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INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA

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INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA
CONCEITO AMPLO DE FARMACOLOGIA: é o estudo das interações de substâncias químicas com sistemas biológicos. 
CONCEITO RESTRITO DE FARMACOLOGIA: é a ciência que estuda drogas/fármacos/medicamentos utilizados na prevenção, diagnóstico ou tratamento de doenças que afetam seres vivos (Homem).
CONCEITO AMPLO DE DROGA: qualquer agente químico capaz de alterar uma função biológica.
CONCEITO RESTRITO DE DROGA: substância química dotada de atividade biológica e utilizada no tratamento, diagnóstico e ou prevenção de doenças.
FÁRMACO e MEDICAMENTO: substância ou preparado utilizado como remédio.
REMÉDIO: aquilo que combate o mal, a dor ou uma doença.
VENENO: composto químico que produz lesão ou prejuízo a qualquer função biológica.
DIVISÕES DA FARMACOLOGIA
FARMACOCINÉTICA: é o estudo da absorção, distribuição, biotransformação e excreção das drogas no organismo. Isto é, “o que o organismo faz com a droga”. Então, farmacocinética seria a movimentação da cinética para um fármaco no organismo humano. E quando se altera a velocidade de movimentação (cinética), se altera a intensidade de movimento farmacológico
Esquema geral da farmacocinética: 4 etapas: absorção, distribuição, biotransformação e excreção
1º etapa: Absorção. O medicamento/substância tem de passar pelo local administrado para a circulação sanguínea
2º etapa: Distribuição pelo organismo (depende da circulação sanguínea). Então, quando a substância é distribuída pela corrente sanguínea, ela chega no sitio de ação, provocando ação farmacológica. 
3º etapa: Biotransformação. São reações farmacológicas 
4º etapa: Excreção. É a excreção de uma substância desconhecida no organismo depois de chegar ao sitio de ação
FARMACODINÂMICA: é o estudo bioquímico e fisiológico dos mecanismos de ação e dos efeitos farmacológicos das drogas no organismo. Isto é, “o que a droga faz com o organismo”. 
TOXICOLOGIA: estuda os efeitos adversos (tóxicos e colaterais) dos fármacos utilizados na clínica médica, drogas “abusadas” pela população e de substâncias responsáveis por intoxicação industrial, doméstica e ambiental.
PSICOFARMACOLOGIA: estuda substâncias que alteram funções psicológicas como humor, emoções, habilidade psicomotora, pensamento, estado de ânimo, percepção, memória, comportamento, etc. 
FARMACOGNOSIA: trata de princípios ativos extraídos de plantas
FARMACOTÉCNICA: é o que diz qual medicamento é melhor na forma oral do que injetável, por ex
FARMACOLOGIA CLÍNICA: trata do desenvolvimento de novos medicamentos
FARMACOEPIDEMIOLOGIA: 
FARMACOGENÉTICA/FARMACOGENÔMICA
IMUNOFARMACOLOGIA
NOÇÕES DE FARMACODINÂMICA (estudo bioquímico e fisiológico dos mecanismos de ação e dos efeitos farmacológicos das drogas no organismo)
HOMEOSTASE/HOMEOSTASIA de um organismo vivo: é o estado de equilíbrio dinâmico constante, entre suas várias funções (fisiologia) e a composição química de seus líquidos e tecidos (bioquímica). Quem está em homeostase não precisa da farmacologia, de medicação, pois a farmacologia vai entrar para normalizar a fisiologia a partir da bioquímica (normalizando-a) deixando o indivíduo em homeostase 
VARIABILIDADE BIOLÓGICA: são os parâmetros biológicos de uma população que em sua grande maioria tem uma distribuição normal. Podemos incluir entre estes parâmetros, a resposta farmacológica a determinado fármaco. Daí a existência de indivíduos hiporreativos, normorreativos e hiper-reativos a um medicamento.
Esse mesmo comportamento também é existente para doses de medicamentos. Então, se calcular a dose perto da média de uma população, a maioria respondera aos medicamentos. Deste modo, indivíduos que reagem na média da população são normorreativos; Indivíduos que reagem a uma dose abaixo da média são hiper-reativos; Indivíduos que reagem acima da média são hiporreativos
TEORIA DOS RECEPTORES: teoria que tenta explicar o mecanismo de ação de grande número de drogas dentro da Farmacologia. Segundo esta teoria, existiria à nível celular estruturas macromoleculares (alvos proteicos –receptores), para a ação de drogas. Então, para que uma droga seja capaz de produzir uma resposta farmacológica, há a necessidade de uma interação físico-química do fármaco com os alvos (afinidade) e a estimulação dos mesmos (atividade intrínseca). Então a proposta dessa teoria é tentar explicar mecanismos de ação das drogas em geral, ou seja, como é que uma droga atua com as células que provoca respostas farmacológicas
Segundo essa teoria nós temos estruturas (receptores farmacológicos) nas células, mas para que uma droga possa atuar na célula e provocar resposta farmacológica, há de se preencher dois requisitos
1. Afinidade - É a afinidade entre o fármaco e os receptores, ou seja, o fármaco tem de interagir físico quimicamente com o receptor, mas essa ligação não basta para se obter resposta farmacológica, pois é preciso preencher o segundo requisito
2. Atividade intrínseca – é a droga (fármaco) já ligada ao receptor que estimulo esse setor (afinidade)
Quando se preenche os requisitos, é chamado de droga AGONISTA. Então, drogas agonistas são capazes de provocar respostas farmacológicas porque preenche os dois requisitos da teoria (afinidade e atividade Intrínseca)
E o ANTAGONISTA tem afinidade pelo mesmo receptor (ligar-se ao receptor), que serviria como uma chave falsa pois não há estimulação do receptor
Mas uma mesma substância farmacológica pode atuar como agonista em um receptor (local) e atuar como antagonista em outro receptor. 
Teoria dos receptores: é preciso ter um receptor, afinidade e atividade para se ter a resposta farmacológica
RELAÇÃO ESTRUTURA química /ATIVIDADE farmacológica: a afinidade de uma droga por um alvo molecular (receptor) e sua atividade intrínseca estão diretamente relacionadas com sua estrutura química. Pequenas alterações na estrutura molecular ou no formato tridimensional da droga podem modificar tanto a farmacocinética como a farmacodinâmica, provocando grandes diferenças na resposta farmacológica. 
Entretanto, ao alterar a estrutura química, são lançados novos medicamentos baseados em já existência para melhora-lo. Então, é conseguir um medicamento novo, mantendo sua atividade farmacológica, melhorando aspectos como por ex: doses menores, efeito mais rápido 
RELAÇÃO DOSE/RESPOSTA ou DOSE/EFEITO 
RESPOSTA GRADUAL: geralmente, as respostas biológicas são graduadas, ou seja, a resposta farmacológica aumenta com o aumento da dose administrada. Em termos da Teoria dos Receptores, a resposta é diretamente proporcional ao número de receptores com os quais a droga interage e estimula (dentro de certos limites). 
Quando se aumenta a dose, há um aumento gradual da resposta farmacológica. Sendo assim a resposta farmacológica se torna dose dependente porque a intensidade da resposta depende da dose administrada
Ex: Dose adrenalina X freq. cardíaca 
0,1 X 70/100 bpm
0,2 X 140 bpm 
0,4 X 180 bpm
0,8 X 220 bpm
Deste modo, quanto maior a dose administrada, maior será a resposta farmacológica. Então, para o individuo poder ter resposta farmacológica, a dose do fármaco tem de ligar-se ao receptor (alvos moleculares/proteicos) para que se obtenha a resposta (dependendo da dose). Entretanto, cada indivíduo tem um número especifico de receptores, sendo assim, dependendo da dose administrada, quanto mais aumenta a dose, a resposta continuará a mesma (220 bpm). 
Isso acontece porque a resposta depende da interação dose adrenalina e receptores. Então, essa resposta gradual (maior a dose, maior a resposta) vale por um determinado período. Mas isso depende de indivíduo para indivíduo
RESPOSTA QUANTAL: É uma resposta farmacológica do tipo “tudo ou nada”. Então, com o aumento da dose há um aumento da percentagem de indivíduos reativos. Geralmente, obedece a curva de GAUSS.
A resposta quantal obedece ou não, é 8 ou 80. Não existe uma resposta gradual
Ex: Anestesia geral X Anestesiado
0,1 X Não anestesia (sem resposta)
0,2 X Não anesteria (sem resposta)
0,4 X Anestesia (resposta)
0,8 X Anestesia(resposta)
POTÊNCIA: Dose necessária para produzir 50% da resposta máxima que o fármaco é capaz de induzir. 
Quando dois medicamentos analisados tem o mesmo mecanismo de ação, se compara a potência
ex: 	ANALGÉSICOS X OPIÓIDES; o mesmo mecanismo de ação
codeína X morfina; provocação de resposta
 130mg X 10mg
EFICÁCIA: Grau em que um fármaco é capaz de induzir a resposta máxima. 
É quando as duas drogas tem a mesma ação farmacológica, mas mecanismos diferentes (eficácia maior ou menor)
Mas não é eficácia ou potência que define o melhor medicamento para determinado paciente 
RELAÇÃO RISCO e BENEFÍCIO do uso de um medicamento - O medicamento ideal é aquele que tem risco 0 e benefício 100%, mas o que vai definir uma substância atuar como medicamento ou como veneno é a dose aplicada.
MANEIRAS DE CALCULAR RISCOS E BENEFÍCIOS:
ÍNDICE TERAPÊUTICO (IT) = Relaciona DL50 (dose letal mediana) e DE50 (dose efetiva mediana). 
Dose Letal (tóxica) Mediana (DL50) de uma droga é a dose mínima necessária para matar 50% de uma população
Dose Efetiva Mediana (DE50) de um fármaco é a dose mínima necessária para provocar uma resposta farmacológica específica, em 50% de uma população.
Índice terapêutico é um desses valores que analisamos para decidir se compensa ou não usar um medicamento. E quanto maior o índice terapêutico, mais seguro é o medicamento e menor a chance de intoxicação; quanto menor o índice, mais facilmente se intoxica o indivíduo
MARGEM DE SEGURANÇA (MS) = (DL1 – DE99) x 100 / DE99
(valor percentual que deve ser acrescentado à DE99 para atingir a DL1).
