onde pede para assinalar o CORRETO ou o INCORRETO. 
Assim, evita que possamos pisar na bola. 
 
Nosso curso de Direito Constitucional não exige que os candidatos tenham 
conhecimentos prévios de tal disciplina. O objetivo de cada um não é se tornar 
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mestre em Direito Constitucional, mas passar no concurso de Técnico Judiciário 
do TRT. 
 
Dentro do curso, no desenvolvimento do material elaborado, utilizei uma 
linguagem mais acessível para o entendimento do aluno acerca da disciplina de 
Direito Constitucional. Porém, tenha consciência de que a linguagem jurídica é 
importante, pois é ela que provavelmente estará na sua prova. 
 
Nosso material do C24H foi elaborado para que o entendimento e a leitura fluam 
na melhor maneira possível. Todas as aulas estarão divididas basicamente em 
teoria e exercícios. Além disso, apresentarei tabelas, gráficos e bizús que forem 
pertinentes ao aprendizado de todos. 
 
Desta forma, todos poderão ter um estudo mais eficiente e, assim, conseguirão 
obter êxito na tão desejada aprovação nesse concurso público. 
 
 
Dúvidas, sugestões e críticas 
Caso necessário, enviem suas dúvidas, comentários, sugestões para o e-mail 
danielalb87@gmail.com 
 
Tenho uma fanpage no facebook para tirar dúvidas, postar artigos, dicas entre 
outras coisas: 
https://www.facebook.com/professordanieldalb?ref=hl 
 
Ou ainda participem do grupo Direito Constitucional – Professor Daniel Arêa (foco 
em concursos públicos): 
https://www.facebook.com/groups/1462205717344108/ 
 
Sintam-se à vontade, estarei à disposição de vocês e responderei a todos os 
questionamentos no tempo mais breve possível. 
 
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2. Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
Hoje, estamos começando nossa segunda aula que irá tratar dos Direitos e 
Garantias Fundamentais. Por ser um conteúdo bastante extenso e muito 
importante para a prova de Direito Constitucional, iremos dividir o conteúdo em 
2 aulas. Nesta primeira aula, iremos abordar os direitos individuais e coletivos. 
Enquanto, na segunda aula, trataremos sobre os direitos sociais, os da 
nacionalidade, os políticos e os dos partidos políticos. 
 
Por ser costumeiro a cobrança da divisão dos direitos e garantias fundamentais 
em 5 espécies, irei expor a seguir tal divisão: 
 Direitos e deveres individuais e coletivos (art.5º da CF) 
 Direitos sociais (art.6º ao 11 da CF) 
 Direitos de nacionalidade (art.12 e 13 da CF) 
 Direitos políticos (art.14 a 16 da CF) 
 Direitos dos partidos políticos (art.17 da CF) 
 
2.1. Aspectos Gerais dos Direitos e Garantias Fundamentais 
Inicialmente, vamos entender a Teoria Geral dos Direitos e Garantias 
Fundamentais. Assim, poderemos compreender melhor o que são esses direitos 
e garantias fundamentais. 
 
Já seguindo esse raciocínio, pode ser lançada a seguinte pergunta: Qual a 
diferença entre direitos e garantias? 
 
O doutrinador João Afonso da Silva explica essa diferença: 
• São faculdades dadas ao indivíduo para fazer ou
deixar de fazer algo. Ou seja, trata-se de uma
liberdade positiva.
Direitos 
Fundamentais
• São proteções que as pessoas possuem frente ao
Estado ou ainda frente às demais pessoas, de tal
maneira que possam proteger seus direitos ou
ainda reivindicar tais direitos.
Garantias 
Fundamentais
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Os direitos são bens e vantagens conferidos pela norma, enquanto as garantias 
são meios destinados a valer esses direitos, são instrumentos pelos quais se 
asseguram o exercício e o gozo daqueles bens e vantagens. 
 
Apesar desses direitos e garantias fundamentais estarem previstos no art.5º da 
Constituição Federal de 1988, isto não constitui um rol taxativo, mas somente um 
rol exemplificativo. Conforme, podemos ver no §2º do art.5º, in verbis: 
 
Art. 5º, § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não 
excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou 
dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja 
parte. 
 
Dessa interpretação, a doutrinaclassifica esses direitos da seguinte maneira: 
Direitos 
Formalmente 
Fundamentais 
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu expressamente 
tais direitos sob o título de “Direitos Fundamentais”. Estão 
arrolados do art.5º ao art.17 da Carta Magna. 
Direitos 
Materialmente 
Fundamentais 
Esses direitos independem de onde estiverem alocados, pois 
possuem conteúdo de direito fundamental. 
 
Deve-se ainda se atentar de que nem todos os direitos e garantias fundamentais 
são cláusulas pétreas. Somente os direitos e garantias individuais são, conforme 
se identifica no art.60 §4º da CF: 
 
Art. 60, § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente 
a abolir: 
... 
IV - os direitos e garantias individuais. 
 
Não podemos também nos confundir entre direitos humanos e direitos 
fundamentais. Gilmar Mendes discorre em sua obra Curso de Direito 
Constitucional sobre tal distinção: 
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“A expressão direitos humanos é reservada para aquelas reinvindicações de 
perene respeito a certas posições essenciais ao homem. Já a expressão direitos 
fundamentais é utilizada para designar os direitos relacionados às pessoas, 
inscritos em textos normativos de cada Estado. São direitos que vigoram em 
determinada ordem jurídica, sendo, por isso, garantidos e limitados no espaço e 
no tempo, pois são assegurados na medida em que cada Estado os estabelece”. 
 
2.2. Características 
Historicidade e 
mutabilidade 
São direitos conquistados ao longo do tempo, 
juntamente com o desenvolvimento da própria 
sociedade. Essa conquista histórica nos remete a ideia 
cíclica de nascimento, desenvolvimento e 
desaparecimento, impedindo-nos de considerar tais 
direitos imutáveis. 
Irrenunciabilidade 
Em regra, os direitos fundamentais não podem ser 
objetos de renúncia. Como exceção, a renúncia pode 
acontecer, por exemplo, em reality shows onde se 
renúncia, temporariamente, a intimidade e a vida 
privada. 
Relatividade 
Os direitos fundamentais não são absolutos, podendo 
haver limitações quando um direito fundamental entra 
em confronto com outro. 
Universalidade 
São aplicáveis a todos os indivíduos, sem distinção. 
Dessa forma, tanto brasileiro como estrangeiro, 
residentes ou não no Brasil, são destinatários desses 
direitos. 
Interdependência 
Apesar de serem autônomas, os direitos fundamentais 
possuem diversas intersecções para atingirem suas 
finalidades. 
Universalidade 
São aplicáveis a todos os indivíduos, sem distinção. 
Dessa forma, tanto brasileiro como estrangeiro, 
residentes ou não no Brasil, são destinatários desses 
direitos. 
Inalienabilidade 
Os direitos fundamentais não podem ser transferidos a 
outrem, são indisponíveis e não possuem conteúdo 
econômico-patrimonial. 
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Complementaridade 
Os direitos fundamentais não devem ser interpretados 
isoladamente, mas sim de forma conjunta com a 
finalidade de alcançar os objetivos previstos pela 
Constituição Federal. 
Imprescritibilidade 
Os direitos fundamentais podem ser invocados a 
qualquer tempo, pois não prescrevem com o lapso 
temporal. 
Aplicabilidade 
imediata 
Art.5º, §1º da CF: As normas definidoras dos direitos e 
garantias fundamentais têm aplicação imediata. 
No entanto, isso não significa que todos os direitos 
fundamentais são normas de eficácia plena. Existem 
três tipos de normas de direitos e garantias 
fundamentais: plena, contida e limitada. 
 
 
 
 
2.3. Eficácia Vertical e Horizontal dos Direitos Fundamentais 
A doutrina tradicional constituiu o pensamento segundo o qual os direitos 
fundamentais são exercidos pelos indivíduos contra o Estado, seja para impor-lhe 
um dever de abstenção, seja para obrigar-lhe a garantir um patamar mínimo de 
prestações materiais necessárias a uma vida digna. Resultando, assim, na 
eficácia vertical. 
• Gilmar Mendes diz que a dignidade da pessoa humana é um direito
supraconstitucional (acima da própria Constituição), podendo ser
confrontado apenas com ele mesmo. Ou seja, é um direito fundamental
absoluto. No entanto, não se trata do posicionamento da doutrina
dominante.
• Importante salientar que os direitos fundamentais não se restrigem a
particulares, podendo, alguns, ser garantidos às pessoas jurídicas, ao
Estado e às relações entre particulares.
ATENÇÃO
• Súmula nº 227 (STJ): A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
JURISPRUDÊNCIA
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Porém, atualmente, já se vislumbra o uso de tais direitos e garantias nas relações 
entre os próprios particulares, no que denominamos de eficácia horizontal dos 
direitos fundamentais. 
 
 
2.4. Dimensões dos Direitos Fundamentais 
Os direitos fundamentais são classificados em dimensões, levando-se em conta o 
momento de seu surgimento e reconhecimento pelos ordenamentos 
constitucionais. 
 
A primeira dimensão retrata os direitos civis e políticos, referindo-se ao ideário de 
liberdade. Historicamente, podemos situar a consolidação dessa dimensão com a 
Revolução Francesa e com a Independência dos Estados Unidos. Desses dois 
documentos históricos importantes: a Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão de 1789 e a Constituição Americana de 1787, respectivamente. Cita-se, 
como exemplo dessa dimensão de direitos, o direito de ir e vir e a liberdade de 
expressão. 
A segunda dimensão relaciona-se com os direitos sociais, culturais e econômicos, 
retratando os ideais de igualdade. Dos marcos históricos são importantes: por 
primeiro a Revolução Mexicana e, por segundo a Revolução Gloriosa. Quanto aos 
documentos jurídicos relevantes dessa dimensão, a doutrina cita as Constituições 
do México (1917) e de Weimar (1919). O exemplo que se destaca são os direitos 
trabalhistas e os direitos à saúde. 
• Proteção do particular em face do Estado.EFICÁCIA VERTICAL
• Proteção do particular em face de outro 
particular.
EFICÁCIA HORIZONTAL
• O termo usado, anteriormente, era gerações. Porém, atualmente, o uso
desse termo não é aceito pelo fato de induzir a interpretação de que uma
geração substituiria a outra. Além disso, induz ao entendimento que os
direitos foram conquistados na ordem exposta. Essas duas constatações,
que induziam a uma interpreação equivocada, culminaram no desuso de tal
expressão.
ATENÇÃO 
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Por fim, a terceira dimensão dos direitos humanos alberga os direitos difusos e 
coletivos, revelando os direitos de fraternidade. Na história são fundamentais o 
período Pós 2ª Guerra Mundial e o surgimento da ONU, para a consolidação dessa 
dimensão. Quanto ao marco jurídico, parte da doutrinaidentifica a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Cita-se, ainda, como exemplos de 
tais direitos a proteção ao consumidor e os direitos de meio ambiente. 
Antes de darmos continuidade, vamos explicar o que são direitos difusos e 
coletivos. Apesar de ser algo bastante usual no mundo jurídico, não estamos 
acostumados a usar expressão no cotidiano o que pode ter causado alguma 
dúvida em todos. 
 
 
FASE 
MARCO 
MUNDIAL 
DIMENSÃO DIREITOS 
MARCO NO 
BRASIL 
Estado Liberal 
Revolução 
Francesa e 
Independência 
dos EUA 
1ª 
Direitos civis 
e políticos 
(liberdade) 
Constituição 
Federal de 
1824 e 1891 
Estado Social 
Pós 1ª Guerra 
Mundial; 
Constituição 
Mexicana 
(1917) e 
Constituição 
Weimar 
(1919) 
2ª 
Direitos 
econômicos e 
sociais 
(igualdade) 
Constituição 
Federal de 
1934 
Estado 
Democrático 
Pós 2ª Guerra 
Mundial 
3ª 
Direitos 
coletivos e 
difusos 
(fraternidade 
ou 
solidariedade) 
Constituição 
Federal de 
1988 
 
• Apresentam indivisibilidade. Isto pelo fato de seus
sujeitos serem indeterminados.
• Ex: Direito ao ar puro.
Direitos Difusos
• Apresentam natureza de indivisibilidade também.
Porém, tem como titulares uma classe de pessoas
ligadas entre si.
• Ex: Direito de determinadas categorias sindicais.
Direitos 
Coletivos
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Vale ressaltar que alguns doutrinadores discutem sobre o reconhecimento da 4ª 
dimensão e a 5ª dimensão de direitos fundamentais, em complementação às três 
dimensões: 
 4ª dimensão: De acordo com Paulo Bonavides, trata-se dos direitos que se 
vinculam a ideia de democracia, especialmente a democracia direta, 
incluindo o direito à informação e o direito ao pluralismo. Por outro lado, 
Norbetto Bobbio faz alusão sobre tal dimensão de maneira distinta na qual 
estaria materializada nos direitos relativos a biotecnologia e ao patrimônio 
genético dos indivíduos. 
 5ª dimensão: Segundo Paulo Bonavides, trata-se do direito a paz, 
principalmente devido aos recentes atentados terroristas a partir do 11 de 
Setembro nos Estados Unidos. Outros autores tratam dos direitos de quinta 
geração como os direitos virtuais ou cibernéticos. 
 
2.5. Tratados e Convenções Internacionais de Direitos Humanos 
A Carta Magna estabelece que existem outros direitos fundamentais decorrentes 
do regime e dos princípios constitucionais, ou dos tratados internacionais de que 
o Brasil seja parte. 
 
Considerando a posição do Supremo Tribunal Federal, os tratados e convenções 
internacionais podem assumir três posições hierárquicas diferentes ao serem 
incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro. 
 