NNT = NÚMERO NECESSÁRIO A TRATAR - Número de pacientes que tem de ser tratados para que um tenha determinado efeito, seja ele benéfico ou adverso. Ou seja, o NNT é o número de pacientes a tratar com um específico medicamento para que um paciente seja beneficiado ou reação adversa 
Exemplo: ANTI- HIPERTENSIVOS 		BENEF - PRESSÃO ARTERIAL
RAM - LÍBIDO (reação adversa)
A NNTBENEF - 4 – se trata 4 pacientes com A, um paciente apresenta o beneficio de – P.A
 NNTRAM – 10. 000 – se trata 10 mil pacientes com A e um paciente apresenta reação adversa 
B NNTBENEF – 4 - ““
 NNTRAM – 40.000 se trata 40 mil pacientes com B e um deles apresenta a reação adversa
ANSIOLITICOS 	BENEF - ANSIEDADE, STRESS
			RAM – NEOPLASIA/CÂNCER (reação adversa ao uso do ansiolítico)
A NNTBENEF – 3 
 NNTRAM – 50.000 
B NNTBENEF – 2
 NNTRAM – 50.000
Mas a maioria das drogas, além do efeito farmacológico principal, vai provocar outros efeitos farmacológicos que o profissional não deseja para determinado paciente – é o chamado RAMs
REAÇÕES ADVERSAS À MEDICAMENTOS - RAMs - “Qualquer resposta prejudicial ou indesejável a um medicamento, a qual se manifesta após a administração de doses normalmente utilizadas no homem para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de doença” (OMS).
PRINCIPAIS RAMs
DESSENSIBILIZAÇÃO ou TAQUIFILAXIA: o efeito de um fármaco que diminui gradual e rapidamente quando administrado de modo contínuo ou repetido. Implica em uma diminuição consideravelmente rápida na resposta.  Exemplo: simpatomiméticos de ação indireta. 
TOLERÂNCIA: fenômeno caracterizado pela necessidade de se administrar doses crescentes da droga, para se obter o mesmo efeito da dose inicial.. Pode levar dias ou semanas. Exemplos: morfina e etanol. Mecanismos: hipossensibilidade dos receptores; aumento da biotransformação (indução enzimática); adaptação fisiológica do organismo; etc.
RESISTÊNCIA: falta de resposta a determinado tratamento, causada por exposição prévia ao fármaco ou outros agentes do mesmo grupo. Exemplo: antibióticos. 
EFEITOS TÓXICOS: decorrem de concentrações superiores às terapêuticas, devido ao uso de doses excessivas ou às deficiências na biotransformação e ou excreção (insuficiência hepática ou renal). Exemplos: analgésicos opióides - depressão respiratória e insulina – hipoglicemia. 
EFEITOS COLATERAIS: Podem ocorrer com doses terapêuticas dos fármacos e acontecem, geralmente, em órgãos ou sistemas diversos do alvo terapêutico. Exemplos: antialérgicos – sedação e AINEs – lesões gastroduodenais. 
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE: provocadas por respostas anormais do sistema imunológico e se apresentam como alergia medicamentosa. Exemplo: choque anafilático. 
REAÇÕES IDIOSSINCRÁSICAS: raras, inesperadas e inexplicadas reações adversas. As manifestações clínicas são diferentes dos efeitos dos fármacos. Exemplo: hipertermia em pacientes anestesiados com halogenados. 
EFEITO PARADOXAL: caracteriza-se pelo aparecimento de manifestações opostas às esperadas após uso agudo de um fármaco. Exemplo: benzodiazepínico (ansiolítico) provocar estimulação central. 
EFEITO TERATOGÊNICO: compreendem as manifestações anormais do desenvolvimento fetal, geradas por fármacos administrados à mãe, durante o período de gravidez. Exemplos: talidomida (focomelia), isotretinoína (anormalidades craniofaciais e cardíacas), aminoglicosídeos (ototoxicidade) e etanol (síndrome alcoólica fetal). 
EFEITO ONCOGÊNICO (CARCINOGÊNICO): substância provocar o aparecimento de tumores / carcinomas. Exemplo: componentes do cigarro / tabaco.
PLACEBO / EFEITO PLACEBO - Placebo é qualquer procedimento (farmacológico, cirúrgico, terapêutico, etc.) que não tem ação específica nos sintomas ou doenças do paciente, mas que, de alguma forma, pode causar um efeito bioquímico e/ou fisiológico. Placebo é o "tratamento inócuo". Efeito placebo é quando se obtém um resultado a partir da utilização de um placebo.
“SINONÍMIA” 
“Médico como medicamento”; “Ilusão terapêutica”; “Mentira que cura”; “Remédio fictício”; “Poções mágicas”; “Curas espirituais”; “Milagres” e “Cura pela fé”.
TEORIAS 
TEORIA PSICOLÓGICA - O efeito placebo é puramente psicológico, devido a um efeito real causado pela crença ou por uma ilusão subjetiva. "Se eu acreditar que a pílula ajuda, ela vai ajudar". 
TEORIA DA NATUREZA SEGUINDO SEU CURSO ("cura ou remissão") Muitas doenças curam-se com o tempo, mesmo não se fazendo nada para tratá-las (doenças autolimitantes). 
TEORIA DO PROCESSO DE TRATAMENTO Um tratamento que envolva carinho, respeito, atenção, compreensão, simpatia, toque, cuidado, afeição, otimismo, etc. para com o paciente, um processo que seja encorajador e que alimente esperanças, pode por si só, disparar reações fisiológicas e bioquímicas, que "promovam" a cura. 
TEORIA FISIOLÓGICA DO CONDICIONAMENTO - Trata-se de um efeito orgânico causado no paciente pelo condicionamento pavloviano ao nível de estímulos abstratos e simbólicos. Segundo essa explicação, "o que conta é a realidade presente no cérebro, não a realidade farmacológica". A expectativa do sistema nervoso em relação aos efeitos de uma droga pode anular, reverter ou ampliar as reações farmacológicas desta droga. Pode também fazer com que substâncias inertes provoquem efeitos que delas não dependam. O efeito placebo seria o resultado terapeuticamente positivo (ou negativo) de expectativas implantadas no sistema nervoso dos pacientes por condicionamento decorrente do uso anterior de medicação, contatos com médicos e informações obtidas por leituras e comentários de outras pessoas. 
EFEITO NOCEBO (provocar danos, prejudica) - Os placebos têm efeito positivo quando o paciente relata melhora e efeito negativo quando relatam piora ou surgimento de efeito desagradável (efeito Nocebo)
INTERAÇÕES DE DROGAS - estuda a possibilidade de que uma droga possa alterar a intensidade da resposta farmacológica de outra droga.
INTERAÇÕES FARMACÊUTICAS (incompatibilidades medicamentosas) - ocorrem in vitro, isto é, antes da administração dos fármacos no organismo, quando se misturam dois ou mais deles numa mesma seringa ou equipo de soro, resultando em mudanças de cor, turvação, formação de cristais, precipitação, etc. 
Fenitoína / Anfotericina B + Glicose 5% 
Cloranfenicol + Complexo B com vitamina C 
Midazolam / Heparina + Soluçãode Ringer 
Dobutamina / Dopamina + Soluções alcalinas
INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS: alterações na absorção, distribuição, biotransformação e ou excreção de uma droga causada por outra, aumentando ou diminuindo sua concentração no sítio de ação. 
Alteração pH estomacal • Vasoconstricção • Formação de quelatos • Velocidade esvaziamento gástrico • Motilidade intestinal • Alteração da flora intestinal • Competição pelas proteínas plasmáticas • Indução enzimática • Inibição enzimática • Alteração do pH urinário • Capacidade funcional dos rins
INTERAÇÕES FARMACODINÂMICAS 
ADIÇÃO: quando o efeito combinado de duas drogas é igual à soma aritmética dos efeitos isolados de cada uma.
Ex: hipertensivo A – 30 mm
	 B – 20 
		A + B = 50 
O efeito resultante corresponde a soma matemática do efeito A + B
SINERGISMO: quando o efeito combinado de duas drogas é maior que a soma matemática dos efeitos isolados de cada uma.
POTENCIALIZAÇÃO: quando uma droga, sem determinada atividade farmacológica, aumenta a atividade de outra droga, ao ser administrada concomitantemente.
Ex: Vitaminas B - nimesulida (antiflamatório). A vitamina B não tem nenhum efeito antiflamatório, mas quando ele é administrado junto com a nimesulida, o seu efeito é potencializado, ou seja, aumenta o efeito antiflamatório da mesma
ANTAGONISMO FARMACOLÓGICO COMPETITIVO: a droga agonista combina-se com o mesmo receptor do antagonista, ocorrendo uma competição pelo receptor único.
Ex: Morfina X Nalorfina
A morfina se liga ao seu receptor, estimula e provoca analgesia (resposta farmacológica) – doses maiores provoca problemas respiratórios e para antagonizar o efeito da morfina, se administra o antagonista Nalorfina, que ocupa o mesmo receptor (que também tem afinidade) e impede a ação do agonista
ANTAGONISMO FARMACOLÓGICO NÃO COMPETITIVO: o antagonista bloqueia, em algum ponto a cadeia de eventos que induz a produção de uma resposta pelo agonista.
Droga Agonista provoca o efeito farmacológico de contração muscular atuando em duas etapas: 1. O agonista despolariza a membrana, essa despolarização permite a entrada de cálcio na célula, que provoca a contração muscular
E para antagonizar/bloquear a contração muscular é possível usar o antagonista competitivo (competição de receptores) diretamente na contração muscular e sua resposta estará inibida ou bloquear a entrada de cálcio e bloqueando essa entrada não há competição, pois não há entrada de cálcio, consequentemente esse efeito tbm estará antagonizado/boqueado – é o antagonista farmacológico não competitivo 
(A. Competitivo) > entrada cálcio (A. Não Competitivo) > contração muscular (antagonizar/bloquear)
(o agonista – antagonista – receptor – os dois competindo pelo mesmo receptor)
ANTAGONISMO FISIOLOGICO: duas drogas agonistas atuam independentemente, em receptores diferentes (com seu próprio receptor), com efeitos opostos.
Ex: adrenalina X acetilcolina
No coração a adrenalina aumenta o batimento cardíaco quando ele se liga ao receptor e o estimula. Já a acetilcolina diminui os batimentos cardíacos se ligando ao seu receptor, que é diferente da adrenalina e o efeito resultante é a diminuição do efeito cardíaco. Por isso o antagonismo; cada um tem o seu próprio receptor farmacológico 
INTERAÇÕES FISICO-QUÍMICAS 
ANTAGONISMO QUÍMICO: interação química direta entre duas drogas, tornando-as inativas (uma anula a outra).
É como atuam os antiácidos sal e fruta (eno), esperando que ela iniba a acidez estomacal – no estomago há o acido clorídrico que provoca acidez estomacal. E para se neutralizar um acido, é necessário aplicar uma base que reaja com o acido, dando sal e água. Estão, se o individuo esta com o acido clorídrico aumentado e toma eno - base que reage quimicamente com o acido, neutralizando esse ácido 
ANTAGONISMO FÍSICO: carvão ativado adsorve a substância (droga), ainda no trato gastrintestinal, impedindo a absorção pela circulação sanguínea. Então, o carvão ativado se liga a substancia ingerida (absorvendo-a), assim impedindo a absorção da droga pelo organismo - é necessário afinidade entre a substancia e o carvão, para que ele seja capaz de absorver a substância 
Tem de ser somente via oral e a dose compatível; também não pode haver demora, pois o objetivo é impedir a absorção do organismo 
FARMACOCINÉTICA
 
ABSORÇÃO - Processo de passagem de um fármaco, do local administrado para a circulação sanguínea, atravessando membranas biológicas (É de natureza lipoprotéica, intercalada por canais ou poros por onde água, alguns íons e substâncias de baixo peso molecular podem passar. A forma não-ionizada ou molecular de uma substância é lipossolúvel portanto, capaz de atravessar uma membrana). A Característica principal desse processo para a circulação sanguínea: lipossolubilidade. É ser solúvel em lipídios. Então, para uma substancia conseguir mais facilmente chegar a corrente sanguínea, é preciso que ela seja lipossolúvel – solúvel em lipídios/gordura e não hidrossolúvel (solúvel em água). 
FATORES QUE MODIFICAM A ABSORÇÃO 
Grau de ionização (ou dissociação) do fármaco (pKa)
Diferença de pH entre os dois lados da membrana. 
Solubilidade (coeficiente de partição água/óleo). 
Concentração (dosagem). Maior a concentração, maior a absorção
Área absortiva. Quanto maior a área de absorção, maior a absorção 
Peso molecular do fármaco. Quanto menor o peso molecular, mais facilmente a absorção, desde que seja lipo
Circulação sanguínea local. Se há uma área com grande circulação e outra área com menor circulação, a área de maior terá uma maior absorção 
Forma farmacêutica. A absorção de cada formulação sempre será diferente, mesmo com a mesma dose, etc. assim, o efeito farmacológico será diferente pra cada formulação, interferindo na absorção 
Ingestão com ou sem alimentos.
Velocidade de esvaziamento gástrico / Motilidade intestinal. Caminho natural de uma substancia oral: mucosa oral, esôfago, estomago e intestino (local maior de absorção)
Via de administração. Intravenoso (rádipo) – Oral (demorado) – Sub-lingual (diretamente na corrente sanguinea – rápido)
DISTRIBUIÇÃO - É a movimentação de um fármaco pela corrente sanguínea para os vários compartimentos e órgãos do organismo (sitio de ação) – provocando efeito farmacológico. Mas existem outros caminhos, no qual o fármaco pode ser eliminado do jeito que foi absorvido 
CARACTERÍSTICAS GERAIS - A velocidade, extensão e as características da distribuição de um fármaco são determinadas pelas propriedades físico-químicas da substância (peso molecular, pKa, carga elétrica, etc.) do débito cardíaco e do fluxo sanguíneo do órgão.
LIGAÇÃO COM PROTEÍNAS PLASMÁTICAS - Fármacos que tem afinidade podem se ligar às proteínas plasmáticas de maneira reversível (tornando-se farmacologicamente inativas e não filtradas pelos rins), dificultando a distribuição, biotransformação e excreção. Sendo assim, a proteína plasmática se torna um armazenamento da droga na própria corrente sanguínea, o que permite administrar certa quantidade do medicamento uma vez ao dia. Ou seja, ao administrar a droga na corrente sanguínea ela se ligará a proteínas (dependendo da afinidade) e uma pequena porcentagem da substância atuará no organismo (sitio de ação). Durante o decorrer do dia, a medida que houver necessidade, o medicamento se desliga da proteína (reversível) e atua no sitio de ação. E tem importância aquelas substancias que se ligam bastante a essas proteínas, mas cada fármaco tem uma ligação diferente
EX: uma substância pode ter 95% de afinidade com proteínas. Então, quando um fármaco é administrado na corrente sanguínea, 95% dela se liga a proteína e 5% atuará no organismo, provocando o efeito farmacológico, mas ao decorrer do tempo - como essa ligação é reversível - acontece a liberação de 5% por vez. Caso não houvesse proteínas seria necessário administrar 5mg de cada vez. Mas como há proteínas, se administra determinada quantidade ao dia e somente no dia seguinte se administra o restante, pois aodecorrer do dia o sujeito tem medicamento na circulação sanguínea, que é ligado a proteína de modo reversível. 
Quando essas proteínas estão alteradas para mais ou para menos, é preciso administrar uma droga que tem 95% de ligação
Ex: PROTEINEMIA ------- DOSE		
Normoproteinemia 	 200mg 	
Hipoproteinemia <200mg 
Hiperproteinemia 	 >200mg
NORMO: São indivíduos que tem proteínas do sangue em uma quantidade normal – 95% se liga a proteína e 5% atuam
HIPO: São indivíduos que tem proteínas do sangue abaixo do normal. Assim sendo, é necessário ajustar a dose, pois se é administrado uma dose normal no individuo hipo, pouca quantidade do fármaco se liga às proteínas. Sendo assim, o efeito farmacológico é maior que o necessário e o risco de intoxicação aumenta. Então, para esse individuo hipo, a dose tem de ser ajustada pra menos
HIPER: São indivíduos que tem proteínas do sangue acima do normal. Então, se é administrado a dose normal para esse individuo, toda dose administrada se liga a proteína. Ai a substância deixa de fazer o efeito farmacológico, ou o efeito é menor do que o esperado. Sendo assim, é preciso dar uma dose maior do que 200mg para que o fármaco faça efeito
PROBLEMAS – Podem acontecer quando duas drogas com a mesma característica (afinidade) é adminsitrada 
Ex: Diabetes 	 Hipoglicemiante (controle da glicemia)
Ao tomar uma dose diária de hipoglicemiante, a maior parte se liga a proteína e uma pequena parcela atua, no organismo, normalizando a glicose. Mas ao fazer o uso diário do fármaco o sujeito precisa tomar um relaxante muscular (aspirina) e a aspirina tem a mesma característica do hipoglicemiante, mas com maior afinidade pela proteína plasmática (maior ligação), assim, se ligando a proteína. Entretanto, como a ligação é reversível, o hipoglicemiante ficara livre na corrente sanguínea e atuará no organismo em uma quantidade maior do que a necessária. Então, ao invés da glicemia ser normalizada ela cai abaixo do normal e o risco de intoxicação é grande
Se o individuo toma o hipoglicemiante de manha e tomar a aspirina à noite, o problema será bem menor, pois haverá proteínas livres para a aspirina se ligar e ela – houve a liberação do hipoglicemiante no organismo (para atuar) e não se corre o risco de intoxicação
DEPÓSITOS TISSULARES são fármacos que tem uma distribuição restrita e seletiva, ou seja, tem preferencia por alguns locais, acumulando-se em determinados órgãos. Nestes casos, os tecidos funcionam como locais de depósito. 
Exemplos: As tetraciclinas (antibiótico) tem grande afinidade por cálcio (ossos); então, esse grupo de antibiótico ficará depositado no tecido ósseo e a outra atuará no sitio de ação. Mas ao se depositar no tecido ósseo de uma criança em fase de crescimento, ela (antibiótico) poderá prejudicar seu crescimento
No caso do THC... uma parte atua no cérebro (dando barato) e outra parte ficara depositada no tecido adiposo e assim por diante. Mas quando ele para, o efeito do THC pode ocorrer novamente, pois a quantidade depositada no tecido adiposo pode voltar pra circulação sanguínea e provocar o efeito (mesmo sem fumar) por consequência da dieta (queima de gordura)
Mas dependendo do lugar e do tempo onde a substancia fica depositada, pode ocorrer uma intoxicação 
 INTERAÇÕES
BIOTRANSFORMAÇÃO - Conjunto de reações químicas que um fármaco sofre no organismo, com a finalidade de se tornar mais hidrossolúvel, visando facilitar a sua excreção (via renal). 
Isso acontece através de reações químicas para facilitar/acelerar a transformação da molécula lipossolúvel em hidrossolúvel para ser excretada. Tal transformação (reação química) acontece com a ajuda de enzimas no organismo, que tem o papel de acelerar o processo da reação química – o que se torna fundamental para a biotranformação. 
E o principal conjunto de enzimas é o sistema microssomaloxidativo (CITOCROMO P-450 - CYP) que se localiza no hepatócitos (fígado). Então, o fígado é o principal órgão de biotransformação, contendo a maior quantidade de enzimas, que aceleram reações químicas. 
Assim que o medicamento é biotransformado, há uma reação química. Normalmente, o produto formado tem uma atividade farmacológica menor, ou seja, uma droga ativa é administrada, causando reações e torna-se inativa do ponto de vista farmacológico. Mas pode acontecer ao contrário: uma droga inativa é administrada, ocorre reações químicas e ela se torna ativa e atua no organismo
Dose de Enalapril (antihipertensivo) administrada – não é o enalapril que atua no sitio de ação... pois o organismo transforma-o em analaprilato, e é ele que vai atuar no sitio de ação. Ou seja, a pró-droga (enalapril) da origem ao fármaco propriamente dito (enalaprilato), que atua no organismo
CARACTERÍSTICAS GERAIS Redução Droga Produtos da Hidrólise Produtos Conjugados Fase I Oxidação Fase II
As reações de biotransformação, na maioria dos casos, resultam em diminuição ou perda da atividade farmacológica.
 Ativa 	 Inativa (Fenobarbital Hidroxifenobarbital). Entretanto, podemos ter a situação: Inativa 	 Ativa (Enalapril Enalaprilato) a droga mãe é chamada de pró-droga ou pró- fármaco. 
A fase II da biotransformação consiste de reações de conjugação, em que a substância combina-se com um substrato endógeno (ácido glicurônico, sulfatos, glutationa, etc.)
EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM – É o processo pelo qual o fármaco sofre biotransformação e/ou excreção por ocasião de seu primeiro contato com um órgão (fígado, pulmões, etc.), antes de atingir a circulação sistêmica. Isso tem importância quando o medicamento é administrado via oral (musoca oral, esôfago, estomago e intestino), chegando a corrente sanguínea e é distribuído pelo corpo.