• O lema da Revolução Francesa representa a ordem das dimensões dos
direitos fundamentais: liberdade, igualdade e fraternidade.
ATENÇÃO 
• Os direitos Políticos são de Primeira dimensão.
• Os direitos Sociais, Econômicos e Culturais (SEC - lembre-se de "second")
são de segunda dimensão.
• Os direito de "Todos" (difusos e coletivos) são de Terceira dimensão.
MNEMÔNICO
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Quando versarem sobre direitos humanos e forem incorporados pelo rito especial, 
que consiste na aprovação, em cada casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
por três quintos dos respectivos membros, terão status de emenda constitucional. 
 
Se os tratados e convenções internacionais versarem sobre direitos humanos e 
forem incorporados pelo rito ordinário, que consiste na aprovação da maioria 
simples nas Casas Legislativas, terão o status de supralegalidade. Nesse caso, os 
tratados situam-se abaixo da CF, mas acima da legislação infraconstitucional. 
 
Por último, todos os demais tratados e convenções internacionais que não tratam 
de direitos humanos terão o status de lei ordinária federal. 
Objeto do Tratado ou 
Convenção 
Rito Status no ordenamento 
jurídico 
Direitos Humanos Especial Status de Emenda 
Constitucional. 
Direitos Humanos Ordinário Status de Supralegalidade 
Não versa sobre Direitos 
Humanos 
Ordinário Status de Lei Ordinária 
Federal 
 
2.6. Tribunal Penal Internacional 
Em regra, o princípio da soberania não permite que um Estado se obrigue a acatar 
a decisão judicial proferida por órgão integrante de outro Estado. Para que uma 
decisão judicial estrangeira tenha validade no Brasil é necessário que seja 
homologada pelo Poder Judiciário brasileiro. Conforme podemos verificar no texto 
constitucional em seu art.5º, §4º: 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja 
criação tenha manifestado adesão. 
 
Desta forma, podemos notar um abrandamento do princípio da soberania do 
Estado em respeito aos direitos humanos, à proteção da humanidade. 
 
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1 - (FCC/EPP-BA/2004) A classificação adotada pelo legislador constituinte de 1988 
estabeleceu como espécies do gênero direitos fundamentais tão-somente os 
direitos: 
a) individuais e coletivos. 
b) individuais, coletivos e sociais. 
c) individuais, coletivos, sociais, de nacionalidade, políticos e relacionados a 
existência, organização e participação em partidos políticos. 
d) sociais, de nacionalidade, políticos e relacionados a existência, organização e 
participação em partidos políticos. 
e) individuais, sociais, de nacionalidade, políticos e relacionados a existência, 
organização e participação em partidos políticos. 
Comentários: A doutrina costuma dizer que os direitos fundamentais podem ser 
de 5 tipos: 1- Direitos e deveres individuais e coletivos; 2- Direitos Sociais; 3- 
Direitos da Nacionalidade; 4- Direitos Políticos; e 5- Direitos relativos a existência 
e funcionamento dos partidos políticos. A questão pegou estes tipos e 
desmembrou ainda mais. Se observarmos calmamente todas as assertivas, 
veremos que a correta então e a letra C, já que a letra E esqueceu dos direitos 
coletivos. 
Gabarito da Questão: LETRA C. 
 
2 - (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) A Constituição Federal compreende os direitos 
fundamentais como sendo os direitos individuais e os direitos coletivos previstos 
no artigo 5º, excluindo dessa categoria os direitos sociais e os direitos políticos. 
Comentários: Não só os direitos sociais e os políticos, mas também os direitos da 
nacionalidade e o do funcionamento e existência dos partidos políticos podem ser 
elencados como direitos fundamentais segundo a CF/88. 
Gabarito da Questão: ERRADO. 
 
3 - (FCC/Procurador - PGE-SP/2009) Os direitos e garantias expressos na 
Constituição Federal: 
a) constituem um rol taxativo. 
b) não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, 
entre os quais o Estado Democrático de Direito e o princípio da dignidade 
humana. 
c) não excluem outros decorrentes do Estado Democrático de Direito e do 
princípio da dignidade humana, mas a ampliação deve ser formalmente 
reconhecida por autoridade judicialno exercício do controle de 
constitucionalidade. 
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d) não excluem outros decorrentes do Estado Democrático de Direito e do 
princípio da dignidade humana, mas a ampliação deve ser formalmente 
reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal ao julgar arguição de 
descumprimento de preceito fundamental. 
e) somente podem ser ampliados por forca de Tratado Internacional de Direitos 
Humanos aprovado em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 
três quintos dos votos dos respectivos membros. 
Comentários: A relação não e taxativa, mas, sim um rol aberto, exemplificativo, 
já que a própria Constituição estabelece em seu art. 5º §2º, que os direitos e 
garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime 
e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a 
República Federativa do Brasil seja parte. 
Gabarito da Questão: LETRA B. 
 
4 - (FCC/TCE-MG/2007 - Adaptada) Os direitos fundamentais são absolutos, não 
sendo suscetíveis de limitação no seu exercício. 
Comentários: Eles são relativos e não absolutos. 
Gabarito da Questão: ERRADO. 
 
5 - (FCC/DPE-SP/2007 - Adaptada) A Constituição Federal deu enorme relevância 
ao direitos fundamentais, assegurando-os de maneira quase absoluta, mas certas 
conturbações sociais podem desencadear a necessidade de supressão 
temporária de certos direitos no atendimento do interesse do Estado e das 
instituições democráticas. 
Comentários: Não se pode admitir que os direitos fundamentais sejam absolutos, 
pois existem limites ao seu exercício. A questão fala ainda em necessidade de 
supressão temporária. Essa supressão temporária de alguns direitos e 
expressamente admitida pela Constituição nas hipóteses de Estado de Sitio e de 
Defesa (CF, art. 135 e 136), quando poderão ser suspensos direitos como a 
liberdade de reunião e sigilo de comunicações para que não prejudiquem o 
objetivo de restaurar a ordem pública. 
Gabarito da Questão: CORRETO. 
 
6 - (FCC/Analista TRF 4ª/2010) São direitos fundamentais classificados como de 
segunda geração 
a) os direitos econômicos e culturais. 
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b) os direitos de solidariedade e os direitos difusos. 
c) as liberdades públicas. 
d) os direitos e garantias individuais clássicos. 
e) o direito do consumidor e o direito ao meio ambiente equilibrado. 
Comentários: Mnemônico: Segunda dimensão e o SECond - sociais, econômicos e 
culturais. 
Gabarito da Questão: LETRA A. 
 
7 - (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) Liberdade, Igualdade e 
Fraternidade, ideais da Revolução Francesa, podem ser relacionados, 
respectivamente, com os direitos humanos de primeira, segunda e terceira 
gerações. 
Comentários: A Revolução francesa tem como ideais de liberdade, igualdade e 
fraternidade que correspondem aos direitos de primeira, segunda e terceira 
gerações. 
Gabarito da Questão: CORRETO. 
 
8 - (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) O direito a paz inclui-se entre os 
direitos humanos de segunda geração. 
Comentários: Direito a paz não e de segunda geração não, e um direito da 
sociedade, um direito difuso, seria de terceira dimensão. 
Gabarito da Questão: ERRADO. 
 