Antes de chegar a corrente sanguínea a substância passa pelo fígado. Ou seja, ao ser administrada pela via oral, antes do comprimido chegar na circulação sanguínea e atuar no sitio de ação, ele passa pelo fígado (efeito de primeira passagem epatica). Por isso que por via oral, a quantidade da dose tem de ser maior por causa do efeito de primeira passagem. Antes de chegar até a corrente sanguínea, a substancia sofre uma reação de biotransformação (perdendo percentagem de dose)
INDUÇÃO ENZIMÁTICA – algumas substâncias aumentam a quantidade de enzimas. Ou seja, a indução é Capacidade que algumas drogas (morfina, barbitúricos, rifampicina, carbamazepina, etanol, etc.) possuem de estimular a síntese (ou reduzir a taxa de degradação) das enzimas do sistema Citocromo P450 (CYP), fazendo com que a biotransformação do fármaco aconteça de maneira mais rápida, a concentração plasmática reduza e a atividade farmacológica diminua. Então, se aumenta as enzimas, aumenta a reação química/biotransformação, o efeito farmacológico será menor
EXCREÇÃO – É a capacidade do organismo de remover, eliminar, excretar uma droga e ou produtos da biotransformação, do seu meio interno.
Conjunto de reações químicas que um fármaco sofre no organismo, com a finalidade de se tornar mais hidrossolúvel, visando facilitar a sua excreção (via renal). 
Isso acontece através de reações químicas para facilitar/acelerar a transformação da molécula lipossolúvel em hidrossolúvel para ser excretada. Tal transformação (reação química) acontece com a ajuda de enzimas no organismo, que tem o papel de acelerar o processo da reação química – o que se torna fundamental para a biotranformação. 
PRINCIPAIS VIAS:
RENAL: via de eliminação mais importante do sistema de excreção de drogas inalteradas ou biotransformadas, junto com a urina. Os mecanismos envolvidos são filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular
BILIAR: 0,5 – 1,0 L/dia de bile, excretado pelas fezes. Substâncias pouco polares, encontradas na bile, podem ser reabsorvidas no intestino e voltar ao fígado e ou circulação sanguínea (ciclo ênterohepático).
PULMONAR: principalmente anestésicos gerais inalatórios. 
LEITE MATERNO: a importância do leite materno não se da pela quantidade eliminada peloorganismo, mas pelos possíveis efeitos farmacológicos e toxicológicos ao “consumidor” (bebê). Então, por menor que seja a quantidade, existe a possibilidade dessa quantidade da substancia, provocar algum efeito farmacológico ou toxicológico no bebe (consumidor do leite materno)
Mas a maioria das substancias não são passadas para o leite materno de maneira significativa, mas alguns medicamentos passam e podem ser ingeridos pelo bebe e provocar algum tipo de problema
Ex: a mãe que amamenta tem problema de constipação e toma laxante. Esse laxante resolve o problema da mãe, mas se a mãe toma-lo e depois amamentar a criança, esse bebe pode entrar em contato com o laxante e acabar tendo problemas de diarréia 
Outras vias: SALIVA; SUOR; ESPERMA e LÁGRIMAS.
PARAMETROS FARMACONINÉTICOS - Em termos de ação farmacológica é necessário analisar a concentração da dose administrada
BIODISPONIBILIDADE de um fármaco: corresponde à quantidade da droga que chega na circulação sanguínea em relação a dose administrada. Ou seja, ela da ideia de quanto da droga chega na corrente sanguínea
Ex:
Então, a biodisponibilidade diz sobre a quantidade que chega na corrente sanguínea em relação administrada (em termos percentuais ou fracionais) – característica de cada medicamento pra cada via de administração (variando a cada via de administração utilizada)
DOSE administ. 	Circulação sangui. 	 Biodisponibilidade
100mg		40mg			0,4/40%
 200mg		100mg			0,5/50%
V. INTRAVENOSA 				1,0/100%
Duas maneiras de uma substância se movimentar no organismo do indivíduo:
Cinética de Primeira ordem/linear: é uma percentagem/fração (50%) constante do fármaco que é eliminada a cada determinado período de tempo (6hrs) a concentração plasmática cai pela metade
Ex: T1/2 = 6h (tempo)
Tº		800mg – 1/2
T6		400mg – 1/2
T12		200mg – 1/2
T18		100mg – 1/2
T24		50mg – ½
Cinética de ordem zero/não linear/saturação: uma quantidade constante de fármaco é eliminada a cada determinado período de tempo (6hr) - independente da concentração plasmática. Essa quantidade vária conforme o medicamento
Ex: T1/2 = 24h (tempo)
Tº		800mg – 100mg
T6		700mg – 100mg
T12		600mg – 100mg
T18		500mg – 100mg
T24		400mg – 100mg
O conceito de meia vida é o mesmo: ambas dizem respeito a “quanto tempo demora pra concentração da substância cair pela metade (50%)”. Sempre será medida em unidade de tempo – a diferença é que a meia vida plasmática é medida no plasma e a meia vida biológica é medida no organismo inteiro 
Meia vida biológica: intervalo de tempo em que a concentração X de um fármaco é reduzida ao valor X/2 (expressa em unidade de tempo). – Medida no organismo todo 
Meia vida plasmática (t1/2): tempo que o organismo leva para a concentração do fármaco no plasma ser reduzida em 50 %. – Medida no plasma
Ex: 4 materiais diferente de “decomposição”
Papel (meses)
Chiclete (anos)
Plástico (décadas)
Vidro (séculos)
Isso quer dizer que: dependendo do material (substância), o tempo de decomposição vária conforme o “material”. Essa é a ideia da substância no organismo humano, ou seja, a meia vida de uma substância – quanto tempo ela demora no organismo pra sua concentração ser reduzida em 50% 
FARMACOCINÉTICA E A DOSE ADMINISTRADA - É o efeito farmacológico ou terapêutico de um fármaco está mais ligado à concentração plasmática (meia vida plasmática) do que à quantidade total presente no organismo
INFLUÊNCIA DA DOSE Seguindo o princípio acima, podemos observar no gráfico:
Limiar terapêutico (mínimo) - onde nenhuma atividade é obtida (curva 1 - dose pequena). Ou seja, o valor de concentração plasmática esta abaixo do normal e como consequência não há ação farmacológica
Limite superior/tóxico (máximo) - é o valor de concentração plasmática acima da média e como consequência o sujeito pode ser intoxicado (curva 3 - dose elevada); 
Zona intermediária (janela ou intervalo terapêutico) – As concentrações são ativas e não tóxicas (curva 2- dose adaptada)
Então, para que haja ação farmacológica, é necessário que a concentração do medicamento permaneça acima do limiar terapêutico e abaixo do limiar tóxico, que é chamado de janela ou intervalo terapêutico. Ou seja, para que haja resposta farmacológica é preciso que a concentração plasmática esteja acima do limiar terapêutico e abaixo do limiar tóxico
O gráfico ilustra de que maneira o laboratório decide qual a dose ideal (isso pra dose única), que é relacional a concentração sanguínea, com dois valores de concentração plasmática: limiar terapêutico, limiar tóxico;
O mais importante da meia vida é o esquema terapêutico, pois é ela que vai determinar o horário da dose administrada. É com base na meia vida que o laboratório define o melhor esquema terapêutico (vantagens e desvantagens)
EX: o laboratório quer calcular a dose ideal de um medicamento. 
Cinética		 X 			Dose
Curva 1	10mg (dose); Curva 2 50mg (dose); Curva 3	 300mg (dose)
Ao ser administrado 10mg do medicamento na corrente sanguínea, a concentração plasmática atingirá o seu máximo rapidamente e não ultrapassará o limiar terapêutico, e como consequência começa a cair (não provocando efeito farmacológico). Sendo assim, para se atingir determinado efeito farmacológico é necessário uma dose maior
Mas ao administrar 300mg a concentração aumenta, ultrapassa o miliar terapêutico e o limiar tóxico; como consequência o sujeito corre o risco de intoxicação e logo depois a concentração diminui
E ao administrar 50mg, rapidamente a concentração ultrapassa o limiar terapêutico (efeito farmacológico), atinge o máximo e começa a cair. Mas nesse espaço de tempo há o efeito farmacológico e a concentração permanece distante do limiar tóxico. Então, a dose ideal é aquela que permanece mais tempo dentro da janela ou intervalo terapêutico 
É com base na concentração plasmática que se calcula a dose ideal de um medicamento
Janela ou intervalo terapêutico: são valores de concentração acima do limiar terapêutico e abaixo do limiar tóxico que a substancia tem de estar. Com base na janela terapêutica, há uma ideia da segurança do medicamento
Janela/valor terapêutico estreita: risco de intoxicação aumentada
Janela/valor terapêutico grande: risco de intoxicação pequena
FARMACOCINÉTICA E A FREQUÊNCIA DE ADMINISTRAÇÃO - A frequência de administração é fixada de tal forma que em determinado momento, a quantidade de substância administrada iguala a quantidade eliminada (concentração no estado de equilíbrio dinâmico).
INFLUÊNCIA DA FREQUÊNCIA - A escolha da frequência se faz por um cálculo integrando os diferentes parâmetros farmacocinéticos, principalmente a meia-vida (t1/2). Uma regra geral determina que o intervalo entre duas administrações tem um valor semelhante ao da meia vida da substância. 
Ex: qual é o esquema ideal de um medicamento a ser aplicado cronicamente? Medicamento cuja meia vida é de 8h (a cada 8h a concentração medicamentosa no organismo cai 50%). Graficamente:
Cinética X Freq. Administrada
Curva 1 	(frequência: 0,5 t1/2): ao administrar o medicamento a cada meia meia vida (0,5 T1/2 – 4h) o estado de ultrapassagem da substância no limiar tóxico é muito rápido, o que pode causar a intoxicação do sujeito.
Curva 2 	(frequência: 2 t1/2) ao administrar o medicamento a cada duas meia vida (02 T1/2) o limiar terapêutico será rapidamente atingido e depois ultrapassado (atingindo a janela terapêutica); entretanto, as concentrações plasmáticas logo caem abaixo deste limiar (momento em que não há efeito farmacológico), alternando a fase de atividade e inatividade. Então há períodos intercalados de efeito e não efeito farmacológico
Curva 3	(frequência: 1 t1/2): Ao administrar o medicamento a cada meia vida (8hrs), a concentração permanece a maior parte do tempo dentro do intervalo/janela terapêutica, o que resulta em efeito farmacológico. Então, essa curva 3 representa o ideal, onde as concentrações plasmáticas são mantidas no intervalo terapêutico e o limiar tóxico nunca é atingido 
Dosede manutenção: é a dose em que a concentração deve manter dentro da janela terapêutica, mas as vezes há situações em que a dose de manutenção não é suficiente
Ex: infecção bacteriana – será tratada com antibiótico (recomendação a ser utilizada), mas se o sujeito utilizar a dose de manutenção, como a infecção é muito grave não é possível controla-la. Assim sendo, é necessário aplicar uma dose de ataque, pois a infecção é grave e a dose de ataque é muito maior do que as calculadas pelo laboratório (dose de manutenção). Depois de regulado pode-se utilizar a dose de manutenção
Dose de ataque:
FARMACOCINÉTICA E A IDADE Numerosas alterações fisiológicas acontecem durante a vida, desde os primeiros dias até a idade avançada. Com o avançar da idade, também acontecem mudanças na composição do organismo. 