9 - (FCC/Procurador-PGE-SP/2009 - Adaptada) Os direitos humanos de primeira 
geração foram construídos, em oposição ao absolutismo, como liberdades 
negativas; os de segunda geração exigem ações destinadas a dar efetividade a 
autonomia dos indivíduos, o que autoriza relaciona-los com o conceito de 
liberdade positiva e com a igualdade. 
Comentários: Assertiva perfeita. 
Gabarito da Questão: CORRETO. 
 
10 - (FCC/DPE-MA/2003) Os direitos fundamentais consagrados na Constituição 
brasileira: 
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a) são sempre direitos ilimitados. 
b) são sempre considerados direitos absolutos. 
c) não podem sofrer, em qualquer caso, restrições por intermédio de legislação. 
d) somente podem ser restringidos pelo exercício do poder de polícia quando este 
estiver expressamente previsto na Constituição para o caso. 
e) tem a natureza de direitos relativos porquanto convivem com outros direitos e 
liberdades individuais ou coletivas. 
Comentários: Os direitos fundamentais são relativos, devem respeitar-se 
reciprocamente. 
Gabarito da Questão: LETRA E. 
 
11 - (FCC/Procurador - PGE-PE/2004) Em ocorrendo colisão de direitos 
fundamentais consagrados por normas constitucionais de eficácia plena, não 
sujeitos, portanto, a restrições legais, o interprete constitucional poderá adotar, 
para solução de caso concreto, o princípio da: 
a) ponderação de interesses. 
b) interpretação adequadora. 
c) congruência. 
d) relativização dos direitos fundamentais. 
e) interpretação conforme a Constituição. 
Comentários: O princípio seria da harmonização ou concordância pratica, ou ainda 
ponderação de interesses, de forma a descobrir no caso concreto qual irá 
prevalecer. 
Gabarito da Questão: LETRA A. 
 
12 - (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) As normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais tem aplicação imediata. 
Comentários: Literalidade da Constituição Federal em seu art. 5º §1º. Ressalta-se, 
porém, que esta disposição e somente um apelo para que o Poder Público busque 
efetivamente concretizar tais normas. Não podemos dizer que pela simples 
previsão de que elas tenham aplicação imediata, algumas normas venham a ser 
efetivamente passiveis de aplicação, nem que tais normas constituam, em sua 
totalidade, normas de eficácia plena. 
Gabarito da Questão: CORRETO. 
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13 - (FCC/Técnico Judiciário – Área Administrativa/2012) Os tratados e convenções 
internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, por dois quintos dos votos dos respectivos 
membros, serão equivalentes as emendas constitucionais. 
Comentários: Para que alcancem esse status precisam de 3/5 dos votos e não 2/5. 
Gabarito da Questão: ERRADO. 
 
14 - (FCC/Analista Judiciário – Biblioteconomia – TRT 24ª/2011) Os tratados e 
convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados: 
a) pela Câmara dos Deputados, por maioria absoluta, mediante aprovação previa 
da Advocacia Geral da União, serão equivalentes a Lei ordinária. 
b) pelo pleno do Supremo Tribunal Federal, desde que previamente aprovada pelo 
Presidente da República e Senado Federal, serão equivalentes as Leis ordinárias. 
c) pelo pleno do Supremo Tribunal Federal, desde que previamente aprovada pelo 
Presidente da República e Senado Federal, serão equivalentes as Leis 
complementares. 
d) em cada Casa doCongresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos 
votos dos respectivos membros, serão equivalentes as emendas constitucionais. 
e) pelo Presidente da República serão equivalentes a Medida Provisória e serão 
levados a Câmara dos Deputados, para, mediante aprovação por maioria dos 
votos, serem convertidas em Leis ordinárias. 
Comentários: Art. 5º, §3º, inserida pela EC 45/04 que passou a admitir tratados 
internacionais de status constitucional, desde que fossem aprovados pelo mesmo 
rito de uma emenda constitucional, ou seja, aprovados em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos 
membros, serão equivalentes as emendas constitucionais. 
Gabarito da Questão: LETRA D. 
 
15 - (FCC/Analista - TJ-PI/2009) O Brasil se submete a jurisdição do Tribunal Penal 
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. 
Comentários: Literalidade do art. 5º §4º da Constituição. 
Gabarito da Questão: CORRETO. 
 
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16 - (FCC/AJ-Arquivologia-TRT-19/2011) A Constituição Federal, ao classificar os 
direitos enunciados no artigo 5º, quando assegura a inviolabilidade do direito à 
vida, a dignidade, a liberdade, a segurança e a propriedade, adota o critério do 
a) perigo subjetivo do direito assegurado. 
b) objeto imediato do direito assegurado. 
c) alcance relativo do direito assegurado. 
d) plano mediato do direito assegurado. 
e) alcance subjetivo do direito assegurado. 
Comentário: O critério foi o do objeto imediato do direito assegurado. Eles foram 
divididos em 5 objetos imediatos: vida, liberdade, igualdade, segurança e 
propriedade. Assim, os diversos incisos presentes no art. 5º são usados para 
definir direitos e garantias que, não obstante tenham um fim traçado na norma, 
possuem como objeto imediato o alcance do direito à vida, da liberdade, da 
igualdade, da segurança ou da propriedade. 
Gabarito da Questão: LETRA B. 
 
3. Dos Direitos Individuais e Coletivos
O caput do art.5º da Constituição Federal de 1988 enumera cinco direitos 
fundamentais básicos, dos quais os demais direitos enunciados em seus incisos 
constituem desdobramentos, in verbis: 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
 
Apesar do caput assegurar somente esses direitos para os brasileiros e 
estrangeiros residentes no país. O entendimento é que esses direitos estão 
assegurados mesmo para os estrangeiros não residentes no Brasil. 
 
 
• No entanto, lembrem-se que a FCC gosta de cobrar a literalidade da lei.
Portanto, se a resposta trouxer o caput do art.5º da CF, não estará
incorreta.
ATENÇÃO 
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A seguir, passaremos a uma análise pormenorizada do art.5º e incisos da 
Constituição Federal de 1988. 
 
 
3.1. Direito à vida 
Esse direito expresso no caput do art.5º é o basilar dos direitos fundamentais. 
Nenhum outro direito poderia ser cogitado sem o direito à vida. Além disso, direito 
à vida não se resume a mera sobrevivência física. Deve-se abranger o direito a 
uma existência digna, visto que a dignidade da pessoa humana é um dos princípios 
da Constituição Federal da República Federativa do Brasil. 
 
Deve-se ainda interpretar o direito à vida de maneira ampla. Ou seja, considerar 
a vida extrauterina e intrauterina. Desse modo, resta proibido a prática do aborto. 
Somente sendo permitido o aborto terapêutico (salvar a vida do paciente) ou o 
aborto humanitário (resultado do estupro). 
 
 
3.2. Direito à liberdade 
A liberdade assegurada no caput do art.5º deve ser tomada em sua mais ampla 
acepção. Compreende não só a liberdade física, de locomoção, mas também a 
liberdade de crença, de convicções, de pensamento, de reunião, entre outros. 
•Vale, ainda, lembrar que existe uma vasta jurisprudência
acerca dos direitos e garantias fundamentais. Irei expô-los
demasiadamente, pois as bancas organizadoras de concursos
públicos, inclusive CESPE, FCC e ESAF, estão cada vez mais
utilizando da jurisprudência para elaborar questões com
assunto jurisprudencial. Ter conhecimento disso pode ser o
seu diferencial na aprovação.
ATENÇÃO
•STF: Não ofende o direito à vida a realização de pesquisas com células-
tronco embrinonárias produzidos por fertilização in vitro e não utilizados
neste procedimento
Jurisprudência
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3.3. Princípio da Igualdade (art.5º, I) 
Art.5º I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos 
desta Constituição; 
O princípio da igualdade determina que seja dado tratamento igual aos que se 
encontram em situação equivalente e que sejam tratados de maneira desigual os 
desiguais, na medida de suas desigualdades (isonomia material). Também 
denominado de discriminação positiva. 
 
Portanto, obriga tanto o legislador quanto ao aplicador da lei a seguir o princípio 
da igualdade (igualdade na lei e igualdade perante a lei, respectivamente) 
 
Em síntese, o princípio da igualdade não veda o tratamento discriminatório entre 
indivíduos, quando há razoabilidade para a discriminação. Conforme podemos 
verificar no teor das súmulas do STF: 
 
 
3.4. Princípio da legalidade (art.5º, II) 
Art.5º II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei; 
Para os particulares, a garantia de que só podem ser obrigados a agirem ou a se 
omitirem por lei. Ou seja, na falta de lei proibitiva de determinada conduta, tudo 
é permitido para os particulares 
 
• Súmula 339 (STF): Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função
legislativa, aumentar vencimentos dos servidores públicos sob fundamento
de isonomia.
• Súmula 683 (STF): O limite de idade para a inscrição em concurso público
só se legitima em face do art.7º, XXX, da Constituição, quando possa ser
justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido.
• STF: Não afronta o princípio da isonomia a adoção de critérios distintos
para a promoção de integrantes do corpo feminino e masculino da
Aeronáutica. Trata-se de uma hipótese em que a distinção entre homens e
mulheres visa a atingir a igualdade material.
JURISPRUDÊNCIA
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Já em relação ao Estado, tal princípio consagra a ideia de que o Poder Público só 
pode fazer o que é permitido em lei. Não podendo atuar contrariamente às leis 
ou mesmo na ausência de lei. 
Deve-se atentar que a atividade discricionária da Administração Pública é 
desenvolvidanos limites da lei, quando esta deixa alguma margem para a 
Administração agir conforme critérios de oportunidade e conveniência. 
 
Antes de partirmos para os próximos incisos do art.5º, importante fazer a 
diferenciação entre o princípio da legalidade e o princípio da reserva legal. José 
Afonso da Silva discorre sobre essa diferença: 
O princípio da legalidade significa a submissão e o respeito à lei, ou a atuação 
dentro da esfera estabelecida pelo legislador. Já o princípio da reserva legal 
consiste em estatuir que a regulamentação de determinadas matérias há de 
fazer-se necessariamente por lei formal. 
 
Esta reserva legal pode ser feito sob duas formas: 
RESERVA LEGAL 
Reserva Legal 
Absoluta 
Quando será a própria lei que irá atender o mandamento 
constitucional. 
Reserva Legal 
Relativa 
Quando não é a lei que irá atender o comando constitucional, 
mas estabelecerá limites dentro dos quais um ato infralegal 
poderá atuar. 
 
3.5. Dignidade da Pessoa Humana 
Art. 5º, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano 
ou degradante; 
 
• Súmula Vinculante 11 (STF): Só é licito o uso de algemas em casos de
resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo a integridade
física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada
a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da
prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da
responsabilidade civil do Estado
JURISPRUDÊNCIA
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3.6. Liberdade de Expressão (art.5º, IV, V, IX, XIV) 
Art. 5º, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o 
anonimato 
Art. 5º, IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e 
de comunicação, independentemente de censura ou licença; 
A manifestação de pensamento não é absoluta, mesmo diante do fim da censura 
prévia, visto que se deve estar harmonizado com outro princípios, como a 
intimidade e privacidade; além da vedação ao racismo. 
 
Por isso, em regra, é vedado o acolhimento de denúncias anônimas (delação 
apócrifa), pois isso tem o intuito de possibilitar a responsabilização de quem 
cause danos a terceiros em decorrência denúncias ofensivas, caluniosas. 
 
No entanto nada impede que o Poder Público, provocado pela denúncia anônima, 
adote medidas para apurar, previamente, a possível ocorrência de eventual 
situação de ilicitude penal. 
 
 
Art. 5º, V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além 
da indenização por dano material, moral ou à imagem; 
O direito de resposta está guiado pelo princípio da proporcionalidade. Dessa 
maneira, o ofendido tem assegurado o mesmo meio de comunicação em que o 
agravo foi veiculado. Além disso, terá o direito de indenização cumulado em 
•STF: O Tribunal de Contas da União não pode manter em sigilo
a autoria de denúncia a ele apresentada contra
administrador público.
•STF: A divulgação dos vencimentos brutos de servidores, com
seus respectivos nomes e matrículas funcionais, a ser
realizada oficialmente – em portal de transparência -,
constituiria interesse coletivo, sem implicar violação à
intimidade e à segurança deles, não se podendo fazer
divulgação de outros dados pessoais como endereço
residencial, CPF e RG de cada um.
•STF: A exigência de diploma de jornalismo e de registro
profissional no Ministério do Trabalho não são condição para o
exercício da profissão de jornalista.
JURISPRUDÊNCIA
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danos materiais, danos morais e danos à imagem. Aplicando-se tanto às pessoas 
físicas quanto às pessoas jurídicas que sejam ofendidas. 
 
 
Art. 5º, XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o 
sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; 
Conforme todo direito fundamental, esse também não é absoluto. As informações 
que possam ser de interesse público devem ter um meio de acesso direto a todos. 
Não cabendo cogitar, nesse caso, que se trate de informações que se tratem a 
respeito da intimidade ou da vida privada do indivíduo, as quais são objeto de 
proteção constitucional expressa. 
 
Importante ressaltar que o sigilo da fonte não entra em colisão com a vedação ao 
anonimato, pois, embora a fonte possa ser sigilosa, a divulgação da informação 
não será feita de forma anônima. De tal maneira que a responsabilização pela 
divulgação de tal informação não irá impedir a possível responsabilização da 
pessoa que tenha veiculado. 
 