O pH gástrico e a velocidade de esvaziamento gástrico aumentam com a idade; • redução na motilidade intestinal; 
A função renal tende a ser menos eficaz com o envelhecimento (menor taxa de filtração glomerular); 
A atividade metabólica hepática está diminuída no idoso, pela redução da massa hepática e atividade enzimática; 
Volume de água corporal total diminui com a idade e é acompanhada por um aumento na proporção de tecido adiposo corporal; 
Redução da albumina plasmática no idoso; 
Fatores sociais e econômicos como a nutrição inadequada, terapia com múltiplos medicamentos e desobediência a posologia no idoso, contribuem para alteração dos efeitos farmacológicos.
FARMACOCINÉTICA E A INSUFICIÊNCIA RENAL - A insuficiência renal modifica a excreção urinária diminuindo a filtração glomerular e a secreção tubular e, além disso, determina hipoalbuminemia devido a perda urinária e diminuição da síntese. A importância da insuficiência renal é tanto maior quanto maior for a eliminação urinária da substância, a meia-vida é maior e o efeito terapêutico é prolongado. Uma adaptação posológica em geral é necessária. A melhor estratégia consiste em conservar a mesma dose do indivíduo de função renal normal e espaçar as administrações. 
FARMACOCINÉTICA E A INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA - A insuficiência hepática resulta de patologias como a cirroses e hepatites, quando a fisiologia do fígado está alterada na síntese de proteínas e atividade dos hepatócitos e em consequência temos: 
Diminuição do efeito de primeira passagem (aumento da biodisponibilidade); 
Menor fixação do medicamento às proteínas plasmáticas; 
A meia vida é prolongada e a repetição das doses pode provocar intoxicação
SNA – Sistema Nervoso Autônomo
O S.N.A. está diretamente relacionado com o bem estar do organismo (HOMEOSTASIA). Regula as atividades fisiológicas que não estão sob o controle voluntário do organismo (respiração, circulação sanguínea, digestão, metabolismo basal, secreção glandular, etc.); juntamente com as conexões centrais. Então, ele controla aquilo que não depende da nossa vontade (involuntário), que tem como objetivo: manter a normalidade/equilíbrio/homeostase do indivíduo
mas para isso o SNA conta com três subsistemas: 
	S.N.A
	NEUROTRANSMISSORES
	RECEPTORES
	Simpático
	Epinefrina 
Noraepinefrina
	Alfa
Beta
	Parassimpático
	Acetilcolina
	Nicotínicos
Muscarínicos
	Entérico/não adrenérgico – não colinérgico
	Óxigo nítrico
Polipeptídeo intestinal vasoativo (VIP)
Neuropeptídeo (Y)
	Não identificados
Esses três subsistemas trabalham para manter o sujeito em homeostase 
TRANSMISSÃO NEUROHUMORAL - Impulsos nervosos, através de modificações do Potencial de Ação da Membrana, desencadeiam respostas farmacológicas, por liberação de substâncias químicas específicas (neurotransmissores químicos, neuromoduladores, neurohormônios ou neuropeptídeos). 
PRINCIPAIS NEUROTRANSMISSORES 
ACETILCOLINA - Importante para a memória, aprendizagem e trabalho intelectual em geral.
DOPAMINA Envolvida com o movimento, atenção, aprendizagem e motivação e recompensa, como os efeitos reforçadores de drogas
NORADRENALINA / ADRENALINA Reação de Luta ou Fuga, alerta ao corpo em situações de perigo ou ameaça. Tem papel importante na aprendizagem e na memória.
SEROTONINA Responsável pelo sono, controle alimentar, humores e estados emocionais, incluindo a depressão. 
GLUTAMATO Papel importante na cognição, memória, movimento e sensação.
GABA (Ácido Gama Amino Butírico) - Principal neurotransmissor inibitório do SNC, esta envolvido com os processos de ansiedade.
GLICINA É secretada, em sua maior parte, nas sinapses da medula espinhal.
SUBSTÂNCIA P e OPIÓIDES ENDÓGENOS Envolvidas na modulação da dor.
PLASTICIDADE NEURONAL / NEUROPLASTICIDADE - Propriedade natural do Sistema Nervoso Central caracterizada por alterações funcionais e/ou morfológicas nos neurônios (formação de novas sinapses) em resposta a lesões, drogas ou estímulos ambientais. A partir de determinados estímulos, mudanças na organização e na localização dos processos de informação podem ocorrer, novos comportamentos são aprendidos e o desenvolvimento humano torna-se um ato contínuo
S.N.A – SIMPÁTICO - A resposta de “luta ou fuga” demonstra a capacidade do SNA Simpático de fornecer energia para funções vitais. A diminuição das secreções e a broncodilatação aumentam a oxigenação do sangue. O aumento da frequência e da contratilidade cardíaca melhoram o débito cardíaco. A glicogenólise (glicemia aumentada) favorece o suprimento de energia.
O S.N.A.S é estimulado quando o sujeito passa por: RAIVA; MEDO; SUSTO; ALERTA; ESTRESSE; ANSIEDADE. Então, quando o indivíduo passa por uma dessas situações, o S.N.A. S é estimulado e os neurotransmissores químicos (adrenalina e noradrenalina) são liberados, causando uma série de reações no indivíduo, como por ex: Taquicardia, Aumento da Força de Contração do Coração, Vasoconstricção Periférica, Vasodilatação da Musculatura Esquelética, Broncodilatação, Midríase, Piloereção, etc. Tais reações provocadas pelos neurotransmissores preparam o indivíduo para correr/fugir ou bater – com uma maior quantidade de sangue na musculatura
Medo é fundamental para sobrevivência. Mas esse medo provoca uma descarga simpática (liberação de adrenalina em grande quantidade), estimulando o coração a bater mais rápido, o que pode ocasionar o risco dele permanecer contraído e consequentemente a circulação sanguínea para o resto do corpo fica prejudicada e o corpo entra em colapso 
Frio na barriga: quando esta com medo (estimulação simpática). Mas o que acontece é que a irrigação sanguínea na região abdominal não é importante na situação de medo e sim na musculatura esquelética (fuga ou luta). Então, sabiamente, o S.N.A comanda para o sangue sair da região abdominal e ir para locais onde há maior prioridade (musculatura e cérebro) e por consequência da menor irrigação sanguínea na região abdominal, o sujeito sente frio na barriga
A relação entre nível de stress e problemas cardiovasculares está bem estabelecida. Ou seja, existe profissões/situações onde o nível de stress é muito grande e o risco de problemas cardíacos acompanha. Sendo assim, uma vida sem muito stress favorece o sujeito a não ter problemas cardíacos
O indivíduo apaixonado está sempre com o simpático estimulado, 
Mas passado o medo/susto o S.N.A parassimpático entra em ação para reestabelecer a normalidade do sujeito
AMINAS SIMPATOMIMÉTICAS ou AGONISTAS ADRENÉRGICOS - São substâncias que simulam os efeitos da estimulação do S.N.A.S, atuando nos receptores adrenérgicos e ou liberando catecolaminas.
Classificação quanto aos receptores localizados aos órgãos e ações farmacológicas
α (ALFA)
 α1: Vasoconstricção (pele/vísceras); Midríase; Piloerecção
 α2: Pré-sináptico; Inibitório; Auto-receptor
β (BETA)
 β1: estimulação cardíaca (aumento da frequência, força e contração); aumento do metabolismo
 β2: vasodilatação (musculatura esquelética); broncodilatação; relaxamento uterino; aumento da glicemia
 β3: lipólise 
Então, se desejamos determinado efeito farmacológico, é necessário estimular o receptor responsável. Assim sendo, os chamados “simpatomiméticos”simulam/imitam os efeitos do S.N.A.S, obtendo a mesma ação farmacológica
Por ex: quando se diz α1 simpatomimético, significa aquela substancia que vai atuar de modo especifico no receptor alfa 1 (agonista adrenérgico), provocando vasoconstrição ou midríase 
Então, se queremos determinado efeito farmacológico é necessário estimular o receptor correspondente
USOS TERAPÊUTICOS DOS SIMPATOMIMÉTICOS
Efeito Vasoconstrictor (α1) 
Choque hemorrágico após infarto 
Hemostático tópico junto com anestésico local p/ retardar a absorção 
Descongestionante nasal 
Dilatação da pupila para exames oftalmológicos
Efeito Cardíaco (β1) 
Parada cardíaca
Efeito Uterino (β2) 
Tocolítico (relaxamento/redução do tônus do útero grávido, retardando trabalho de parto prematuro).
Efeito Broncodilatador (β2) 
Asma brônquica
Efeito Central 
Reduzir o sono (Narcolepsia)
Reduzir fadiga e o cansaço (utilizando a fedrina- Anfetaminas). Três grupos de indivíduos utilizam simpatomiméticos: 1. atletas (caracterizando o Doping). simpatomimético simula os efeitos simpáticos e acaba por aumentar o desempenho atlético, pois a estimulação simpática provoca o aumento da circulação sanguínea, oxigênio, glicose; 2. estudantes no intuito de manter-se acordado sem cansaço/sono; 3. motoristas de caminhão/ônibus; tomar rebite (simpatomimético); mas há problemas, pois um dos efeitos do rebite é dilatar a pupila - o que pode resultar em acidentes 
Depressores do apetite- Dietilpropiona/Femproporex
SIMPATOLÍTICOS ou BLOQUEADORES/ANTAGONISTAS ADRENÉRGICOS - São substâncias que possuem afinidade e não tem atividade, assim antagonizam as catecolaminas e aminas simpatomiméticas, bloqueando os receptores adrenérgicos. Então, se o sujeito quiser inibir/diminuir os efeitos farmacológicos causados pelo simpatomimético, é preciso administrar a substancia antagonista adrenérgico, pois ela impede a ação do agonista 
Não devem ser confundidos com drogas que diminuem a atividade simpática por ação pré-sináptica.
Simpatolítico como doping (dependendo do esporte) - é tipo um calmante. Mas com bloqueando é possível melhorar o desempenho atlético? Melhora quando determinado esporte precisa de calma/concentração. Então, atletas tomam simpatolíticos para diminuir o batimento cardíaco (calmo) e assim ter um melhor desemprenho atlético
CLASSIFICAÇÃO E USOS TERAPÊUTICOS
α-Simpatolíticos/Bloqueadores Adrenérgicos
Insuficiência cardíaca congestiva
Hipertensão arterial
Feocromocitoma
β-Simpatolítico/Bloqueadores Adrenérgicos
Taquicardia / Arritmias 
Hipertensão arterial 
Glaucoma 
Ansiedade 
Doping 
OBESIDADE - Distúrbio multifatorial (nutricional, ambiental, comportamental, social, econômico, etc.) do balanço energético em que a ingestão crônica de calorias é maior que o consumo/gasto de energia. 