Vale, por fim, lembra que não há necessidade de diploma de graduação para ser 
jornalista. Desta forma, qualquer pessoa pode publicar informações, estando, 
também, qualquer pessoa sujeita a responsabilização pelos danos causados. 
•Súmula 227 (STJ): A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.
•STF: Há uma relação de proporcionalidade entre o dano moral ou
material sofrido por alguém e a indenização que lhe caiba receber,
que opera no âmbito interno da potencialidade da ofensa e da
concreta situação do ofendido. Nada tendo a ver com essa
equação a circunstância em si da veiculação do agravo por órgão
de imprensa, porque, senão, a liberdade de informação
jornalística deixaria de ser um elemento de expansão e de
robustez da liberdade de pensamento e de expressão lato sensu
para se tornar um fator de contração e de esqualidez dessa
liberdade. Em se tratando de agente público, ainda que
injustamente ofendido em sua honra e imagem, subjaz à
indenização uma imperiosa cláusula de modicidade. Isso porque
todo agente público está sob permanente vigília da cidadania. E
quando o agente estatal não prima por todas as aparências de
legalidade e legitimidade no seu atuar oficial, atrai contra si mais
fortes suspeitas de um comportamento antijurídico francamente
sindicável pelos cidadãos
Jurisprudência
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3.7. Liberdade de Crença Religiosa e Convicção Política e Filosófica (art. 
5º, VI, VII, VIII) 
Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa 
ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, 
fixada em lei; 
 
Versa sobre a escusa de consciência que possibilita ao indivíduo a recusa do 
cumprimento de determinadas obrigações que conflitem com suas convicções 
religiosas, filosóficas ou políticas. Sem que, entretanto, isso acarrete restrições 
aos direitos do indivíduo. 
Não obstante isso, o Estado poderá impor a quem alegue escusa de consciência 
uma prestação alternativa, que seja compatível com suas crenças e convicções. 
No caso de não cumprimento da prestação alternativa, o indivíduo poderá ser 
privado de seus direitos: perda dos direitos políticos (art. 15, IV da CF). 
 
Art. 5º, VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo 
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos egarantida, na forma da 
lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação coletiva; 
 
Esses dois dispositivos constitucionais reportam o fato de que o Brasil é um Estado 
laico. Enfim, a liberdade religiosa, assegurada constitucionalmente, contempla 
não somente a liberdade de aderir a qualquer religião ou seita religiosa, mas 
também a de não aderir a religião alguma. 
 
3.8. Inviolabilidade da Intimidade, da Vida Privada, da Honra, e da 
Imagem das Pessoas (art. 5º, X) 
Art. 5º, X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem 
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação; 
 
Assim como os particulares, o Estado responde pelos atos ofensivos praticados 
pelos agentes públicos no exercício de suas funções, assegurado, nesse caso, o 
direito de regresso contra o agente nas hipóteses de ter agido com dolo ou culpa. 
 - CPF:
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Na hipótese de ofensa a um desses bens da pessoa, a indenização referente 
poderá ser cumulada por dano material e por dano moral, se a situação ensejar 
tal fato. 
Cabe lembrar que as pessoas jurídicas também têm direito à indenização por 
danos morais. Contudo, segundo entendimento do STF, tais pessoas jurídicas não 
podem ser sujeito passivo de calúnia e injúria. No entanto, o STJ admite a pessoa 
jurídica ser sujeito passivo de calúnia no caso de imputação de crimes ambientais 
devido a possibilidade de imputação de responsabilidade de crimes ambientais 
as pessoa jurídicas. Portanto, só caberá indenização por danos morais em caso 
de difamação e calúnia. 
Antes de conceituar tais delitos de difamação, de calunia e de injúria, é 
importante sabermos o que é honra subjetiva e honra objetiva. 
 
Difamação 
Atribuir à alguém fato determinado ofensivo à sua reputação. 
Qualquer pessoa pode ser considerada sujeito passivo do delito em 
estudo, não importando se pessoa física ou jurídica 
Calúnia 
Atribuir, falsamente, à alguém a responsabilidade pela prática de 
um fato determinado definido como crime. 
Na jurisprudência temos que a calúnia pede dolo específico e 
exige três requisitos: 
 Imputação de um fato 
 Qualificado como crime 
 Falsidade da imputação 
Injúria 
Atribuir à alguém qualidade negativa, que ofenda sua dignidade 
ou decoro. 
A pessoa jurídica não pode ser sujeito passivo do crime de injúria, 
por lhe faltar a honra subjetiva, patrimônio exclusivo da pessoa 
humana 
 
Honra Subjetiva
•Manifesta-se intrinsecamente na vítima,
considerando-se com repercussão no âmago do
ofendido, o prejuízo absorvido pela própria pessoa,
como dor, angústia, tristeza, entre outros.
Honra Objetiva
•É a consideração social, são os valores de
dignidade. É o apreço moral da pessoa física
perante seu meio civil de convivência.
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Por fim, vale destacar que o sigilo bancário é uma espécie de direito à privacidade, 
sendo, portanto, inviolável. No entanto, como já destacamos, não existe nenhum 
direito absoluto. 
Hipóteses de afastamento da inviolabilidade do sigilo bancário 
Determinação judicial. 
Determinação do Poder Legislativo, mediante aprovação da Câmara de 
Deputados, do Senado Federal ou de uma CPI. 
Determinação das autoridades e agentes fiscais tributários de qualquer ente 
federativo, 
 
 
 
 
• STF: Não se pode coagir suposto pai a realizar exame de DNA. Essa
medida feriria, também, outros direitos humanos, como, por
exemplo, a dignidade da pessoa humana, a intangibilidade do
corpo humano. Nesse caso, a paternidade só poderá ser
comprovada mediante outros elementos constantes do processo.
• STF: Para que haja condenação por dano moral, não é necessário
ofensa à reputação do indivíduo. Assim, a dor de se perder um
membro da família, por exemplo, pode ensejar indenização por
danos morais.
• STF: É válida decisão judicial proibindo a publicação de fatos
relativos a um indivíduo por empresa jornalística. O fundamento
da decisão é a inviolabilidade constitucional dos direitos da
personalidade, notadamente o da privacidade.
• STF: À respeito da privacidade dos agentes políticos, ela é relativa,
uma vez que estes devem à sociedade as contas da atuação
desenvolvida. Mas isso não significa que quem se dedica à vida
pública não tem direito à privacidade. O direito se mantém no que
diz respeito a fatos íntimos e da vida familiar, embora nunca
naquilo que se refira à sua atividade pública.
• STJ: Admiti-se a responsabilidade penal da pessoa jurídica em
crimes ambientais, mas desde que haja a imputação simultânea
do ente moral e da pessoa física que atua em seu nome ou em
seu benefício (teoria da dupla imputação).
JURISPRUDÊNCIA
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3.9. Inviolabilidade Domiciliar (art. 5º, XI) 
Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo 
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito 
ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial; 
A casa é o lugar onde a pessoa que nela mora tem proteção à sua intimidade e à 
sua vida privada. Devemos entender que a definição constitucional de “casa” vai 
alcançar qualquer compartimento não aberto ao público. Compreendendo, assim, 
desde casas e apartamentos até locais de trabalho, imóveis alugados, quartos de 
hotéis, entre outros. 
Portanto, para adentrar dentro do domicilio do morador, deve ter ocorrido o 
consentimento do mesmo morador. Contudo, sem esse consentimento, não 
poderá haver a violação da vida privada do indivíduo, exceto nos casos citados 
expressamente no texto constitucional. 
 
Poderá haver o ingresso sem o consentimento do morador nas seguintes 
hipóteses: flagrante delito, desastre, prestação de socorro ou, durante o dia, por 
determinação judicial. 
 