CARACTERÍSTICAS DA OBESIDADE: existe cálculos que podem ser feitos para constatar a evolução da obesidade. Então, se constata que o indivíduo está se tornando obeso através de cálculos como:
IMC: Índice de Massa Corporal - I.M.C. (Kg / m2), que relaciona peso em kilogramas dividindo a altura em metros ao quadrado
EX:
 
O grande problema é com indivíduo em grau de obesidade mórbida, pois corre-se risco de vida por ser/estar obeso. Então, o IMC serve para a constatação da obesidade (se está caminhando ou não) a medida que aumenta o IMC
R.C.Q. – Relação Cintura/Quadril: Calcula-se dividindo a medida da circunferência da cintura, pela do quadril.
Ex: Homem <90
 Mulher <85
Medida de Pescoço
Relação Cintura/Altura. Medida da cintura deve ser no máximo metade da altura. 
Índice de Adiposidade Corporal (I.A.C.). Medida do quadril em cm dividido pela altura em m, multiplicado pela raiz quadrada da altura, menos 18.
Culpas da obesidade - pop em geral: quem comanda a ingestão de alimentos também é o cérebro. Então, temos substancias que nos alertam sobre a fome e a não fome 
Há varias explicações para a ingestão de alimentos em excesso, como: Fastfood (McDonalds, BK, refrigerantes, etc); então, Fatores ambientais (tecnologia moderna) e constituição genética do indivíduo interferem no balanço energético. E este depende da ingestão de alimentos (calorias), do armazenamento (sob a forma de gordura) e consumo das calorias. Os sinais neurais e hormonais originários do tecido adiposo, nervoso, endócrino e digestório são integrados no hipotálamo (Centro da Fome) e regulam o apetite e a saciedade, através de complexos mecanismos, envolvendo vários mediadores. 
CONSEQUÊNCIAS 
Síndrome Metabólica: é um conjunto de doenças (fatores de risco) associados à obesidade, potencialmente fatais, aumenta a chance do indivíduo ter problemas cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico - AVE). Nesse conjunto de doenças está a resistência à insulina (diabetes tipo 2), gordura abdominal, hipertensão arterial e níveis elevados e colesterol (LDL). Embora exista o mesmo colesterol, muda o transportador (alta e baixa densidade); LDL – colesterol ruim. HDL colesterol bom.
O sujeito pode ser magro e desenvolver a síndrome metabólica (exceção), mas de regra é o indivíduo obeso mórbido desenvolver os problemas de hipertensão, colesterol aumentado, diabetes, etc
Mas não há a necessidade de um sujeito com sobrepeso ter de tomar medicamentos, pois apenas mudando o estilo de vida há possibilidades de voltar a condição de normalidade. Já o sujeito com obesidade mórbida terá de usar recursos da farmacologia, pois, em muitas vezes, ele não consegue ter nenhuma atividade física pelo excesso de peso
Apnéia do sono: problema do indivíduo obeso é a qualidade do sono, acordando constantemente por não conseguir respirar adequadamente;
Distúrbios psicológicos - depressão, ansiedade, transtornos obsessivos 
Osteoartrite (problemas nas articulações por conta do alto peso e como consequência provocando processo inflamatório)
SOLUÇÕES – FARMACOTERAPIA – mas não há drogas capaz de diminuir o peso corporal por si só; é fundamental que junto com a farmacoterapia, outros procedimentos aconteçam para que haja colaboração na hora da inversão da balança, ou seja, gastar mais energia ao dia e ingerir menos alimento
Noradrenérgico e Serotoninérgico: SIBUTRAMINA (REDUCTIL E PLENTY®) 
Mecanismo: Ele aumenta a noradrenalina e serotonina (neurotransmissores importantes na regulação da ingestão de alimentos). Ou seja, a sibutramina é um sacietógeno que tem a ideia é aumentar o efeito da Noradrenalina e Serotonina, para que o sujeito tenha a sensação de saciedade e aumenta o gasto calórico (termogênese), 
RAMs: insônia, taquicardia, hipertensão arterial, prisão de ventre e boca seca.
Inibidor da lipase gastrintestinal: ORLISTAT (XENICAL®)
Mecanismo: não atua no S.N.C, ele atua em nível gastrointestinal. Então, o alimento, para ser incorporado pelo organismo tem de sofrer o processo de absorção; no caso específico do orlistat, o alimento que ineressa é a gordura. Então o individuo ingere uma certa quantidade de gordura e para ser absorvida ela precisa ser quebrada para sobrer o processo de absorção; quem quebra são enzimas que existe no estomago/intestino do sujeito. Há enzimas que são chamadas de lipases, que quebram as moléculas de gordura, permitindo a absorção e incorporação pelo organismo. 
E ao tomar orlistat há a inibição das lipases (enzimas que quebram as moléculas de gordura, ainda no estômago e intestino), dificultando a absorção, ou seja, o indivíduo não consegue absorver a gordura ingerida
RAMs: diarréia, hipovitaminose e flatulência.
Agonista Serotoninérgico: LORCASERINA (BELVIQ®).- Tem o efeito de estimular receptores da serotonina (principal neurotransmissor que informa a saciedade)
Mecanismo: a ideia é estimular o receptor da serotonina (agonista serotoninérgico); uma substância que se liga ao receptor da serotonina (agonista receptor 5-HT2C – presente no hipotalamo), estimulando-a e assim ocasionando maior saciedade. 
RAMs: dor de cabeça, náusea, tosse, boca seca, constipação e síndrome serotoninérgica (taquicardia, diarréia,sudorese e aumento da temperatura corporal).
Icrétinomimético: LIRAGLUTIDA – (SAXENDA).
Ele imita a ação das incretinas; Incretinas são substâncias que o sujeito tem no organismo com determinada função, ou seja, hormônios secretados pelas células endócrinas do intestino delgado, na presença de alimentos. No caso é o GLP-1 (Peptídeo Semelhante ao Glucagon) e GIP (Polipeptídeo Inibitório Gástrico). 
GLP-1: estimula liberação de insulina; inibe secreção de glucagon; reduz velocidade esvaziamento gástrico; diminui consumo de alimentos e melhora sensibilidade à insulina.
GLP-1. Administração subcutânea.
Tudo isso colabora para o indivíduo que tem a síndrome metabólica, pois diminui o consumo de alimentos, melhora a ação da insulina.
NORADRENÉRGICOS: anfepramona, femproporex e mazindol (Inibex S, Hipofagin S, Dualid S, Lipomax AP, Fagolipo, Diazenil e Dobesix®). Retirados do mercado – derivados da anfetamina
Mecanismo: atuam no S.N.C (anorexígeno), inibindo o apetite (centro da fome hipotalâmico) aumentando a liberação ou inibindo a recaptação da Noradrenalina.
RAMs: estimulação central, inquietação, ansiedade, insônia, taquicardia, prisão de ventre, hipertensão arterial e dependência física.
Ao ser provocado uma reação adversa, era indicado outro fármaco para “controlar” a reação adversa (hipertensão arterial) ou acrescentava na formula a substância necessária para não provocar RAMs Mas outro grande problema é a dependência, ou seja, o indivíduo fica dependente do uso de anfetaminas (principal razão da ANVISA ter retirado a medicação do mercado)
Mas usado de maneira correta, funciona
Serotoninérgicos: FLUOXETINA e SERTRALINA (PROZAC e ZOLOFT®). Prescrição off label.
Mecanismo: A indicação original da fluoxetina não é sobre o controle da obesidade e sim antidepressivo, mas em alguns indivíduos obesos com problemas de depressão ou compulsão, a fluoxetina e sertralina podem funcionar, melhorando a qualidade de vida desse sujeito. Inibidores Seletivos Recaptação Serotonina (ISRS), antidepressivo, eficientes na obesidade associada à depressão ou à compulsão.
Prozac: tentativas de suicídio; o problema é que quem toma prozac é o indivíduo com depressão e consequentemente aumenta a taxa de tentativas desses usuários. Então, é muito provável que essa tentativa, teoricamente aumentada, não é pelo uso da substância e sim pelo falo do sujeito ser depressivo 
RAMs: ansiedade, insônia, sonolência, diminuição da libido, alteração da memória e reganho de peso.
 ALTERNATIVAS	 (populares)
Termogênicos - gerar calor e consequentemente gastar calorias. Substâncias classificadas como termogênicas: efedrina, cafeína, hormônio tireoidiano - tiratricol, carnitina, etc. Até que funciona, mas é necessário tomar litros e litros para se obter resultados satisfatórios. Então, não compensa o uso de termogênicos para indivíduos que tem problemas de obesidade mórbida 
Ginástica passiva em aparelhos. Funciona, mas não é como se exercitar de modo ativo
Drenagem linfática; Cremes redutores; Tabagismo; Sauna e Jejum (pular refeições). Não há sentido 
Ondas eletromagnéticas / Ultra-som / Choques elétricos. 
Enzimas de carneiro – o objetivo proposto é expulsar gorduras das células, mas não sabe para onde vai; Faseolamina/Olestra® (substituto semi-sintético do óleo vegetal).
Marca-passo gástrico. 
Cirurgias (lipoaspiração, lipoescultura e gastroplastias). São métodos que dão certo, principalmente a gastroplastia, mas é necessário cuidados extras e muita disciplina. O grande problema são indivíduos que não se enquadram para fazer a cirurgia e engordam propositalmente até poderem ser submetidos à cirurgia 
“Manga endoscópica”. 
Criolipólise (resfriamento a -7 C0 ). 
Acupuntura (na orelha). 
Carboxiterapia (dióxido de carbono subcutaneamente) Goji Berry, Óleo de coco; Chia; Alcachofra (polifenóis); Caralluma; Quitosana; Chá verde; Chá preto; Suco de limão; Ração humana (linhaça, colágeno, leite de soja, aveia, farelo de trigo, gergelim, amêndoa, castanha-do-pará, levedo de cerveja e quinoa). 
Mas nada desses meios funcionam de modo eficaz sem atividade física regular e reeducação alimentar (muito menos os medicamentos)
PERSPECTIVAS 
Leptina (proteína endógena inibidora do apetite). 
Promotores da Colecistocinina (neurotransmissor que reduz o apetite). 
Inibidores do Neuropeptídeo Y; Grelina; Troglitazona; Adiponectina e Butabindida.
Vacina anti-obesidade.