•A proteção é dado ao morador, não ao proprietário, pois não
se cuida de uma extensão da proteção à propriedade, mas
da intimidade e da vida privada.
ATENÇÃO
Com consentimento do 
morador
Qualquer hora do dia ou 
da noite
Sem consentimento do 
morador
Flagrante Delito
Desastre
Prestar Socorro
Por determinação 
judicial, durante o dia
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17 - (FCC/Analista TRF 4ª/2010) A inviolabilidade do direito à vida, a liberdade, a 
igualdade, a segurança e a propriedade são garantias previstas na Constituição 
Federal: 
a) aos brasileiros, não estendidas as pessoas jurídicas. 
b) aos brasileiros natos, apenas. 
c) aos brasileiros natos e aos estrangeiroscom residência fixa no País. 
d) aos brasileiros, natos ou naturalizados. 
e) aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País. 
Comentários: Esses direitos são assegurados aos brasileiros e estrangeiros sob 
leis brasileiros, pessoas físicas e, em alguns casos, pessoas jurídicas. O 
estrangeiro também não precisa ter residência fixa, basta estar sob as leis 
brasileiras. 
Gabarito da Questão: LETRA E. 
 
18 - (FCC/Procurador Pref. Santos/2005) Conforme previsto na Constituição 
Federal de 1988, os direitos e garantias fundamentais são: 
a) garantidos apenas aos brasileiros, em face do princípio da soberania nacional. 
b) definidos por normas de aplicação imediata. 
c) enunciados em rol fechado e taxativo, dado seu caráter de clausula pétrea. 
d) alteráveis apenas por emendas à Constituição, decorrentes de iniciativa 
popular. 
e) revogáveis apenas sob intervenção federal. 
• STF: É lícito o ingresso de autoridade policial em recinto profissional durante
a noite, para o fim de instalar equipamentos de captação acústica e de
acesso a documentos no ambiente de trabalho do acusado. Tais medidas
não poderiam ser jamais realizadas com publicidade, sob pena de sua
frustação.
•STF: O conceito de casa revela-se abrangente, estendendo-se a qualquer
compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce
profissão ou atividade.
• STF: Nem a Polícia Judiciária e nem a administração tributária podem,
afrontando direitos assegurados pela Constituição da República, invadir
domicílio alheio com o objetivo de apreender, durante o período diurno, e
sem ordem judicial, quaisquer objetos que possam interessar ao Poder
Público.
Jurisprudência 
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Comentários: Letra A - Errado. São assegurados aos brasileiros e estrangeiros sob 
leis brasileiras. 
Letra B - Correto. Colocou o que a Constituição expressamente diz em seu art. 5º, 
§4º: as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais tem aplicação 
imediata. 
Letra C - Errado. Trata-se de um rol aberto, exemplificativo. 
Letra D - Errado. As emendas à Constituição não podem ser propostas por 
iniciativa popular, esta se restringe a propor projetos de leis ordinárias e 
complementares. Importante salientar também, que o art. 5º da Constituição e 
uma clausula pétrea (não pode ser abolido ou ter o seu escopo reduzido por 
emendas constitucionais), tal proteção não abrange os demais direitos 
fundamentais. 
Letra E - Errado. 
Gabarito da Questão: LETRA B. 
 
19 - (FCC/AJAJ-TRT 23ª/2005) Tendo em vista o princípio da isonomia como um dos 
direitos fundamentais, observe as afirmações sobre o princípio da igualdade: 
I. por sua natureza, veda sempre o tratamento discriminativo entre indivíduos, 
mesmo quando há razoabilidade para a discriminação. 
II. vincula os aplicadores da lei, face a igualdade perante a lei, entretanto não 
vincula o legislador, no momento de elaboração da lei. 
III. estabelece que se deve tratar de maneira igual os que se encontram em 
situação equivalente e de maneira desigual os desiguais, na medida de suas 
desigualdades. 
IV. não há falar em ofensa a esse princípio se a discriminação e admitida na 
própria Constituição. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
Comentários: 
I- Errado. Pode haver tratamento desiguais entre desiguais para que haja uma 
busca da igualdade material. 
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II - Errado. A igualdade perante a lei comporta os dois sentidos: a igualdade 
perante a lei, propriamente dita (direcionando o aplicador) e a igualdade na lei 
(direcionando o legislador ao elaborar a norma). 
III – Correto. Esse e o verdadeiro significado da isonomia. 
IV - Correto. O Poder Constituinte Originário e ilimitado, logo, se e a própria 
Constituição que está admitindo a discriminação, não há o que se falar em ofensa 
a isonomia. 
Gabarito da Questão: LETRA E. 
 
20 - (FCC/Procurador - Recife/2008) E garantia constitucional da liberdade a 
previsão segundo a qual: 
a) e vedada a instituição de pena de privação ou restrição da liberdade. 
b) ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em 
virtude de lei. 
c) se proíbe a instituição da pena de morte, exceto na hipótese de guerra 
declarada, nos termos da Constituição. 
d) a lei considerara crimes inafiançáveis e imprescritíveis a pratica da tortura e o 
terrorismo. 
e) não haverá prisão civil por dívida, exceto a do depositário infiel. 
 Comentários: A definição de garantia da liberdade é: ninguém será obrigado a 
fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei. 
Gabarito da Questão: LETRA B. 
 
21 - (FCC/EPP/2004) Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei. Por este princípio, art. 5º, II, da Constituição da 
República Federativa brasileira de 1988, 
a) o destinatário da garantia só poderá ser compelido a atuar (ou não atuar) desta 
ou daquela forma, por forca de lei. Não havendo lei, este tem uma atuação livre, 
desvinculada. 
b) o destinatário da garantia apenas poderá ser compelido a atuar (ou não atuar) 
desta ou daquela forma por forca de lei ordinária. 
c) os poderes públicos tem toda sua atuação pautada pela vontade da lei, 
podendo a autoridade pública atuar fora dos trilhos legais. 
d) o destinatário da garantia só poderá ser compelido a atuar (ou não atuar) desta 
ou daquela forma, por forca de lei elaborada pelo Poder Legislativo. Isto implica 
dizer que ele não está obrigado a obedecer medidas provisórias, posto serem elas 
atos normativos editados pelo chefe do Poder Executivo. 
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e) o destinatário da garantia só poderá ser compelido a atuar (ou não atuar) desta 
ou daquela forma por força de lei complementar. 
Comentários: 
Letra A – Correto. Expôs corretamente a legalidade na visão do cidadão, podendo 
fazer tudo aquilo que não seja vedado em lei. 
Letra B – Errado. Porque restringiu a legalidade a lei ordinária. 
Letra C – Errado. Errou ao dizer a visão da legalidade pelo agente público, que e 
fazer somente o que a lei permite ou autoriza. 
Letra D – Errado. Excluiu a medida provisória e assim, ficou incorreta. 
Letra E – Errado. Restringiu a lei complementar. 
Gabarito da Questão: LETRA A. 
 
22 - (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) E vedada a assistência religiosa nas entidades 
militares de internação coletiva, salvo nas civis. 
Comentários: A assistência religiosa e assegurada nas entidades de internação 
coletiva, sejam elas civis ou militares (CF, art. 5º, VII). 
Gabarito da Questão: ERRADO. 
 