AN - ANOREXIA NERVOSA – A anorexia é caracterizada pela não alimentação. E o grande problema não é apenas físico e sim psicológico, na qual o sujeito distorce sua imagem real para uma imagem fantasiosa de acima do peso em razão da patologia (anorexia) e consequência dessa distorção de imagem, o sujeito faz mudanças drásticas de alimentação, provocando ou aumentando esses problemas, tanto físico quanto mental. Então, a anorexia é definida pela perda intensa de peso às custas de dietas rígidas, que são auto-impostas visando uma busca desenfreada para se atingir a condição de magreza, acompanhada por uma distorção significativa da imagem corporal e com alterações do ciclo menstrual (amenorréia).
TIPOS 
Restritivo: a paciente restringe apenas a alimentação. 
Purgativo: a paciente apresenta práticas de purgação, tais como vômitos, ingestão de diuréticos e laxantes. 
EPIDEMIOLOGIA • Início em torno 10-18 anos; Maior incidência entre bailarinas e modelos; Ocorrência 8-10 vezes maior no sexo feminino; Alta taxa de mortalidade, de 4-30% dos casos (problemas cardiovasculares e insuficiência renal); 5% de suicídios. 
ASPECTOS CLÍNICOS (problemas)
Hipocalemia – é quando o indivíduo tem deficiência de potássio na circulação sanguínea, que pode levar a arritmia cardíaca e óbito. 
Hipofosfatemia
Diminuição dos níveis séricos de zinco 
Diminuição da densidade óssea (fragilidade)
Pele seca, amarelada, cabelos finos e quebradiços e leve alopecia. 
Pilosidade na pele (lanugo).
Interrupção do ciclo menstrual.
Hipotensão arterial (diminuição da volemia).
Alterações eletrocardiográficas. 
"FARMACOTERAPIA" - Visa favorecer a recuperação de peso, reduzir sintomas (fobia peso, distorção da imagem corporal, preocupação obsessiva com comida, comportamentos compulsivos e episódios purgativos) e evitar recaídas. 
Mas apenas com medicamentos é difícil curar. É fundamental acompanhamento psicológico, nutricional, antidepressivos e familiares
ANTIDEPRESSIVOS - Na AN ocorre uma disfunção no sistema serotoninérgico; os pacientes têm maior probabilidade de desenvolver sintomas depressivos e obsessivos e o fato de alguns antidepressivos provocarem ganho de peso (o que se torna fundamental), justificam o uso de antidepressivos na AN. Então, esses medicamentos antidepressivos tentam eliminar/diminuir esses sintomas 
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina ou SSRIs (Fluoxetina - Prozac®; Paroxetina - Aropax®; Sertralina - Zoloft®; Citalopram - Cipramil®).
Antidepressivos Tricíclicos / Inibidores da Recaptação da Norepinefrina (Amitriptilina - Amytril® e Maprotilina - Ludiomil®).
Antidepressivos Atípicos (Bupropiona - Zyban®e Trazodona - Donaren®).
Inibidores da Mono-Amino-Oxidase (Tranilcipromina - Parnate®).
ANTIPSICÓTICOS: Risperidona (Risperdal®); Quetiapina (Seroquel®); Olanzapina (Zyprexa®). As justificativas para o uso de antipsicóticos se baseiam nos achados de disfunções dopaminérgicas na AN e na concepção de que elas possam agir em algumas distorções de imagem corporal, interpretações bizarras de peso que alcançam proporções delirantes e "vozes que mandam não comer" (possíveis alucinações ou alterações de pensamento), além da agitação motora e agressividade. 
ANSIOLÍTICOS - Benzodiazepínicos: Bromazepam (Lexotam®, Somalium®); Clonazepam (Rivotril®) e Alprazolam (Frontal®)
ZINCO - Existe um paralelismo entre os sintomas de pacientes com deficiência de zinco (perda de peso, mudanças de apetite, amenorréia e sintomas depressivos) e aqueles observados na AN.
Esses medicamentos são indicados para outras sintomas específicos, sintomas esses experimentadospelo sujeito. Não é para tratar a anorexia, é para cercar os sintomas da doença (ansiedade, psicose, depressão, etc). Então, não existe medicamentos específicos para anorexia. O que se tenta também no meio experimental é zinco, pois observaram que a pessoa anorexa tem grande perda de peso e uma diminuição na perda de quantidade de zinco. Então a ideia também é tentar normalizar a quantidade de zinco na corrente sanguínea, para ver se algum desses sintomas desapareça (perda de peso, mudança de apetite, etc)
TRATAMENTO NÃO-FARMACOLÓGICO
REGIME DE HOSPITALIZAÇÃO (dieta hipercalórica).
ACOMPANHAMENTO MÉDICO-PSIQUIÁTRICO
PSICOTERAPIA INDIVIDUAL E FAMILIAR 
TÉCNICAS COGNITIVAS-COMPORTAMENTAIS 
ATENDIMENTO NUTRICIONAL
BN - BULIMIA NERVOSA - Caracteriza-se por grande ingestão de alimentos com sensação de perda de controle e os chamados EPISÓDIOS BULÍMICOS. A preocupação excessiva com o peso e a imagem corporal levam o paciente a métodos compensatórios inadequados para o controle de peso como vômitos auto-induzidos, uso de medicamentos (diuréticos, inibidores de apetite, laxantes), dietas e exercícios físicos intensos.
ETIOLOGIA 
Fatores sociais-culturais (culto à magreza). 
Traumas na infância (abusos sexuais, separação dos pais, perda de entes queridos, "bullying" na escola). 
Fatores genéticos. (??) 
EPIDEMIOLOGIA - Início ao redor 18 anos; Maior incidência entre as mulhere
 1% da população (maior entre as classes mais abastadas). 
ASPECTOS CLÍNICOS 
Orgias alimentares ("binges"), grandes quantidades de alimentos são ingeridos de maneira compulsiva. Ou seja, o indivíduo come exageradamente e tentar livrar-se desse alimento de alguma maneira. Não há perda significativa de peso. O grande problema (processo) da pessoa bulímica é provocar vômitos constantemente, o que irrita a parte digestiva e mucosa oral (desgaste dentário e cáries). 
Fáscies de lua cheia (hipertrofia das glândulas parótidas). 
Anemia e leucopenia. 
Constipação. 
"FARMACOTERAPIA" – apenas auxilia no controle de alguns sintomas da bulimia e anorexia. Visa a redução ou remissão dos episódios de compulsão alimentar e manobras purgativas e o tratamento dos sintomas comórbidos (depressão e impulsividade). Alterações em sistemas dopaminérgicos e serotoninérgicos sugerem uma associação aos comportamentos alimentares observados e os possíveis traços de personalidade.
ANTIDEPRESSIVOS
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina ou SSRIs - Fluoxetina (Prozac®); Paroxetina (Aropax®); Sertralina (Zoloft®); Citalopram (Cipramil®) e Escitalopran (Lexapro®). 
Antidepressivos Tricíclicos (Amitriptilina - Amytril® e Maprotilina - Ludiomil®).
Antidepressivos Atípicos (Bupropiona - Zyban® e Trazodona - Donaren®).
ANTICONVULSIVANTES - Topiramato (Topamax®): comprometimento da funções cognitivas, sonolência e cálculo renal são RAMs comuns.
ABUSO DE DROGAS - Mostra-se equivocada a ideia de que a presença das drogas é um evento novo no repertório humano. Na verdade, trata-se de uma presença contínua no tempo e que envolve não somente medicina e ciência, mas também magia, religião, fé, cultura, festa, prazer, recreação, lazer, etc. A maioria dos estudos indica que fatores psicológicos e sociais interagem com fatores biológicos para determinar o uso, o abuso e a dependência de drogas.
CONCEITOS – Para ser caracterizado o abuso, a substância tem de ser um psicotrópico ou psicoativo, atuando no no SNC. Outra característica do abuso é a auto-administração de uma droga psicotrópica (ou psicoativa), que se desvia dos padrões médico sócio-culturais aceitos por uma população (finalidade médica). 
Povos andinos ------------- Cocaína (chá com folhas de coca – diminuição da fome) – não caracteriza abuso
Universitários americanos 60’s ------------ LSD (usado para fazer regressão nas pessoas – lembrando de fatos)
Doente terminal---------------------------------Morfina
PSICOTRÓPICO: É uma substância que atua no SNC alterando, de alguma maneira, nosso psiquismo. 
PSICO - PSIQUISMO = MENTE: determina o que sentimos, fazemos e pensamos (o que cada um é).
TRÓPICO - TROPISMO: que tem atração, afinidade por.
CLASSIFICAÇÃO
Origem 
Naturais
Semi-Sintéticas
Sintéticas 
Status 
Lícitas (legais)
Ilícitas (ilegais) 
Ação no SNC
Psicolépticos – são substancias que diminuem atividade cerebral, ou seja, deprimem o SNC (Depressores/Álcool, Opióides, Benzodiazepínicos)
Psicoanalépticos – são substancias que estimulam o SNC (Estimulantes / Cocaína, Nicotina, Anfetamina)
Psicodislépticos – são substancias que embaralham/perturbam o funcionamento cerebral – provocando alucinações (Perturbadores / Maconha, LSD, Inalantes)
SISTEMA DOPAMINÉRGICO MESOCORTICOLÍMBICO / CIRCUITO DE RECOMPENSA CEREBRAL / PSICOFARMACOLOGIA DA RECOMPENSA 
Acredita-se que a via final comum do reforço e da recompensa no cérebro é a via mesocorticolímbica. Alguns até a consideram o “centro do prazer” e a dopamina como sendo o “neurotransmissor do prazer”. 
Existem muitas situações naturais que levam os neurônios mesocorticolímbicos a liberar dopamina (ouvir música, fazer compras, comer chocolate, marcar um gol, tirar nota dez, apostar em jogos, fazer amor, etc.). 
Várias substâncias de ocorrência endógena são capazes de estimular esta via, como os neurotransmissores, neuromoduladores e/ou neurohormônios (GABA, acetilcolina, norepinefrina, opióides endógenos, glutamato, serotonina, etc.).
 Quando a liberação de dopamina é aumentada, através de vários mecanismos (drogas de abuso, por exemplo), o prazer é sentido. Isto reforça o uso da droga, causando repetição do uso e eventualmente dependência.
O neurotransmissor fundamental é a dopamina (neurotransmissor do prazer), pois toda sensação de bem estar/alegria significa que a dopamina cerebral está aumentada. Desta maneira, as drogas que provocam dependência, em algum momento, aumenta essa dopamina cerebral, provocando assim a sensação de prazer.
DEPENDÊNCIA Para que uma droga possa levar à dependência, é necessário que cause efeitos centrais de natureza psicológica. É preciso também, que a auto-administração seja seguida, rapidamente, de sensações de prazer (álcool), de alívio da dor (morfina) e de tensões desagradáveis (ansiolíticos) ou ainda de alterações do humor (anfetaminas) e da percepção (alucinógenos).