23 - (FCC/AJAJ-TRT 21/2003) Temístocles, alegando motivos relacionados com sua 
convicção política, negou-se a prestar o serviço militar e, alegando as mesmas 
convicções, recusou-se a cumprir obrigação alternativa. Nesse caso, Temístocles 
a) está correto em seu procedimento, visto que ninguémpode ser obrigado a 
fazer alguma coisa senão em virtude de lei. 
b) alegou legitima escusa de consciência, uma vez que sua convicção política e 
contraria a prestação de qualquer serviço ao Estado. 
c) perdera seus direitos políticos e, sendo a perda definitiva, não mais poderá 
recupera-los. 
d) terá seus direitos políticos suspensos e essa situação perdurara até que 
cumpra a obrigação alternativa. 
e) não tem direito a escusa de consciência porque o serviço militar e obrigação 
imposta a todos os brasileiros. 
Comentários: O serviço militar e uma obrigação. Caso use-se a escusa de 
consciência terá de cumprir uma prestação alternativa, geralmente trabalhar 
para as instituições militares servindo como apoio na área de saúde, alimentar e 
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etc. Se nem a prestação alternativa quiser cumprir, os direitos políticos serão 
suspensos até que regularize a situação. 
Gabarito da Questão: LETRA D. 
 
24 - (FCC/TCE-SP/2011) Por forca de previsão expressa no Código de Processo 
Penal (CPP), o serviço do júri e obrigatório, sujeitando-se ao alistamento os 
cidadãos maiores de 18 anos de notória idoneidade. O artigo 438 do mesmo 
diploma legal, a seu turno, estabelece que a recusa ao serviço do júri fundada em 
convicção religiosa, filosófica ou política importara no dever de prestar serviço 
alternativo, sob pena de suspensão dos direitos políticos, enquanto não prestar o 
serviço imposto. A previsão contida no artigo 438 do CPP e 
a) compatível com a Constituição da República. 
b) parcialmente compatível com a Constituição da República, no que se refere a 
possibilidade de exercício de objeção de consciência, que somente se admite por 
motivo de convicção filosófica ou política. 
c) incompatível com a Constituição da República, que considera o júri um órgão 
que emite decisões soberanas, sendo por essa razão vedada a recusa ao serviço. 
d) incompatível com a Constituição da República, que não admite a suspensão de 
direitos políticos nessa hipótese. 
e) incompatível com a Constituição da República, que não admite a possibilidade 
de recusa ao cumprimento de obrigação legal a todos imposta. 
Comentário: É perfeitamente compatível coma Constituição, pois conjuga dois 
dispositivos presentes no seu texto: 
Art. 5º (...) 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, 
fixada em lei; 
Art.15 (...) 
IV - No caso de recusa de se cumprir obrigação legal a todos imposta ou 
prestação alternativa, ensejara a suspensão dos direitos políticos do cidadão. 
Gabarito da Questão: LETRA A. 
 
25 - (FCC/Secretário-MPE-RS/2008-adaptada) A casa e asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso 
de flagrante delito ou desastre, ou, por determinação judicial até as 22:00h. 
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Comentários: Não há fixação de até as 22:00, e sim a obrigatoriedade de ser 
durante o dia, geralmente aceito até as 18:00h. 
Gabarito da Questão: ERRADO. 
 
26 - (FCC/Auditor - TCE-SP/2008) Medida Provisória que estabelecesse a 
possibilidade de a autoridade policial efetuar buscas e apreensões na casa de 
indivíduos investigados pela pratica de atos de terrorismo, a qualquer hora do dia 
ou da noite, independentemente de mandado judicial, seria incompatível com a 
Constituição da República, porque a inviolabilidade de domicilio somente e 
excepcionada, sem restrição de horário, em caso de flagrante delito, desastre ou 
para prestar socorro, ou ainda, durante o dia, mediante determinação judicial. 
Comentários: A Constituição já estabelece taxativamente no seu art. 5º, XI, as 
possibilidades para se adentrar no domicilio de algum indivíduo. Não poderá, 
desta forma, a medida provisória inovar criando hipóteses diversas. 
Gabarito da Questão: CORRETO. 
 
27 - (FCC/Analista-MPU/2007 - Adaptada) A inviolabilidade de domicilio pode ser 
mitigada para prestação de socorro, desde que haja consentimento expresso do 
morador. 
Comentários: No caso de prestar socorro não precisara de consentimento do 
morador. 
Gabarito da Questão: ERRADO. 
 
28 - (FCC/Analista TRF 4ª/2010) A inviolabilidade do direito à vida, a liberdade, a 
igualdade, a segurança e a propriedade são garantias previstas na Constituição 
Federal: 
a) aos brasileiros, não estendidas as pessoas jurídicas. 
b) aos brasileiros natos, apenas. 
c) aos brasileiros natos e aos estrangeiros com residência fixa no País. 
d) aos brasileiros, natos ou naturalizados. 
e) aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País. 
Comentários: A resposta dada foi a letra E, mas atenção: esses direitos são 
assegurados aos brasileiros e estrangeiros sob leis brasileiros, pessoas físicas e, 
em alguns casos, pessoas jurídicas. O estrangeiro também não precisa ter 
residência fixa, basta estar sob as leis brasileiras. 
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Gabarito da Questão: Letra E. 
 
29 - (FCC/AJAJ-TRT 23ª/2005) Tendo em vista o princípio da isonomia como um dos 
direitos fundamentais, observe as afirmações sobre o princípio da igualdade: 
I. por sua natureza, veda sempre o tratamento discriminativo entre indivíduos, 
mesmo quando há razoabilidade para a discriminação. 
II. vincula os aplicadores da lei, face à igualdade perante a lei, entretanto não 
vincula o legislador, no momento de elaboração da lei. 
III. estabelece que se deve tratar de maneira igual os que se encontram em 
situação equivalente e de maneira desigual os desiguais, na medida de suas 
desigualdades. 
IV. não há falar em ofensa a esse princípio se a discriminação é admitida na 
própria Constituição. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
Comentários: I- Errado. Pode haver tratamento desiguais entre desiguais para que 
haja uma busca da igualdade material. 
II - Errado. Vimos que a igualdade perante a lei comporta os dois sentidos: a 
igualdade perante a lei, propriamente dita (direcionando o aplicador) e a 
igualdade na lei (direcionando o legislador ao elaborar a norma). 
III - Correto. Esse é o verdadeiro significado da isonomia. 
IV - Correto. O Poder Constituinte Originário é ilimitado, logo, se é a própria 
Constituição que está admitindo a discriminação, não há o que se falar em ofensa 
à isonomia. 
Gabarito da Questão: Letra E. 
 
30 - (FCC/Técnico- TCE-GO/2009) Nos termos da Constituição, admite-se 
excepcionalmente a entrada na casa de um indivíduo sem consentimento do 
morador 
a) por determinação judicial, a qualquer hora. 
b) em caso de desastre, somente no período diurno. 
c) para prestar socorro, desde que a vítima seja criança ou adolescente. 
 - CPF:
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