Dependência Psicológica (hábito) - Estado mental caracterizado pela necessidade de sentir permanentemente o possível efeito de uma droga e por sensações de desconforto psicológico quando na sua ausência. Mecanismo:- Teoria da Aprendizagem (a recompensa imediata reforça o comportamento). Há recompensas ao utilizar determinada substancia, assim, a tendência do sujeito é repetir o ato que lhe da prazer, mas se houver o rompimento com a sustância, não haverá as mesmas reações físicas á ausência da mesma
Dependência Fisiológica/Física - Adaptação do organismo à presença constante de uma droga, cuja ausência, provoca reações orgânicas e físicas de desconforto e mal-estar (SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA: conjunto de sintomas, decorrentes da retirada abrupta de uma droga, caracterizado por grande sofrimento físico e mental).
A diferença entre as duas está na síndrome de abstinência que acontece em indivíduos com dependência fisiológica de alguma substancia. A mesma é caracterizada por uma série de reações físicas quando é deixado de consumir a droga de modo repentino. São efeitos bastante desagradáveis 
Ex: sujeito alcoólatra
Quando o sujeito não toma a quantidade que seu corpo necessita, ele terá uma série de reações físicas (síndrome de abstinência). Mas basta ingerir novamente o álcool que os sintomas da síndrome desaparecem 
A explicação esta no modelo homeostático (normalidade/equilíbrio) – isso quer dizer que para um indivíduo saudável, não ter algo é o normal/equilíbrio. Mas para o indivíduo alcoólatra, a homeostase dele é ter álcool no organismo – quando falta, ele sai da homeostase e tem essas reações físicas (síndrome de abstinência)
Por que o sujeito torna-se dependente de substancias? Ao usar a droga eobter o aumento de dopamina, ela se torna um reforço positivo para buscar sempre (sentindo prazer - dopamina). Assim, o sujeito buscar utilizar a droga sempre que possível, estabelecendo dependência ao uso da droga. Ai, quando o sujeito rompe com a substância, os problemas com a síndrome de abstinência aparece (sintomas desagradáveis) e assim ele procura usar novamente no intuito de aliviar os sintomas da abstinência 
FARMACOLOGIA DO ÁLCOOL
Farmacocinética
Absorção – O álcool é uma molécula pequena e muito lipossolúvel (atravessa a membrana biológica com facilidade)
principal via: Oral - a molécula do álcool passa rapidamente pelo estomago (30%) e intestino (70%), indo pra corrente sanguínea, atingindo o SNC - Tudo de álcool que é ingerido, é absorvido
a absorção é por difusão passiva: bastante lipossolúvel 
Distribuição – O etanol é distribuído uniformemente por TODO organismo, dependendo da quantidade de água. Atravessa com facilidade a barreira hemato-encefálica e chega no SNC e atravessa também a placentária, atingindo o bebe (provocando problemas).
Biotransformação - 90-98% do álcool ingerido é metabolizado pelo fígado (oxidação). 
A biotransformação do etanol acontece em duas etapas: 
1. O álcool etílico (etanol) é transformado em aldeído acético 
2. Aldeído acético é transformado em ácido acético
Problemas – algumas doenças associadas ao consumo crônico de bebida alcoólica: cirrose hepática, gota, ateroscleroses. A causa direta das três patologias não é o etanol. Elas são consequências da biotransformação da molécula do álcool etílico (etanol), que resulta no aumento de trigli-cérides, acido úrico e colesterol. É um efeito crônico
E a velocidade da biotransformação é cinética de ordem zero – que é um tipo de movimentação em que uma quantidade constante é biotransformada em determinado período de tempo. No caso da molécula de álcool, a cada hora, de 10 a 12 gramas são metabolizadas pelo organismo 
Excreção - Urina, ar alveolar, suor, bile, saliva, esperma e leite materno.
FARMACODINÂMICA
Mecanismos de ação
• Alteração morfo-fisiológica da membrana celular – isso tem importância maior para células do SNC e musculo cardíaco (miocárdio). São dois órgão onde a alteração da fisiologia e da morfologia das celular provoca problemas graves no funcionamento
• Aumento da relação NADH / NAD – provoca problemas patológicos 
Inibição de Canais de Cálcio.
Ação inibitória do neurotransmissor GABA. 
AÇOES FARMACOLÓGICAS DO ÁLCOOL – 
SNC: depressora – diminui atividade cerebral.
Sistema Renal: função diurética (inibição HAD).
Sistema Hepático: cirrose e indução enzimática.
Sistema Cardiovascular: hipotensão/cardiomiopatias – tende a provocar queda da pressão arterial. Uso agudo do álcool 
Sistema Digestivo: úlceras/gastrites.
Temperatura Corporal: inicialmente há sensações de aquecimento, mas ao decorrer do tempo, a vasodilatação vai facilitar a perda de calor, principalmente se o meio ambiente estiver com baixa temperatura. Então, ingerir grande quantidade de álcool provoca hipotermia.
Sexualidade: “O álcool provoca o desejo, mas prejudica o desempenho” (Shakespeare) – o álcool causa a Impotência, esterilidade e ginecomastia (ingerida em altas doses). 
Teratogênese: Aborto espontâneo. 
Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) – criança nasce com anormalidades morfológicas e neurológicas.
USOS TERAPÊUTICOS
Reduzir a febre – antitérmico, desde que usado externamente.
Antisséptico/desinfetante (70%).
Sedativo/hipnótico (relaxante).
Estimulante do apetite (pacientes idosos).
Alívio da dor (nevralgias e carcinomas inoperáveis).
Tratamento de intoxicação por metanol (álcool mais simples) – indivíduo intoxicado por metanol, é necessário administrar etanol, pois o produto formado pela biotransformação do metanol é o acido fórmico (tóxico ao indivíduo), enquanto que na biotransformacao do etanol, o sujeito forma acido acético (menor risco de intoxicação)
TOXICOLOGIA DO ÁLCOOL 
FATORES QUE CONDICIONAM A INTOXICAÇÃO:
Alcoolemia: depende da concentração/quantidade de álcool na corrente sanguínea. então, quanto maior a alcoolemia, maior a intoxicação 
A intoxicação também depende da graduação alcoólica (dose), ou seja, da quantidade de álcool presente na bebida. A concentração alcoólica de uma bebida é dada pelo grau GL – Significa que 100 grau GL é a mesma coisa que 100 % de álcool (absoluto).
Tipo de bebida: está diretamente ligado a graduação alcoólica - Fermentadas (cerveja, vinho) o Fermento-destiladas (pinga, conhaque) o Misturas (batidas, licores)
Velocidade de ingestão – quanto mais rapidamente ingerido, mais rapidamente há a intoxicação
Estado das vísceras – jejum ou não – a glicemia tende a cair. Quando o indivíduo bebe, a reposição hepática está inibida. Então, é necessário repor a glicose ingerindo carboidrato
Variabilidade biológica/racial – existem etnias mais sensíveis a ingestão do etanol
Sexo – mulheres são mais sensíveis a ingestão alcoólica por dois motivos: 
1. Quantidade de água existente no corpo: mulher tem uma quantidade menor (e maior a quantidade de gordura) se comparado ao homem
2. Biotransformação – na mulher a quantidade da enzima que faz a reação álcool > aldeído, a quantidade de enzimas na mulher é menor. Então, como a mulher tem menos enzimas, o álcool demora mais para fazer a reação, o que aumenta o efeito do etanol (permanecendo por mais tempo como etanol)
INTOXICAÇÃO AGÚDA / EMBRIAGUEZ - conjunto de sintomas transitórios, provocado pelo uso de bebidas alcoólicas.
Sintomatologia Digestiva: calor epigástrico; secura da boca; ardor; náusea; etc.
Sintomatologia Psíquica: o álcool é SEMPRE depressor do Sistema Nervoso Central.
CARACTERIZAÇÃO DAS ETAPAS DA INTOXICAÇÃO AGÚDA 
I - EUFORIA/EXCITAÇÃO (alcoolemia até 1.5 g/L de sangue)
Desinibição social, excesso de confiança e atrevimento - então, quando o álcool entra na corrente sanguínea, o cérebro superior que controla o comportamento (racional) é inibido/deprimido e assim, a área que predomina é a irracional (animal) - (bloqueio dos centros inibitórios do comportamento - áreas de autocrítica e autocensura).
Necessidade irresistível de falar -
Alterações da memória, do discernimento e da atenção -
Tempo de reação aumentado (latência) -
II- INCOORDENAÇÃO/CONFUSÃO (alcoolemia de 1.5 a 3 g/L)
Diminuição dos sentidos (visão, audição, paladar, etc.).
Incoordenação motora (maior risco de quedas).
Labilidade emocional (períodos alternados de euforia, tristeza e agressividade).
Fala “pastosa” e desconexa.
Diplopia (visão dupla).
Sonolência progressiva.
Analgesia (limiar da sensibilidade dolorosa aumenta).
Vertigens, náuseas e vômitos.
III- COMA (alcoolemia de 3.0 a 5.0 g/L)
Amnésias (lapsos de memória).
Arreflexia (pupilas não reagem a estímulos luminosos).
Hipotermia (queda de 5 a 6 graus da temperatura corporal).
Hipotensão arterial (risco de colapso cardiovascular).
Inconsciência.
Coma. 
IV- MORTE (alcoolemia superior a 5.0 g/L) 
Parada cárdio-respiratória.
TRATAMENTO
Retirar o álcool NÃO absorvido através do vomito (êmese)
Estimular a respiração – manter o indivíduo em atividade (atividade física)
Quando possível, administrar estimulante leve (cafeína)
Banho (quente/morno)
Hemodiálise
Transfusão sanguínea.
INTOXICAÇÃO CRÔNICA/ALCOOLISMO – é um conjunto de sintomas frequentes em razão do uso abusivo de álcool (não necessariamente bebida alcoólica).
SINTOMATOLOGIA SOMÁTICA – Atrofia Cerebral (morte de neurônios)
Perda de peso – o sujeito bebe e não se alimenta adequadamente
Gota (aumento de ácido úrico nas articulações), Cirrose hepática (aumento de trigli-cérides no fígado) e Aterosclerose (aumento de gordura, em geral, na circulação sanguínea)
Hipovitaminose – como o sujeito não se alimenta adequadamente, algumas vitaminas caem abaixo do normal
Cardiomiopatias – afeta a parte cardíaca, pois cérebro e coração são os dois órgãos mais importantes, afetados pelo uso crônico de bebida alcoólica 
SINTOMATOLOGIA PSÍQUICA - Deterioração mental/Perda da memória

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